Não sinto falta de paixão, e nem de sonhos, não sei se será pior quando eu resolver de vez as pendências amorosas e as soldas das minhas metas, ou será horrendo quando me jogar ao chão consumido pelos meus textos emaranhados a melancolia, esse copo de cólera é a dose diária de todos os vícios. Malditos fantasmas, transformaram a solidão em vício.

Enfim, meu nome é Davi. Parece mais fácil escrever as suas personagens, do que tentar te descrever, em curtas palavras, sou um escritor forçado, tento manter minha sanidade do modo mais frugal, escoando meus demônios para o papel e também realçando a luz que tende a crescer dentro da minha alma trincada. Tenho quinze anos, a hipergrafia está intrínseca desde que nasci. Termino essa descrição curta com a frase final do meu livro que está mofando em alguma gaveta: "No fenecimento, sou mais um adepto ao criacionismo, seja ele de hipocrisia, personagens e axiomas nulos".

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