Houve um tempo em que todos sabiam que existiam dragões. Tempos dourados, onde dragões e humanos coexistiam como irmãos, mas esse tempo acabou com a guerra e poucos dragões sobreviveram, restando a antiga espécie dominante, se esconder entre aqueles que a levaram a quase extinção.
Aos poucos dragões que restaram, os sentimentos ficaram divididos, para alguns havia esperanças mínimas, para outros nenhuma e para uns só restava o desejo de vingança. E assim, aconteceu a segunda grande caça aos dragões.
Em meio a uma expedição um dos caçadores, por pura sorte, encontrou dois ovos, diferente daqueles que geralmente destruíam, acreditando que eram ovos podres e que jamais chocariam, os guardou como troféu e uma herança para sua família. E século após século, aqueles ovos diminuíram sem explicação, passando a ser meras pedrinhas redondas.
E depois de muito tempo, passaram para duas garotas que sem saberem, estavam destinadas a encontrar os últimos dragões existentes e devolver a eles o que lhes foi roubado e quem sabe, lhes garantir a tão sonhada liberdade.

Quando as gotas batem no chão, um barulho nostálgico atinge meus ouvidos, o cheiro que vem ate minhas narinas me deixa tonta. A grande vontade de sair pulando e correndo pela rua e pular era enorme. Sentir as gotas caindo no meu rosto, tirar as sandálias e sentir o frio do chão. Mas eu olhava as pessoas se escondendo, se protegendo, então eu assumia uma expressão triste, olhava para o céu e via as nuvens cinzas irem embora, dando lugar a um céu azul, peguei minhas sandálias e andei tristemente de volta para casa.
E mais um dia, olhando para a chuva, escrevo essa historia.