"Por trás das cortinas de um teatro de fantoches, uma sombra esgueira-se pelo pequeno espaço que lhe sobra entre a parede e a madeira do palco em miniatura. Ninguém o conhece e ele igualmente desconhece a sua plateia, mas quando todos os aplaudem, mesmo tendo consciência que aquele clamor foi para seus pequenos bonecos sem vida, ele sabe que no fundo todos o conhecem verdadeiramente e que aquele foi mais um trabalho bem feito."

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"Assim como o controlador do fantoches, eu narro uma história, mas ao contrário dele, quem é guiado pelos personagens sou eu própria. Sofro com as perdas junto à plateia, choro e aplaudo, entro na magia do conto. Aceito os elogios apenas como uma intermediária que transcreve aquilo que tais personagens viveram."

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