Não importa quantas vezes alguém use essa introdução ela nunca sai de moda mesmo...
Era uma vez, em uma pequena cidadezinha no norte, onde quase sempre o clima era frio, onde as gotinhas do orvalho davam um brilho aquela paisagem acinzentada, um castelo, onde vivia uma rainha que não podia engravidar, e um rei que estava disposto a dar seu reino ao irmão, alguém com um sangue tão frio quanto a paisagem.
Certo dia ela chegou, uma velha senhora de cabelos negros como a noite e olhos vermelhos como o sangue, usava uma capa feita do couro de animais, ela havia ido ao castelo com uma proposta irrecusável:
-Alteza, eu tenho uma proposta para ti.
-Qual seria?
-Uma filha.
-Como isso seria possível?
-Eu posso fazer com que tenha sua filha, mas existe uma condição.
-Qual seria?
-No seu decimo sexto aniversario ela devera com uma rosa na mão, aceitar se casar com meu neto, um lobo assim como eu.
-Mas isso é impossível! A família real não pode se casar com lobos, é contra tudo que foi imposto a milênios!
-Caso você tente me enganar, a garota, sua filha, ira morrer!
A rainha se manteve irredutível, mas logo concordou, a senhora, lhe deu um vidro com uma poção cor de rosa, e logo desapareceu, dentro de dois meses, a rainha engravidou, e nasceu uma menina, de cabelos róseos e olhos esverdeados, e uma marca no pescoço, talvez nascença ou maldição em forma de rosa. Porém, um dia antes de completar seu decimo sexto aniversario, a garota se matou por estar apaixonada por outro homem, já prometida a um lobo. Mais de cinco séculos se passaram, e sem saber quem ela é, ou melhor quem foi, a garota renasce, ainda destinada a cumprir sua maldição, de se casar com o lobo, que também renasceu, porém ele sabia exatamente quem era, e qual era o seu dever.