Foto de mahribbs
mahribbs
ID: 336864
Cadastro:
  • 01/07/2013


  • Sou uma garota muito simples que gosta bastante de complicar as coisas.

    Minhas maiores paixões são as mais simples também, mas eu sempre gosto de complicar um pouco ao falar delas porque tenho essa ideia já bem definida no fundo da mente de que complicado é só uma palavra alternativa para interessante, e isso te diz mais sobre mim do que qualquer um dos parágrafos que eu possa escrever.

    Mas voltando às simples paixões, não consigo ordená-las por importância ou por achar que uma paixão é maior que a outra porque... Simplesmente não consigo. Mas em primeiro lugar, competindo sempre e sempre com a paixão que numerarei aqui como terceira, está ler.

    Leio desde bem pequenininha mesmo, e agradeço imensamente à minha mãe por isso: apaixonada por livros, herdei essa minha maior paixão dela, embora, agora que posso escolher meus próprios gêneros e livros favoritos, perceba que nossos gostos literários são um pouco diferentes (e por não ser nada humilde nesse assunto, confesso que meus gostos para com livros são beeeem melhores!).

    Amo livros infanto-juvenis, e creio que mesmo quando tiver com cinquenta anos nas costas, ainda serei feliz lendo Harry Potter e Percy Jackson, e quando me perguntarem se mesmo depois desse tempo todo estou lendo esses livros, a resposta já está feita: Sempre, Peter Johnson! E também não tenho a menor vergonha de dizer que já li pelo menos 3 vezes cada livro da série Harry Potter (os favoritos, que coincidentemente são todos os três no qual Sirius Black aparece vivo, eu com certeza já li mais que três vezes!), porque cá entre nós: ler Harry Potter repetidas vezes, mesmo já sabendo que metade dos personagens mais legais é morto por algum Comensal da Morte porque a lindona da J.K. achou que seria legal fazer assim, ler Harry Potter nunca é perda de tempo.

    Já Percy Jackson (a primeira série, Percy Jackson & os Olimpianos, minha eterna paixão em questões de mitologia grega), essa aí eu posso confessar que já li no mínimo 5 vezes cada um dos livros (A Maldição do Titã e a Batalha no Labirinto então... Já perdi as contas). Porque, cá entre nós novamente, tio Rick fez um trabalho maravilhoso nessa série, e ler Percy Jackson repetidas vezes só te faz querer ler cada vez mais.

    Fora as séries, eu gosto muito de livros que são um pouco mais puxados pro lado filosófico da coisa. Nicholas Sparks? Nah! Odeio livro fácil demais de entender! Pra mim livro bom é aquele que me faz refletir sobre o que eu li, que me faz quebrar a cabeça pra interpretar uma cena ou um começo ou um final ou o livro todo, porque eu realmente acho que a vida já é difícil demais fora dos livros, mas as dificuldades dentro deles sempre parecem muito mais atraentes.

    Gosto também de personagens marcantes. Um livro bom, pra mim, é aquele onde pelo menos um personagem fica na minha cabeça, perturbando meus pensamentos, mesmo que uma semana depois de eu ter terminado o livro. Porque personagens marcantes são sempre incríveis, e a maioria das vezes são exatamente aquele tipo de pessoa que nós, meros leitores, sofremos por não termos um meio de tirá-los de dentro do livro e tê-los conosco pra sempre. E também porque, convenhamos, as pessoas parecem muito mais atraentes e dignas de alguma coisa dentro dos livros do que fora deles.

    Não tenho um gênero favorito, não sendo terror, eu estou lendo. E essa é outra coisa sobre mim: me impressiono fácil demais com as coisas, e se um suspensezinho barato já me impede de dormir, imagina um terror do nível Stephen King? Eu fiquei sem dormir até depois que li À Espera de Um Milagre, nem consigo imaginar quantas noites eu ficaria acordada depois de ler um livro no gênero mesmo!

    E ler é sim uma das maiores entre as minhas maiores paixões, e tenho muito orgulho disso.

     

    A segunda paixão da qual vou falar é até meio óbvia, porque começou exatamente por conta da primeira: escrever.

    Escrevo textinhos e dou umas arriscadas na poesia desde que aprendi a escrever, creio. Mas só realmente parei pra escrever uma história aos 14, e hoje, aos quase 18, evoluí um pouquinho em termos de escrita, mesmo que ainda esteja muito longe de onde quero chegar.

    É difícil descrever a sensação de escrever, mas garanto que é boa o suficiente pra colocar essa paixão entre uma das maiores, e não conseguirei dizer mais do que isso sobre. Hoje em dia, escrevo histórias bem curtas até umas grandes demais. Escrevo um pouco de poesia também (daquelas bem baratas, admito, nada do que eu possa me orgulhar) e algumas músicas. Em termos de escrever música, comecei há pouco tempo, na verdade, no finalzinho dos 16, mas já virou um sonho e uma meta a cumprir fazer alguém gravar ao menos um vídeo cantando uma das músicas que escrevi. Elas não são lá as melhores, com certeza não, mas diferente da poesia, eu me sinto muito orgulhosa quanto à elas.

    Assim como na paixão "ler", o que eu mais amo em escrever são os personagens: adoro criá-los, ter esse controle sobre como vão ser, o que vão viver e de que forma vão pensar. Me sinto um pouquinho Deus nesses momentos, e é ótimo ter controle absoluto sobre alguma coisa pelo menos uma vez na vida. Acho que uma das únicas coisas da qual não me sinto nem remotamente satisfeita quanto à minha criação de personagens é que eu nunca, nunca mesmo consigo escrever algum deles sendo um pouco menos teimoso (ou com a personalidade não tão forte) se for um dos personagens principais. Acho de verdade que seria uma perda de tempo escrever um personagem principal que não fosse um pouquinho complicado. Porque, voltando ao que eu disse no começo, eu adoro complicar as coisas mais simples.

    Tenho ideias infinitas pra enredo, mas infelizmente pouquíssimo tempo pra me dedicar à todas elas, então sempre que tenho alguma ideia, costumo anotar ao menos um resumo em algum lugar pra, quem sabe depois, ter um tempinho pra desenvolver. Mas nem sempre acontece.

    Acho importantíssimo registrar as coisas, e é impressionante que até hoje eu não tenha conseguido manter um diário: creio que até nossos mais simples pensamentos são importantes, e ter uma forma de guardá-los seria ótimo, pois não correria o risco de esquecer. Mas quem sabe um dia eu comece, não é? Nunca é tarde pra fazer algo nessa vida...

     

    Minha terceira paixão, aquela que está sempre competindo com ler, é a paixão que, creio eu, quem não compartilha é porque tem probleminhas: música.

    Confesso que, em algum momento da minha infância, eu disse com todas as palavras e não uma vez só que não gostava de música, só pra depois quebrar a cara e perceber que música é essencial pra que eu sobreviva nesse mundo despedaçado. Acho, na verdade, que eu não gostava porque minha mãe, desde sempre, foi fã de um cantor chamado Enrique Iglesias (o filho do Júlio Iglesias, esse mesmo) e por isso eu cresci ouvindo o indivíduo cantar, querendo ou não. Não estou dizendo que o cara é ruim, pelo contrário: tem uma voz linda, e as músicas são ótimas, mas como toda criança birrenta, eu tinha que achar alguma coisa pra implicar, e essa coisa era exatamente ter que ouvir Enrique Iglesias desde que me lembro só porque a minha mãe gostava.

    Mas agradeço à minha mãe também por, desde pequena, ter me feito ouvir a banda que hoje é sem dúvidas a minha favorita das favoritas: Legião Urbana. Pois é, desde sempre eu gosto dessa banda, e simplesmente fingia não estar ouvindo quando minha mãe implicava comigo dizendo algo como "ué, Mah, não era você que não gostava de música?" quando me pegava cantando algum trecho.

    Vem também da infância meu amor muito grande pelas bandas Skank e Jota Quest. Antes, eu gostava mais da segunda, acho que por ter músicas mais animadas, não sei... Mas hoje em dia, embora ainda goste, quase não ouço mais Jota Quest, mas Skank sempre será uma paixão (beijos pro Samuel Rosa, esse gênio).

    Entre as bandas brasileiras que gosto, está também Charlie Brown Jr., que tinha meu terceiro cantor brasileiro favorito: Chorão. O primeiro e o segundo, respectivamente, são Renato Russo (minha maior frustração é nunca ter tido a chance de conhecer essa cara!) e Samuel Rosa, o lindo do qual já falei.

    Depois que me desprendi dos gostos musicais de minha mamãe, parti um pouco mais pro lado do Pop Rock internacional, e foi daí que, aos 12 anos, conheci a banda que hoje eu considero a minha favorita em questões de ser tão fã enlouquecida quanto posso ser: McFly. Daí pra eles, foi um passo pra começar a ouvir Beatles e Queen (eles fazem uns covers maravilhosos, mas nada como as músicas originais, impossível!), e então mais algumas bandas e artistas antigos: Radiohead, Green Day, Oasis, Nirvana, Guns, Elvis...

    Costumo dizer que sempre pendi mais pro rock e suas variantes: pop rock, indie rock, punk rock etc, e com a ajuda da internet, conheci mais e mais bandas, entre elas The Maine, que precisa ter um espaço entre as minhas paixões simplesmente porque é a melhor banda do mundo no meu mundo, e a que me faz mais feliz ultimamente, até mais que McFly.

    Não vou ser hipócrita e dizer que só gosto de Rock, porque seria uma bela de uma mentira, também porque confesso que embora não curta artistas Pop, algumas músicas me conquistam e não tem o que me faça mudar de ideia ou deixar de gostar. Até música eletrônica, às vezes, é tudo o que eu preciso no mundo: nada melhor do que uma eletrônica pra te animar naqueles dias melancólicos. Mas não vou entrar muito no assunto porque sou, sem tirar nem pôr, leiga demais pra falar qualquer coisa sobre. Mas também gosto das músicas mais pesadas, no estilo metal. Me animam de um jeito diferente das músicas eletrônicas: é bom pra extravasar a raiva e sentimentos ruins.

     

    A última paixão é meio que uma mistura de todas as outras: filmes. Afinal, nele temos um roteiro, uma trilha sonora, personagens incríveis que ganham vida e tudo o mais. Como não amar?

    Confesso que meu tipo menos favorito de filme, além de terror, são aqueles saídos de livros que eu gosto muito: nunca correspondem às minhas expectativas. Mas só os dos meus livros favoritos, porque confesso também que tem muito filme que eu amo e que são adaptações de livros que eu nunca li, mas amei.

    No assunto filmes também sou leiga, não conheço tantos assim, mas posso garantir que nada me faz mais feliz do que assistir a um bom filme ao fim da tarde.

     

    E é isso. Tenho outras paixões, claro, como minha família, meus amigos, acordar tarde, andar na praia, olhar o mar... Mas essas quatro acima são as que mais têm efeito em quem eu sou, e através delas e das entrelinhas, é onde você pode mais tirar coisas sobre como eu ajo ou sou. Não mais que isso, porque eu, sinceramente, não sou do tipo de expor meus pensamentos, sentimentos ou o que seja na internet. Não, não gosto disso. Acho a internet uma ferramenta maravilhosa, mas infelizmente as pessoas deixaram de saber a diferença entre "público" e "pessoal" com ela, e me sinto muito bem por ainda ter muito definido em minha cabeça o conceito pras duas coisas.

    E uma última coisa sobre mim, tão boba e óbvia que talvez não te surpreenda: sonho com o dia em que alguém se dará ao trabalho de ir pelo caminho menos simples pra me conhecer, como investigando o que eu escrevo, se esforçando pra entender como penso e tirando conclusões a partir dos livros que leio ou do que faço, e assim me permitindo fazer o mesmo. Porque, nos dias de hoje, com tanta facilidade pra qualquer coisa, a arte de conhecer de verdade alguém se perdeu no tempo, e isso não é, nem de longe, um avanço.