"Às vezes, Dean se sentava e observava seu irmão. Pequeno. Indefeso. Distante."

Christian e Gloria, em pleno século 21 vivem um amor... impossível. Será que consiguirão sobreviver às dificuldades, como os pensamentos diferentes das famílias, e a política do novo mundo?

Jared:
"Enquanto eu subia as escadas de madeira, que rangiam conforme meus passos lentos, eu memorizava o número "45". Podia- se ouvir sussurros no corredor, vindo dos outros quartos. Ele ainda estava dormindo, de acordo com a moça que me atendera, mas eu tinha que vê- lo. Não sabia como lhe perguntar aquilo, e isso era ruim. Precisava muito falar com Matt. Era a única pessoa que podia me ouvir e responder minhas questões com calma, sem fazer graça e sem pestanejar.
Virei à esquerda como a moça havia dito, e me deparei com o número 45. A porta era diferente das demais; era feita de madeira, mas era pintada de branco, com os números dourados.
Fiquei com medo de abrir a porta e ver outra pessoa, ou do apartamento estar vazio. Bati na porta. Ninguém respondeu. Abri a porta lentamente. O quarto tinha um beliche, uma televisão pendurada na parede, uma estante cheia de livros e CD's, e um armário. Tinha uma outra porta, que devia ser o banheiro. Matt estava deitado na cama, dormindo, os traços de preocupação e sofrimento ocultos, inocentemente sonhando. Ah, Matt, quem fazia seu coração doer tanto?
Ele murmurava algo.
Me aproximei do rosto de Matt, apurando meus ouvidos, sentindo a respiração quente do loiro em meu rosto.
"Jared, eu te amo, Jared, Jared..."
Isso foi um balde de água fria para mim. Sou eu que faço Matt sofrer tanto. É por isso que ele se preocupa tanto comigo.
Eu não posso viver sem Shannon, mas não posso deixar Matt sofrer ainda mais."

Aqui estou eu, Jesus of Suburbia. A vida é um inferno. E eu estou escrevendo tudo nesse diário, mostrando que minha vida é mesmo um inferno. Aqui, as pessoas se redem a mídia como se ele fosse um Deus. Se falarem para todo mundo se pintar de verde e raspar o cabelo, pode ver os doidos na rua andando pintados de verde e carecas. Sobre mim. Eu moro num rancho pequeno em Los Angeles. Meu pai morreu e eu moro com minha mãe. Na verdade, a coisa que eu mais quero é que ele volta para cá. Sinto falta dele. Por isso minha infância foi um inferno. Sempre fui um bom moço, mas ser bom moço é chato. Aqueles grandalhões que se acham saem batendo em todo mundo como saco de pancada. Acho que aprenderam com aqueles políticos missionários a serem ignorantes e só pensar em si mesmos. Ah, hoje fazem 13 anos que o meu pai morreu. É impressionante como o tempo passa rápido. Eu só tenho um diário para narrar minha vida e escrever as coisas frustantes (e diárias) que acontecem comigo.