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Quem sou eu?
Odeio quando me fazem essa pergunta.
Não é como se eu não soubesse me definir, ou algo do tipo.
Mas o real questionamento é, qual é o intuito dela?
A pessoa quer realmente saber quem somos? Ou é só uma forma genérica de ver como reagimos a essa pergunta?
Uns ficam nervosos, se embolam na hora de responder. Outros tem a resposta na ponta da língua, como se fosse a fala de um roteiro há muito tempo decorado.
E quem eu sou?
Bom, eu?
Eu sou eu mesma, uma pessoa única, com características únicas, manias únicas e defeitos únicos.
Apesar disso, não sou algo com definição sólida. Sou algo mutável.
Eu cresço, regrido, tenho altos e baixos, evoluo, amadureço.
Eu mudo. Mudo como qualquer outra pessoa, como qualquer outra coisa no mundo.
Como querem que digamos quem somos, se nós mesmos ainda estamos em processo de pesquisa?
Então, quando alguém pergunta "Quem é você?" para mim, eu simplesmente balanço a cabeça, sorrio e digo:
"Eu ainda estou me descobrindo, e você?"

-Ana Beatriz

"A vida nos dá sempre duas escolhas.
A primeira é olhar para baixo, sempre para os próprios pés.
A segunda é olhar para cima e ver infinitas estrelas no céu.
Qual você escolheu?"

-Ana Beatriz

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