E se você fosse o último homem da terra?
Uma nação controlada com mão de ferro em um regime totalitário fechado. Nesse contexto de controles e opressões se encontra o único homem dessa nação que desconhece o fato de sua existência própria existência. Em uma nação que foi privada de qualquer informação sobre o sexo masculino, o homem tenta descobrir o que é e o que aconteceu com o seu gênero.

Henrique é um escritor, alcoólatra e na tentativa desesperada para definir o amor resolve fazer uma retrospectiva sobre as suas últimas dez namoradas.

Nova Madalena (antiga Nova Iorque),

Não definiria o que aconteceu como uma guerra civil, e sim, um massacre. Em 2020, pela primeira vez foi possível o desenvolvimento embrionário em laboratório sem a participação ativa dos sexos. A unção de cromossomos em incubadoras removeu do sexo feminino o fardo de ter que carregar seu feto durante nove meses e da necessidade da presença, ativa ou passiva, do sexo masculino, tal descoberta afetou diretamente o convívio entre os gêneros.
Em 2070, o partido nacionalista feminista radical denominado Cromossomo X fora eleito. Adotando uma política totalitária e imperialista, dominou os cinco continentes do hemisfério cinquenta anos depois, mas não se sabia ao certo a cadeia de eventos que aquilo ocasionaria. Um pequeno anúncio internacional deixara tudo bastante claro; "Chega de opressões, chega de machismo. O mundo é nosso, sempre fora, mas agora chegou a hora de reivindicar-lo." Assim começou a guerra sangrenta dos sexos, os detentores do cromossomo Y foram caçados e extintos, tanto fisicamente como cada pequena lembrança de sua existência. A história fora alterada, livros queimados.

Chamo-me Nelson e sou o último homem sobrevivente.

"Passo a madrugada pensando na mulher que tinha socorrido e que agora dorme em cima dos meus lençóis surrados. Não sei direito o que me atrai nela, não é bonita, não tem nada de atlético nos seus 98 quilos e isso sem contar que cheira como uma senhora aposentada, mas não consigo resistir ao impulso de olhar aqueles lábios, queria tocar-los e nunca mais soltar. Nessa madrugada a observo dormindo pela primeira vez, seu ronco me lembrava antigas canções, me acalmam e até a forma em que ela baba meu travesseiro parecia ser gracioso, sabia naquele instante que estava perdidamente apaixonado por ela."
Oi, me chamo Carlos e sou metade anjo. Eu sei isso era para ser praticamente impossível, anjos não se reproduzem ou não deveriam se reproduzir, mas ocorreu. Meu pai, assim como qualquer outra criação de Deus, se apaixonou por uma jovem humana fazendo que ele cometesse o maior crime angelical, o crime carnal. Com isso foi banido para o Purgatório, onde sofreria uma espécie de penitência eterna, junto com todos os seres abominados até por demônios.

- Você se imagina daqui a dez anos?

- É claro que me imagino.

- E como seria?

- Casada, com um príncipe.

- Tão novinha e já querendo casar.

- Oito anos é uma vida, mamãe.

- Você é engraçada, Bella - disse sua mãe sorrindo.

- Engraçada por querer ser feliz?

- Engraçada por achar que encontrará a felicidade em alguém. disse rindo.

"Volto antes que o esperado, Fujão estava mais cansado que o normal hoje. Acredito que por causa dos doces que devorou hoje. Abro a porta de casa lentamente e encontro a luz da cozinha acesa, sorri Maria deve estar fazendo algum lanche de madrugada assim presumia, quando viro para ter uma visão melhor do meu cômodo avisto uma imagem surreal. Era loiro, alto, deviria ter um metro e noventa, possuía um belo par de asas brancas e uma aureola com um dourado de brilho mais forte que a própria luz da cozinha."
Oi, meu nome é Carlos, estamos no ano de 2066 e sou um semi-anjo. Eu sei isso é praticamente impossível, anjos não se reproduzem ou não deveriam se reproduzir, mas ocorre que meu pai assim como qualquer outra criação de Deus se apaixonou por uma jovem humana, fazendo que ele cometesse o maior crime angelical, o crime carnal. Ele foi banido para o Purgatório, onde sofreria uma penitência eterna, junto com todos os seres abominados até por demônios.

-Aquela garota era perfeita, tudo nela me agradava, seus olhos amendoados escuros e misteriosos, seu cabelo liso e jogado para trás, levemente penteado dando um ar sério para seu rosto angelical, seu sorriso perfeito, o som da sua voz que me lembram cantos líricos e é claro sua pele morena como bronze era a imagem perfeita de perfeição com toda a licença da redundância.
-Ih, você apaixonado? Perguntou rindo.
A história de um jovem que se vê repentinamente com dezoito anos e acaba adquirindo alguma inseguranças e responsabilidade da idade, apesar de, já ser um quase adulto ainda sofre dramas adolescente como o seu primeiro grande amor.