Primeiramente devo dizer que em meu ponto de vista descrever-se deveria ser considerado um dom, esse dom de conhecer-se me foge as habilidades de forma que não me considero muito boa no quesito "descrever-se" porém darei o melhor de mim para ser o mais esclarecedora possível.

Se lhes contasse meus gostos musicais, gastronômicos, literários e televisivos não seria nem um pouco honesta pois lhes forneceria um conhecimento extremamente superficial de mim mesma.

Chega de devaneios tediosos e apresentações formais só queria dizer que escrevo por prazer e leio por puro deleite. Sou de São Paulo tenho 16 anos e vivo em incessante insatisfação. Devo dizer que sou melhor como leitora do que escritora apesar de amar escrever. Devo acrescentar que adoro ler comentários de leitores criteriosos, rígidos ou apenas de bom gosto literário *u*

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"(...)And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me - filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating,
"'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door -
Some late visitor entreating entrance at my chamber door; -
This it is, and nothing more." - Edgar Allan Poe (The reaven)

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Aprendi muitas coisas com os livros, não apenas com os livros mas com as histórias neles contidas. Ah, quem nunca se manteve hipnotisado ao ouvir uma boa história que durante todo o seu percurso do início ao fim te manteve longe de todos os problemas e preocupações? Eu sou do tipo de garota que não sonha com um príncipe encantado ou um vilão que possa me amar de forma tão românticamente surreal, eu sou realista. Me considero uma sonhadora realista e com isso meus sonhos todos tem um quê de possível por mais que eu tente evitar. O problema nisso são as expectativas que diariamente eu crio, são tantas as possibilidades de ser feliz através das pessoas que amamos que por vezes eu esqueço que nem sempre elas farão exatamente aquilo que você esperava. E sabe por quê? Porqueninguém é perfeito.Já estou começando a compartilhar pensamentos que nada afetará na sua vida portanto me calarei mas não antes de me definir, afinal suponho que o propósito deste texto deapresentaçãoseja o de seapresentar (hehe). Aqui eu me chamo Lúcia, mas gostaria de ser chamada de Lucy, sou uma garota errante que perambula os dias do mundo tentando achar seu lugar, sou pessimista, teimosa, clichê, posso me tornar obsessiva, perfeccionista, tenho TOC, além de ser um tanto rancorosa. Até agora só ressaltei meus defeitos mas na verdade é isso que costumo fazer quando penso em mim mesma. Sempre sou negativa com relação a mim. Nunca descobri realmente a fonte de tanto desprezo que sinto por mim mesma, pela minha personalidade e físico como um todo, as pessoas que me conhecem e gostam de mim ficam chateadas por que elas conseguem enxergar em mim características e virtuosidades que eu não consigo encontrar, acho que é por isso que tento manter essas pessoas por perto.

Mas de uma coisa eu sei. Eu simplesmente me sinto outra pessoa quando estou lendo, na verdade eu não me sinto uma pessoa eu sou qualquer coisa infinitamente melhor do que uma mera pessoa. Eu me torno aquilo que eu quero e ler se torna minha terapia. No instante em que começo a ler o primeiro capítulo um novo mundo se abre diante de mim e não importa o quanto eu tente nada ali vai mudar porque as histórias têm esse "dom" de permanecerem as mesmas, por mais que você as reconte de outra forma em seu âmago ela nunca se modificará e para a pessoa que você contou a sua versão permanecerá também! Todos dizem: Não julgue um livro pela capa. Pois eu lhe digo o contrário, por experiência própria sei que esse ditado popular só vale para as pessoas pois ninguém deve julgar ninguém sem ter um bom conceito que se desenvolve com o tempo, mas para os livros eu sempre os olho com a devida atenção de uma aprendiz, é impossível não se aprender com uma bela ilustração de capa, um título, um epígrafo e com isso: com o conteúdo. Para mim não existe nada mais sagrado do que um bom livro e quando digo bom livro não estou exatamente dizendo que existem livros ruins, não, muito pelo contrário, para mim todo livro é bom contanto que contenha aquilo que o leitor precisa, ou seja, não existe um livro ruim, existe um livro que não continha o que você precisava. Agora eis uma curiosidade sobre mim: eu chamo meus livros de bebês, sim, constrangedor mas é a verdade eu simplesmente tenho uma paixão indescritível pelos meus livros e cuido deles com total veemência como se fossem seres vivos, bem, pra mim eles são. Também faço coleção de marcadores de páginas e já devo ter mais de 300 que variam de propagandas sobre livros de auto-ajuda a marcadores de outros países, tenho um imenso orgulho da minha coleção ♥

Com isso finalizo minha apresentação porque quem leu até aqui deve estar me achando uma chata de galocha.

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"Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim! " - Florbela Espanca.