O amor não é um sentimento eternamente bonito. Ele muda e junto leva algo de você.
Mas, qual tolo fora capaz de afirmar que, no fim das contas, isso seria de algum mal?
A Lucy que um dia eu fui, já não mais existia.
Eu senti o amor, no mais fundo que ele poderia ir, e julguei-me tola.
E eu me odiei por tempo suficiente para saber o quão errada estava.

"Em uma turbulenta noite sem lua, pude compreender o quão solitária eu vinha sendo (...)''

Quando se é garota e está vivendo a infância, costumamos acreditar nas histórias de nossas mães, sobre lindas princesas enfeitiçadas vivendo aprisionadas em um castelo, esperando pelo valente príncipe que as salvará do feroz dragão... E da solidão.

O primeiro amor não é algo que possa ser esquecido, mesmo que passe tanto tempo adormecido dentro de você a ponto de julgar não mais possui-lo. Você será para sempre ligada a ele, não importa que tenha tentado seguir em frente. Suas bochechas ainda irão corar ao lembrar da sensação morna e aconchegante de outrora.

Vai ainda se pegar imaginando que poderia realmente ter sido uma princesa e tudo, magicamente, teria sido mais fácil, que seu felizes para sempre realmente duraria uma eternidade. Cruel? Sim.

"Eu tinha uma rosa vermelha, uma rosa vermelha eu tinha..."

Ne, Natsu... Talvez, se no dia em que nos conhecemos, nós apenas tivéssemos direcionado nossos olhares para direções opostas, simplesmente ignorando um ao outro... Eu ainda pudesse permanecer sem essas dolorosas cicatrizes.

A dor da perda, por maior que seja, sempre será menor que a saudade deixada quando um grande amor se vai.
Sasuke sabia disso, mas não podia deixar-se abalar, não na frente da filha.
Agora, em meio ao turbilhão de incertezas, ele tentava seguir em frente... E Sakura o faria entender.

Ele não possuía nada, nem ao menos um motivo para continuar vivendo. Dessa forma não seria algo realmente complicado tirar a própria vida, entretanto... Uma doce estanha lhe aparece pouco antes de findar sua existência.
Qual seria o verdadeiro poder das palavras?