Mesmo sem ser fisicamente interessante ou super atraente, eu estava ali, na mira de alguns. Nem em sonhos tendo todos aos meus pés, muito menos o cara popular, ou aquele que todas são a fim; apenas alguns. Sustentada por vários dos meus padrões, todos os interessados eram eliminados, não serviam para o cargo de meu-alguma-coisa-amorosa. Também não sou de escolher, me contentava com o que vinha, agradecia o que tinha. Indecisa demais, e o relógio não me espera tomar alguma decisão, se exige um raciocínio rápido. Entretanto, sempre havia um porém. Altos demais, bonitos de menos, capacidade para um conversa agradável nula, engraçadinho em excesso. Declarações, gestos amáveis e o silêncio. O coração não faz barulho, não abre alas. Dançar com muitos, beijar os mais agradáveis, sair com alguns: esse jogo satura, essa brincadeira dói. Nenhum me atraí o suficiente, o meu preferido não me liga, e o que me adora não faz meu tipo. Valorizar quem te valoriza, já entendi, mas a gente não gosta naturalmente apenas de quem gosta da gente, é preciso praticar mais isso. E sou escolhida, para fazer parte da vida, da biografia de alguém, sem estar interessada em fazer parte da sua agenda. Sem coração e esnobe, nunca. Na minha opinião, apenas anormal; alguém diferente e cética o suficiente por não acreditar em tudo que se escuta e morrer de amores por receber algum elogio. E me definem assim: perfeita. E querem ser pra mim assim, perfeitos.