Comentários em Conversa Noturna

Clara Tucker

24/10/2018 às 21:34 • Capítulo único
História poderosa, amigo. No final eu acredito que ele sobreviveu mesmo que o corpo tenha morrido, porque como ele mesmo disse o amor é eterno.
Somente nós conhecemos nossos demônios e não importa o quanto tentamos explicar para as outras pessoas elas nunca entendem, pelo menos comigo é assim.
Infelizmente eu me identifico com esse sentimento de não gostar de própria vida e achar que nada vai melhorar, e mesmo que algo bom aconteça é muito passageiro e nem vale a pena. Acho que as pessoas que se matam na verdade não querem fazer isso, é só que elas não aguentam mais sofrer.
Sua história me lembrou agora o filme "O Sétimo Selo" do Bergman por causa daquele jogo de xadrez entre o homem e a morte. É uma boa imagem.
Parabéns pelo texto!
=***


Resposta do Autor [André Tornado]: Oi Valdie!
Quando as Musas estão connosco e escrevemos com o coração aberto, acontecem destas coisas. Ainda hoje me é difícil ler esta história, acredita, mesmo tendo sido eu a escrevê-la. Existe muito de nosso, da condição humana, nesta história - julgo eu. Pois a vida não é um caminho fácil de percorrer, tem demasiados percalços. Mas, e depois da vida?
Eu entendo - ninguém percebe os nossos demónios. Eu tenho os meus, tu tens os teus, toda a gente tem os seus. A nossa batalha será sempre contra essas sombras que nos engolem. 
Nesta história o demónio materializou-se e da conversa resulta uma verdade incontornável. O amor sairá sempre vitorioso. É uma nota positiva. É uma espécie de esperança.
Gostei dessa imagem do filme. Estamos constantemente a jogar com a morte, é verdade... À espera de a enganar, mas isso é matematicamente impossível.
Beijo grande!