Comentários em À espera de Heloísa

Kori Hime

09/10/2015 às 20:19 • A espera
Você disse Colombo? Confeitaria Colombo no RJ? Conheço uma hein? Melhor lugar para comer um doce e beber um café.
O começo foi tranquilo, família normal, feliz, mas pelo visto não vai ser assim tudo um mar de rosas.
Bjs.


Resposta do Autor [slytherina]: .Certa vez, na TV, alguém se referiu à Confeitaria Colombo como um lugar encantador e especial, para a reunião da família. Como queria um lugar assim para os personagens, apelei para a Colombo na falta de Paris. lol. Nunca fui lá, mas vi as fotos no Google. Parece um café europeu, muito sofisticado e bonito.


Kori Hime

09/10/2015 às 20:27 • Ato político
Daí como eu disse, não é um mar de rosas :(
Eu acho que iria até o inferno (se acreditasse nele kkk) em busca da minha filha. Entrava no meio dos esquemas pra resgatar ela, fazia pacto e... KKK mãe neurótica.
Continuando a leitura aqui.
Beijos.


Resposta do Autor [slytherina]: Os pais de Heloísa são idosos, humildes e passivos. Conheço gente assim, que diante de uma injustiça apenas abaixa a cabeça e chora baixinho. Acho que esse tipo de pessoa desperta o instinto protetor nas pessoas de bom coração, o bastante para enfrentar os poderosos e lutar pelo bem.


Kori Hime

09/10/2015 às 22:26 • Revolucionários
Oieee tudo bem?
Eu achei o capítulo um pouco corrido aqui. Mas vou dar meu parecer depois que ler os capítulos. Beijocass


Resposta do Autor [slytherina]: Como você citou anteriormente, que faria qualquer coisa pela filha, Aldo estava se mexendo, apelando para os amigos e pessoas poderosas. Gostei de abordar aqui a certeza que Léia lhe deu sobre o destino de Heloísa. Antes, ele só suspeitava da prisão. A certeza do destino dela chega a ser como uma punhalada. A dor e a agonia são maiores.


Kori Hime

09/10/2015 às 22:39 • Moedor de carne
Olá, passando aqui para falar que foi judiação com o patrão dele :(
Vamos para o último capítulo.
Bjs


Resposta do Autor [slytherina]: Assisti Anos rebeldes da globo, e há uma cena, quando interrogam uma atriz famosa, em que ela se mostra indignada pelo modo como a tratam, e ela exige respeito ou algo assim. O agente da lei dá uma bofetada tão violenta que a cabeça dela roda. Essa resposta dele falou volumes. Ela não tinha direito algum a nada, e ele, a autoridade, poderia lhe causar dor e sofrimento, arbitrariamente. Foi essa idéia que eu tentei passar com o Guilherme.
.


The Escapist

03/10/2015 às 11:23 • O reverendo e o médico
Olá, slytherina
Em primeiro lugar, parabéns por aceitar o desafio e cumpri-lo xD, vocês que escreveram as histórias deste desafio merecem parabéns mesmo, porque os temas são um pouquinho difíceis de se trabalhar, ao menos na minha humilde opinião, requer um tanto de pesquisa e tals. Parece que você fez bem a lição de casa. Eu gostei da sua história, da maneira como foi contada; geralmente é mais comum que algo desse tipo fosse mostrado do ponto de vista da pessoa que sofreu a tortura, no caso, a Heloísa, por isso achei particularmente criativo mostrar a angústia da família com o desaparecimento dela e toda a odisseia que foi recuperá-la. Por falar em angústia, é de partir o coração ver a família em total desespero, e pensar que coisas assim realmente aconteceram. Achei o Aldo um bom personagem, um homem um tanto passivo, é verdade, mas que conseguiu segurar as pontas quando foi necessário. A Marilda eu achei mais fraca, mas isso pode ser por causa da época mesmo, não sei bem.
Só achei que a história correu rápido em alguns momentos; até compreendo que você teve que rebolar com o limite de palavras e tal; mas o final eu achei um pouco abrupto, a fuga deles para o exterior aconteceu de uma maneira um tanto quanto "fácil" demais, digamos assim.
Ah, outra coisa que me incomodou um tiquinho foi o fato de você sempre escrever Senhor Aldo, Senhor Guilherme e por aí, como se o "senhor" fosse parte do nome.
Mas é isto. Novamente, parabéns pela história e pela dedicação em pesquisar o momento que escolheu para ambientá-la ^^


Resposta do Autor [slytherina]: Muito obrigada por comentar. Queria falar um monte de coisas sobre esse desafio, desde o fato de que a pesquisa consumiria fácil, fácil, dois meses, mas tudo bem. No fim a gente acaba escrevendo sobre o tema que mais se identifica ou sobre o qual já sabia. No meu caso, a história recente.
Vamos à estória. Sempre achei o caso de Sônia de Moraes Angel muito triste, e essa foi a base de "Heloísa". A estória real não acabou bem, e os pais ficaram sabendo de sua morte pelos jornais. Eles então passaram a chamar a atenção da mídia para o que estava acontecendo com os jovens apreendidos pelas forças de repressão. Até pensei em colocar esse detalhe do jornal na fic, mas achei que poderia passar sem isso.
A passividade de Aldo foi proposital. Ela representa a passividade da classe média brasileira diante do regime militar, e a mão de ferro com que governavam o país. Se você levar em conta que a estrutura familiar e o relacionamento interpessoal era um tanto autoritário, dá pra entender como as pessoas aceitaram pacificamente perder seus direitos políticos, e ter sua liberdade de expressão cerceada, salvo excessões, como os artistas que protestavam com músicas, peças de teatro e obras humorísticas.
Confesso que me embananei com a forma de tratamento de Aldo, mas queria deixar claro que ele era um homem mais velho. Talvez ele e Marilda tivessem tido Heloísa em idade avançada, algo assim. O capítulo final foi intencionalmente inverossímil, pois o desfecho natural seria a morte de Heloísa e a ruína da família. O médico amigo, por assim dizer, foi a fada madrinha que salvou toda a família com magia. Entretanto, vários perseguidos pelo regime militar fugiram do Brasil naquela época, de Caetano Veloso a Fernando Gabeira. E eles conseguiram se manter na Europa por anos.
Valeu pela generosidade! Abraços!


Kori Hime

10/10/2015 às 00:22 • O reverendo e o médico
Oi, tudo bem?
Foi um final que eu não esperava, confesso que achei que a Heloisa não iria voltar mais :x
Acho que você fez bem em contar o ponto de vista da família. Esse capítulo houve mais trechos intensos, como o reencontro de pai e filho, queria ter visto a mãe também encontrando a filha.
Parabéns por participar do desafio.
Beijos :D


Resposta do Autor [slytherina]: A idéia original era a morte de Heloísa, mas ao ler o livro A casa da vovó, sobre o DOI-CODI, soube que alguns jovens aprisionados eram libertados após escutarem um sermão do Diretor, falando sobre pátria, família, comunismo, etc. O mesmo discurso que eu transferi para o personagem do reverendo.
Obrigada por ler e comentar. Participar desse desafio foi muito educativo. Valeu!