Oi, flor!
Gostei muito da história, sinceramente. Fiquei completamente louca quando a Milla/Kori Hime falou o tema porque a Ditadura é um dos meus temas favoritos para estudar. Sabe aquele pensamento de conhecer a História para não repeti-la? Sou muito seguidora dessa ideia.
Gostei da sua forma de escrever, embora a fluência do texto parecesse empacada em algumas partes e tenha alguns pequenos erros bobos de escrita e concordância verbo-nominal, no geral é uma boa história. A capa tem tudo a ver com o enredo, o título apareceu (isso geralmente é ignorado pelas pessoas, mas eu adoro quando ele aparece na história. Dá aquela sensação de "Aaah! Então era isso!) e enfim... você realmente escreve muito bem.
Preciso te dizer que as únicas coisas que me deixaram meio transtornada foram a falta de espaço depois dos travessões e a falta de vírgulas principalmente antes ou depois dos vocativos, de resto foram erros que dá de passar.
Vou falar um pouco sobre o enredo e aí paro de falar, juro!
Não sou a maior fã de yaoi porque costumo achar tudo muito clichê, mas você me deixou bem feliz com OJC. Achei legal, de verdade, a sua abordagem dos temas principais sem pesar demais. Admito que pensei que o Mauricio seria julgado no comitê feito depois da ditadura para verificar sobre os crimes e tal, mas gostei do final. Um final feliz depois dos anos sombrios que passaram.
Por fim, espero que goste da nota quando o resultado sair. Fiz com todo o carinho a avaliação desta história tão profunda em tantos aspectos.
Beijos,
Snow Girl

Resposta do Autor [Eclair]: Oi!
Fiquei um pouco sem jeito diante desse elogio todo, mas obrigada por ter gostado. É, eu também adorei quando saiu o tema, porque era uma chance de sair da minha zona de conforto. Eu conheço esse pensamento, e posso dizer que concordo com você.
Oh, acho que poderia atribuir esses erros ao fato de que eu escrevi essa história em dois/ três dias e mal me dei tempo pra corrigir e estavam me pertubando a todo momento pra estudar, aí já viu, eu só postei e só fui notar os erros bem depois que postei .
A falta de espaço e a falta de vírgula passaram despercebidas também, que cegueira a minha.
Sério? Muito obrigada mesmo, isso me deixou tão feliz! O Mauricio foi julgado, mas preferi deixar de fora, porque ia envolver muito drama e todo o passado dele e isso nem seria mais uma one, seria uma short fic. É, eu também fiquei satisfeita com o final, porque bem, os dois mereceram, depois de todo esse distúrbio na vida deles, precisavam de um descanso.
E mais uma vez eu agradeço pelo elogio, e tenho certeza que vou gostar da nota. Só perdoe a minha demora de responder, eu cheguei em casa há pouco tempo por conta da faculdade, é algo que toma mesmo o meu tempo.
Abraços,
Eclair

O que acha que precisa ser melhorado?

Personagens mal construídos; dispersão no foco do enredo; falta parcial de fluidez.

O que mais gostou no capítulo?

Escolha correta de um acervo diferente de palavras; gestão adequada do contexto histórico; final conciso e realista.

Oi, como vai? Vamos falar da sua história?
Prazer, Edgar. Então, durante a leitura, achei que sua one estava se medindo em balanças. Como assim? Bom, ora vinha um ponto positivo, ora vinha um ponto negativo, e isso se alternava tanto que parecia aquelas libras com pesos que não se equilibravam, mas que, ao final da leitura, atingiram um parâmetro que me fez chegar a alguma conclusão. Ou seja, há pontos bons, porém também há deslizes.
Vamos começar a falar de coisa boa, porque coisa boa é legal. Os três pontos positivos que mais se destacaram na sua história foram: escolha correta de um acervo diferente de palavras, gestão adequada do contexto histórico e final conciso e realista.

O que seria a escolha correta de um acervo diferente de palavras? É comum, na hora da escrita, querermos usar sinônimos para não repetirmos muitas palavras, seja num mesmo parágrafo ou no texto inteiro em si, porém nem sempre os autores fazem uso correto deste recurso. É comum aprendermos na escola que sinônimos são "palavras diferentes, porém com mesmo significado" e, tecnicamente, é isso mesmo; contudo, em se tratando de literatura, recursos literários, não é bem assim que funciona. Os sinônimos têm a sua diferença. Por exemplo, "estar assustado" e "estar aterrorizado", aparentemente, são a mesma coisa, mas o susto é uma coisa involuntária, já o terror é voluntário, compreende? Então, nesse quesito, de saber e ter esse leque de palavras em mãos, você dominou bem nessa one.

O que seria a gestão adequada do contexto histórico? Você pegou um tema. Você escolheu o tema. Ao fazer isso, existe toda uma temporalidade a ser respeitada, toda uma sociedade e suas construções sociais, costumes e regras, basicamente toda uma realidade. E essa nova realidade, esse mundo todo fictício (porém baseado numa situação real) foi muito bem construído a meu ver, então ponto pra você aqui.

E o final? O que você diz dele, Tio Berg? Foi realista. Direto. E ainda deu uma pitada de "essa história foi baseada em fatos reais", e que me deixou meio na dúvida se foi mesmo ou não, mas foi um toque muito bom. Eu gostei do final porque ele trouxe o que a sinopse prometeu, isto é, vidas normais; e foi acontecendo, não aconteceu nada mirabolante que os livros de história se esqueceram de contar, foi tudo numa sutileza que me pareceu bem apropriada.

Bom, agora sobre os quesitos negativos, também tenho três fatores a destacar: personagens mal construídos, dispersão no foco do enredo e falta de fluidez parcial. Vou comentar detalhadamente sobre eles para termos uma visão melhor, certo (assim como fiz com os pontos positivos)?

Por que os personagens estão mal construídos? Lembra que eu te disse que o contexto histórico e todo o ambiente estavam perfeitamente encaixados? Então, digamos que o cenário estava perfeitamente de acordo, porém os personagens estavam um tanto fora da época, além de se mostrarem muito simples. Senti falta de personalidade, entende? Por exemplo, a sinopse disse que os dois personagens em questão eram completamente diferentes, não em personalidade, mas em visões, em tudo; faltou uma representação mais complexa dessa diferença, visto que a única coisa que foi apresentada era que um era universitário e outro era militar, nada mais, então não teve aquele choque extremo de diferenças que a sinopse prometeu (não teve aquela peça dita na sinopse), fora que os outros personagens também estavam muito básicos, como os pais que pareciam um tanto robóticos e modelados para representarem aquela época, não senti algo que os definisse, algo que desse medo no pai, entende? Ou algo que fizesse sentir pena da mãe. Até o rompimento da família (pela morte do bebê) poderia ter sido mais abordada, pois quando ela foi citada, foi de forma muito comum e pouco emocional. Faltou muito emocional nos personagens.

Como assim houve uma dispersão no foco do enredo? O desafio pede um foco num dos temas dados e você escolheu Ditadura Militar. Pelo que eu li, houve mais foco no Yaoi que na ditadura e, a meu ver, isso quebrou um pouco do texto. Vou até dar um exemplo baseado no deslize que citei acima: quando eu disse que a morte do bebê não foi bem abordada e foi tratada de forma "natural", perceba que o bebê só foi citado, ou melhor, serviu de motivo para eles dormirem no mesmo quarto, isto é, criar um desfecho para que ocorre a primeira cena Yaoi; então algo que poderia ter sido aproveitado pra dar uma levantada no quesito anterior (sobre a personalidade dos personagens) acabou dando uma levantada no Yaoi, tornando-o mais principal que a própria ditadura em si. Não falo só disso, há outros exemplos também; como, por exemplo, "ser homossexual" na ditadura foi tratado com mais veemência do que "ser jornalista" (um distribuidor frenético de informação), que, acredito eu, era pra ter sido o foco, visto que o personagem era jornalista e todos sabem do contexto histórico marcante que era a guerra entre a ditadura e a mídia (acompanhada da liberdade de expressão), então alguns elementos de Yaoi acabaram por afundar outros contextos que poderiam ter acrescentado bastante na sua história.

E o que seria a falta parcial de fluidez? Bom, tinha momentos em que a narração parecia travar do nada, porque coisas aconteciam de repente (por exemplo, teve um parágrafo em que o dia mudava na mesma frase) e isso me deixou confuso porque aconteceu mais de uma vez. Também teve um problema com a utilização do travessão sem espaçamento e teve um parágrafo em que faltou o uso de travessão, o que fez com que mais dessas travadas acontecessem. Não era nada que reler o parágrafo não resolvesse, no entanto, é algo que atrapalha a leitura, portanto, é necessário tomar esses cuidados, creio que foi por falta de revisão mesmo.

Bom, esses foram os três quesitos positivos e negativos que eu encontrei lendo a sua história de maneira crítica. Se tiver dúvidas ou quiser comentar cujo sistema de respostas não possa suprir, pode se comunicar comigo sempre que quiser. Agradeço pela atenção, pela leitura e boa sorte com a sua participação no desafio! ♥

Resposta do Autor [Eclair]: Oi, vai tudo bem, obrigada.
Certo, posso dizer que concordei em tudo que você mostrou, deixei até anotado em um bloco de notas para não ter que cometer esse erro novamente. Porque escrever é um processo que sempre está evoluindo, nunca parando.
A escolha do acervo foi algo involuntário, sério. As vezes juro que sou melhor escrevendo uma one do que uma long, porque mais tarde eu acabo me enrolando na história e toda a eloquência e acervo vai buraco abaixo.
Foi porque eu tive que estudar um pouco mais do que eu já tinha estudado na escola, porque lá eles só dão os pontos principais e não fala de muita coisa dos bastidores, e foi algo que precisei estudar muito.
Eu também gostei do final, e tive momentos imaginando como seria se eles fossem mesmos reais e podendo conversar com eles, gostei do resultado que o final me proporcionou.
Hehe, a pressa é inimiga da perfeição. Acho que eu deveria ter dividido a história em mais capítulos e feito uma short fic com mais detalhes. E é algo que estou realmente querendo fazer, pegar essa one e mudar algumas cenas, colocar mais detalhes pra enriquecer mais. E olha que eu me achava o máximo em descrever o emocional, eu devia mesmo deixar de ser orgulhosa demais e prestar atenção no que eu estou escrevendo.
A dispersão. Realmente, depois de reler o texto percebi que eu foquei mais no romance do que no contexto histórico. É um ponto que eu peco na maioria das minhas histórias, como eu disse lá em cima quando falei do acervo, porque eu acabo focando demais no romance dos personagens e me ferro toda na história.
Foi pura falta de revisão e pressa demais. Vivem me criticando por eu ser afoita demais, e isso acaba por refletir em tudo que eu faço. Eu vou tomar esses cuidados, tá tudo anotado pra eu não repetir nas outras histórias.
Pode deixar que eu me comunico sim.
Eu que agradeço por ter criticado a história e tirado um tempo pra ler. Mais uma vez, obrigada! Toda a sorte do mundo, espero.

Nem sei o que dizer, simplesmente adorei!! Todo o enredo, a situação, a tragédia, acho que estão muito bem interligados e cativantes.
Por favor continue a escrever histórias com esta categoria, estarei esperando!!

Resposta do Autor [Eclair]: Nem sei como agradecer, sério! Seu comentário me fez bem mais feliz. Pode deixar que eu não vou deixar de escrever nessa categoria!