Comentários em Corbeau

Juliana Rizzutinho

09/07/2015 às 22:25 • Capítulo 1
Sério! Estou tão impressionada que nem sei o que escrever. Um conto sinistro, bonito e mágico. E sempre disse a você: com tempo e prática, ficará cada vez melhor. Você tem talento e uma narrativa que prende a atenção (mesmo para aqueles que não curtem mais hermético e sombrio). É impossível parar de ler e bem interessante a lógica da personagem principal.
Gostei de ver! Parabéns e arrasou, garota! Beijos :*


Resposta do Autor [KodS]: Oi Ju!!
Ai que emoção *-* (momento tietagem) a autora da melhor história do Nyah!/Wattpad aqui no meu conto :')
Voltando ao assunto, fico feliz em saber que gostou. Ainda estou trabalhando essa narrativa, mas com o tempo as pequenas coisas vão se ajeitando, como você mesma disse. Obrigada, Rae é umas das minhas personagens favoritas entre as que criei e acho tão lindo quando a elogiam.
Obrigada! Fico feliz por ter gostado.
Beijos :*


Senhorita SM

10/07/2015 às 15:22 • Capítulo 1
Gostei de como as informações foram colocadas, de uma forma natural, e não forçadas goela a baixo.
No primeiro parágrafo sabemos: a tarde estava no seu fim, o mês de abril também, o movimento era pouco, apesar de estar na ‘’hora do hush’’, foi um dia sem sol e era sexta.
No segundo: Raven foi caminhando por ruas solitárias e lamacentas, viu uma criança com seu pai, distantes. A criança a olhava sem desviar um momento, Raven suspeita que era por causa do estado de sua capa, foi ajeitar a lã sobre seus cabelos e tropeçou em algo.
Terceiro: A criança desviou o olhar apenas quando ela foi pegar o objeto: um medalhão, como não tinha ninguém além dela, da criança e de seu pai, guardou a joia em sua capa.
Passou-se algum tempo…
Quarto: aqui é informado o tempo em que a joia está na posse de Ray e sua coloração, que nenhum fato que mereça destaque aconteceu desde que ela encontrou esse medalhão. Que o sofá do seu quarto alugado era azul, encardido e rasgado e que gosta de café puro. Ao ver a medalha se lembra dela. Também sabemos que o dono do imóvel era alguém que pela sua descrição, detestava.
Quinto: Raven pega o medalhão e pensa que só teria duas alternativas: a prostituição ou entregar a joia ao proprietário do quarto, para pagar sua dívida. De repente a porta é aberta e ela deduz que foi com a chave reserva, sabe então quem é.
Diálogo: Ele diz que veio pegar seu pagamento, enquanto mexe com as mãos o suspensório usado. Diz que se ela não tiver, poderiam resolver. Aí entra uma alternativa implícita e nojenta, tocando nos fios de cabelo da jovem. Ela o manda não tocá-la, pressionando com força a joia, no ímpeto da raiva pelo comportamento asqueroso do homem. Ele pergunta o que ela está fazendo com ele, pois não consegue mexer os braços. A chama de bruxa numa tentativa de ofendê-la . Ela assustada pelas pela ameaça que se seguiu, acabou soltando a joia e ele agarrou seus braços. Mais uma vez a ameaçou verbalmente dessa vez a puxando para perto de si. Ela o mandou para o inferno e pegou o medalhão novamente, desesperada, e gritou – morra! -, o homem andou até a janela e pulou, para o espanto de Ray.
Passou-se mais algum tempo…
Sexto: Depois de presenciar uma cena tão bizarra, sabendo que ali um homem morreu, tratou de fugir vestida em uma capa azul, após um momento de paralisia, causado pelo choque do episódio.
Sétimo: Foi até o apartamento de alguém que confiava.
Oitavo: aqui sabemos o nome da pessoa de confiança a quem ela recorre: Guilhem LesBans. A descrição dele é muito legal. Simples, natural, com defeitos e qualidades, como qualquer um. Não um: ‘’homem perfeito.’’ Descrições como essas soam falsas demais. Sabemos que ele alternava entre a sala e provavelmente seu quarto, tinha sono leve no primeiro cômodo e ela entrou pela janela.
Nono: em que ela passa dois dias na casa desse amigo, num revezamento de cama e sofá. Gosto dessa parte também.
Décimo: aqui, Raven, reflete sobre ter dormido com o amigo, julga que foi algo que não deveria ter feito, isso a deixou culpada, e por isso foi embora furtivamente, sem nenhuma grana, apenas com sua joia misteriosa.
Décimo primeiro: ela conta que nas suas memórias sempre há tempestades. Enumera-as. Relembra, principalmente, da mãe a abandonando.
Décimo segundo: sabemos que foram necessários quase treze anos para que o pai de Raven conversasse com ela sobre sua mãe. Essa que segundo a jovem seu pai idolatrava, fazendo-a sentir-se estranha por não fazer o mesmo. Fica implícito que seu pai amava sua mãe, não tinha raiva, devia saber o motivo de sua partida. Eu gosto de como a mãe é descrita, deixando claro o que ela representava, e a comparação com a ave, muito bem colocada, para mais tarde ser entendida.
Décimo terceiro: relata quando saiu de casa, num dia chuvoso e foi acolhida pelos LesBans. Gostaria de entender o que eles são. Um grupo? Reunidos para algum objetivo ou por algum motivo?
Décimo quarto: o líder do grupo, arrisco dizer, disse para ela que órfãos sempre cuidam de outros órfãos, no dia que o pai de Ray morreu, outro dia chuvoso e em que foi em que foi acolhida novamente pelos LesBans.
Temos um pouco do passado para entendermos o presente, de forma natural e que prende a nossa atenção.
Décimo quinto: voltamos ao presente, em que ela foge do filho do homem que um dia a ajudou, não uma, mas duas vezes. Ela expõe seu temor à reação de Guilhem ao descobrir uma possível manipulação.
Décimo sexto: Caminhava numa tempestade, aquelas em que não adianta o que se faça, o vento e a chuva se unem e te dão um belo de um banho. Com a descrição é bem fácil visualizar a cena. Em seguida ela conta de como foi se acostumando a longa caminhada, aqui também a narrativa foi bem legal. Menciona que salvou uma menina que segundo ela a lembrava, dias antes, também prestou ajuda a uma senhorinha, mostrando o bem que tinha feito com a ajuda da pedra, além de fornecer o seu alimento, o que a manteria mais forte para a gripe que já começava a surgir, causada pelas roupas molhadas da chuva.
Décimo sétimo: onde ela diz cometer seu primeiro roubo.
Décimo oitavo: Ela descreve o lugar onde praticou o delito, um cortiço, dizendo tirar apenas as roupas de que precisava, a própria combinação de cores reforça, que ela pegava as roupas apenas porque não tinha escolha. Como é sabido que a única roupa que tinha estava molhada e provavelmente suja.
Décimo nono: sem casa ou para onde ir, ela se abriga numa marquise. Lembra de como o pai chamava sua mãe: solitária. Penso que foi assim que ela se sentiu, ali sem um lugar ou companhia. Onde ela se protege com a capa da mãe, que ela admite amar e odiar. Pede por uma resposta, pois sua mãe é uma incógnita, em que o motivo de sua partida é a grande pergunta. Até agora não tinha percebido o quão triste é essa cena.
Ela faz uma pergunta para o nada, querendo entender o motivo de sua mãe ter deixado a sua capa para ela. Assim eu interpreto. Não houve resposta, até um barulho característico dos corvos, ser ouvido, a fazendo abrir os olhos.
Vigésimo: o corvo é como uma aparição, um guia, algo que Raven se apega com esperança de obter respostas. Seus livros a faziam acreditar no incomum, mas com certeza sua vontade de obter respostas, também contribuiu. Além do que, se ela já tinha vivenciado experiências incomuns com uma joia que encontrara, poderia aceitar mais facilmente que o corvo fosse o estado animal de algum humano.
Vigésimo primeiro: aqui, para mim, ela expressa que sempre considerou a si própria, um enigma. Uma garota cheia de controvérsias. A última linha desse parágrafo deixa bem claro, sem necessitar de explicações.
Vigésimo segundo: As linhas iniciais dão a entender, que ela sempre estava em situações incomuns, digamos. Esse trecho é um dos que, sem poder explicar, gostei bastante: ‘’a mesma que odiei por 23 anos, a mesma que idolatrei pelos mesmos 23 e anos.’’ – São frases que soam bem, que no caso, a leitora aqui, vê e gosta, acha legal na frase. A jovem chega ao fim da rua, ouve sirenes, assim percebe que os bombeiros estão ali junto com a polícia, e uma multidão olhando para a mesma direção: para cima.
Em meio à multidão, Ray ouve alguém, voz de mulher, exclamar um ‘’não’’. Dizendo que se mataria caso ‘’isso’’ acontecesse, referindo-se a algo que no exato momento não podemos saber. Ela pergunta para alguém, provavelmente o marido, que saberemos adiante. Se ele quer perder ela e o único filho ao mesmo tempo. Imagina-se aqui a aflição dessa mãe, que não cogita mais viver se o filho morrer.
Vigésimo terceiro: voltamos à Raven seguindo o corvo, que se mostra invisível para os guardas do prédio que adentra, e a jovem usa a joia para conseguir passar. Considero bem interessante quando o leitor chega à cena em que a origem do poder dessa joia é mostrada. Legal também ela ter mentido e não dado certo, geralmente, falo por mim, se espera que dê certo. É bacana que as coisas sejam mais verdadeiras, menos tudo foi fácil de primeira.
Vigésimo quarto: esse poder que a ave exerce sobre a garota pode ser entendido muito bem, eu poderia atribuir também ao medalhão, se já não soubesse a verdadeira origem. É bonito pensar que a verdadeira força e poder vem dela mesma. O corvo desaparece e finalmente a deixa onde pretendia. Bem, a mãe de Raven a coloca ali, na intenção de mostrar para ela, que a filha é necessária. Sua mãe, podemos supor, é alguém que tem imensa generosidade. Abandonou a pessoa que mais amava para ajudar a quem precisava, espera que se a filha perceber o quão pode ajudar outros, entenda assim os seus motivos. Se Ray entendeu a mãe não sei, mas entendeu que enquanto pessoas dependerem dela, ela não estará sozinha. Entendeu que assim como elas precisam dela, ela precisa delas. Pois agora ela tem um objetivo. Confesso que queria saber mais sobre os LesBans, a própria Ray como corbeau. Eu coloquei como entendi cada capítulo, para você avaliar se estou certa e corrigir possíveis confusões. A mensagem da história é bem legal. Uma garota que sempre teve a mãe como uma presença invisível, porém forte. Perdeu o pai, alugou um espaço que não conseguiu pagar, um homem morreu na sua frente, precisou fugir. Mas como uma alma solitária e inquieta, do lugar que se abrigou, logo partiu. Se viu novamente sozinha, apenas com uma misteriosa joia que parecia ter algum tipo de poder. Sua mãe, não da forma mais convencional, como tudo relacionado a sua vida, apareceu. A fez perceber que era importante para alguém, que ela tinha mais força do que pensava, quando revelou que a joia nada fazia de fato. Isso foi um fato surpreendente. E a Raven finalmente pode seguir sem a presença invisível da mãe, pode voltar para alguém, que ela gostava e gostava dela. Voltou com respostas, com um objetivo.


Resposta do Autor [KodS]: Me desculpe se a resposta não estiver a altura do comentário, mas é porque eu realmente não sei como colocar toda a emoção que ele me despertou em palavras. Como toda a história, Corbeau não foi diferente e basicamente se escreveu sozinha e eu não sei como explicar, eu simplesmente sentia o que tinha que ser posto no papel e quando fechava os olhos podia enxergar tudo o que foi descrito. É simplesmente emocionante saber que consegui passar tudo com tanta clareza, você simplesmente resumiu tudo o que quis transmitir com a história da Rae, toda a solidão e cada pequena nuance das personagens.
Estou simplesmente encantada e surpresa porque a Ray sempre me pareceu uma personagem relativamente complexa e, mais ainda, não sabia se esses pequenos detalhes que você destacou e que, assim como você, eu acho que extrema importância para a história passariam despercebidos.
Sobre as questões que você levantou no fim, os LesBans na verdade são uma "família", como falei no grupo, esse conto pode ser considerado um spin-off de um enredo bem maior que estou montando e que se aprofunda muito mais tanto na relação dos LesBans com a magia como na vida dos pais da Raven e toda a questão de magia. Mas essa família pode ser vista como uma espécie de protetores da "magia" na terra e "Corbeau" é apenas um apelido que recebi de um amigo por ter o costume de andar toda de preto no inverno, então resolvi passar para a Raven (eu sei que provavelmente não é a explicação que esperava kkkk)
Bem, eu acho que é isso.
De novo eu agradeço por esse comentário maravilhoso, acho que nunca vou ver uma retratação melhor das minhas personagens. Muito obrigada.
Beijos e abraços :*


Aldagaur

24/07/2015 às 00:28 • Capítulo 1
Demorou, mas finalmente parei aqui para ler a sua oneshot!
~descurpa a demora~ x3

Vejamos, por onde começar...

Acho que o que primeiro notei e que me chamou a atenção foi a ambientação da história, esse clima sempre tempestuoso. E toda essa ideia também, de sempre haver uma tempestade quando algo de importante acontece na vida da protagonista; achei algo muito criativo e prazeroso de se ler. :3

E sem falar então da premissa principal da One, essa pedra que dá para a Ray a habilidade de controlar outras pessoas. Que ideia criativa! De verdade, e ainda a explicação por trás disso, da magia restante da mãe dela ficar na filha. É muito interessante. c:

Tenho de admitir que eu gostaria de ver uma história assim por aí. Já pensou em criar mais coisas e até fazer uma original baseada nesse texto? Ele tem bastante potencial.

Bom, eu gostei da oneshot!
Achei bem criativa, de fácil leitura, atrativa, e como eu disse, com um potencial próprio e interessante. x3

Parabéns, moça!

Até mais. :P


Resposta do Autor [KodS]: Que isso, demora desculpada, até porque eu tenho que aparecer na sua ainda, então fica no crédito. pode ser? :D
Eu admito que tenho uma quedinha por tempestades, não só para ler, mas sempre percebi uma certa melancolia nos dias de tempestade e queria muito -- mesmo, tipo, de verdade -- colocar isso de alguma forma. Fico feliz que tenha gostado do uso dela :3
Obrigada, eu já tinha a personagem muuuuuuuuito antes de criar a one, então jogaram essa ideia (como aqueles writing prompts, nem sei se é assim que escreve :P ) e me senti obrigada a usar, pelo simples fato de que era a premissa perfeita para a Ray. C:
Como eu disse, a Ray já existia muito antes de pensar em toda essa história, isso porque eu estou trabalhando em uma original focando nessa ideia da magia na terra e aumentar a mitologia desse conto, mas ao invés de focar na Raven, vai ser focada na mãe dela e tudo o que aconteceu antes dela nascer.
Que bom que gostou e achou de fácil leitura, porque fiquei com muito medo de deixá-la confusa ou com pontas soltas.
Mais uma vez, fico muito feliz que tenha gostado.
Até breve, abraços
Kod'S :p