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30 Coisas A Fazer Antes De Morrer

Engenho das Letras

28/04/2016 às 08:24
Okay, se você quer rever seus conceitos de vida e sonhar bastante essa fic te da um empurrãozinho precipício a baixo. É impossível ler sem se colocar no lugar dos personagens e tentar de alguma maneira - bem menos emocionante e surreal, logicamente - reproduzir alguns dos capítulos, já que você muito provavelmente vai concordar com alguns tópicos na lista da pessoa incrível que escreve essa fic. Mas, se você, ao contrario de mim é o tipo de pessoa realista, chata e absolutamente normal que tem certeza de que um Peeta lindão nunca vai cair do céu e beijar seus pés emuma situação completamente inusitada, relaxa, não feche a fic, não, de uma chance a você mesmo de ter uma lista louca e divertida de coisas para viver. Garanto que independentemente da forma que você olha pra vida real, essa história vai te fazer chorar e te arrancar risos, porque ela não fala dos sonhos de uma única pessoa, ela fala de coisas bobas que todos nós imaginamos para si eventualmente enquanto lavamos a louça ou esperamos a nossa vez na fila do banco. A autora também nos fez lembrar, de um jeito leve e super divertido, que nós precisamos viver e sorrir pra vida que podemos viver. Então, de todo meu coração, recomendo essa fic, porque hoje depois de ler eu vou sair pra trabalhar sorrindo e vou tentar fazer algo diferente eespecial para quando chegar em casa a noite colocar uma coisa nova na listinha de coisas que eu fiz antes de morrer.

Maktub

Engenho das Letras

15/06/2016 às 19:37
Desde o princípio existe um brilho diferente nessa fic. Maktub por si só já é um título que diz muito sobre o que esperar da história e a leveza com que ela é contada não deixa a desejar. Em uma trama saborosa de ler a autora nos joga em um mundo que exige uma análise delicada a respeito de temas como família, amor e respeito, e também nos obriga a resgatar e rever valores já não muito comuns nos relacionamentos atuais, Sany consegue nos desligar de um mundo rápido e cheio de possibilidades para nos restringir a uma cultura mais casta, onde tudo acontece de uma forma menos intensa, e perdão aos adeptos a relacionamentos rápidos, mais real. A sobriedade com que ela descreve o comportamento e sentimento humano é algo tão admirável que nos faz querer viver diferente, nos faz acreditar na construção do amor verdadeiro e faz também querer ver mais histórias como essa por aqui. Confesso que vez ou outra a fic me arrancou uma lágrima, mas isso só aumentou a admiração que eu construí pela história e pela autora.

O País dos Generais

Engenho das Letras

21/06/2016 às 11:16
Expectativas. Redbird superou todas elas. Primeiro ela encaixou sua estória dentro de cenários porto alegrenses e deu aos leitores a sensação sinestésica de sentir com os olhos, nos permitindo conhecer as ruas do Bom Fim ou admirar o pôr-do-sol na beira do Guaíba. Ela criou personagens fortes e intrigantes desde o início da trama e deu a todos eles histórias de vida e ideais que os tornaram cativantes. Fez uma trilha sonora nas horas corretas, como se víssemos um bom filme brasileiro (que infelizmente ninguém nunca produziu) e nos fez entender o real significado por trás de suas melodias. Depois ela nos presenteou com mistérios e interligou todos os personagens por um conflito, uma luta. No meio desse choque de ideologias, de sentimentos, de contradições ela plantou um sentimento de amor, um amor cheio de barreiras e complicações.
É, a Red beirou a perfeição dessa vez, mas a parte mais especial de País dos Generais não foi o que ela fez com a estória e sim o que ela fez com o leitor. Ela, humildemente, cultivou a semente da dúvida em nossas cabecinhas, nos tirou da zona de conforto. Red me fez subir um degrau na vida com a sua história. Agora minha culpa católica me obriga a fazer essa recomendação depois de muito protelar, porque ela não escreveu apenas uma estória bonita, ela escreveu a História, uma luta real, que nos pertence e que está presente na nossa vida até hoje, que nos influencia sem nem ao menos nos darmos conta disso. Essa história me faz querer levantar uma bandeira, me mudou e me deixou com lágrimas nos olhos.
Olhar para essa fic é como encontrar uma mina de ouro, a diferença é País dos Generais me enriquece por dentro e isso ne faz bem mais feliz

Entre Irmãs

Engenho das Letras

29/06/2016 às 20:32
Bukowski disse uma vez "O amor é bom pra quem aguenta as cargas psíquicas" e Entre Irmãs exemplifica perfeitamente esta chula citação. Cada personagem tem um conflito independente, uma marca ou trauma do passado que torna o amor um peso dolorido demais para carregar e todos eles acabam ligados por um problema maior que reabre feridas e os obriga a enfrentar as atuais circunstâncias e fazer do presente um objeto de reparação do passado e um instrumento capaz de abrandar a consciência culpada que os atormenta por se afastarem do - arriscado - sentimento de amor.
EI não é uma história romântica, não a vejo dessa forma pelo menos, nela eu consigo encontrar atos, não declarações. Expressões de sentimentos ao invés de diálogos emotivos. Não há amor romântico, também. Existe sim o sentimento de gostar, a relação entre Katniss e Peeta ainda está ali, mas cumpre o papel de coadjuvante, porque existem coisas maiores e amores anteriores antes que a relação deles possa, de fato, valer alguma coisa na fic. O que está fielmente presente nessa estória é o amor fraterno, puro, entre Katniss e Prim, o relato de como algo drástico pode mudar uma pessoa tanto para o mal quanto para o bem. Aqui e ali você vai entender como os princípios e a visão de mundo da Everdeen mais velha se moldam de acordo com os conflitos, deixando de ser a advogada megera, passando pela rica esnobe, para depois ser a controladora escandalosa para tornar-se enfim a irmã zelosa disposta a carregar o mundo nas costas e enfrentar seus fantasmas para dar a Prim um tempo de vida maior.
Well, depois de não ter mais o que dizer sobre a história, eu ainda tenho um último aviso: Você vai chorar.

Eu de Letras, ela de Irônicas

Engenho das Letras

28/01/2017 às 23:47
Uma história conta muito sobre quem a escreve. Cada ponto, vírgula e travessão representa um pedacinho de alma que o autor doa para o mundo. E Sr Devaneio doa suavidade e leveza. Não se impressione, caro leitor, se a narrativa te prender por ser apenas gostosa de ler, porque é isso que ela faz: Te enlaça aos poucos por ter graça e elegância. 'Eu De Letras, Ela de Irônicas ' é um romance que substitui a paixão a flor da pele por um amor que nasce aos poucos, de uma amizade, que troca atos heroicos por pequenos gestos de cumplicidade.
Este 'moço' que vos presenteia com um amor que floresce de pequenos gestos é um lembrete de que, às vezes, em um campo de rosas fúcsia, uma margarida pode se tornar chocante. Não há drama em sua estória, também não existe um protagonista incrível e brilhante (sem trocadilhos), existe apenas Ana e Andrew e um relacionamento cheio de possibilidades, que pode muito bem acabar amanhã como também durar para sempre, porque a vida pode ser simples e surpreendente e isso só depende do ponto de vista de cada um.
Oh caro leitor, eu não posso te dar uma bolsa Dior como garantia de que você ficará tão fascinado quanto eu por esse casal universitário completamente normal, nem espere isso de mim, mas eu posso dizer que vale a pena conhecer um pedacinho deste autor que transforma pedra em ouro e te faz querer sempre um capítulo novo no final de cada dia. Digo isso porquê Esdras escreve com beleza e encantos viciantes e desafiadores de quem não escreve histórias, e sim é chamado por elas.