Uma história curta, já disse Neil Gaiman, é o maior truque de mágica - um conjunto de poucas palavras para te levar ao redor do universo ou quebrar seu coração. É incrível o que uma pessoa talentosa faz em menos de mil palavras (novecentas e quarenta e seis, para ser exata), cada uma delas precisa e no lugar certo. Se histórias maiores permitem escorregões, o texto curto não oferece esse luxo. Afterthought foi construída nos menores detalhes, perfeita, pontual e extremamente sutil em sua delicadeza. Poseidon e Atena, dois deuses gregos de peso, tratados com elegância e um mistério muito único. Recomendo a leitura para sairmos do mais do mesmo, do falho, do repetitivo. Afterthought é o começo de uma reviravolta da forma como vemos personagens tão conhecidos, e é sempre um prazer ler algo escrito com tanta inteligência e tanta criatividade. (Depois disso tudo, dizer que eu a amei chega a ser redundante. Ainda assim, é terrivelmente verdade.)

Essa é a primeira one que eu recomendo e com certeza merece cada palavrinha que vou dizer aqui. Bem escrita, curtinha, mas que mesmo assim te toca no fundo de seu coração é realmente incrível. Não é segredo que sou chata para leituras e para gostar de algo e a simplicidade, o sentimento e a evolução dessa bela one estão com certeza agora cravados em meu coração e querer mais e mais é pedir muito? Vou adicionar a autora a minhas favoritas e com certeza vou querer conhecer mais de um trabalho tão bem feito e você que por acaso do destino caiu nessa recomendação, vá ler essa história, pois com certeza vale a pena.

Há muito tempo não leio algo tão digno, que tocou meu coração tão a fundo. Essa história é tão delicada, leve e suave, que a vontade que você tem é de estender a mão para tentar tocá-la um pouquinho sequer. Meu ser está transbordando com a sensação que tomou meu corpo. Quero emoldurar essa belezinha e colocar na parede do meu quarto, para que possa ser admirada todos os dias, várias vezes ao dia.