Não, Agridoce não fala de cozinheiros só por causa desse nome. Nem sobre sereia só pelo nome dela ser Ocean. Também não teremos uma satanista com sacrifícios e um funkeiro que só por morar no morro/favela vende drogas.
O que temos é uma história que aos poucos se desenvolve de forma realista, sem estereótipos ou exageros em ambas as partes.
Eu poderia citar vários pontos fortes da história, mas creio que se passar no Brasil seja o maior deles (confesso que essas são os meus xodós), pois podemos acompanhar um cotidiano que, pelo menos para alguns, é real.
Outro ponto forte, que é um diferencial, é a conscientização sobre o meio ambiente, principalmente os oceanos, afinal o nome da Ocean não é a toa.
Os protagonistas são extramentes cativantes. Oceano é aquela garota forte, destemida, sincera, irônica e fofa que queremos guardar num potinho. Quando Guilherme, um funkeiro bem “galeroso”, mostra ser mais do que o julgam ser.
Os secundários não ficam de fora, pois Leandro, melhor amigo de Ocean, é aquele amigo que você quer para si. Dá uma vontade de roubar ele da Ocean, sabe?
Enfim, Agridoce é aquela perola que tá aí esperando pela sua leitura.