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Diamara Passarinho

05/07/2018 às 17:06
Passados dez anos desde a sua primeira ida acidental ao Reino das Fadas, Jack prepara-se para lá regressar com vista o resgate do híbrido veado-humano que o salvara quando criança – afinal, foi para isto que dedicou toda uma década de estudos e formação como bruxo.

Bem trabalhada pela autora, tendo em conta o número reduzido de capítulos – cerca de cinco, cada qual com aproximadamente mil e quinhentas palavras -, a história convida o leitor a embrenhar-se na aura mística que nela se respira, cativando-o com um Reino fantástico que o mesmo desconhece e com personagens enigmáticos que, contrariando o número e participação reduzidos, se revelam igualmente magnéticos.

Tudo isto graças à impecabilidade da escrita e a uma narração expressiva, às quais se junta uma ambientação bem conseguida, com momentos de descrição harmónicos e oportunos, capazes de fazer transcender ao leitor os sons, as cores, os movimentos, a magia, agraciando a leitura de muita beleza, sensibilidade e fluidez.

Os acontecimentos sucedem-se no ritmo certo desde o início, conservando o interesse do leitor, e convergem para um desfecho que, embora aberto, esclarece com clareza e coerência as questões fundamentais da história, proporcionando satisfação e leveza.

Permita-se a uma leitura encantadora com ‘Danças na Floresta’!