Anônimo

08/03/2014 às 17:38
Embora seja o segundo caso de Pandora, o conto é passível de ser lido e apreciado tanto por quem leu o anterior, como por quem está a contactar com este mundo pela primeira vez. Situando a acção num worldbuilding em que mitologias e crenças de várias épocas e povos se intercalam com mistérios de ambiente noir, o autor consegue ainda manejar para inserir vários elementos facilmente reconhecíveis do conto "Cinderela". Uma mistura feita com mestria e muito bem conseguida.
A esta grande mais-valia, junta-se a (boa) construção das personagens, cujo crescimento, não se tornando no foco principal, não deixa de estar visível nos pormenores, e a escrita, que considero como uma das melhores tanto no Nyah! quanto no espaço literário brasileiro.