Lu

01/04/2013 às 00:00
"Damos nomes, pois não nos conformamos com a existência do inominável."-- um bocado forte, não?

Caramba, é difícil descrever a grandeza disso sem usar meia dúzia de palavrões, a senhorita escritora que me desculpe, por favor! Eu amo filosofia, lhe afirmo, e amo ainda mais qualquer questionamento, mas isso o que vossa senhoria escreveu não é APENAS um questionamento filosófico, é arte, pelo amor dos deuses, É ARTE! Nossa, to até meio arrepiada, gente. Na verdade se chama Catarse, algo que a arte é capaz de provocar no ser humano com certa facilidade frívola.

Sem palavras. É tão curto, é tão visceral e verdadeiro! Todo escritor -- ou qualquer um que trabalhe à base Dela -- sabe exatamente do que se trata o texto, sabe no âmago de si, no profundo da alma! É uma insanidade, de tão verdadeiro!

Palmas para você, que A tomou por amante um instante e escreveu essa perfeição de palavras, esse amontoado de caracteres formando uma arte tão bela como um mosaico de peças pequenas. Por favor, isso é talento!

Outra coisa, o texto é impecável, usa da nossa língua -- essa que é tão vasta e pouco explorada quanto uma floresta de mata fechada demais -- de forma tão bailarina, vai indo e vindo no movimento do falar, ou melhor, do escrever! Linda a parte literária, e ainda, adorei a arte da capa! Confesso que de primeira instância, a capa me tomou mais do que a sinopse, queira me perdoar.
Mas isso é apenas um detalhe, perto da enormidade da qualidade do texto!