Apenas para Lembrar escrita por VenusHalation
Orihime estava perturbada, fosse sonho ou não aquela energia imensa e forte sempre voltava por breves momentos, como se a criatura que a fizesse aparecer entrasse e saísse de algum lugar. Às vezes podia senti-la de longe, mais branda e as vezes tão forte e esmagadora como se estivesse logo ali, ao lado dela.
Queria ter forças para correr até onde a energia estava, mas pensava naquela faixa no braço de Ishida.
– ”Talvez, não fosse um bisturi cortando-o acidentalmente...” –Ela pensava.
E seria uma total coincidência acontecer exatamente no mesmo dia em que ela desmaiara e sentira aquela energia tão estranha.
A ruiva apenas suspirava enquanto descia as escadas parado de frente ao apartamento de Ulquiorra. Empurrou a porta e mais uma vez tudo era vazio.
~*~
Hueco Mundo. Onde lamentáveis almas vivem perseguindo uma razão angustiante para alimentar a agonia. O ex-cuarto espada andava pelo deserto. Iria para o Las noches, na esperança de obter alguma informação. Encontrar um poder único que, talvez, tivesse ficado por lá, este que o fizesse encontrar singularidade nas almas e, assim, encontrar nessa singularidade aquilo que procurou durante a vida: os avôs.
Passou pelo campo que dividia o antigo santuário de Aizen do resto do Hueco Mundo, aquele “pedaço” de dia que, ainda, iluminava o velho conjunto de pilares brancos semi-destruídos pela batalha de inverno. Seguiu em frente adentrando pelas instalações destruídas que conhecia como ninguém.
– Pensei que estivesse morto. – A voz feminina ecoou.
– Você? – O moreno virou-se procurando a dona da voz que saia da escuridão.
– Ichigo o matou, eu lembro. – A mulher de cabelos esverdeados o encarou, mostrando-se.
– Também achei e Nnoitra a tivesse matado, Neliel. – Disse seco.
– O Hueco Mundo está em paz, vá embora se veio causar problemas! – A mulher sacou a espada.
– Não me importo com o Hueco mundo e suas almas tão miseráveis. – Ele abaixou a espada da mulher com a mão. – Vim apenas buscar algo.
– Se está atrás do Hyogoku, esqueça. A Soul Society o levou com Aizen.
– Está com Urahara Kisuke? – A pergunta fez Neliel se calar. – Respoda, Neliel.
– Eu... Não sei.
– Mente. – O arrankar apontava a mão pálida para ela, exatamente como fazia antigamente. Entre o pescoço e peito.
– Vai me ameaçar Ulquiorra? – Ela sorriu segurando a mão dele pelos pulsos. – Com essa reiatsu humana, você não é nada. Eu, ainda, sou a terceira espada, lembra? Mas não quero problemas, suma. –Deus as costas.
– Patético. – Ele olhou a própria mão. – Já me deu respostas Neliel. Vou para a Soul Society.
– Não lhe disse nada. – Ela sumia nos corredores pelas sombras. – Boa sorte, mas saiba que Ichigo e os outros shinigamis estarão lá.
– Estou ciente... E pronto para correr os riscos.
~*~
– Orihime, você está estranha. Algo errado? – Tatsuki encarava a amiga que mantinha o olhar perdido.
– Ah... – A ruiva deixou um bolinho de arroz cair. – Não é nada, apenas estou preocupada com as provas. – Ela sorriu serenamente.
– Sei... Ulquiorra?
– N-não! – enrubesceu. – Nem me... Faz falta.
Tatsuki conhecia a amiga como ninguém, olhou a expressão perdida da ruiva, que tentava segurar o choro, dando um soluço só.
– Vou subir, Tatsuki-chan! – Sorriu meigamente, tentando esconder os olhos lacrimejantes. – Até amanhã!
– Até mais, Inoue. – Acenou indo embora.
Orihime subiu as escadas parando de frente para o apartamento de Ulquiorra, empurrou a porta e mais uma vez: vazio.
Tirou o casaco amarelo do colégio, deixando-o em cima da mesa, foi andando devagar por entre a mobília perfeitamente organizada. Fechou os olhos sentando-se no sofá abraçando a si mesma, como se buscasse por algo. Sentiu algo quente a abraçando, mas não quis abrir os olhos, pois, podia ser um sonho. Adormeceu.
Ulquiorra a manteve envolvida, já sentia o sono pesado da garota e a deitou lentamente no sofá.
– Eu queria que soubesse... – Ele respirou fundo. - Que não importa que não se lembre de mim, pelo menos, você não se envolve nisso. Querem te proteger. Uma parte de mim você tem, mas... Apenas para lembrar. Adeus.
– Eu não tenho medo. – Ela disse enquanto dormia.
O moreno mirou a garota ates de abrir a garganta e ir.
Orihime continou lá, sendo perturbada pelos velhos sonhos, mas aquele, aquele era diferente, era como flashes de vários ocorridos. Um homem de máscara de ossos, o adeus, uma mão estendida, poeira, luta, coração, uma pulseira. Acordou ofegante, correndo até seu apartamento, entrou no quarto, abriu a gaveta da escrivaninha remexendo os cadernos e folhas velhas, estava lá. A pulseira de metal dada por Ulquiorra no dia de seu seqüestro.
Caiu de joelhos no chão, todos os ocorridos passaram na frente dos olhos acinzentados como um filme.
– Ulquiorra, eu... Me lembro!
~*~
– Arrankar! Chamem os esquadrões, já! – Um rapaz dizia. - Mandem uma mensagem para o General Yamamoto, já!
– Certo senhor. – O rapaz pegava a borboleta escura na mão, esta que voou até a base do esquedrão número um.
O velho Yamamoto recebeu a borboleta, ouvindo a mensagem atentamente.
– ”General, aqui é da Central 46, invasão de um arrankar em Rukongai. Precisamos de soldados no perímetro da Soul Society, já!”– Dizia a gravação.
O velho chamou três de seus subordinados.
– Chamem o Tenente Abarai, mande-o trazer o substituto, agora. – O velho levantou da cadeira imensa. – Mandem o sexto e o segundo esquadrão para conter o monstro, quero o oitavo e o décimo terceiro esquadrão escoltando por aqui. Diga a Unohana, também, para preparar o quarto esquadrão para os feridos e para Kenpachi, para ter paciência, irá lutar quando eu der a ordem.
– Sim, senhor! – Os rapazes do primeiro esquadrão disseram em uníssono, saindo rapidamente em shunpo.
– Acho que veio libertar Aizen, senhor? – O tenente Sasabike aproximava-se.
– Era o mais fiel espada dele, não tenho dúvidas.
~*~
– Você é louco Kisuke! – Renji, já havia chegado ao mundo humano. – Como pode devolver os poderes a ele?
– A culpa é sua! – Ichigo, dizia furioso. – Vamos atrás dele, já!
– Ichigo, vou com você! – Rukia saia de sua gigai.
– Já o matei uma vez, posso fazê-lo de novo!
– Não! – Alguém entrava na loja. – Você não pode!
– I-no-ue? – Ichigo disse pausadamente, enquanto olhava a amiga ruiva parada em frente a porta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Demorou, mas saiu!Uffa!Arranjei esse tempinho para escrever.Espero que me perdoem os erros, não revisei, pois, estou no trabalho(fora da lei -q)
Estive muito ocupada com algumas coisas, confecção de cosplay, ensaiando pra concursos e provas da facul...
Quem quiser conferir meu último cosplay(Noel Vermillion), cá está umas fotos na minha galeria do deviantart:
http://mahnway.deviantart.com/gallery/30705557
E a outra notícia legal é que venci o concurso de animekê e levei pra casa um Nintendo Wii lindo!