Ele Vai Voltar escrita por Lady_Layla


Capítulo 4
Eu te amo calado


Notas iniciais do capítulo

Nada demais, só mudei de cantor...



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Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
*(Nem eu sem você)*
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
*(E você é a minha luz)*
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
*(Você me completa)*
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
*(E isso eu não sei fazer)*
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
*(É só sentir)*
Silenciosamente eu te falo com paixão...
*(Mesmo que você nunca saiba)*
Eu te amo calado,
*(Para a sua segurança)*
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
*(Nos meus sonhos só vejo e ouço você)*
Nós somos medo e desejo,
*(Contrários)*
Somos feitos de silêncio e som,
*(Opostos)*
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
*(Parece tão simples dizer que... amo você)*

******************

 

Ele tinha vivido um ano de incertezas e dor, culpando-se por tudo o que estava acontecendo com ela mas sabendo que, se quisesse que ela tivesse uma chance de viver em paz e segurança, teria que sustentar sua máscara de servo fiel e levar aquela farsa até o fim.
Mesmo assim, mesmo sabendo que era arriscado e que poderia ser descoberto a qualquer momento, ele buscava se manter informado de cada passo que ela dava, contentando-se em vigiar o trio em segredo e afastando, sempre que possível, perigos em potencial de seus caminhos. Somente uma vez se aproximou, quando fez com que Potter encontrasse a espada de Griffindor. Nessa ocasião, enquanto o Weasley tirava seu amigo da armadilha onde a espada estava, ele esgueirou-se até a área do acampamento, oculto pelas sombras e pelo feitiço de Desilusão, movido pela ânsia de ver sua amada novamente. Vendo-a de cabeça baixa entre os braços, tentou penetrar a sua mente mas descobriu, com uma pontada de frustração e outra de orgulho, que ela mantinha-se protegida com a Oclumência que ele lhe ensinara.
Nesse instante, devido a sua distração escorregou e, ao pisar num galho seco, produziu um estalido, assustando-a e fazendo com que ela sacasse a varinha, esquadrinhando a orla do bosque com os olhos aflitos: “Harry, é você que está aí?” perguntou ela baixinho, mas convenceu-se que era só um bicho. Ele reparou, então, nas marcas de lágrimas em seu rosto e jurou para si mesmo que, demorasse o quanto fosse e custasse o que custasse, ela voltaria a sorrir. Mesmo que isso consumisse a sua vida.
Com a ajuda do quadro de Fineus Nigellus (nada contente por ter de obedecê-lo) ele se mantinha interado dos passos do grupo, por isso estava ciente dos locais onde eles acampavam e, no dia que eles entraram em Hogwarts, foi avisado pelo quadro de Ariana Dumbledore e saiu correndo de sua sala, implorando à Merlim que conseguisse encontrá-los antes de Amico e Alleto. Mas não conseguiu.
Ao ver Minerva perto do salão comunal da Corvinal, onde sabia que Alleto estava, logo depois da Marca Negra queimar em seu braço, soube que os acontecimentos tinham se precipitado. Mesmo que não pudesse vê-lo, sabia que Potter estava ali, sentia seu ódio atingindo-o como facas em chamas e, ao ser atacado, decidiu que, para cumprir sua missão, precisaria fugir naquele momento.
Por mais que, fugindo, se sentisse um covarde, sabia que era necessário para a vitória das forças defensoras de Hogwarts que ele estivesse vivo, perto de Voldemort e, especialmente, que pudesse matar Nagine e passar para Harry o seu real objetivo. Essa era, ele sabia, a parte mais difícil da missão que lhe fora confiada: contar ao garoto que ele deveria se oferecer como um sacrifício para Voldemort.
Quando, no meio das batalhas, foi chamado à presença do Lord e sentiu Potter oculto no aposento, soube que teria que agir. Ao ser envolvido pela serpente ele conseguiu, sem que Voldemort notasse, bloquear o veneno nas presas, mas não pode evitar a mordida. Sentindo sua vida esvair-se, viu o maldito ir embora e, com um esforço sobre-humano, conseguiu contato com a mente de sua amada, num pedido mudo de socorro. Viu o garoto Potter aproximar-se e conseguiu, com um pequeno movimento, retirar as lembranças de sua mente, vendo o espanto do garoto refletido em seus olhos. Ao ver a “sua menina” entregar um frasco ao amigo, sentiu também que o sangramento em seu pescoço diminuía e soube, mesmo com aquele silêncio, ela o perdoara. E tentava salva-lo. Sentiu um certo calor envolver-lhe o peito e, acalentado por aquela sensação, deixou sua mente escorregar para as sombras da inconsciência, de onde só conseguiu sair um mês depois, trazido de volta por uma mão macia e uma voz doce que sofria por ele e que ele não queria mais ouvir chorar.
E se dependesse dele, ela nunca mais iria chorar...



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Notas finais do capítulo

Só falta mais um pouco...



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