Um Estudo em Carmim escrita por EveF


Capítulo 2
Capítulo 2 - Convivência


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, estou postando mais um capítulo. Quanto a capa, tentei fazer uma bem linda mas minhas habilidades artísticas são quase nulas...
Quero agradecer os reviews e a todos que estão acompanhando a história. Espero não decepcioná-los. ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/97652/chapter/2

Draco estava ansioso para conhecer sua “babá”. Não tanto para conhecer, mas sim para confirmar suas suspeitas. Pelo que havia conseguido arrancar do Dr. Hook tinha quase certeza de quem era a mulher que entraria em seu escritório. Porém, mesmo já preparado para o encontro deixou-se surpreender pela visão que se apresentou assim que as chamas da lareira tornaram-se verdes.

 

Hermione Granger estava mais bela do que se lembrava. Suas últimas lembranças eram de uma garota suja de sangue e poeira lançando feitiços contra Comensais com um olhar duro e frio. Agora não era mais uma garota, mas uma mulher: um belo corpo marcado pelos contornos do vestido azul, o mesmo ar de “sabe-tudo” e um olhar que lhe pareceu repleto de tristeza.

 

Ele levantou-se e beijou-lhe a mão, gesto esse que causou estranheza na jovem:

 

_Bem vinda a Mansfield Park, Granger. Espero que nossa convivência não leve nenhum de nós à Azkaban.

 

Hermione sorriu diante de tal piada:

 

_Não se preocupe, Malfoy. Sou uma profissional. Não seria capaz de matá-lo quando jurei cuidar de vidas, mesmo que uma delas seja a sua.

 

_Por favor, sente-se. Temos muito que conversar sobre a nossa relação profissional.

 

A moça sentou-se no sofá que Malfoy lhe indicava e o viu sentar-se ao seu lado. Ela começou a falar:

 

_Como sabe, o Dr. Hook me procurou para que acompanhasse você em domicilio, cuidando e observando a progressão de sua doença, Sr. Malfoy. – ela estava cautelosa em suas palavras. – Não pretendo ser um estorvo em sua vida, pelo contrário, pretendo ajudá-lo a ter a melhor saúde possível.

 

_Granger, eu sei que é competente e na verdade me sinto aliviado de estar em suas mãos. não confiaria em nenhum outro medibruxo do St. Mungus para cuidar de mim, todos me parecem tão imbecis que ter a amiga sabe-tudo do cicatriz é mais do que poderia esperar. Surpreendo-me que tenha aceitado esse trabalho, nunca fui seu mais ardoroso fã e nem tivemos as melhores das relações durante a escola. Não se preocupe, não pretendo de dar trabalho algum e você com certeza não será um estorvo em minha vida.

 

Hermione estava cada vez mais tranqüila apesar do local e de com quem estava. Era estranho sentir-se bem em companhia de Draco Malfoy ao mesmo tempo em que vinha sentindo-se tão mal na presença de seus velhos amigos.

 

_Não esperava uma recepção tão boa, Malfoy. Será que os boatos de sua mudança estavam certos?

 

_Bem, depende. Realmente deixei de odiar os nascidos trouxas, mas ainda conservo certas qualidades sonserinas. Não espere bom humor todos os dias, mas aproveite quando eu estiver com tal estado de espírito.

 

_Pode ter certeza que aproveitarei. Aliás, tenho certa experiência em aturar seu lado sonserino, afinal foram sete anos de péssima convivência.

 

Draco sorriu, não queria lembrar o passado quando sequer parecia haver um futuro.

 

_Não nos lembremos do passado. Para mim é o presente que importa, Granger. Acho que nunca fomos apresentados adequadamente. Prazer, Draco Malfoy, seu mais novo paciente. – o loiro estendeu a mão à moça.

 

_Prazer, Hermione Granger. – ela disse apertando a mão dele. – Sua nova medibruxa particular.

 

_Acho que agora está certo. Pedi aos elfos que preparassem seu quarto ao lado do meu. É uma precaução que o Dr. Hook me pediu pelo bem de minha saúde. Suas malas já foram levadas para lá. Descanse por hora, tenho muito trabalho a ser feito aqui. Um elfo te chamará na hora do jantar.

 

_É sempre tão metódico, Sr. Malfoy?

 

Ele olhou para ela meio espantado:

 

_Às vezes. E me chame apenas de Malfoy, não quero ter que chamá-la de Dra. Granger toda hora.

 

_Certo. Chame-me apensa de Granger então. Bem, acho que vou indo. Com licença, Malfoy.

 

_Toda, Granger. E sinta-se em casa.

 

“Como se fosse possível em uma mansão que abrigou Voldemort.” Pensou Hermione enquanto subia as escadas acompanhada de um elfo.

 

Ao entrar em seu quarto ficou boquiaberta diante da opulência do aposento que era amplo e decorado ricamente com peças de muito bom gosto. Teve que admitir, morar ali não seria tão ruim. Vendo que suas coisas já haviam sido arrumadas pegou uma peça de roupa, o roupão que estava dobrado sobre a cama e foi tomar um banho. Sorriu ao ver a banheira enorme e todo o espaço que teria a disposição. Encheu a banheira e entrou nela para relaxar e pensar.

 

Não queria imaginar a reação de Ron quando descobrisse o bilhete que havia deixado informando a ele que havia partido sem deixar endereço ou direção. Foi um gesto covarde mas o único que evitava uma tentativa de assassinato. Adormeceu na banheira enquanto pensava.

 

Draco terminou seus relatórios mais rápido do que esperava. Subiu para seu quarto a fim de descansar um pouco antes do jantar. Ao passar pela porta do quarto de Hermione resolveu ver se estava instalada adequadamente. Bateu na porta do quarto e esperou algum sinal de Hermione. Bateu a segunda, a terceira vez e quando ia bater pela quarta, a porta abriu-se mostrando Hermione de cabelo molhado vestindo apenas um roupão.

 

_Está sentindo alguma coisa, Malfoy? Está passando mal?

 

_Nã... não... Eu... eu... só queria saber se... – ele não conseguia falar hipnotizado pela imagem da mulher.

 

_Você só queria saber...

 

_Ah, sim, eu só queria avisar que o jantar será servido em meia hora.

 

_Obrigada. Mas podia ter pedido ao um Cratus me avisar.

 

_É que, bem, eu estava passando então não foi nenhum trabalho. Te vejo no jantar, não se atrase. É algo imperdoável para mim.

 

_Estarei lá. – e sorrindo fechou a porta.

 

Draco suspirou. Havia perdido completamente o pensamento diante dela, culpa da vida de abstinência que andava levando há meses sem o carinho de uma mulher. Dirigiu-se ao seu quarto pronto a tomar um banho bem frio.

 

#~#~#~#~#

 

Ao descer para a sala de jantar, Draco encontra Hermione já sentada a mesa aguardando-o.

 

_Desculpe-me a demora, Granger.

 

_Não precisa pedir desculpas, Malfoy. Eu sou a visita aqui. – e sorriu gentilmente.

 

O loiro faz um sinal para que os elfos começassem a servi-lhes. Hermione agradeceu a cada um deles, fazendo o rapaz parar para admirar-lhe a cortesia.

 

_Não sabia que tratava os elfos domésticos tão bem, Granger.

 

_Faço isso desde que Dolby apareceu. Os elfos são injustiçados pelos bruxos vivendo em condições terríveis de escravidão e sofrimento. Em Hogwarts tentei lutar contra isso, pena que mesmo com Voldemort sendo derrotado, o Ministério ainda se mantém cego diante da situação dos elfos.

 

_Ah, claro, Dolby. Lembro-me dele, se não me engano trabalha em Hogwarts desde aquele tempo, não?

 

A castanha tocou-se do que havia dito e ia pedir desculpas à ele quando foi interrompida:

 

_Não se incomode em pedir desculpas ou mesmo em deixar de ser quem é porque está morando em minha casa e cuidando de mim. É bom ter alguém verdadeiro por perto e não somente bajuladores sanguessugas. Dá-me no que pensar e não me deixa baixar a guarda.

 

_Nunca pensei que fosse assim, Malfoy.

 

_Existem muitas coisas que nunca pensou ou tentou descobrir sobre mim, Granger. E vice-versa. Nosso ódio foi recíproco e imediato. Mas não precisa ficar com dó de mim só porque tenho data marcada para morrer, deixe a pena para aqueles que lamentam seu destino.

 

_Eu nunca disse que sinto pena de você, Malfoy. Acredite, seria a última coisa que teria para com um sonserino. Na realidade, acredito piamente que vocês não merecem pena de ninguém. Sempre tão altivos, tão arrogantes, tão orgulhosos, tão ricos. Não. Prefiro ter dó daqueles que sofreram para salvar uma corja como vocês.

 

r13;Como pode ser tão preconceituosa, Granger?

 

Hermione Granger, ex-futura Sra. Weasley, não acreditava no que e de quem estava ouvindo aquilo. Olhava incrédula para Draco Malfoy que sorria tranquilamente ao observar o rosto da castanha.

 

r13; Como chegamos a este ponto, Malfoy?

 

_Muito simples, minha cara. Estamos sendo verdadeiros um com o outro pela primeira vez e acredito que seja necessário para a nossa futura relação de paciente e medibruxo. Agora, me diga, porque realmente aceitou esse emprego? Seria melhor que ficasse com seus amigos e noivo. Rony é seu noivo, não?

 

_Seria melhor mesmo? – perguntou a castanha quase que para si. – Rony não é mais meu noivo e este definitivamente não é um assunto de seu interesse, Malfoy.

 

Draco olhava pensativo para ela, tentando imaginar o que a teria forçado a aceitar ficar longe de seus amigos e em companhia de seu “inimigo”. Era estranho e desafiador tentar descobrir o que se passava na mente dela. Por sua vez, ela começava a sentir-se incomodada com aquele olhar decifrador e pedindo licença, retirou-se para seu quarto, deixando-o sozinho na mesa com seus pensamentos.

 

#~#~#~#

 

 

Passava das 3 horas da manhã quando Draco ouve uma batida na porta de seu quarto e uma voz feminina chamando. Abre então a porta e depara-se com Hermione segurando uma bandeja:

 

_Sinto te acordar, Malfoy, mas você precisa tomar essas poções e eu preciso avaliar sua resposta a elas.

 

_Minha paz chegou ao fim. Se não há outro jeito, vamos lá, serei sua cobaia, Granger.

 

_Você não é minha cobaia. Isso é para o seu bem. – disse entregando a ele a primeira das 7 poções que ele deveria tomar diariamente nos horários certos.

 

A cada poção que ele bebia, Hermione avaliação a reação e anotava em um pergaminho. Assim que terminou de beber todas, Draco olhou para ela tentando dizer que precisava dormir.

 

_Ah, quer me dizer alguma coisa, Malfoy? – perguntou a castanha sem desviar de suas anotações.

 

_Você poderia se retirar para que eu volte a dormir?

 

_Ah, isso? Pode ir dormir, não se incomode comigo. Terei que ficar de vigília essa noite para ver se apresentará qualquer reação adversa as poções. Deite-se em sua cama que fico sentadinha naquela poltrona.

 

Ele suspirou e deitou-se novamente, enquanto observava o contorno da mulher sentada em meio à escuridão do quarto. Sentiu-se como uma criança sendo cuidada pela mãe. Acordou sobressaltado e olhando para a poltrona percebeu que sua cuidadora estava encolhida e adormecida. Conjurou-lhe um cobertor e um divã para que ela dormisse mais tranquilamente. Podia até ter querido torturá-la quando eram estudantes, mas agora era um pouco mais humano para cuidar até mesmo de uma sangue-ruim.

 

#~#~#~#

 

Hermione abriu os olhos devagar, sentindo-se confortável, o que era estranho, pois se lembrava de ter adormecido em uma poltrona. Olhou ao redor e percebeu que estava deitada num divã no meio do quarto de Draco:

 

_Malfoy? Já acordou? – perguntou cautelosa.

 

A porta do banheiro se abriu e o loiro saiu enrolado em uma toalha ainda molhado do banho. A moça corou e desviou os olhos, gesto que fez o loiro sorrir.

 

_Sempre me levanto cedo, Granger.

 

_Hã... E como se sente? Alguma sensação ruim? – perguntou sem olhar para ele.

 

_Sinto-me como em todos os outros dias. Nem melhor nem pior do que estava. Acho melhor voltar ao seu quarto agora, por mais que ache convidativo uma mulher bonita me ver nu, acredito que seus hormônios te forçarão a me agarrar.

 

_Ora seu... – Hermione virou-se para brigar com ele e corou ainda mais. Desviando rapidamente o olhar – É, tem razão. Nos vemos no café. Ou não vai querer minha companhia?

 

_Vou querer sim. É bom ter alguém para irritar logo pela manhã, abre o meu apetite.

 

Saindo do quarto, ela se permitiu rir da situação. No fim ou acabaria matando ele ou achando-o estranhamente simpático.

 

E assim passaram-se os dias. Provocações leves, o mínimo de conversa possível, as vigílias noturnas de Hermione, o trabalho diário de Draco em sua própria casa. A castanha tinha que admitir, estava sendo melhor do que esperava, tudo calmo, sem brigas sérias ou amizade forçada. Tinha tempo para seus estudos e livros, além de cuidar de cada detalhe relativo da rotina de Draco que havia constatado ser um tanto desregrada. O loiro por sua vez passava a gostar cada vez mais da companhia de Hermione, conversavam apenas o estritamente necessário além das provocações e rusgas, mas a presença silenciosa da castanha na casa era um alivio a solidão que havia imposto a si. Uma convivência harmoniosa que estava prestes a ser abalada.

 

#~#~#~#

 

Há três meses moravam sob o mesmo teto, há três meses eram estranhos conhecidos. Hermione evitava o mundo exterior à Mansfield Park, como se ali fosse seu porto seguro que há muito não conseguia ter. Cada dia era praticamente igual ao anterior: ela tomava café com Draco, fazia-lhe todos os exames, enquanto ele trabalhava, Hermione cuidava das anotações de pesquisa e estudava; almoçavam juntos, e à tarde, quando ele ia a alguma reunião no escritório, passeava pelos jardins imensos da mansão, apreciando a paisagem e quietude; à noite geralmente jantavam juntos, já que havia proibido Draco de sair para longas noitadas, e por fim, terminava dormindo no divã instalado no quarto do loiro.

 

Mas uma coisa sempre lhe ocupava os pensamentos: os sonhos do Malfoy. Por diversas noites acordou com ele falando coisas desconexas e agitado durante o sono. Não era uma reação das poções, era algo que assombrava o loiro diariamente. E isso a preocupava.

 

Draco também se preocupava com Hermione, mas por razões diferentes. Em três meses ele nunca a viu receber nenhuma coruja de seus amigos ou de alguém que não fosse Dr. Hook, isso o deixava intrigado. O que teria acontecido para ela se isolar do mundo? Onde estavam seus “fiéis” amigos de Hogwarts? Porque o Cicatriz nunca a procurou? Ela não saia mais dos limites de Mansfield Park, estava enclausurada em si mesma, ele pode perceber. Quase não a via sorrir, apenas a via vagar num silêncio profundo pelos cantos quando ele não estava perto. Os únicos momentos em que ela se parecia com a garota do colégio eram nas pequenas brigam que travavam diariamente, com troca de insultos que terminavam em sorrisos divertidos de ambos, ou então quando ela se dirigia a algum dos elfos domésticos.

 

Ele pensava em tudo isso quando uma coruja cinzenta de igreja entrou em seu escritório trazendo o convite para uma festa da alta sociedade. Talvez fosse a chance para ambos saírem um pouco daquele auto-exílio. Mandou uma coruja para sua secretária pessoal e pediu que o elfo (a quem Hermione sempre se referia como Cratus) a chamar sua bela medibruxa.

 

Ao entrar no escritório, Hermione estranhou o sorriso divertido de Malfoy. Olhou desconfiada quando ele começou a falar:

 

_Granger, sei que não posso me dar ao luxo de ter uma vida social agitada, porém, recebi hoje um convite irrecusável e importante para o futuro das empresas Malfoy. Daqui dois dias haverá uma festa de um grupo de bruxos irlandeses com quem mantenho negócios.

 

_Eu nunca te proibi de sair, Malfoy. Desde que não cometesse excessos, o que sempre ocorreu. Não precisa de minha permissão para ir a essa festa, você é livre. Só recomendo o de sempre: nada de excessos. Desde que vim para cá nunca mais apresentou nenhuma crise e quero que continue assim.

 

_Não te chamei para pedir permissão, Granger. Não sou criança para ter que pedir permissão para cada passo que quero dar. Chamei-te para comunicar que irá comigo nessa festa.

 

_Prefiro não ir, Malfoy...

 

_Você não tem querer, minha cara. Eu sou seu patrão e estou mandando.

 

_Como ousa tentar mandar em mim, Malfoy? – Hermione estava vermelha de irritação.

 

_Como já disse, sou seu patrão e você deve acompanhar seu paciente, está no seu contrato. E, ademais, não te quero ver trancada nessa casa para sempre. Você cuida tão bem de mim, que me sinto tentado em fazer o mesmo por você.

 

Aquilo desarmou a castanha e sua raiva. Ele sempre se mostrou tão concentrado em si mesmo, que nunca passou por sua mente que havia um espaço para Hermione Granger e sua solidão nos pensamentos do loiro.

 

_Mas eu nem tenho uma roupa adequada para a ocasião...

 

_Já providenciei isso. Ainda hoje uma estilista virá para tomar-lhe as medidas. Ah, sim. Eu escolherei o modelo e a cor do vestido. Sempre tive um gosto melhor para roupas do que você.

 

#~#~#~#

 

Após o almoço, a estilista chegou para tirar as medidas de Hermione enquanto Draco escolhia o vestido para a castanha. Nenhum modelo o agradava até que viu aquele lilás tão parecido com o vestido que ela usou no Baile de Inverno em seu 4º ano em Hogwarts. Ali foi a primeira vez que ele reparou no quanto ela era bonita. Ao ver o escolhido, Hermione também se lembrou daquele baile e lágrimas começaram a brotar de seus olhos. Malfoy aproximou-se e segurando-lhe a mão, disse em seu ouvido:

 

_Não chore pelas lembranças passadas. Construa novas lembranças a partir de agora.

 

De certa forma aquelas palavras a acalmaram. O passado não deveria existir apenas o presente.

 

O dia da festa chegou e Draco esperava ansioso ao pé da escada por sua acompanhante. Quando ouviu passos na escada virou-se e sorriu.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Ficou bom?

Espero reviews e sugestões.
^^