Um Estudo em Carmim escrita por EveF


Capítulo 11
Capítulo 11 - Enfim


Notas iniciais do capítulo

É, depois de pouco mais de dois meses a fic chegou ao seu final. É triste terminar algo que me deu tanto prazer em escrever, mas o final tinha que acontecer.

Obrigada a todos que leram a história, mandaram seus reviews, as indicações que recebi da leleeticinha e da Julyana (obrigada garotas). Enfim (como o próprio nome do capítulo diz) foi uma experiência maravilhosa de compartilhar esta história com todos.

Fiquem então com as emoções finais da história.

Bjos a todos e mais uma vez:

OBRIGADA! *-*



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Nas primeiras horas do anoitecer, Draco, Harry, Zanbini, e mais dois aurores estavam a espreita frente a Basildon Park, esperando o momento de atacar. Haviam planejado a invasão a casa durante aquele dia, reunindo e preparando tudo quanto fosse necessário. Draco se mostrava ansioso conforme o tempo passava, irritando-se com aquela espera que julgava extremamente desnecessária, mas Harry insistia em ficarem ali, de tocaia até a madrugada, para o ataque surpresa.

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Enquanto o marido estava de tocaia, Gina acompanhava Vladus, que ia destruir a urna. Ela estava apreensiva pelo destino da amiga e pelo perigo que corriam por causa daquela maldita urna. Vladus estava calmo, para ele após a destruição daquele último objeto talvez encontrasse paz.

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Hermione passou o dia irritando Clear, que estava preste a mandar um avada na castanha. A todo momento a loira era atormentada pelos pedidos, muitas vezes sem noção da refém, havia sido “Clear, quero isso. Clear, quero aquilo. Clear, não é assim. Clear, isso, Clear aquilo.” Todos percebiam que faltava pouco para a explosão de ira e nada faria ela parar. E era com isso que Hermione contava. Ela se matinha fria enquanto sua oponente estava ficando desequilibrada e irracional.

A madrugada já avançava quando Hermione chamou Clear mais uma vez. A loira estava dormindo quando ouviu o sinal que vinha do quarto da refém. Levantou-se irada, aquilo havia sido a gota d’água, passou o dia inteiro indo de um lado para outro e nem mesmo a noite podia descansar. Afinal, o que aquela sangue-ruim estava fazendo? Não podia ser algo impensado. Caminhava na direção do aposento quando um feitiço passou perto de seu rosto, assustando-a.

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Era chegada a hora da invasão, Draco encabeçava a pequena comitiva, lançando feitiços nos encapuzados que ia encontrando pelo caminho. E estes eram muitos. Luzes verdes, vermelhas, amarelas, roxas, azuis, um verdadeiro festival colorido era visto a distância nos terrenos que cercavam a casa. Harry e os dos aurores seguiam pela retaguarda, enquanto que Draco e Zanbini iam pela frente. Quando os encapuzados se deram conta do ataque era meio tarde, eles conseguiram levar a batalha para dentro das paredes, emboscando os desavisados que haviam sido atraídos pelos sons de luta. Em meio a toda confusão, Draco viu de relance um cabelo loiro esvoaçante e decidiu seguir, mas quando chegou no corredor onde ele virara, não encontrou mais nada.

Meio desesperado, com o seu pingente a lhe avisar que o perigo que rondava Hermione aumentava, passou a destruir cada porta fechada que encontrava naquela casa na esperança de rever a castanha a salvo.

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Claire percebeu o que acontecia e viu ao longe, Draco Malfoy. Correu então para onde estava Hermione a fim de executar fielmente suas ordens: matar a mulher caso algo desse errado em seus planos. Olhava constantemente para trás para saber se estava segura e então adentrou por uma passagem secreta e parou frente a porta com a varinha em mãos tentando recuperar o fôlego. Podia ouvir o murmúrio da confusão que acontecia nos pisos superiores da casa e imaginou que a outra mulher também estaria ouvindo. Respirou fundo e abriu a porta.

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Hermione acordou assustada com o som de explosões e possivelmente de feitiços. Resolveu chamar Clear, dessa vez por algo realmente sério, precisava saber o que estava acontecendo. Cada minuto se tornava angustiante, havia uma batalha lá fora, ela percebeu, mas qual o motivo? Será que alguém a estava tentando resgatar? Ou era outra coisa? Pela primeira vez desde que encontrou aquela urna teve medo do que aconteceria consigo. Segurou o pingente tentando resgatar dali alguma força que pudesse lhe ajudar, mas era meio inútil. Fechou os olhos e lembrou-se de que quando era criança sua mãe dizia que havia um anjo da guarda para lhe proteger, mas após entrar para o mundo bruxo, deixou de acreditar nisso aos poucos. Porém, naquele momento, enquanto o barulho vindo de fora daquelas 4 paredes parecia crescer mais, desejou que aquela história que ouviu quando criança fosse verdade. Interrompeu seus pensamentos ao ouvir passos no corredor, passos que hesitaram a sua porta. Levantou-se e ficou em posição de defesa, seja o que for que estivesse acontecendo ela não seria uma vitima, iria lutar até o final. Ela era uma bruxa, ela era Hermione Granger.

A porta se abriu e então tudo aconteceu.

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Gina observava a montagem do ritual que Vladus faria para destruir a urna e o colar. Tentava parecer interessada, mas seus pensamentos estavam junto ao marido que naquela hora devia estar lutando contra outros bruxos. Isso a fez se lembrar do seu sexto ano em Hogwarts, quando Harry, Rony e Hermione haviam deixado a todos em busca das Horcruxes e ela havia ficado para trás, sem saber se seu irmão, sua melhor amiga e seu amor voltariam vivos daquela busca. Sentia-se impotente, queria ter ido com eles, estar lutando, mas lhe havia sido relegada outra responsabilidade: ajudar a destruir o mau causador de tudo aquilo. Respirou fundo quando Vladus falou:

_É a hora de começarmos.

Seguiu na direção dele e começou a entoar o feitiço rúnico que estava escrito numa folha, enquanto Vladus parecia mergulhar numa esfera de luz.

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Harry estava por demais envolvido na luta para reparar no encapuzado que apareceu atrás de si, só percebeu quando Zanbini desferiu um feitiço em direção e passou raspando pelos seus cabelos. No inicio pensou que ele havia tentado lhe atacar propositadamente, só depois percebeu que logo atrás estava caído mais um atacante. Harry devia sua vida a Zanbini, ri com essa idéia, nunca havia lhe passado pela cabeça que um dia isso poderia acontecer.

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Clear sentiu a dor do golpe desferido por Hermione assim que abriu a porta. A castanha atacou-a chutando a porta em sua direção. Apesar de ainda estar com as mãos amarradas, ela avançou cobre a loira, tentando lhe bater, já que não tinha nenhuma varinha para lançar os feitiços. Quando recebeu o golpe, a varinha de Clear caiu de sua mão e rolou para um ponto afastado das duas, lhe restando apenas tentar bater na outra. Mas não tinha muito sucesso, sempre acostumada a usar varinha para tudo, Clear não sabia bem como bater, o que concedia certa vantagem para Hermione, que aproveitava da situação para desferir alguns chutes. Porém, num golpe de sorte, Clear acertou o rosto dela, fazendo a cair no chão.

Mas a castanha teve sorte, pois caiu perto da varinha. Pegou a com as mãos ainda amarradas e conjurou um contra feitiço, livrando-se das cordas mágicas. Não teve tempo de levantar-se sentindo o murro que Clear lhe deu perto das têmporas. Mais uma vez a varinha rolou para longe e Hermione atacou sua rival com os punhos.

A confusão lá fora aumentava, mas nada que atrapalhasse a luta das duas mulheres. Certo momento, Hermione conseguiu sentar-se sobre Clear, imobilizando-a:

_E então, sua vaca? Como é apanhar de uma sangue-ruim? – e lhe deu um tapa

_Nem dói, sua suja... Mas nem de longe é tão prazeroso quanto dormir com o Draco. – Clear riu.

_Ah, é? Então faremos com que seja a experiência mais dolorosa da sua vida, sua vadia loira! – e começou a dar-lhe diversos tapas, fazendo o rosto da outra arder. – Ainda se lembra de como foi com o Draco?

Clear não agüentava mais aquela sessão de dor infligidas pelas mãos nuas de Hermione:

_Não aconteceu nada! NÃO ACONTECEU NADA!

_Não acredito em você. – e deu mais um tapa.

_EU JURO! Ele me – parou para respirar. – Dispensou... Sem... Nem... Ao menos me le... Levar para o quarto dele...

Hermione já ia descer novamente a mão sobre o rosto dela, mas conteve seu gesto ao ver a outra suplicando:

_Eu juro...

A castanha levantou-se de cima da loira e ia em direção a varinha quando levou uma rasteira. Dessa vez era Clear que estava por cima e lhe batia no rosto com um sorriso na cara:

_Você não devia ter o coração tão mole, Granger, isso ainda vai te matar. – e bateu na castanha. – É, o Draco me dispensou. Nunca senti tanta raiva na vida ao ser dispensada por um bruxo sangue-puro por causa de uma sangue-ruim como você. – e bateu de novo. – Mas agora, vou destruir este lindo rostinho e depois, mato ele, só para te deixar tristinha.

Hermione perdia o fôlego e sentia sua pele arder devido os tapas, olhou para seu peito e viu que o pingente brilhava seu lado verde intensamente. No outro dia provavelmente teria muita dor de cabeça, mas agora precisava agir. Sem pensar duas vezes, falou baixinho, fazendo com que Clear abaixasse a sua cabeça um pouco mais para escutar:

_É, ainda te acho muito burra. – e bateu com sua cabeça na testa da outra, que caiu para trás meio cega pela dor.

Hermione nem se preocupou em levantar e foi rastejando pegar a varinha, mas faltando tão pouco para alcançar quando sentiu Clear lhe segurando uma das pernas impedindo seu avanço. Sem pensar, desferiu um chute que acertou em cheio a cara da outra. Pegou finalmente a varinha, levantou-se e disse:

_E isso para é você aprender a nunca mais desejar nada que seja meu. Estupore!

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Draco estava desesperado, pois não sabia onde mais procurar. Até que num golpe de sorte encontrou uma passagem e seguiu por ela. Caminhou cauteloso e começou a ouvir sons de briga e logo depois ouviu a voz de Hermione conjurando um feitiço. Correu na direção da voz e parou ao encontrá-la.

Hermione estava saindo do quarto quando ouviu passos apressados, virou-se em posição de luta e deparrou-se com ele. Seus olhos se encontraram e ambos sorriram.

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O feitiço que Vladus realizava parecia concentrar muita magia. Gina olhava admirada para aquilo tudo, nunca em sua vida havia visto tamanha obra mágica. Olhava petrificava para as espirais dançantes de cores que corriam pelo circulo, envolvendo o corpo do bruxo. Ele parecia em um transe profundo quando a urna juntamente com o colar começou a levitar e uma luz dourada começou a envolver somente a caixa.

Gina sentiu então uma dor lancinante em sua cabeça, que a fez cair de joelhos, perdendo o foco por alguns instantes. Lutou contra aquela dor o suficiente para ver que Vladus também parecia sentir a mesma coisa. Mas o rapaz não deixou de focalizar o objeto em nenhum momento. A luz tornou-se tão forte, que forçou a ruiva a fechar os olhos e ainda, tempos depois, ela jurou ter ouvido naquele momento uma voz feminina que gritava de dor, lançando seu último lamento de agonia na eternidade.

Quando abriu os olhos, Gina viu que o homem estava caído com a respiração ofegante. Aproximou-se e percebeu que seu olhar fitava o infinito. Ele então sorriu:

_Enfim, a paz! – e ali morreu.

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Harry, Zanbini e os outros estavam exaustos, mas haviam conseguido capturar vários dos encapuzados, porém, a maioria havia conseguido fugir. Isso deu tempo de Zanbini e Harry preocuparem-se com os amigos:

_Onde será que o Draco se enfiou? – perguntou Zanbini.

_Espero que junto com a Hermione, ao menos assim um protege o outro. – disse Harry.

_Ei, Potter, algum dia já havia imaginado algo assim? Draco e Hermione juntos? Nós todos lutando do mesmo lado?

_Sinceramente, nunca. Mas a vida é sempre cheia de surpresa.

Nisso dois patronos quase simultâneos chegam até eles. O patrono que parecia um coelho disse:

_Harry, como você está? Mande notícias estou preocupada.

O outro que parecia uma doninha disse:

_Blaise Zanbini! Trate de mandar notícias ou irei até aí te azarar!

Blaise riu:

_É, a vida é mesmo cheia de surpresas. Bem, vou mandar notícias a Pansy antes que nosso filho nasça mais cedo.

_Você será pai, parabéns. – parabenizou Harry dando um tapinha nas costas do sonserino. - Nunca pensei que você ficaria com a Pansy afinal.

_Nem eu. Mas estou feliz que tenha sido assim. Vou mandar logo alguma noticia. Depois vamos procurar o Draco.

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Draco só sabia olhar e sorrir para Hermione. Ela estava ali, viva, a salvo. Hermione segurava o pingente entre seus dedos e disse aproximando-se dele:

_Eu sabia que viria. Sabia que estava por perto.

Ele só a olhou e sem dizer nada a abraçou, tomando-lhe os lábios e beijando com paixão. Ela se agarrou ao pescoço dele correspondendo ao beijo. Separam-se para respirar:

_Nunca, mas nunca mais vou te deixar ficar longe de mim, Granger. Você é minha e sempre será.

_E eu nunca vou querer ficar longe, Malfoy.

_Eu disse que voltaria.

Ela assentiu e o beijou de novo.

Meses depois...

Hermione acordou e olhou para o lado, sorrindo ao encontrar o olhar de Draco, que lhe depositou um beijo nos lábios:

_Bom dia, Sra. Malfoy.

_Humm, bom dia, Sr. Malfoy. Que horas são?

_Hora de acordar, infelizmente. Prefiro ficar aqui com você.

Hermione aconchegou-se ao peito de Draco:

_Eu também, mas hoje é o dia em que o Rony sairá do St. Mungus e quero estar lá para vê-lo.

_Ver o cabelo de f... Digo, o Weasley. – e pareceu emburrar no que arrancou risos da castanha.

_Deixa de ser bobo, Draco. O Rony é meu amigo e você o homem que eu amo. E por falar em St. Mungus, quando verá o Dr. Hook novamente?

_Semana que vem. Ele precisava ver os exames e tal.

_Ah, Draco, fico tão triste quando penso que ainda não achamos a cura para sua doença.

_Não fica assim, meu amor. Você me deu o remédio que eu mais precisava e não era nenhuma poção, apenas uma razão para viver. E a minha é você. – e a beijou apaixonadamente.

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Hermione chegou no horário certo, acompanhada de Draco. No saguão de espera encontrou-se com todos os Weasley e foi abraçada afetuosamente por Molly, que também abraçou Draco como se fosse a um filho. Draco agora freqüentava mais a Toca e estava se acostumando com o jeito dos Weasley, afinal, eram quase da mesma família e linhagem bruxa. Carol Ascher também se encontrava ali conversando com Gina, nos meses em que cuidou de Rony, Carol e ele haviam se apaixonado e estavam quase noivos. Hermione aproximou-se e a cumprimentou, sabia que devia a ela a recuperação de seu amigo.

Harry puxou Draco para um canto onde pudessem conversar sozinhos:

_A investigação sobre o caso da urna terminou, mas não foi conclusiva. Os bruxos que capturamos se recusam a falar sobre qualquer coisa e não sabemos quase nada sobre de qual organização eles eram. E também não há qualquer sinal daquela loira, a Clear.

_Bem, já esperava algo assim. Se eles conseguiram escapar até mesmo da atenção daquele-que-morreu, claro que ficariam a salvo do Ministério. Ficarei de olho, agora tenho a minha família para cuidar.

_Conto com você, Malfoy para proteger a Mione. Ela é minha melhor amiga.

_Fica tranqüilo, Potter. Eu protegeria aquela mulher com minha vida.

_Ei, vão ficar de segredinhos aí, é? Venha já, o Rony está vindo!

Rony apareceu no saguão e logo foi abraçado por Harry e Hermione.

_Harry, Mi, é bom vê-los! Enfim estou de volta e é bom estar com a minha família de novo.

Um por um os presentes cumprimentaram Rony. Na vez do Draco, ambos hesitaram, mas o loiro criou coragem e disse:

_Seja bem vindo de volta, Weasley. E me desculpe aquilo que disse na última vez que nos vimos, em minha casa.

_Tudo bem. Eu não estava em meu juízo perfeito. E soube que foi você quem disse que eu estava enfeitiçado, devo lhe agradecer por me salvar. Mas cuide bem da Mi, ela é minha amiga e não quero vê-la sofrer por sua causa, se não te azaro e nem vês.

_Cuidarei bem dela, mas você nunca teria chance contra mim, Weasley. Você me vencer é só um sonho. – e ofereceu sua mão.

_Veremos. – apertou a mão do loiro e sorriu.

Já estavam todos n’A Toca, comemorando a recuperação de Rony, haviam almoçado lá e já estava escurecendo. Draco, Harry, Gina, Rony, George, Gui e Carlinhos estavam jogando quadribol, quando Hermione aproximou-se do campo e chamou o Malfoy. Ele desceu com a vassoura e aproximou-se dela, que disse:

_Estou cansada, vamos para casa? Amanhã os Zanbini e nosso afilhado virão almoçar conosco.

Draco a beijou de leve nos lábios:

_Vamos. Vamos para nossa casa.

FIM


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse final, assim como gostaram da história. Ele ficou meio assim inconclusivo pq achei mais interessante deixar espaço para vocês imaginarem o que aconteceu.

E só avisando que estou retomando Presunção, acho que consigo escrever um capitulo por semana agora, na próxima sexta já terá capítulo novo. Para quem não conhece, o link é esse:
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/43451/Presuncao

Mais uma vez obrigada a todos. E até a próxima história...

E essa história saiu por uma porta e entrou pela outra. E quem quiser, que conte outra.