Um Estudo em Carmim escrita por EveF


Capítulo 10
Capítulo 10 - Desespero


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, demorou mais saiu.
Muitas explicações, algumas histórias e um pouco de humor. Mas ignorem minhas tentativas de piada. hausuasa

Bem, só queria avisar que a fic está entrando na reta final. Teremos mais um ou dois capítulos. =/

Mais uma vez obrigada pelos reviews e por estarem acompanhando a história.

Divirtam-se ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/97652/chapter/10

Draco segurava o intruso pelas vestes, com a loucura apontando em seu olhar:

_Onde está Hermione? ONDE ESTÁ HERMIONE?

O estranho só sabia balbuciar palavras sem sentindo. Draco estava prestes a cometer uma loucura quando Harry interveio:

_Calma, Malfoy. Ele não me parece saber o que está fazendo. Vamos com calma, matar ele não nos ajudará a encontrar Hermione.

Draco soltou o rapaz e passou as mãos pelos cabelos:

_È, tem razão, Potter. Ele não ajudará a encontrar Hermione. Eu mesmo farei isso. – e desaparatou da casa.

Harry ficou sem saber o que fazer, quando sentiu a mão de Gina em seu ombro:

_Calma, Harry. Ele pode encontrar a Hermione através da magia do colar dela. Lembra-se que comentei com você sobre o pingente que ele deu estar cheio de feitiços rúnicos? Pois então, esses feitiços podem servir como um feitiço localizador desde que tenha um pingente irmão. Aposto que ele fez isso.

_Então quer dizer que não precisamos perguntar nada a esse cara sobre a Hermione?

_Sinceramente? Acho que mesmo que perguntemos algo, ele não saberia responder. Ao menos não sobre ela. Mas podemos perguntar sobre outras coisas, como por exemplo, aquela caixa. – e apontou para um embrulho que estava jogado em um canto revelando um pedaço da urna que ela havia visto naquela noite. Aproximou-se gentilmente dele e perguntou. – Quem é você? E que relação tem com a Urna da Morte?

Aos poucos o rapaz começou a contar sua história:

_Me chamo Vladus Godsky e conheço a história das 14 Urnas da Maldição há muito tempo...

“Eu era apenas um estudante de magia quando a ouvi pela primeira vez. Meu professor de História da Magia era obcecado por elas, nas férias vivia viajando em sua procura. Comecei a tornar-me fascinado também, objetos de poder imenso, quem não queria isso? E naquela época não me importava com as conseqüências dos meus atos. Era jovem nada poderia me atingir, me sentia forte o suficiente para dominar aqueles objetos e escapar da maldição. Esse meu professor e eu passávamos horas conversando sobre as urnas.

Depois que me formei, parti com ele em um de suas buscas, que até então não havia resultado em nada. Até que dois anos depois que procurávamos juntos por elas encontramos uma. Ela era feita de ébano com detalhes em ouro e dentro havia um colar. No primeiro momento não fomos seduzidos por ele, acho que porque estávamos felizes por ter encontrado e achamos que não havia mais nada que quiséssemos na vida. Apresentamos nossa descoberta em um audiência com um outro grupo de pesquisadores de artefatos mágicos. Era o nosso orgulho aquela urna. Com esse grupo havia um bruxo muito rico, que tentou comprar a nossa urna, mas não conseguiu. Tentou outras vezes mais tarde, mas não queríamos nos desfazer, principalmente eu. Era um sonho de criança realizado. Mas o professor se deixou seduzir pelas propostas desse bruxo.

Estudávamos um jeito de quebrar a maldição do colar quando tudo começou a acontecer de modo inesperado. Pela primeira vez ouvimos a voz do colar nos seduzir. Primeiro foi o professor, talvez porque já estivesse mais balançado por causa daquele bruxo. Depois fui eu. O colar nos prometia coisas maravilhosas, nossos sonhos realizados, sonhos que nem sabíamos possuir. Resistimos bravamente por meses. Aproveitamos essa ligação com o colar para descobrir mais sobre a maldição e como destroçá-la. Descobrimos que não havia como quebrá-la sem destruir os artefatos. Por isso hesitamos tanto em fazê-lo. Até que aconteceu tudo.

Numa noite em que havíamos trabalhado até tarde, a casa onde estávamos foi invadida por bruxos encapuzados. Eles estavam atrás da urna, pegaram a mulher do professor e a torturaram. Ele não conseguia ver aquilo. Acho que foi o que faltava para fazê-lo usar o colar e assim o fez. Nunca vi um bruxo tão poderoso, sozinho conseguiu combater todos aqueles encapuzados. Mas não conseguiu controlar o poder do artefato e matou sua mulher. Perdeu o juízo depois disso e jogou-se pela janela, suicidando-se.

Eu assisti a tudo. Mas ainda me sentia atraído pelo colar, cada vez mais na verdade. Consegui retirar o colar do corpo do professor e sumi antes que alguém do Ministério chegasse. Fiquei com aquela urna e o colar por mais alguns meses, todos os dias eram uma verdadeira tortura. Estava escondido em uma vila qualquer e fiz amizade com um garotinho e sua irmã. Um dia, porém me descuidei e ele encontrou a urna e pegou o colar. Não sobreviveu e pela segunda vez vi a maldição agir. Não podia mais agüentar, estava com tanta raiva de mim mesmo que destrui a urna e o artefato. Desde então venho procurando estas urnas e as destruindo. Dessa vez cheguei tarde demais para salvar a garota.”.

Vladus estava sentado no chão, encolhido. Gina pegou na mão dele como forma de consolá-lo:

_Não se preocupe, nós vamos salvá-la. Mas precisamos saber exatamente com quem estamos lidando.

_Eu sinceramente não sei... Eles apareceram algumas vezes nos lugares em que eu encontrava as urnas, mas sempre chegaram tarde demais. Eu hesitei novamente, salvei a urna deles. Mas... – e recomeçou a chorar.

Gina revirou os olhos e bateu em sua face:

_És um homem ou um rato? Pare de chorar e destrua logo essa urna. Hermione sabe se cuidar e nós vamos encontrá-la.

Ele olhou espantado para ela:

_Era uma pergunta retórica ou preciso mesmo responder?

Enquanto isso, Hermione acordava em um local escuro cheirando a mofo. Tentou mover-se, mas sentiu as cordas que lhe prendiam apertar seus pulsos, provocando dor. Apertou os olhos tentando descobrir onde estava e aos poucos pode perceber que estava num quarto escuro, com uma cama, uma mesa e uma cadeira. Procurou inutilmente a varinha, só confirmando que não importando o jeito que fora para lá, alguém teve a brilhante idéia de lhe tirar o artefato. Ainda sentia-se cansada e agora estava com o corpo dolorido. Chamou por alguém e esperou.

Após algum tempo, a porta do quarto se abriu e teve que fechar os olhos para não se cegar. Assim que ouviu o barulho da porta se fechando, abriu os olhos e viu o quarto iluminado. A sua frente estava uma mulher loira de olhar arrogante:

_Então é por você que ele tanta suspirava, hein? Você é uma nascida trouxa bem comum... Mas fazer o que, gosto é gosto.

_Do que você está falando? Onde estou? Porque estou aqui?

Claire soltou uma sonora gargalhada:

_Quantas perguntas. Eu estava falando daquele loiro lindo, o Malfoy. Sabe tive o prazer de conhecê-lo no Caribe, nessa viagem que ele fez.

Hermione sentiu um misto de raiva e ciúme tomar-lhe a garganta. Aquela mulher tinha sorte que ela estivesse amarrada porque senão já teria perdido aquele cabelo loiro aguado fio por fio:

_Estou com fome. Há algo neste seqüestro que me impeça de comer?

Claire esperava ao menos um choro por parte da castanha, mas decepcionou-se pela sua reação:

_Tá. Trarei alguma coisa. – e saiu do quarto.

Como agora havia mais luz, Hermione pode observar melhor o lugar onde estava. As cordas eram, com certeza, mágicas e mesmo que tentasse não poderia cortá-las. Mas conhecer o ambiente foi o suficiente para planejar um modo de sair dali. Dali a pouco, Claire reaparece trazendo uma bandeja com comida:

_Aqui está. Uma oferta de boas vindas para você.

Hermione olhou da bandeja para Claire e desta novamente para a bandeja. Claire ficou confusa:

_O que foi?

A castanha suspirou:

_Você é burra assim mesmo ou só está fingindo?

_Do que está falando, sangue-ruim?

_Como espera que eu coma se estou amarrada?

_Não vou te desamarrar.

_Então me dê a comida na boca. – olhou sorrindo.

Claire bufou e a contragosto começou a servir Hermione que sorria. Apesar da situação Hermione se deliciava com isso, percebia que aquela mulher estava se sentindo humilhada. Era bom para ela aprender com quem estava lidando. Enquanto comia, Hermione aproveitava para observar cada gesto de Claire e onde sua varinha estava escondida. Terminada a refeição, Claire saiu, não antes de ouvir Hermione:

_Até a próxima, querida. – ela já sabia o suficiente para planejar uma fuga. Só restava esperar o momento certo.

Claire chegou bufando na sala onde seus outros companheiros estavam reunidos:

_Ela me fez dar comida na boca dela! Eu, uma sangue puro, servindo uma sangue ruim! Absurdo!

Aquele que parecia ser o chefe do grupo falou:

_Calma, lembre-se do que está em jogo aqui. Assim que obtivermos a urna, poderá fazer o que quiser com ela.

_Espero mesmo. Isso não ai ficar assim. – e saiu da sala.

Um dos encapuzados que ali estavam, comentou com o outro:

_Ela está assim porque foi rejeitada pelo Malfoy. Ele preferiu a Granger a ela e agora fica assim nesse estresse.

O outro balançou a cabeça concordando:

_Mulheres, mulheres...

Em sua mansão, Draco retirava seu colar e o colocava em um círculo mágico. Faria um ritual de localização para encontrar Hermione. Os seus colares possuíam pedras irmãs que vibravam em uma mesma freqüência mágica, permitindo que se encontrasse em qualquer lugar do mundo. Ele iniciou o ritual recitando o feitiço que estava gravado em ambas as pedras. O lugar começou a ser tomado por uma luz verde e aos poucos uma imagem apareceu no ar, era uma casa antiga e grande, em meio um bosque. Draco não sabia aonde se localizava, mas logo descobriria. Na frente da casa havia uma placa com um nome escrito, ele manipulou o feitiço de modo a conseguir ler o que estava escrito: Basildon Park. Pronto, já sabia onde Hermione estava. Só restava ir lá e resgatá-la.

Encerrou o ritual e mandou uma coruja a Harry Potter. Por mais que soubesse que daria conta de tudo sozinho, não queria arriscar a vida da castanha.

Ainda na casa de Hermione, Gina e Harry conversavam com Vladus uma maneira de destruir aquela urna, quando uma coruja adentrou o aposento, deixando cair uma carta aos pés de Harry:

_”Potter, achei Hermione. Venha até a mansão para discutirmos um plano de resgate. Ass. Malfoy” Como ele pode ter encontrado ela?

_E o que isso importa agora? Ele a encontrou. Vamos logo!

Aparataram em direção a mansão Malfoy e encontraram um Draco nervoso:

_Porque demoraram? Não temos tempo a perder! E o que esse cara faz aqui?

_Calma, que eu explico. – e Gina repassou em linhas gerais a confusão em que se encontravam.

Ao final, Draco disse:

_Precisamos de um plano. Se como esse cara falou, esse grupo é perigoso. Sugiro que o Potter e eu irmos atrás de Hermione, enquanto a Gina e esse cara destroem a urna.

_Mas acho que devíamos descansar antes. Precisamos de todas as nossas forças para a batalha.

Todos concordaram. Draco chamou um elfo para que mostrasse os quartos para seus hospedes e depois subiu para o seu, deitando em sua cama e adormecendo logo em seguida. Em Basildon Park, Hermione também adormeceu, sentindo uma sensação de otimismo lhe invadir, acalentando-a daquele terrível pesadelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capitulo Hermione deixará de ser apenas uma mocinha e enfim vai lutar! Aguardem.