Perfect Crime Society escrita por Mr_Strife


Capítulo 17
Capítulo 17- O Esperado Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo. õ/
Bem, gostaria de agradecer aos reviews. *-*
Pessoal, eu vou viajar dia 23, e vou anteceder minhas postagens para terminar o arco antes disso. Ficarei fora uma semana só, então acho que tá tudo bem, né?n.n Só para dar o recado mesmo. n.n
Boa leitura pessoal, e se lerem por favor deixem um review. *-*



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Capítulo 17- O Esperado Inesperado



     Fazia quatro dias desde que a Perfect Crime Society explodiu praticamente todos os canos da escola, ou devo dizer, o Naruto? Ainda lembro o que ele tinha escrito no bilhete que me mandou. “Porque as pessoas não gostam da chuva? Simples. A chuva nos faz sentir a nostalgia de nossas lembranças, sejam tristes ou felizes, esse sentimento acaba por fazer com que nos sintamos tristes através das saudades. As águas que caem dos céus são como os sentimentos de tristeza pelas boas e más lembranças que há em cada um de nós. Eu não posso fazer chover, mas posso te mostrar como estou me sentindo agora com inundações”. Inundações de um coração preenchido pela tristeza, é assim que você se sente? É como eu me sinto, e eu me sinto idiota por me sentir culpada por estar te fazendo sofrer, eu não deveria me sentir assim.


– Hinata? Hinata? – Gaara estava me chamando, ele segurava uma xícara de café na mão direita e outra na mão esquerda na qual estava me oferecendo.

– Ah, obrigada. – Peguei o café com as duas mãos e coloquei em cima da mesa, soprei um pouco para esfriar. – Desculpe, ando um pouco distraída.

– Não, tudo bem. Sabe, você me contatou mais rápido do que eu esperava, já tem uma resposta, não é mesmo? – Sim, eu me decidi, por motivos que eu não imaginei que o faria, o que me faz me sentir ainda mais boba.

– Sim. Eu me decidi. – Para proteger a mim, os amigos que eu fiz, ou aquele que me machucou? – Eu vou aceitar sua proposta Gaara. Esse caso me deixa bastante intrigada. – Gaara sorriu, de um jeito que até me assustou um pouco, era um sorriso maldoso. A garota de cabelos loiros e rabo de cavalo que estava de vigia na porta bateu o pé e pigarreou. Que estranha.

– Isso é ótimo, agora tenho certeza que estarei muito mais perto de capturar eles. – Ele ignorou totalmente a garota, mas não era isso que me surpreendia, o que me surpreendeu de verdade foi o fato de ele acreditar tanto na minha capacidade... De um jeito que o Naruto não pode fazer. – Hinata? Oe, Hinata? Você não vai ficar tão distraída assim quando começarmos a discutir os detalhes importantes do caso, vai?

– Ah, desculpa, eu só estava pensando... – Pensa agora, pensa rápido! – Quais as pistas que você tem?

– Sabemos que são estudantes da sua escola. Acreditamos na possibilidade de que possam ser quatro membros devido à um certo evento, e temos tudo para acreditar que pelo menos um dos membros, senão todos, tem alguma relação com a desaparecida Haruno Sakura. – É muita informação, mas é tudo que pensávamos que ele sabia afinal, como desviar ele do caminho agora? – Ah, e é claro, eu não poderia deixar de me esquecer, acredito que exista um hacker exímio no grupo.

– Um hacker? – Ele assentiu.

–Sim, não fomos capazes de encontrar registros de pessoas que possam estar envolvidas nos incidentes que acontecem na escola. O sistema da escola é completamente eletrônico, o que permitira que um hacker competente fosse capaz de manipular os dados como bem quiser, apagando rastros, por exemplo. – Eles chegaram a investigar a escola? Não pensei que avançariam tanto em tão pouco tempo, tenho que pensar logo em que medidas tomar.

– Conseguiu a autorização da escola para se interferir no caso? – Um homem chegou, era Kankurou, o irmão de Gaara, e aquele que havia mantido Sakura presa. A garota de cabelos loiros o parou na porta, e fez ele ficar lá, ela caminhou saltitante até Gaara e se sentou no seu colo e o abraçou.

– Não ligue para ela. É ciumenta demais. – Deu pra perceber.

– Não sou! – Ela berrou. Pelo visto também é escandalosa, mas o Gaara não parecia se incomodar.

– Certo, certo, continuando. – Ela pareceu desapontada por ter deixado de ser o centro das atenções, ainda bem que não deve tentar ser minha amiga, odeio garotas mimadas. Graças a Deus existe o ciúmes. – Eles deixaram sim, inclusive, irei anunciar na segunda-feira que sou o inimigo número um da Perfect Crime Society e que irei caçá-los sem piedade.

– Isso não vai irritá-los? – Eu ficaria nervosa, mas acho que o Naruto e o Sasuke ficariam irritados e Shikamaru apenas acharia problemático. Droga, droga, tenho que parar de pensar neles, passado é passado.

– É justamente essa a intenção, assim eles podem cometer algum deslize. – Como eu vou falar com eles? Eu vou ter coragem para fazer isso? – Você não bebeu seu café ainda, temos que esperar os membros restantes, ai te apresentarei a todos e continuaremos a conversa, o.k? – Assenti, e fingi um sorriso, peguei a xícara e tomei um gole, era bom, ainda bem, afinal, o dia ainda vai ser longo.

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     Não consegui avançar muito na Fenrir, por sorte, muita sorte, consegui descobrir o código de quatro das sub-travas, as chances eram de uma em setecentas tentativas para cada código e ainda faltavam 3746 códigos para liberar as 50 travas, e depois ainda teria que colocar o código mestre. Talvez o melhor fosse deixar a Fenrir quieta e só pensar em procurar o senhor Shibi no futuro, mesmo que eu liberasse as 50 travas com muita paciência e insistência, seria difícil descobrir o código mestre. Tomara que ele não esteja morto. Passei a maior parte do tempo deitado na cama, refletindo sobre mim mesmo e minha vida, perdendo meu tempo, pois sempre chegava a mesma conclusão. A senhorita Hinata não tentou entrar em contato comigo, eu não posso mais ficar deitado e trancado no meu apartamento esperando, eu preciso tomar uma atitude. Levantei-me da cama e fui para o banheiro tomar um banho, logo, logo iria me encontrar com minha querida e irei mostrar para ela porque ela deveria me perdoar.

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     A reunião havia demorado  cerca de duas horas, e finalmente, Hinata estava passando pela porta de saída da sala, ela acenou para todos, e depois foi embora, Ino fechou a porta assim que ela saiu. A idéia destaque da reunião havia sido de Hinata, era só o que precisávamos para inutilizar as habilidades do hacker, o único problema era saber que a possibilidade de o colégio aceitar tal acordo seria quase remota. Sei que não posso contar com essa possibilidade, então terei que fazer uso de meus seguidores da melhor maneira possível, é para isso que foi criada a Red Sand. Ino se sentou ao meu lado, e os outros cinco se aproximaram da minha mesa.


–Tem certeza de que ela é confiável, senhor Gaara? – O Yuura me perguntou.

– Sim, é uma velha conhecida. E ela já deu uma ótima sugestão para nós, podemos confiar nela. – Falei, Ino me encarou um pouco, acho que o ciúmes a estava deixando fora de si, só espero não ter que tomar medidas, não quero que isso se torne um problema, ainda mais com você, Ino.

– Ainda acho que não deveríamos confiar nela assim, eu não confio! – Ino disse, batendo o pé, espero que os outros tenham a sensatez de enxergar os motivos por trás de tal atitude.

– Ino, dá um tempo, depois nós conversamos. – Olhei para ela sério, e ela pareceu entender o recado, embora estivesse um pouco desapontada, deixando de lado as preocupações, olhei para os outros. – Não sabemos se conseguiremos fazer o que a Hinata disse, por isso vamos ter que prosseguir com os outros dois métodos. Ino, Yuura e Yashamaru, vocês continuem procurando pelos membros de gangues que usamos. Kankurou, Temari e Matsuri, arranjem um pessoal e persigam Uchiha Sasuke, tragam-no a força para interrogatório. – Todos disseram um sim em uníssono. Levantei-me, e fui até Ino, segurei a sua mão e olhei nos olhos dela. – Você que espere um pouco mais. Quero falar com você. –

– Ei, Gaara. – Kankurou veio falar comigo, enquanto os outros continuaram a sair da sala. – Porque não deixou que a Hinata ficasse para ver o final da reunião.

– Você a conhece e me pergunta isso, Kankurou? Sabe com os Hyuuga são, eles não aprovariam os nossos métodos. Agora vá. – Ele assentiu, e foi atrás de Temari e Matsuri. Esperei todos saírem da sala para começar a falar. – O que está acontecendo? Porque está sendo tão infantil?

– Infantil? Ah, eu estou sendo infantil? Você vai atrás de uma garota que mal conhece e com quem falou poucas vezes, e de repente ela é o centro das atenções, você não para de dar prioridade a ela, é esse o problema. – Nessas horas, tem só uma coisa que faz essa mimada calar a boca. Então eu a puxei para perto de mim e a beijei, no começo ela estava tensa, mas pude sentir que ela relaxou.

– Vou ser sincero. – Ao dizer tais palavras ela ficou calada, mas eu podia ver que se sentia triste, então ela ficou cabisbaixa e não conseguiu mais olhar para mim ou retrucar. As vezes é bom brincar um pouco com essas emoções, só assim ela vai entender. – Eu não faço o que faço por ela ou por você, nesse jogo o que importa sou eu, e vocês são peças a minha disposição que irão me ajudar a conseguir o que eu quero. – Agora ela voltou a me encarar, parecia um pouco surpresa, mas bem mais calma.

– Se você conseguir o que você quer, todos conseguiremos o que queremos, não é? – Não pude deixar de rir, nós somos tão tolos às vezes.

– E não é por isso que vocês decidiram me seguir nisso desde o início? – Me afastei e estendi a mão para Ino. – Vamos fazer o nosso trabalho.

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     Era um belo dia, as folhas caiam das árvores seguindo o ciclo das estações, fazia um bom tempo que não via um outono tão bonito, desde aquela época... O dia parece perfeito, está calor, mas tudo bem, está fresco ao mesmo tempo. Talvez não seja o dia, talvez seja por causa da ligação que estou fazendo. Este parque era tão próximo da minha casa e eu ainda não tinha visto.


– Sakura, quando voltar, gostaria de passear comigo por um parque? – Estava usando um orelhão público no meio do parque, as pessoas iam e vinham, crianças com seus pais, casais, e até mesmo alguns lobos solitários como eu.

– Sério, Sasuke? Ah, eu mal posso esperar para voltar, vamos os divertir tanto. Ah, eu te amo! – Lá vêm de novo. Mas quem sabe? Quando escuto a voz dela, tenho me sentido melhor.

– Ei, porque você sempre me diz isso? Não é triste dizer sabendo que eu não vou poder te retribuir isso agora? – Ela riu do outro lado da linha, me deixando perplexo. Qual o problema das garotas? Eu não entendo. – Ei, fala comigo!

– D-Desculpe. – Ela ainda ria. – É só que é engraçado ver você se preocupando comigo. Mas não precisa, eu não me machuco, eu digo sempre porque eu sonho com o dia em que vou ouvir você falar de volta para mim. – Sakura... Espera, as coisas não estão bem, está muito silencioso, olhei pelo canto do olho e vi porque estava estranho, Kankurou, duas garotas e mais três caras estavam ali, os três estavam com tacos de baseball cheios de pregos, e notei que uma das garota era a irmã de Gaara do qual eu já tinha visto a foto mas não me recordava do nome.

– Então espere. Porque quando esse dia chegar, eu estarei olhando nos seus olhos, e nós estaremos neste mesmo parque. Tenho que ir, tchau, Sakura. – Apenas ouvi seu suspiro e sua despedida e desliguei o telefone, então me virei. – Eu estava esperando vocês. Seguindo-me esse tempo todo e só agora tomam uma atitude?

– Você tinha notado?! – Kankurou perguntou, histérico.

– Claro. Você deixa rastros, é barulhento e não sabe se esconder, como não perceberia? Tenho sistema de vigilância, sabia? – A irmã de Gaara riu.

– É mesmo um incompetente. – Ela deu um passo pra frente e apontou para mim. – Acabem com ele, podem quebrar um membro ou dois.

– Por favor, se entregue sem resistência garoto. – A garota desconhecida sorriu, parecia doce, mas seus olhos me diziam o contrário. Eram olhos como os meus.

– Querem me seqüestrar agora, é? – Abaixei me desviando do primeiro cara que tentou me acertar com o taco, dei um chute na sua perna de apoio, fazendo-o cair. – Quatro homens, isso não é o bastante.

– Nós também vamos participar. – As duas garotas partiram para cima de mim também. Pisei nas costas do homem que tinha derrubado, impedindo-o de levantar, os outros dois tentaram me acertar juntos, um tentou passar o taco por baixo e o outro por cima, tudo que precisei fazer foi recuar e usar o amigo deles de escudo. Os pregos tinham machucado, estavam manchados de sangue, além do grito afeminado que o infeliz tinha dado, e esses caras ainda querem fazer pose de machões.

– Não me importo de bater em mulheres se elas vierem pra cima de mim com tanto vigor. – Dei um jab na irmã do Gaara que estava mais próxima, a outra garota foi sorrateira e bem ligeira, ela tentou chutar minha perna de apoio, mas eu recuei novamente, bem a tempo. Ela era perigosa.

– Peguei! – Kankurou estava atrás de mim, esperei ele se aproximar, ia tentar me render com a faca em minha garganta, mas peguei seu braço e o joguei por cima de meu corpo com tudo no chão, o impacto foi forte o bastante para fazê-lo desmaiar.

– Maldito! Ele derrubou o Kankurou, peguem ele. –Chutei a cabeça do homem mais próximo, ele também caiu. Três a menos, faltam só três. E aí que fui pego de surpresa, a garota desconhecia conseguiu me derrubar me dando uma rasteira bem na hora que terminei o chuta, caí de costas no chão, o ultimo dos caras ia acertar o taco em cheio em cima de mim, mas eu consegui desviar rolando para o lado, aproveitei para chutar a perna do cara e fazer ele cair, notei que a irmã do Gaara estava bem próxima de mim, ela tentou chutar minha cabeça, mas eu defendi com minha mão direita.

– Opa! Essa foi por pouco, mas que vergonha hein? –Puxei a perna da irmã do Gaara e a derrubei, sem querer acabei ainda dando uma olhada debaixo do vestido dela, e vi a calcinha dela, ela ficou vermelha e pareceu ainda mais furiosa. Aproveitei que os dois estavam no chão e me levantei, a garota desconhecida tentou me chutar, mas consegui me defender com o ante-braço esquerdo, o chute foi forte o bastante pra fazer eu perder um pouco do equilíbrio, isso deu tempo o suficiente pra ela conseguir chutar minha barriga. Consegui pegar o pé dela com a mão esquerda e empurrei com força em um movimento giratório, fazendo-a cair.

– Esse desgraçado é um monstro por acaso?! – A irmã de Gaara gritou, e eu apenas ri da situação deles. Peguei um dos tacos de baseball e joguei em cima do cara restante, de maneira que a ponta de madeira sem pregos o acertasse em cheio na cabeça. Quatro a menos, faltam dois. Coloquei a mão direita à frente com a palma da mão aberta, e a esquerda atrás, fechada.

– Não  sou um monstro. Só tenho faixa preta em Karatê, estou no 2° Dan. – As duas finalmente pararam, ficaram  impressionadas.

– Mentira!Tão jovem assim? Só se você for um prodígio. – A garota tinha razão, não era para muitos, mas no lugar que eu aprendi tinha muitos que eram desse jeito. Ela usou bastante a perna, tenho um palpite de que ela deve saber Tae-Kwon-Do.

– Não é tão raro assim, vejo que vocês entenderam que não tem chances contra mim. Agora me digam, vocês foram os seqüestradores da Sakura, não é mesmo? – Elas se levantaram, pareciam assustadas, a irmã do Gaara se aproximou da outra, enquanto eu me afastei um pouco grupo para ter uma visão geral.

– O que te interessa?! – Pelo visto a irmã do Gaara é bem esquentadinha, nas palavras do Shikamaru, problemática.

– Porque vocês vão me levar até o chefe de vocês, vocês não são a cabeça por trás disso, são? – Elas ficaram caladas. – Digam-me, antes que eu tenha que usar a força.

– Não iremos falar nada, seu pervertido imbecil! – Ela me deu dedo, a outra garota sequer se pronunciou. Coloquei a mão no bolso, vou tornar as coisas mais interessantes, como será que o inimigo age quando ele tem medo? Deixa, não é uma boa idéia, não agora que estamos sem a Hinata...

– Tanto faz. Eu irei descobrir de um jeito ou de outro, e se vocês ficarem me seguindo, apenas vai facilitar para que isso aconteça. – Me virei e caminhei na direção da saída do parque, parei por um segundo e olhei para trás, elas não tinham saído do lugar. – Até logo. – Fiz um sinal de adeus e continuei em direção a saída. Talvez isso anime o Naruto um pouco.

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     Quando cheguei em casa, estava cansada, estava pronta para cumprimentar meu pai e minha irmã, ir para o meu quarto e descansar, dormir, e pensar em como me manter afastada dos garotos e se minha atitude para protegê-los foi correta. Mas não foi assim, eu entrei em casa, cumprimentei meu pai e minha irmã, meu pai parecia um pouco estranho, suspeito, mas resolvi não ligar no momento, e subi para ir para o meu quarto, onde se encontrava minha maior surpresa. Assim que eu abri a porta do meu quarto, eu vi algo que sabia que nunca iria sair da minha mente, uma memória que eu carregaria comigo para sempre. Naruto estava sentado na ponta da minha cama, ao redor da cama haviam vários buques de rosas vermelhas, e ele estava segurando um controle na mão.


– Oi, eu precisava falar com você. – Me disse.

– O-O que você quer? – Estava me sentindo nervosa, não estava pronta para falar com ela, meu peito ainda doía... Mas ainda assim, ele se levantou e se aproximou de mim, ficando na minha frente.

– Gosta de rosas? – Apenas assenti, evitando encarar ele.

– Não vão servir, você sabe, não é? – Ele nada disse, por um minuto ficamos em silêncio, até que eu o interrompi. – Se não tem nada para falar, então por favor, se retire.

– Não posso fazer isso. – Porque não? Só vá... – Eu vim aqui para te pedir desculpas. Olha, quando eu te conheci, eu gostei de você logo de cara, e me senti intrigado por você. Eu não sabia como provar que meus instintos estavam certos, e fiz o que fiz para poder te trazer para o time. Sei que agi errado em invadir sua privacidade, e tomei cuidado para não ser abusivo demais, embora eu saiba que isso não diminui meu erro. Mas eu nunca fiz isso além daquela vez, porque eu queria ser sincero, porque eu tenho respeito por você... E palavras não podem dizer como eu me sinto triste por tudo isso ter acontecido, mas eu não me arrependo de ter cometido esse erro, porque eu sei que ele me fez ficar mais próximo de você.

– E v-você q-quer me convencer com isso? – Ele se aproximou de mim, e para minha surpresa, a mão esquerda envolveu minha cintura, e a direita segurou minha mão esquerda. Corei com o gesto dele, e senti que ele apertou algum botão no controle que tinha na mão esquerda, o som foi ligado, e uma música começou a tocar. – Me solta Naruto! – Tentei me livrar, mas ele me segurava, firme, de um jeito que não me machucava.

– Eu te prometo que se você dançar comigo até o final e me escutar, e ainda assim você quiser que eu saia pela porta de entrada da sua casa, eu não irei mais te incomodar. Nunca. – Nunca? Mas... Eu não sei se te quero fora da minha vida... Ah, porque faz eu me sentir assim, seu idiota. As lágrimas começaram a rolar. – H-Hinata? N-Não chora. – Eu nada disse, apenas o abracei para aquela dança, pensando se seria a primeira e ultima que teríamos. E dançamos no ritmo da musica, era uma musica triste, que em nada favorecia ele.

– Só porque gosto de Londres achou que eu já teria escutado a Julie London? – Ele me mostrou um sorriso triste, e olhou nos meus olhos.

– Mas você sabe que o nome dessa música é “Cry Me A River”, não sabe? – É, eu sei, mas novamente, nada disse. Ele se aproximou mais de mim, estávamos dançando abraçados, deixei minha cabeça recostada em seu peito, tentando esconder meu rosto, minhas lágrimas, porque isso estava doendo tanto, e naquela hora eu senti. Eu senti o quanto o coração do Naruto estava acelerado, ele segurou meu queixo e fez com que eu olhasse para ele, e depois enxugou minhas lágrimas com as outras mãos, passando os dedos delicadamente pelas minhas bochechas.

– Eu te darei um motivo para me perdoar. – Ele ainda segurava meu queixo, e com a outra mão ele segurou a minha e a levou em direção ao seu peito. – Por isso. Isso que você ouviu agora, que você sentiu agora, porque eu sei que seu coração fica assim também quando estamos juntos. Eu sei que errei, mas eu não me arrependo desse erro, porque eu encontrei alguém que conseguiu fazer com que eu fosse capaz de sorrir novamente. Nós dois sabemos que eu jamais cometeria esse erro agora, e nós dois nos sentimos tristes ao pensar em perder isso.

– Naruto... E minha tristeza? O que eu faço com a angústia por ter sido enganada por você desde o primeiro momento?! – Ele soltou minha mão, e colocou um dedo sobre meus lábios, um gesto para que eu me calasse.

– Deixe-me transformar ela em felicidade, porque tudo que veio depois é verdadeiro. Cabe a você decidir se vai me aceitar ou não, mas eu tenho que te mostrar o que sinto antes. – E simples assim, ele selou os meus lábios com os dele, e foi como se tudo estivesse certo, a tristeza foi preenchida por calor. Eu entendia os motivos por ele ter feito aquilo, mas me sentia enganada, só que agora, agora... O que eu sentia? O que era esse sentimento novo dentro de mim? Ele se afastou por um momento, mas parece que não resistiu e meu deu um outro beijo. Tinham sido só dois selinhos, mas eu me estava me sentindo sem fôlego. – Você caminharia ao meu lado de novo? Daria-me a oportunidade de estar ao seu lado, te apoiar, de ver seu sorriso? Ou resumindo... Será que você me perdoa, senhorita Hinata? – Naruto, eu....


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Notas finais do capítulo

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