Perfect Crime Society escrita por Mr_Strife


Capítulo 11
Capítulo 11- A Namorada


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo deste final de semana. õ/
Espero que gostem. n.n
Aqui começa também o segundo arco da fic. õ/
Gostaria de agradecer aos reviews, a fic alcançou 100 reviews em um total de 10 capítulos, obrigado a todos. *-*
Queria pedir novamente para as pessoas que estão lendo a fic e a acompanhando, que deixe um review dizendo o que achou do capítulo. Deixaria o autor bem feliz. *-*
Bem, por enquanto é só. õ/
Boa leitura. õ/



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Capítulo 11-  A namorada




     Estávamos todos animados com o fato de termos cometido nosso primeiro crime perfeito, e de ter causado a demissão de Orochimaru. Mas tinha uma coisa que nós agradava mais do que isso: A repercussão da Perfect Crime Society. Dia 27 de setembro, e o tópico mais falado naquela semana não tinha sido a demissão de Orochimaru, em parte, sim, mas o tópico mais falado naquela semana era a misteriosa “Perfect Crime Society”. Isso mesmo, o nome da PCS estava se tornando famoso, havia sido mencionado em alguns jornais locais, e era o assunto mais quente na escola. Foi no final do dia 20 de setembro, quando decidiram retirar os cartazes, que viram que atrás dos cartazes estava escrito: Isso foi obra da Perfect Crime Society. O interessante, é que a PCS ter vindo á tona, não atrapalhou o processo, e Orochimaru foi demitido de qualquer forma. Agora nosso nome pairava em todos os cantos, em um eterno dilema: Heróis ou arruaceiros?

- Você não acha Hinata?- Ten Ten me perguntou, eu demorei alguns segundos para me dar conta de que ela estava falando comigo.

- Ah, desculpa, eu... Me distrai um pouquinho, do que você estava falando mesmo?- Ela não fez uma cara muito feliz, mas seguiu em frente.

- Hã... Do assunto mais discutido essa semana? Da tal da Perfect Crime Society, quem você acha que eles são? Quer dizer... Eles não parecem ser do tipo perigosos e bonitos?- Quê? Ten Ten é uma boa amiga, mas as vezes ela delira demais, ela é um pouco carente, talvez eu devesse apresentá-la para alguém.

- Você não acha que está delirando um pouquinho demais? Não sabemos nem se são eles, pode ser só um, além de que, ele pode ser feito, ou ela pode ser feia, ou eles podem ser feios.- Bem, eles não são, e talvez Naruto e Sasuke até façam um pouco o tipo perigoso e bonito, mas ainda assim, ela não deve se iludir.

- Primeiro, possibilidades, minha querida, elas existem. Segundo, se é uma sociedade, eu creio que seja mais de uma pessoa, certo?- É, nessa eu não posso argumentar, mas poderia ser enganação, eu fui criada para nunca confiar plenamente em alguma coisa. – E além disso, você pode estar falando que eu estou delirante, mas você estava completamente distraída aí, e eu não duvido nada, que tenha haver com um certo grupo de garotos com quem você anda, principalmente aquele loiro ali.- Ten Ten apontou para Naruto, que olhou para nós sem entender, mas sorriu para mim, senti meus lábios formarem um sorriso, de fato, aquele loiro estava me distraindo um pouco.

- É, você pode estar certa, mas as chances disso são pequenas. E eu não estou me distraindo com ninguém. - Neguei, ainda sorrindo, olhei para Ten Ten pelo canto do olho, e vi que ela ria um pouco.

- Aprenda a mentir. Até mais, Hinata. – Ela saiu, e eu corei um pouco. Eu sei que estava me distraindo, mas não da forma que Ten Ten estava insinuando, pelo menos, eu acho que não, quer dizer, eu estava preparando aquilo para ele, como não iria pensar nele conseqüentemente?

- Como você está senhorita?- Naruto se aproximou de mim, pegou minha mão e a beijou, me cumprimentando. Eu senti minha bochecha esquentar um pouco, e meu coração palpitar. Eu não tinha percebido até agora, mas, será que Ten Ten está certa? Somos amigos há tão pouco tempo. – Hinata, você tá legal?

- Hã?- Me distrai de novo. – S-sim, eu estou bem, e v-você?

- Eu estou bem. Vamos para o lugar de sempre?- Apenas assenti, e caminhamos lado a lado pelos corredores da escola.

      Eu me sentia feliz quando ouvia os estudantes comentando sobre a PCS, o que não era difícil de ocorrer, mas Naruto, ele se orgulhava, isso era perceptível no seu olhar, ou mesmo no sorriso, como se estivesse no topo de todo o mundo. Chegamos no refeitório, e sentamos na nossa mesa habitual, no canto inferior esquerdo. Sasuke e Shikamaru já estavam lá.

- Oh, olha só, Narutinho, senhorita, já estava sentindo a falta de vocês. -  Sasuke falou em claro tom de deboche, em uma de suas típicas brincadeiras constantes sobre mim e Naruto.

- Ah, cala a boca, Sasuke. - Naruto corou um pouco, que bonitinho. Sentei-me ao lado de Naruto, de frente para Shikamaru.

- Nós estamos ficando famosos, mas as pessoas estão tendo dúvidas sobre nós, o que nós vamos fazer?- Queria me adiantar às impressões causadas nos estudantes, apenas por precaução.

- Não é obvio? Nós temos que mostrar para eles que nós não temos um lado, que fazemos o que fazemos por nós, e por mais ninguém. - As ultimas coisas que fizemos, demitir Orochimaru e ajudar Shikamaru foram coisas boas, quase me fizeram esquecer uma coisa: Nós não somos heróis. E aquela pergunta, que antes só pairava na minha mente no começo, retornou, quando faremos algo que possa ferir meus princípios?

- Eu tenho uma idéia, mas falo com vocês sobre isso mais tarde. É algo bem simples. - Sasuke se levantou, se preparando para sair dali, e eu não sei explicar porque, mas eu estranhei aquela atitude.

- Ué? Já vai ir pra sala?- Shikamaru perguntou.

- É sabe como é, preciso resolver umas coisas. – Braços femininos envolveram Sasuke, e eu pude ver fios de cabelo roseados caindo sobre o ombro da garota, que estava visível.

- Te achei, Sasuke!- Ah, ele não parecia muito feliz com o abraço.


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     É perturbador como uma vida de equilíbrio pode se quebrar em pouco tempo, quase como um espelho que se quebra em poucos segundos ao ser atingido por um impacto forte. Uma semana atrás, minha vida ainda era normal, era completa, e agora, tudo que eu tinha não passa de sonhos despedaçados. Sou forçado a tomar tais medidas, por mais que eu odeie, forçado pelo meu sentimento de vingança para com a tal Perfect Crime Society. Caminhei pelos corredores escuros da escola Suna, àquela hora não deveria ter ninguém por ali, mas eu tinha ouvido dizer que eles ficavam em serviço até tarde, durante alguns dias da semana. Cheguei a porta certa, protegida por dois estudantes, um garoto, e uma garota.

- Você tem a senha de hoje?- O que são essas crianças de hoje em dia? Agindo como espiões, será que não enxergam que a vida não é um filme? Ah, eu realmente odeio recorrer a isso.

- Senha? Esqueça isso, garota, deixe-me passar com ele.- Dei um passo, e os dois estudantes ficaram na frente da porta, me barrando. A garota, loira, tinha olhos verdes, intensos, era perceptível a revolta que a adolescente queria trazer para o mundo apenas em seu olhar. Que nojo.

- Você não passa se não tiver uma senha. - Ela disse.

- Vão pro inferno! Eu passo se eu quiser, saiam daí, agora mesmo!- Não faça eu perder minha cabeça, nojentinha. As porta foi aberta, uma outra garota loira, que tinha uma franja sobre o olho, e o cabelo preso em um rabo de cavalo foi quem a abriu. Olhos azuis, claros, mas intensos e nojentos como os da outra garota.

- Deixe que ele entre. - A voz masculina ordenou. Então é ele. Os dois estudantes saíram da frente da porta, e eu entrei, a garota continuou ali, segurando a maçaneta da porta. Ela não vai fechar?

- Vamos direto ao ponto... - Ia falar, mas fui cortado.

- Sabe que é ótimo ver que você ainda tem coragem de pisar em um colégio, depois de toda a humilhação pelo qual passou? Eu estava curioso para ver o que havia sobrado da sua casca vazia. – A sala estava escura, mas o semblante do garoto era visível, ele estava sentado atrás de uma mesa de escritório, apenas me encarando, eu não podia enxergar seu rosto bem, apenas seus olhos. Olhos verdes como os da garota, mas ainda mais intensos olhos bonitos, impregnados pelo ódio. Seria isso, desprezo por mim?

- Eu quero que você investigue algo para mim, eu sei que você é conhecido como monstro da areia, que é um ótimo investigador e que sabe lidar com o seu trabalho sujo. – Não segurei minha risada, sabendo estar diante de uma figura tão nova. A decadência não poupa ninguém, não é mesmo?

- Não chame meu trabalho de sujo, você não tem a menor moral para fazer isso, seu pedófilo. - Essa palavra me doeu, ele consentiu, porque só me culpam? – Agora vá direto ao ponto, fale o que quer, ou cale sua maldita boca.

- Quero que você descubra quem é a Perfect Crime Society. - Dessa vez, o garoto riu, riu maquiavelicamente, admito que até mesmo, senti um pouco de medo.

- Sabe de uma coisa? Nós já estávamos correndo atrás do teu rabo por causa de alguns estudantes que nós pagaram para investigar você, mas aí, do nada, essa Perfect Crime Society surge, e eles conseguem te demitir antes que eu consiga.- O filho da puta queria ferrar com a minha vida também? Corri até o garoto, minhas mão estendidas, prontas para esganá-lo, vi seu rosto clarear um pouco, a tatuagem em sua testa, um Kanji escrito em vermelho.

- Vá pro inferno!- O garoto se levantou, e jogou alguns livros que estavam em cima de mesa na direção do meu rosto, me atrapalhando, ele pulou em cima de mesa e chutou meu rosto. Caí no chão, senti alguns dentes se movimentarem em minha boca, e o gosto do sangue tomar conta da minha boca.

- Não precisamos colaborar com você. Nós já íamos atrás da Perfect Crime Society, agora, que tal humilhar você mais um pouquinho. - E mesmo que sob a penumbra, eu vi as feições do garoto se distorcerem em um sorriso macabro. Eu nunca deveria ter procurado a Red Sand.

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     Felizmente, o trânsito não é ruim em Los Angeles, eu não demoraria para chegar na pracinha que eu tinha combinado de encontrar a Sakura. Suspirei, eu ainda não estava pronto para tudo aquilo, por mais que Sakura seja estranha e irritante as vezes, eu não queria ter que manipular ela de tal forma, nunca tive a intenção de ter que apresentar ela para o pessoal.

     Este provavelmente é um dos momentos mais estranhos da minha vida, eu sei que minha expressão não deve ser das melhores, pois estou surpreso. Eu conheço essa sensação sobre meu corpo, eu conheço esse abraço, e mesmo sabendo quem está atrás de mim, tenho medo de me virar e ver os cabelos róseos. Olho para os outros, Naruto parecia estar tão surpreso quanto eu, e Hinata estava me olhando, droga, ela está estranhando minha reação. Forcei um sorriso, e me virei para abraçar a Sakura.

- Ah, você me encontrou, eu já estava indo atrás de você. – Sakura sorriu, e me deu um selinho.

- É, eu senti sua falta, um pouquinho. – Só espero que isso não te torne ainda mais obcecada.

- Quem é ela?- Hinata perguntou. Droga de pergunta! É difícil me deixar nervoso, mas essa situação me deixa quase no limite.

- Eles não sabem sobre mim?- Sakura me perguntou inocentemente, e por um momento, eu senti pena, quando eu vi seu olhar triste.

- Ah, claro que sabem, pessoal, está é a Sakura, minha namorada, como eu disse a vocês.- Eles murmuraram um “Ah” em conjunto.

- Oi, Sakura, é uma prazer conhecer você. - Sakura olhou para Naruto, e ele sorriu para ela, fazendo o papel de simpático, mas quando ela virou para falar com Shikamaru, ele me olhou enfurecido. Isso realmente vai me trazer problemas, muitos problemas.

     O que eu poderia fazer  para impedir que ela jamais falasse qualquer coisa sobre mim e o Naruto termos seguido o Orochimaru? Eu preciso de alguma coisa, algo forte o bastante para que eu pudesse chantagear Sakura, assim ela me odiaria, e ficaria impedida de falar, é como matar dois coelhos com uma cajadada só. Lembrei-me do olhar triste de Sakura quando ela perguntou se eu não tinha falado dela para o pessoal, e senti aquilo novamente. Não é hora de sentir compaixão, eu vou seguir meu plano, então é melhor que eu diga isso em minha mente apenas agora, pois não irei dizer isso nunca mais: Desculpe-me, Sakura, por partir seu coração. A Perfect Crime Society irá seguir em frente, mesmo sem poder falar com eles hoje, deixei que Shikamaru explicasse para Naruto e Hinata o que eu queria fazer, já que eu havia explicado para ele antes.

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     Naruto certamente não parecia muito paciente depois da namorada de Sasuke ter aparecido, isso era estranho, mas de qualquer forma, só não queria que ele viesse descontar a irritação visível em mim e na Hinata. Só não o acho gay, porque é completamente visível que ele tá afim da Hinata. Bocejei, enquanto os outros dois conversavam. A aula havia acabado, e nós estávamos sentados no gramado de um parque próximo da escola.

- Então, o Sasuke me falou qual é o plano dele, querem ouvir?- Agora eu era o centro das atenções, com os dois olhando para mim.

- Claro, pode falar. - Naruto disse, ao menos parecia estar deixando a irritação de lado um pouco. Até Hinata parecia um pouco preocupada com ele antes.

- É algo simples, mas acho que poderia derrubar a impressão confusa que os estudantes tem de nós, a idéia, é de aterrorizar um pouco a escola, e assim, deixar uma mensagem na mente de cada um dos estudantes. Eles fazem o que fazem por si mesmos, isso não é heroísmo, e não é vilania.

- Pode até ser, mas acho difícil estudantes entenderem que tudo é uma questão de perspectiva. – Bem e mal não existem, é tudo questão de perspectiva, entendo o que você quer dizer, Hinata.

- Talvez eu mesma, não entenda.

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     Será que ele vai demorar? Não gosto da idéia de ficar sozinha nessa pracinha, é tão estranho. Mas bem, tanto faz, eu posso esperar um pouco, afinal, é ele que está vindo! Ah, meu Deus, eu acho que nunca me senti tão feliz em toda minha vida, eu finalmente estou namorando ele de novo, e ele só faz com que eu sinta ainda mais amor por ele. Eu vou mudar, preciso mudar, sei que só assim ele irá me aceitar, ah, o que eu não faria por você, Sasuke. Quando dei por mim, um garoto estranho, de cabelos castanhos, estava sentado ao meu lado no banco de madeira da pracinha, ele olhou para mim com seus olhos escuros, pareciam-me ameaçar.

- Haruno Sakura, gostaria de pedir que não resistisse, e que viesse comigo.- O que?!

- O que você quer dizer com isso?! Para onde você quer me levar?!- Me levantei, minha voz estava alterada, mas aquele maluco estava me assustando.

- Não interessa! Cala a boca e vem comigo!- Ele segurou o meu pulso com força, e me encarou novamente, para então, começar a me puxar com força.

- Me solta! Por favor, me solta!- Eu gritava, mas não tinha quase ninguém ao redor, apenas um garotinho, que ao ver a cena, saiu correndo. O que estava acontecendo?

- Você vai me falar tudo o que sabe da Perfect Crime Society. – O que ele sabe? Droga... Não se preocupe Sasuke, não importa o que aconteça, eu irei te proteger, seu segredo está a salvo comigo.


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