Maldito Mestre. escrita por Arizinha


Capítulo 8
Capítulo 8 - Jantarzinho ou parquezinho?


Notas iniciais do capítulo

Oi, não me matem. Leiam as notas finais.



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No meio do caminho eu comecei a me preocupar. A raiva estava passando relativamente enquanto o vento batia em meu rosto...E bem, minha mamãe ia me matar quando soubesse que eu estava sendo carregada pra casa pelo meu estagiário furioso comigo. Nenhum professor em toda minha vida escolar encrencou comigo e eu nunca havia ido pra direção ou algo assim... Ai, meu Deus! Eu estava muito encrencada.

 

 

 

Chegamos rápido a minha casa e Edward me arrastou até a porta tocando a campainha em seguida.  Não demorou quase nada pra minha mãe atender, que ótimo fim de tarde!

 

 

 

“Oi!” ela cumprimentou ele, sorridente, olhando pra mim depois.

 

 

 

Sua expressão era muito engraçada. Era um misto de susto e surpresa. Eu podia estar lendo seus pensamentos agora...Todos eles deveriam ser algo: “Que Bella está fazendo agarrada a esse homem lindo?”

 

 

 

“Olá, e...” ela o cortou.

 

 

 

“Que você está fazendo com a Bella? É o namorado dela?” ela perguntou tão feliz, como se eu fosse uma encalhada. Bufei alto. Eu estava certa.

 

 

 

“Não, eu sou seu professor de biologia.” Disse sério, mas ainda assim, simpático. Renée começou a rir.

 

 

 

“Professor de Biologia? Hahaha que engraçado hahaha” ela achava que ele estava brincando com ela! Quanta humilhação!

 

 

 

“Mãe, é sério!” repreendi chateada.

 

 

 

“O quê?” olha! Passou tão rápido... “Que você aprontou, mocinha?”

 

 

 

“Podemos conversar aí dentro?” quis saber.

 

 

 

Ela sacudiu a cabeça e deu passagem. Ela não estava feliz comigo. Que maravilha de vida! Será que é agora que eu começo a chorar e peço arrego?

 

 

 

Edward continuava a segurar meu braço, me dando apoio. Puxei com força o meu cotovelo fazendo o soltar, mas perdendo o equilíbrio e tendo que ser amparada por ele novamente.  Ele tentou segurar o riso.

 

 

 

“Sente-se, querido, qual é o seu nome?” minha mãe perguntou.

 

 

 

Edward sentou-se comigo no sofá de três lugares da sala e minha mãe sentou em uma de suas enormes poltronas. Sua expressão era engraçada, ela se baseava em olhares hostis pra mim e sorrisos simpáticos pra Edward... Enfim, parecia estar com cacoete.

 

 

 

“Meu nome é Edward...” ele disse constrangido.

 

 

 

“Ah, olá, Edward, qual é o seu problema?” ela perguntou, escorando-se confortavelmente na sua poltrona.

 

 

 

“Mãe, pelo amor de Deus, pare de tratá-lo como se fosse um de seus pacientes!” critiquei. Ela achava que ele era mais um louco que ia a seu consultório psiquiátrico?

 

 

 

“Ah, ok.” Ela disse, mexendo-se em sua poltrona e nos encarando. “Comecem.”

 

 

 

“Porque esse doido...” “ Ela começou a me xingar...” “E eu não podia admitir isso!” “Foi ultrajante! Eu era o professor.” “E ele sequer interferiu!Foi maldade...” “Eu estou cansado dessa falta de respeito! Eu que mando naquela joça!”

 

 

 

“Já chega!” exaltou Renée, chocada. “Meu Deus.” Ela riu.

 

 

 

Eu e Edward nos olhamos de canto de olhos irritados.

 

 

 

Renée tinha um sorriso engraçado no rosto que tentava disfarçar a todo custo. “Bem, eu acho melhor discutirmos isso no jantar.” Determinou, levantando-se. “Janta conosco, meu bem? Não aceito um ‘Não’ como resposta.” Já explicou... E ela não aceitaria mesmo!

 

 

 

“Er...Tudo bem...” ele disse constrangido.

 

 

 

“Ok, irei prepará-lo.” E saiu. “Faça companhia à visita, Bella.”

 

 

 

E ela saiu. Ficamos em silêncio um tempo depois disso. Eu com minha linda perna engessada sobre a mesa de centro e braços cruzados e ele apenas de braços cruzados e um bico engraçado no rosto.

 

 

 

Chateada do silêncio excessivo, liguei a televisão, procurando algum canal em que eu achasse algo divertido pra olhar. A única coisa que me interessou foi um jogo dos Lakers que passava em um canal qualquer de TV.

 

 

 

“Passam a bola pro Grande Bryant e... Ele deixa passar! Mas o que está acontecendo com o Kobe nessa temporada?” reclamou o narrador. “Phil insiste em colocá-lo pra jogar, mas a nossa estrela está em uma má fase!”

 

 

 

“Como uma má fase?” bufei. “Deveriam colocar o Luke no lugar dele!”

 

 

 

“O Walton?” Edward abriu a boca. “Você só pode estar brincando! Deveriam colocar o Steve!”

 

 

 

“Nem pensar! O Luke é mais alto, joga muito melhor!” devolvi. Não pensava em começar um diálogo com ele.

 

 

 

“Você é doida!” Edward exclamou virando-se pra mim no sofá. “Desde quando altura significou qualidade? Steve Blake é o melhor jogador de todos os tempos!”

 

 

 

“AH, sim!” eu ironizei, revirando os olhos. “Você parece estar defendendo o namorado! Altura no basquete é muito importante, sim! Você já viu algum anão jogando em algum time importante?”

 

 

 

“Ah, e você gosta mais do Luke por quê? Por que ele é mais bonito?”

 

 

 

“Não.” Eu gargalhei. “Ele é terrível.”

 

 

 

E CESTA!” o narrador chamou nossa atenção. “Cesta de Andrew Bynum!”

 

 

 

“Meu Deus!” acompanhamos o replay na tela, Edward estava chocado. “Esse sim é um bom jogador!”

 

 

 

“Ele é o melhor jogador! Ei, você torce pros Lakers?” eu ri.

 

 

 

“Aham, sou de lá... E você torce por que?” perguntou, o lá que ele quis dizer era Los Angeles.

 

 

 

“Luke é do Arizona... Eu sou do Arizona.” Ele riu.

 

 

 

“Então defendia por isso?” eu assenti e ele riu. “Achei que tivesse um motivo.”

 

 

 

“Boa noite!” cumprimentou Charlie. Ele parou e encarou Edward. “Quem é esse rapaz, Bella? Seu namorado?”

 

 

 

Eu corei. “Não, pai, esse daí é o Edward. Meu professor de biologia.”

 

 

 

“O que Diabos o seu professor de biologia está fazendo aqui?”

 

 

 

“Querido!” Renée chegou gritando. “O jantar está na mesa, venham todos!”

 

 

 

Edward me auxiliou até a mesa, sentado-se do meu lado. Conversamos sobre coisas normais e eu estava feliz por hoje ser sexta.... Mas não tão feliz ao lembrar que só veria Edward na próxima semana. E eu estranhei isso, eu não costumava sentir falta dele... Nunca.

 

 

 

Depois da janta tomamos um café na sala e Renée se deu o trabalho de tirar Charlie de perto de nós novamente, o carregando pra consertar alguma coisa estranha no andar de cima.

 

 

 

“Bem, Bella, eu já vou indo.” Edward comentou, levantando-se vagarosamente. “Já está tarde.”

 

 

 

“Ah, tudo bem.” Disse, levantando-me junto.

 

 

 

O levei até a porta e segui com ele até os degraus da varanda. A noite tinha um cheiro muito agradável de terra molhada e um estranho vento abafado. Eu respirei profundamente o ar dali.

 

 

 

A varanda de madeira cercava minha casa. Era muito agradável ficar aqui, principalmente no balanço aéreo que morava perto da porta.

 

 

 

“Bem, foi uma noite bem agradável.” Comentou Edward, parado de frente pra mim.

 

 

 

“Obrigado.” Eu sorri. “Também achei.”

 

 

 

Sabe aquele clima de expectativa? É, isso mesmo. Expectativa. Eu não podia dar outro nome aquilo.

 

 

 

Edward aproximou-se levemente de mim, acho que ia me dar um beijo na bochecha. Aquilo me desanimou levemente, eu pretendia que ele me provasse alguma coisa agora... Eu pretendia até convidá-lo pra fazer algo amanhã. Ok, era uma péssima idéia. Edward era meu professor, o que eu estava fazendo?

 

 

 

Ele aproximou-se mais ainda do meu rosto, só que agora suas mãos foram pra minha cintura. Eu me assustei levemente quando elas tocaram a minha pele por cima da sobrelegging. Eu sentia suas mãos quentes ali. Encarei aqueles olhos verdes e eles não pareciam preocupados, ou tensos, apenas... Ansiosos.

 

 

 

Deixei-me levar pelo momento e joguei meus braços em torno de seu pescoço, me deixando abraçar e ser abraçada por aquele garoto tão lindo. Seus lábios levemente tocaram os meus. Os senti macios sobre os meus, em um selinho lento e demorado, depois senti a sua língua tocar levemente meu lábio inferior o instigando a se abrir, pedindo passagem. Ele mordeu meu lábio inferior e o puxou suavemente.

 

 

 

Senti sua língua encostar na minha e isso causou um sentimento leve de torpor.  Ela explorou cada canto da minha boca até eu entender que deveria corresponder. E foi o que eu fiz, tentando, de forma meio desajeitada, o acompanhar. Seu aperto em minha cintura se intensificou com aquilo e o beijou aumentou consideravelmente o ritmo.

 

 

 

Nossas línguas se misturavam... Os gostos os sabores. Aquilo era muito diferente do que eu havia imaginado, aquilo era perfeito.

 

 

 

Ele sugou meu lábio inferior demoradamente antes de me dar um ultimo selinho e me soltar. Eu deveria estar mais vermelha do que de costume e agradeci por estar noite e a luz dali ser fraca. Eu ouvi barulho no andar de cima e enfiei a cabeça pra enxergar o que era.

 

 

 

“Mas, Renée!” charlie disse, furioso e vermelho por entre o bigode, olhando pra baixo. “Ele é o professor de biologia dela!”

 

 

 

Cala a boca, Charlie! Deixa os garotos em paz.” Ela respondeu com seus cabelos curtos, levemente armados e com um sorriso enorme, o puxando dali.

 

 

 

Eu acabei rindo junto com Edward “Eu sinto muito, minha família é... Estranha.”

 

 

 

“Eu os achei adoráveis.” Sorriu Edward. “Minha família é parecida. Esme e Carlisle são terríveis!”

 

 

 

Eu sorri e ele também, nos encarando em um silêncio chato. Que ele quebrou: “Bem, eu vou indo.” Disse.

 

 

 

“Ah... Ok.” Sorri, meio sem jeito.

 

 

 

“Boa noite.” Ele disse, ainda me olhando.

 

 

 

Eu sorri e mordi o lábio inferior antes de lhe dar um suave beijo no canto dos lábios. “Boa noite, Estagiário.” Fiz questão de frisar.

 

 

 

Ele mordeu o lábio inferior e deu um sorriso torto antes de me puxar pra outro beijo. Beijo de verdade. Ficamos boa parte daquela noite ali, nos beijando... No balanço aéreo da minha varanda.

 

 

 

Quando eu me deitei em minha cama eu ainda sentia sua pele quente nas minhas mãos e o gosto de seus lábios nos meus. Provavelmente continuaríamos a brigar quando o colégio voltasse na segunda... E eu não esperava que ele me ligasse, até porque, ele não tinha meu numero, mas eu sentia que aquilo era terrivelmente maldoso. Era cruel. Cruel comigo. Quer dizer, ele era um estagiário, seu estagio acabaria uma hora e ele ia embora.

 

 

 

Eu sacudi a cabeça em meio um embolado de lençóis, fronhas e uma enorme almofada cor-de-rosa que eu havia ganhado da Alice. Eu não tenho que pensar nisso, sabe? Ele é apenas meu professor chato de biologia...E Deus! Eu tenho um trabalho de biologia pra fazer... Eu precisava de um jeito inovador de perder calorias.

 

 

 

As garotas fariam algo relacionado a lideres de torcida... Óbvio. Esportes, esportes... Hm.... eu acho que tinha uma idéia ligeiramente melhor.  Eu sorri e pulei da cama – ok, eu não pulei de verdade, porque eu não podia por causa da minha perna -, peguei meu lindo netbook e pesquisei as calorias que eram perdidas em uma atividade aí.

 

 

 

Eu não estava com sono, amanhã era sábado, eu não tinha nada a perder.

 

 

 

 

 

*

 

 

 

 

 

“Bom dia, dorminhoca!” cumprimentou-me Renée sorridente.

 

 

 

“Bom dia, inconveniente!” respondi, sentando-me “Ficar espiando ontem foi uma idéia péssima, mãe!”

 

 

 

Ela gargalhou enquanto entregava-me uma tigela de cereais.  “Pode até não ter sido, mas foi bem...Hm.... Qual é mesmo a palavra? Peculiar!” ela sorriu sentando na minha frente “ver seu suposto professor de biologia a beijando.”

 

 

 

“E foi bem constrangedor ser pega!” apontei. Ela riu musicalmente e piscou.

 

 

 

“Achei ele um partidão,” comentou bebericando seu café. “bonito, inteligente, cavalheiro...”

 

 

 

“Ai, mãe...” resmunguei, levando uma colherada a boca.

 

 

 

“E vocês são um belo casal.”

 

 

 

“Não somos um casal.” Corrigi.

 

 

 

“Ah, são sim!” resmungou de volta “São mesmo! São mais casal do que qualquer um que eu atendo... Aquela nossa conversa ontem provou tudo.”

 

 

 

“Você estava nos analisando?” perguntei, irritada.

 

 

 

“Não...” disse, levantando-se e pondo a xícara na pia, deixando pra empregada lavar possivelmente, “Não, claro que não.” Ela arrumou levemente sua franja e passou a mão distraidamente por sobre sua calça jeans clara e bata preta. “Mas que vocês são, são mesmo.” Eu ia responder, mas ela acabou rindo e me cortando. “Alice e Rose ligaram, elas disseram que virão buscar você a uma hora pra levar os gêmeos no parque.”

 

 

 

Eu gemi em desgosto. Que tarde longa seria essa!

 

 

 

 

 

*

 

 

 

“Ah, mana!” reclamou Noah.

 

 

 

“Nada de reclamar, garoto, as oito em ponto aqui. Se você se atrasar eu conto pro papai.”

 

 

 

Aadan cutucou-o de leve os dois saíram correndo se embolando nos casacos de lá e nas calças jeans. Eu havia vindo mais cedo com Alice, Rose chegaria daqui a pouco com Emmett.

 

 

 

“Eles ainda me matam!” ela comentou, chateada.

 

 

 

 Eu senti muita vontade de rir da pobre coitada quando ela começou a caminhar pelo gramado verde do campo junto comigo. Não posso dizer que estava amando andar de muletas ali, mas eu, ao menos, estava de tênis.

 

 

 

“Você se estressa por nada, nanica.” Ela revirou os olhos e começou a olhar o parque.

 

 

 

“Eu gostei do que eles fizeram aqui esse ano.” Comentou. Encarei a roda gigante que estava a minha frente e senti vontade de vomitar. Odiava alturas.

 

 

 

Ela era colorida e fluorescente, não tinha como não chamar atenção. Além dela, havia uma montanha-russa que me dava náuseas por ser igualmente alta, só que mais rápida,  um enorme carrossel, twister, casa de horrores – que era um horror -, vários joguinhos de acertar-se garrafas com tiros, bolinhas... Enfim.

 

 

 

Havia um KamiKase ali também, assim como um enorme barco viking. Arrepiei-me só em pensar em andar em algum deles.

 

 

 

Várias pessoas passavam com algodão-doce ali, assim como maçãs-do-amor e outros doces variados. Por algum milagre, Forks hoje estava ensolarada e a sensação do calor na pele era muito boa.

 

 

 

Várias crianças corriam de um lado pro outro em toda parte, não que eu gostasse muito delas, mas ali, elas pareciam ser legais. O clima estava perfeito, o inicio de primavera estava realmente me deixando encantada.

 

 

 

“Bella! Alice!” gritou Rose, correndo em nossa direção. Ao contrario da fiasquenta da Alice, ela estava de all star e calça jeans, com uma regata branca e um casaco preto combinando com o tênis. “Finalmente achei você!” disse, resfolegando.

 

 

 

“O que houve?” Alice perguntou.

 

 

 

“Jasper, Edward.  E o Emmett estava me enlouquecendo!” reclamou.

 

 

 

“Jasper está aqui?” Alice perguntou, levemente corada.

 

 

 

“Edward está aqui?” perguntei, horrorizada.

 

 

 

Como eu ia encará-lo depois de ontem? E como eu o cumprimentaria? Com um ‘Oi’? Eu passei duas horas o beijando ontem, mas ai... Ele é meu teacher! Hello!

 

 

 

“Sim!” Rose disse, “E devem estar atrás de nós!”

 

 

 

Alice soltou uma gargalhada muito aleatória e sorriu pra mim e pra Rose.  “Ah, qual é... Três pra três!” Rose começou a rir e eu fiquei quieta.

 

 

 

“Ah, até que ele é gatinho, Bella.” Sorriu Rose, fazendo piada.

 

 

 

Elas achavam que eu nunca ficaria com ele, certo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Rose!” chamou Emmett vindo com os garotos pra perto de nós. Meu olhar cruzou com o de Edward e eu corei. Ótimo!

 

 

 

“Oi.” Cumprimentou todas nós.

 

 

 

“Oi.” Saudamos. Eu mordi meu lábio inferior, constrangida.

 

 

 

“E aí? Qual vai ser primeiro?” perguntou Alice, animada.

 

 

 

“Roda gigante?” Jasper quis saber.

 

 

 

“Oh, nada mais romântico!” menosprezei.

 

 

 

“Ah, é uma boa idéia.” Comentou Edward. “É uma das poucas coisas que você pode andar também.” Lembrou.

 

 

 

“Ok. Vamos lá!” sorriu Rose, correndo pra lá. Alice, Jasper e Emmett apostaram corrida e foram atrás.

 

 

 

“Ah, maravilha!” reclamei, indo lá com as minhas muletas.

 

 

 

Edward estava do meu lado. Estava esperando ele me falar que foi um erro e que eu não poderia contar pra ninguém, porém ele apenas segurou minha cintura e me carregou pra lá. Eu ri de sua atitude.

 

 

 

“Você vive me rebocando.” Acusei.

 

 

 

Ele riu. “É que você é muito lenta!” apontou. “Com essas muletas, então.”

 

 

 

Eu sacudi a cabeça enquanto entravamos na roda-gigante. Fomos em uma cabine separada. Elas eram cercadas de grades coloridas até a parte de cima já que o troço era alto demais.  A roda devia ter uns 90 metros de altura.

 

 

 

Edward me colocou sentada do seu lado e eu senti minhas mãos começarem a suar frio quando ela começou a se mexer.

 

 

 

“Ah. Ok.” Disse pra mim mesma. “Não olhe pra baixo, não olhe pra baixo.”

 

 

 

“Tem medo de altura, Bella?” ele perguntou, zombeteiro.

 

 

 

“Rir do medo dos outros é muito ruim, Edward.” Respondi, ríspida.

 

 

 

Ele gargalhou alto do meu medo e a Roda parou. Arrepiei-me inteira quando tomei coragem de olhar pra baixo e vi o quão alto nos estávamos. “Eu quero descer, quero descer, quero descer, quero descer” comecei, apavorada.

 

 

 

“Calma, Bella!” Edward gargalhou “Acalme-se.”

 

 

 

“Fácil falar!” grunhi de volta.

 

 

 

Todo mundo menospreza o medo dos outros quando não é pra si. Todos têm medo de altura.. Imagina cair daqui de cima? Onde se olha pra baixo e todos parecem formigas? É morte, meu bem, não tem conversa!

 

 

 

Minha respiração estava completamente descompassada e Edward estava achando tudo aquilo muito divertido.  Roda gigante era um monstro, ok? Não era um brinquedinho bobo, não.

 

 

 

Enfiei minha cabeça por entre as grades do brinquedo e comecei a gritar: “Me tira daquiii!”

 

 

 

“Isabella!” Edward ficou horrorizado, me tirando dali pelos ombros. “Não faça fiasco, pelo amor de Deus.”

 

 

 

“EU QUERO SAIR! SOCORRO!”

 

 

 

“ISAABELLA!” berrou Alice da outra cabine. “PARA DE GRITAR, SUA BARRAQUEIRA.”

 

 

 

“Ai que vergonha...” murmurou Edward, tentando esconder o rosto.

 

 

 

A roda finalmente parou e eu voei pra fora dali, só não fui mais rápido porque as muletas não deixaram. No meio do caminho eu acabei me perdendo do resto do pessoal e comecei a andar vagarosamente pelo parque.

 

 

 

Andar sozinha foi bom, até Alice me ligar e me mandar ir pra droga da casa de horrores pra nos encontrarmos lá.

 

 

 

“Pronto! Ela chegou!” disse Rose, feliz ao moço me puxando pra dentro do carrinho. “Vamos.”

 

 

 

“Ai.” Resmunguei quando passavam uma das muletas pra dentro do negócio e Edward se espremia do meu lado.

 

 

 

“Ela não pode levá-las.” Anunciou, pegando minhas muletas de mim. “Pegue-as na volta.”

 

 

 

“Ok.” Rosnei.

 

 

 

Ele ligou o brinquedo e negócio começou andar. Eu, obviamente, não sentia medo de bichos de plásticos que esticavam braços pra mim ou apareciam saltados de algum lugar do nada. Eu já havia passado dessa fase.

 

 

 

O cano por onde o carrinho andava era plano, mas era bem comprido e cheio de curvas. Uns quantos vampiros e lobisomens dominavam a primeira parte, com direito a decoração de morcegos, teias de aranha e lua cheia.

 

Haviam várias passagens secretas também. As vezes o caminho seguia por um lado e o carrinho idiota dobrava em uma parede que se abria quando os primeiros fios de cabelo do nosso rosto estavam passando.

 

 

 

Lá haviam várias bruxas e zumbis, deixados sobre decorações de caldeirões, velas e sons de gritos ao fundo. Havia um “homem” pendurado pela cabeça ali, com um braço decepado e com quase todos os órgãos a mostra na parte de baixo.

 

 

 

O carrinho foi andando e uma bruxa doida voou da parte de cima de algum lugar desconhecido e quase bateu no carrinho, soltando uma gargalhada espalhafatosa típica de bruxa em seguida.

 

 

 

“Ugh.” Cotei, entediada.

 

 

 

Passamos por umas cortinas brancas e entramos em uma sala repleta de “Fantasmas.”  Fantasmas e gritos sóbrios ao fundo. Eles se mexiam por entre moveis e os arrastavam no perfeito cenário de casa assombrada.

 

 

 

“Estou assustada.” Comentou Rose, gargalhando.

 

 

 

“Muito.” Murmurou Alice, em pânico,. Jasper e Emmett pareciam compartilhar sua opinião.

 

 

 

“Vocês repararam que o carrinho não está andando?” perguntou Edward, depois de um tempo.

 

 

 

“Deve ser outro desses maravilhosos efeitos!” ironizou Rose, do meu lado.

 

 

 

“Ai, meu Deus!” gritou Alice, em pânico. “É o Billy!”

 

 

 

“Alice, cala a boca!” a xinguei.

 

 

 

“Eu acho que a Alice está certa.” Comentou Jazz, apavorado.

 

 

 

“Ok, vamos descer e sair daqui. O carro não está funcionando.” Determinou Rose.

 

 

 

“Deve ter enguiçado..” tagarelou Edward, descendo do carrinho. A luz de poucas velas que iluminavam o lugar – assim como na outra sala – me mostrou que todos haviam descido.

 

 

 

“Ei!” gritei, indignada. “Me ajudem a sair!”

 

 

 

Edward revirou os olhos antes de tentar me tirar, mas o carrinho começou a andar no mesmo instante de carregando dali com uma velocidade absurda. Eu mal tive tempo de gritar, o carrinho foi de encontro a uma parede de tijolos e quase se estatelou ali. Antes disse, a passagem se abriu e o carrinho brecou bruscamente.

 

 

 

“Perfeito!” rosnei, arrancando o cinto que me prendia e saindo vagarosamente dali. “Realmente perfeito!” reclamei.

 

 


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Notas finais do capítulo

Hm... Ok, quanto tempo de vida eu tenho? UHAUHSAA
Gente eu não tive como postar antes, recem agr eu tive chance no computador. Eu vou contar a minha histórinha pra vocês: Eu, essa autora mt queria que sou, tinha um notebook, daí ela virou coca no teclado e ele morreu. Fim!

A mãe tá puta da cara cmg e eu não posso usar a internt quase nunca, pq esse computador não é meu e tem sempre um ou ouro usando. Eu poderia pegar a 3G e levar pro computador onde eu escrevo, mas eu não posso pq a minha irmã mais nova, de três anos, vive na barbie ¬¬

Bom, entenderam, né? haha

Eu não tô podendo responder os comentários por isso, é responder ou postar. Mas eu leio todos e eu amo receber, mesmo! Então não deixem de mandar :(

Beeeijos! ♥