Maldito Mestre. escrita por Arizinha


Capítulo 12
Capítulo 12 - Tempestade de Raios.


Notas iniciais do capítulo

Não deu pra responder novamente os comentários, odeio minha vida! ¬¬



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Corri até a porta, parando em frente à mesma respirando fundo três vezes antes de atender. Ele estava ali, encostado em minha soleira, com as mãos nos bolsos e um sorrisinho no rosto.

"Oi." ele cumprimentou sorrindo diante da minha mudez.

"Oi." sorri. "Vamos? ' perguntei. Eu estava muito ansiosa. Eu precisava sair daqui agora!

"Vamos, sim." concordou. Ele esperou pacientemente eu pegar minha chave e trancar a porta, e me segurou pela cintura, carregando boa parte do meu peso nas escadas.

Ele abriu a porta do carro pra eu entrar e sorriu torto quando eu não consegui conter minha surpresa. "Cavalheiro..." comentei, dando uma risadinha nervosa pra disfarçar meu ataque. Ele era tudo que um homem deveria ser, meu Deus!

"Madame." disse, como uma saudação.

Eu sorri e sacudi a cabeça, entrando no seu volvo perfumado. Perfumado com o cheiro dele.

"E então?" ele perguntou, enquanto eu encarava irredutivelmente a janela, sem me animar a encará-lo. "Como ficou a casa da árvore?"

Eu sorri e revirei os olhos, me obrigando a encarar seus olhos. "Um caco!" gargalhei. "Jasper disse que até amanhã ela fica pronta."

Ele bufou alto, divertido. "Que espere sentado. É mais fácil a casa cair do céu."

Sorri minimamente, refazendo alguns de meus cachos com as mãos. Edward não tentou puxar muito assunto comigo, fomos direto pro seu apartamento. Enquanto subíamos eu fiquei realmente nervosa. Como seria o apartamento dele? Afinal, ele disse que era bagunçado e tudo mais... Eu sorri imaginando o que poderia ter por ali.

Ele abriu a porta lentamente e quando eu encarei a espaçosa sala com uma enorme janela de parede inteira do outro lado do cômodo completamente arrumado e cheiroso eu bufei alto. "Ou você arrumou a casa antes de eu chegar ou então você mentiu sobre ela ser uma bagunça." ele riu.

Passou a minha frente e caminhou de costas e de frente pra mim, piscando e fechando a porta depois de eu já ter passado. Havia dois sofás que pareciam confortáveis e macios em frente a uma enorme TV de muitas polegadas, uma mesa de centro no meio, com algumas revistas espalhadas e ao meu lado, agora - depois de já ter passado da porta -, uma mesa de seis lugares com um lustre cuidadosamente posto.

Ele me guiou até sua cozinha, que era realmente muito bonita. As peças todas em cor clara, não pude realmente distinguir se era amarelo claríssimo ou se era bege, com direito a armários aéreos espalhados por toda parte, suspensos sobre os do chão e um maior no meio da cozinha, com um fogão preso no mesmo.

"Gostou?" ele perguntou, apontando pra cozinha.

"Bastante." eu sorri. "Não sabia que você cozinhava, nem que morava aqui."

Ele riu. "Não moro, essa aqui é a casa de meus pais. Eu moro em LA." ele revirou os olhos.

Eu murmurei um hm e tentei esquecer o assunto. Não queria pensar nada sobre despedidas.

"E então?" troquei de assunto, pigarreando pra continuar "Que teremos de janta?"

"Você vai me ajudar a fazer fricassé." ele disse. "Porque é a única coisa que eu sei fazer muito bem."

Eu gargalhei e tirei minha jaqueta, ficando apenas com o cinto grosso preta no quadril e com a blusa bordo decotada. "Ok, estagiário." sorri, puxando minhas mangas. "Eu corto os temperos."

Ele riu e foi pegar os ingredientes em uma porta que eu pensei ser um único armário inteiro, era uma geladeira disfarçada. Ele colocou sobre o fogão uma panela e na minha frente no balcão cebola, alho e pimentão vermelho.

Muito a contragosto, não queria deixar minhas mãos cheirando a temperos, comecei a cortar a cebola. Primeiro a dividi ao meio, pra depois cortá-la em tiras e assim cortar em pequenos cubos. Edward havia saído da cozinha e eu não sabia pra onde tinha ido. Ele voltou com uma garrafa de vinho tinto e duas taças.

"Você não pode beber," ele disse me servindo uma taça. "Isso é só enfeite."

Eu revirei os olhos. "Acredito." fiz questão de beber uma grande porção do líquido. Comecei a cortar as tiras, sendo parada por Edward imediatamente.

"Não, Bella." disse vindo pra trás de mim e segurando minhas mãos por ali, girando a cebola junto comigo e me fazendo cortar no sentido oposto. "Assim é mais fácil."

Eu sorri, ele estava me abraçando e cortando cebolas comigo, não é lindo?

Virei-me pra ele e por ele ainda estar me abraçando, fiquei com minha boca a milímetros da dele. Ele direcionou seus olhos da cebola pra mim. Eu lhe dei um selinho rápido e sorri pra os seus olhos divertidos. "Não perde o costume de me agarra, não é, Bella?" perguntou, rindo de mim.

Eu sorri e sai de seus braços, sentando-me em uma parte do balcão que estava vazia e levando a taça aos meus lábios suavemente. "Não, eu distraio você." corrigi.

Ele me encarou por um momento e sacudiu a cabeça, sorrindo torto e cortando a maldita cebola.  Ele colou um pouco de azeite na panela, colocando os temperos cortados por ele e a carne em cubos. Ele baixou o fogo da boca onde estava a panela e veio pegar a sua taça que estava ao meu lado.

"Você não me distrai." disse ele, voltando com o assunto antigo.

Eu sorri. "Distraio, sim." revirei os olhos, divertida. "Você nem conseguiu fazer a casinha da árvore hoje."

"Mesmo que você não estivesse lá, eu não saberia fazer aquela porcaria." ele comentou vindo até onde eu estava e parando na minha frente. Eu ficava relativamente mais alta que ele por estar sentada na bancada, então ele chegou mais próximo a mim, ficando no meio das minhas pernas e colocando as mãos na minha cintura.

"Eu distraio você, sim." comentei, colocando meus braços ao redor do seu pescoço, ainda com a minha bela taça de vinho em mãos, e fitando seus olhos verdes lindos. Ele estava tão próximo a mim. "Você nem pegou sua bebida..." sussurrei pra ele.

Ele me encarou, se divertindo e pegou a taça de minhas mãos, tomando um grande gole do vinho.

Eu sorri e o senti se aproximar, dando um suave beijo em meus lábios, que foi aprofundando-se calmamente. Senti sua língua brincar com meu lábio inferior, e ele ser mordiscado levemente por Edward. Eu entreabri meus lábios, esperando pacientemente ele aprofundar o beijo. Ele rapidamente entendeu o recado, deixando minha língua encostar levemente na dele. Foi um beijo calmo, como se ele estivesse explorando cada parte de minha boca, redescobrindo-a.

Suas mãos aumentaram o aperto em minha cintura e eu o abracei mais forte no pescoço, talvez, ele sufocasse. Eu quase sorri, há um tempinho trás, esse era o meu maior sonho.

Nosso beijo aumentou o ritmo, ele não era mais exploração, estava mais pra tomada de terras. Eu senti muita vontade de rir do meu pensamento brega. Eu me sentia uma terra Americana sendo descoberta por Cristovão Colombo!

A panela que estava no fogo apitou alto, fazendo nós dois darmos um pulo alto, assustados. "Você me distrai!" ele acusou. Eu gargalhei.

"Eu disse." ele revirou os olhos e mexeu com uma colher na panela, fazendo-a parar de fazer barulho.

.

.

.

"Tudo bem, agora me fala, eu cozinho bem, não é?" ele disse convencido.

Realmente, a comida dele tinha ficado fantástica! E fantástica é pouco talvez, mas eu nunca diria isso assim, de boa. "Você está brincando, né?" eu perguntei, ignorando minha vontade de rir da sua cara amarrada. "Essa galinha está muito dura!"

"Há-há-há." ele disse irônico. "Você está brincando comigo?"

Eu sorri e revirei os olhos. "Estou. Foi realmente muito bom."

Ele sorriu orgulhoso e levantou-se, retirando os pratos da mesa e levando pra cozinha. Ele voltou apenas com nossas taças abandonas na peça minutos antes e outra garrafa de vinho. "Você está tentando me embebedar!" acusei. Ele riu, musicalmente, pegando minha mão e me guiando até o sofá que ficava em frente à janela - ou seja: o que ficava ao lado do que fica de frente pra TV. Complicado de entender?

Nos sentamos ali e ele colocou a bebida e as taças sobre a mesa de centro, me recebendo calorosamente em seus braços, que formaram um arco fechado em torno de mim. Eu me deitei sobre seu peito e tirei a sapatilha pra conseguir por meus pés sobre o sofá.  Eu não entendia bem porque de ficarmos em frente à janela, principalmente por ter vários raios cortando o céu e vários relâmpagos. Aquela janela merecia no mínimo, uma noite estrelada.

Um vento frio me arrepiou por completo e eu entendi que deveria recolocar minha jaqueta. Me mexi, a contragosto, no abraço de Edward pra me levantar.

"Aonde você vai?" perguntou, enrugando o cenho.

"Quero pegar minha jaqueta." sorri, revirando os olhos. "Frio, sabe?"

Ele riu. "Espera aí, eu tenho uma idéia melhor."

Ele saiu em direção a alguma peça que não ficava passando a cozinha e voltou com um grande cobertor de retalhos. Ele parecia quente e era realmente lindo com todos aqueles tons e estampas vermelhas.

"Agradável, não é?" ele disse, enrolando o cobertor em torno dos nossos ombros e voltou a me abraçar na posição original, só que agora, eu já não sentia frio algum e me sentia muito bem.

"Muito." eu respondi, me referindo a ele.

Ele riu. "Sabe por que estamos sentados feito dois idiotas na frente da janela em uma noite chuvosa?" ele perguntou, me fazendo rir.

"Não faço idéia." ele riu.

Ele levantou rápido, me fazendo enrugar o cenho quando eu quase caio em seu lugar vazio. Ele apagou as luzes e voltou a sentar-se.

"Meu Deus! Você primeiro tentou me embebedar, agora, apagou as luzes... O que quer que eu pense?" perguntei, em falso choque.

Ele sentou-se do meu lado e me aninhou em seus braços novamente. "Não pense em nada, Bella, só olhe pro céu."

Nenhuma luz existia na casa agora. A única coisa que iluminava fracamente o ambiente era uma penumbra muito mal feita pelo que deveria ser a luz da lua. Eu sorri quando o primeiro relâmpago cortou o céu, fazendo a peça se iluminar e apagar-se rapidamente. Um enorme estouro foi ouvido depois, sendo seguido por mais um relâmpago. Outro trovão cortou o céu depois disso e eu suspirei. A beleza dali, era a única beleza que a gente não para pra ver. Uma beleza oculta. Ali, a beleza eram os vários clarões de raios do céu.

"Bem, não posso chamá-lo de clichê por mostrar-me estrelas." eu sorri.

Ele me olhou com aquela cara de professor - que eu odiava - e disse: "E quem disse que eu não te posso mostrar estrelas, hã?" perguntou malicioso.

"Ta bancando a luneta, é?" perguntei divertida, ignorando o duplo sentido de sua frase.

"Olha," ele disse, com uma simplicidade engraçada "Bancar eu não posso, mas eu tenho uma, viu?"

Eu lhe olhei indignada. "Sabe o que eu quero comer agora?" perguntei seus olhos me encararam incrédulos. "Fondue." sorri.

Ele deu uma risadinha muito engraçada, não era alívio, era choque, talvez. Enfim, não quero pensar nisso. "Eu vou derreter o chocolate." e saiu.

Do jeito que essa noite vai, não é só o chocolate que vai derreter. Calor, né? Hum. 

Meio trôpega em função do gesso, levantei, eu precisava usar o banheiro. Eu deveria estar meio vermelha em função da luneta e das estrelas até agora. Ver o céu é tenso, né? Eu sacudi a cabeça e segui em frente. Muito bem, qual dessas cinco portas é o banheiro? Hm... Droga! Droga! Droga! Bem, existem duas portas do lado esquerdo, sendo que uma eu tinha certeza que era a cozinha. Hm. OK. Tinha três do lado direito, todas fechadas. E outra no fim do corredor.   O banheiro sempre é no fim do corredor!

Segui até lá. Sem medo de errar. Abri a porta sem pensar duas vezes e me deparei com uma cena inusitada. Edward de cueca boxe branca, tirando a camisa que estava usando antes. "AAAAAAAH!" eu berrei, sem conter.

Por ele estar atrapalhado com a camisa, sem enxergar nada, acabou sem virando rápido demais e batendo na cama com o joelho, caindo pra frente em seguida, com a cara direto no chão. "Oh, meu Deus!" ele disse, sem nem ter noção de nada. Eu tentei fechar a porta rápido, mas ele já estava quase lá, então acabei a fechando em seus dedos que tentavam segurá-la.

"BELLA!" ele berrou.

Eu me atrapalhei ainda mais, caindo pra trás, de costas no chão em uma tentativa bruta de me virar. "Ok, ir ao banheiro foi uma péssima idéia!" disse, em voz alta.

Edward empurrou a porta, de cueca e com uma cara muuuito amarrada. "Por que você gritou e por que Diabos você esmagou meus dedos na porta?" Ele quis saber, meio indignado, me olhando de cima.

"Vocêtanu, vocêtánu!' falei tudo junto, repetidas vezes, depois da terceira o V já era um B. "bocêtánu, bocêtánu, bocêtánu!”eu dizia muito atrapalhada.

Edward me olhou como se eu fosse um ET. "Ok, eu vou por uma calça."

Eu revirei os olhos e tentei ignorar o vermelho scarlate do meu rosto. Eu vou pra casa do meu estagiário gostoso e faço esse fiasco? Eu sou ridícula, meu Deus! Eu sou muito ridícula! Irritada comigo mesmo, girei meu corpo, me apoiando no marco da porta, e levantei. "Er... Edward, onde fica o banheiro, mesmo, hein?"

Eu ouvi uma grande bufada vinda do quarto. "Eu levei a maior surra da minha vida, sem você nem ter me tocado, por que você não sabia onde fica o banheiro?"

"Talvez." disse rápida e pensativa.

"A terceira porta a direita!" ele disse, irritado. Eu sorri minimamente e entrei no banheiro. Bem, essa seria minha segunda opção, com certeza.

O grande cômodo todo em um tom leve de bege contrastava com o rodapé marrom escuro que combinava perfeitamente com o vaso sanitário e a madeira de que era feita o armário do banheiro. Tanto o aéreo quanto a grande bancada que ficava no chão. O box, que ficava em frente a pia (e atrás da porta) era inteiro de vidro e bem espaçoso. Mas o que deixava realmente surpreendente e merecedor de narração aquele banheiro, era a enorme banheira de hidromassagem que tinha ao lado do sanitário e elevado por dois degraus de madeira tão escura quanto às outras existentes ali.

"Uau." comentei, impressionada. Como um professor - ESTAGIÁRIO - pode ter pais com apartamentos assim?

Encarei o enorme espelho do armarinho do banheiro e não pude conter minha curiosidade. Escancarei a porta solitária que tinha do lado esquerdo, dando uma bela olhada no que tinha ali. Hm... Vejamos... Escova de dente azul Royal, que convencional... Pasta de dentes, fio dental, exaguante bucal... Gel - Rá, eu sabia que aquele cabelo não ficava em pé a troco de nada! -, xampu e sais de banho.

"Ele realmente sabe como viver por aqui." comente passando meus olhos levemente pro reflexo e tendo que voltar alarmada depois. "Caralho! É assim mesmo que está meu cabelo?" perguntei retoricamente.

Óbvio que eu não esperava falar com meu reflexo!

Droga! Mil vezes droga! Pente, pente, pente... Nada! Ok, eu realmente não pensei que ele penteasse aquele cabelo dele, mas meu Deus, que eu vou fazer com o meu?

"Bella! O fondue está te esperando!" ele chamou, batendo na porta.

Ok, passada de mãos estratégicas na cabeça! Isso aí, você parece uma gata selvagem... Ou uma leoa com juba. Droga!

Saí dali, tentando mancar o menos possível e ser o mais indiferente possível ao meu ataque clandestino ao seu quarto. Eu estava realmente rezando pra que Edward esquecesse essa história, mas eu achava que ele não ia deixar barato.

Ele me encarou, sentado no sofá onde estávamos antes, mas eu não sabia se sentava lá, ou se me dirigia ao outro... Mas como o fondue estava mais próximo aquele e a mesa havia sido puxada pra perto dele, supus que era ali mesmo que eu deveria ficar.

Suspirei fundo até ele e me enrolando no cobertor, dessa vez de frente pra ele. Eu fui pegar um morango da tigela ao lado do aparelho de fondue com um daqueles lindos 'palitinhos' metálicos, mas quando ia espetá-lo, Edward bufou. "Você disse que eu a embebedaria e que queria me aproveitar de vocês desligando as luzes, mas," ele disse, pausadamente, eu espetei um morango e levei ao chocolate. "foi você quem entrou no meu quarto enquanto eu trocava de roupas!" acusou.

O choque foi tanto que meu morango caiu no chocolate. Bufei indignada, tentando pescá-lo de volta. Girei várias vezes o pauzinho tentando capturar o maldito morango, mas ele não estava a fim de ser comido. Edward bufou novamente. "E ainda me ignora!" ele exasperou. Eu ri. "Pegue esse aqui!" ele disse, molhando agilmente um morango no chocolate e me dando pra mordê-lo ainda em seus dedos.

Ok, se meu cabelo não estivesse tão terrivelmente selvagem eu me sentiria sexy.

Eu sorri. "Desculpe ter invadido seu quarto." disse, constrangida. "De verdade."

"Tudo bem." ele deu de ombros. "Eu estava vestido."

"É..." concordei duvidosa, ele riu. Peguei outro morango e levei ao chocolate, novamente o demônio vermelhinho caiu lá dentro.  "Mas que droga!" disse, irritada.

"Você não sabe cortar cebolas nem molhar morangos no chocolate... Hm... Tire definitivamente chefe de cozinha da sua lista de possíveis profissões." disse, divertido.

Eu bufei e tentei catar algum dos morangos, mas aquele maldito pote com complexo de superioridade parecia um buraco negro! Furiosa, peguei outro morango. Ele caiu no pote novamente. "Argh!" eu murmurei brava.

"Você está pondo meus morangos fora, Bella." ele disse, rindo.

Eu fiquei realmente brava. Porcaria, porcaria, porcaria. Espetei outro morango e advinha? Caiu! "Aé?" perguntei bravíssima agora.

Arremaguei minha blusa e enfiei com tudo a minha mão dentro do pote, capturando rapidamente os quatro morangos de lá. Edward me encarava incrédulo. "Pronto!" disse, satisfeita, com cara de louca "Dois pra mim, dois pra você!" exclamei, lhe enfiando com tudo os dois morangos goela abaixo, sujando todo seu rosto no percurso e fazendo a mesma coisa em mim mesma depois.

Edward me encarou com o rosto sujo e cabelos desarrumados e começou a rir. Rir não, gargalhar. Eu não pude fazer outra coisa se não acompanhá-lo, certo? Era tudo tão... Ridículo! A situação, a minha raiva, o que havia acontecido antes. Tudo. Extremamente ridículo e irônico.

"Meu Deus, eu preciso me lavar." eu disse, levantando e indo até o banheiro.

Liguei a torneira, pondo uma enorme dose de sabonete líquido na minha mão suja e a lavando. Tudo havia saído dali e quando eu ia limpar meu rosto, que ainda estava sujo, Edward chegou me dando um grande encontrão. "hei!"

"Os mais velhos tem preferência." ele disse, ligando a torneira.

"Não!" eu o empurrei de volta. "Eu sou mulher. Nunca ouviu aquela frase assim: "Mulheres e crianças na frente? Pois “bem.”

"Ah, claro." ele disse, saindo da frente. "Você tem mesmo preferência. É mulher e criança."

Fechei a cara pra ele e parei a sua frente. Indignada. Brigar com um cara com toda boca e contorno sujos é meio engraçado, mas a gente abstrai. Antes de abrir a boca pra xingá-lo, recebi uma lambida avantajada na minha bochecha, onde estava o chocolate. O encarei sem crer.

"Tem o mesmo gosto." ele exclamou, dando outra lambida, do outro lado.

Eu gargalhei e lhe dei uma bela lambida na bochecha, bem devagar, tirando boa parte do chocolate dali. "Concordo." disse, dando de ombros.

Ele riu e segurou minha cintura, aproximando seus lábios dos meus lentamente. Minhas mãos abraçaram levemente seu pescoço e logo eu senti seus lábios quentes e achocolatados nos meus. Eu ri quando ele deu uma breve lambida na minha boca, sentindo o gosto do chocolate e ignorando completamente meu beijo. Lhe empurrei levemente, ok eu o joguei longe, e fui lavar minha boca. "Se quer chocolate, beije a tigela!" apontei chateada. Ele riu e eu ri também.

"Sabe o que eu estou com vontade de comer?" ele perguntou. Eu enrijeci. "Não, Bella, não quero comer você... Ainda." ele riu do meu olhar indignado. "Quero comer maçã do amor."

"Sério?" perguntei meio cética.

"Sério. Você sabe fazer?" perguntou.

"Não..." disse lhe encarando brevemente. "Mas o Google é mágico!"

10 MINUTOS DEPOIS

"Essa aqui é a mais fácil, Edward." eu disse indignada. "Vá pra sala e espere lá!"

"E deixar você fazendo isso aqui sozinha? Nem pensar!" eu já ia chamá-lo de fofo por não querer me dar trabalho quando ele completou: "Capaz de por fogo na minha cozinha!"

"Saia ou eu jogo esta maçã em você!" disse, catando uma das maçãs do balcão. Ele riu e foi pra sala.

Eu acho que ele acreditou em mim. Coloquei a panela no fogo e joguei o açúcar ali, colocando a água gelada e o suco de limão em seguida. Misturei levemente, esperando virar uma calda. Desliguei quando o negócio finalmente engrossou e peguei as maçãs pra espetá-las com o palito de sorvete que encontramos por aqui.

Uma das engraçadinhas caiu, mas não chegou ao chão. Edward concretizou-se ali no exato momento que ela caiu em seu pé, a fazendo rolar perna acima e parar em suas mãos. "Aqui está." ele disse me alcançando a fruta.

"Como você fez isso?" perguntei, depois de espetar as frutas.

"Eu sou bom, Bella." ele disse, sorrindo.

Revirei os olhos. Molhei as duas frutas no molho, as deixando completamente cobertas com aquilo. Depois as coloquei em um prato quadrado e branco. "Apresento as mais lindas Candy Apples do mundo pra você."

Ele sorriu e me deu um selinho, seguindo na minha frente. Eu revirei os olhos e o segui. Ele era o dono da casa, né?

As frutas foram deixadas sob a mesa da sala. Elas eram realmente lindas e o corante vermelho, que foi posto na calda antes de receber as lindinhas, as deixou realmente perfeitas. Elas pareciam vidros, estranhamente artificiais. Eu me encantei com a minha, sem nem ao menos mordê-la... Edward não teve tanta sorte.

Maçã: http://www.receitadoce.com.br/wp-content/uploads/2009/02/maca-do-amor-receitas-de-doces.jpg (N/A: Ignorem as outras, só conta as duas primeiras.)

"Ai!" ele exclamou carrancudo. "Você me deu uma fruta de pedra!" quase gritou furioso.

"O quê?" perguntei.

"Credo, Bella! Nunca mais comerei nada que você cozinhar!" disse, conferindo seus dentes.

"Não pode estar tão dura assim, seu fresco, maçã do amor é assim mesmo!" e dei uma boa mordida na lindinha. Mas uma mordida com vontade mesmo, sabe? "Caralho! ' exclamei, jogando longe. "Ai, ai, ai..." eu disse chateada tocando os meus dentes. "quebrou?"

"O que?" ele perguntou, me olhando como se eu fosse uma idiota.

"Os meus dentes! Quebraram?" perguntei, os mostrando.

"Não, Bella, mas você é quem vai tirar a maçã da minha cortina."

"O que?" ele apontou pra linda cortina de voal da janela da sala. A maçã, a belezinha, estava grudada lá.

"Pode esquecer suas cortinas." eu disse, rindo depois. Meu Deus, e ainda tem gente que tem coragem de me dizer que azar não existe!

"Você é uma peste!" ele disse, levantando e arrancando a maçã da cortina. O único problema, é que a cortina veio junto e caiu sobre a sua cabeça. Eu gargalhei altamente.

"Eu disse que era pra você esquecer suas cortinas." Ele revirou os olhos.

O seu relógio de pulso apitou. Eu lembrei que existia horário. "Meu Deus! ' exclamei, encarando os ponteiros. "Edward! Já é bem mais que duas horas da manhã. Eu tenho que ir embora." disse, chateada.

Ele me olhou, esquecendo a cortina e saindo do meio dela. "Por que você não dorme aqui?" ele perguntou.

"Me embebeda, apaga as luzes e quer que eu durma aqui? Negativo!" disse, rindo.

"Bella, eu to falando sério." ele riu do meu comentário. "Eu não vou fazer nada com você." ele disse, revirando os olhos. "Eu não chamei você pra cá, com essa intenção, eu só gosto da sua companhia." aquilo me fez sorrir levemente e eu dei um selinho em seus lábios, rapidamente.

"Só se for aqui, na frente da linda noite sem estrelas de Forks e você dormi comigo." ele riu.

__

Acabamos trazendo um colchão de casal pra cá e afastando tudo o que estava na frente, deixando ele pouco abaixo do sofá onde estávamos sentados. Edward estendeu a cama com perfeição e colocou o lindo e pesado cobertor sobre nós. Óbvio que ele me emprestou uma camiseta pra dormir... Devo dizer que fiquei desconfiada pelo comprimento do negócio, mas ele não fez absolutamente nada demais.

Ele me abraçou depois de desligar todas as luzes e eu o senti suspirar por entre meus cabelos.

"Edward," acabei perguntando, por me lembrar de um fatinho meio importante. "Por que você trocou de roupa?"

"Porque eu me virei chocolate." ele riu.

"Seu tarado! Fez por gosto! ' acusei, rindo.

"Bocêtánu, bocêtánu, bocêtánu..." ele riu em meus cabelos.

"Idiota!" murmurei carrancuda. Ele gargalhou antes de dormir, e eu nunca dormi tão bem em toda minha vida.


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Notas finais do capítulo

Gente, hoje é dia dos professores! Parabéms!
E que tipo d egente eu seria se não postasse no dia do Eddie, han?

Bem, eu acho que esse foi de longe o meu melhor capítulo e espero que vocês gostem *---* Quero mesmo saber a opinião de vocês! Estou ansiosa mesmo por ela!

Queria pedir pra vocês acessarem MVD :(
Acessem, please: http://fanfiction.nyah.com.br/historia/101214/Meu_Vampiro_Desencantado.

E quero mandar beijos pra KehFrois e pra Veroka! LInda, obrigada mesmo pela recomendação *---* Mesmo, mesmo!

Bom, lembrem-se: autora produtiva é autora feliz! /comentem muito!

Beijos, amo vocês!