POV JAKE

-Depois desse incidente. – Michel Wolfie olhava para filha com severidade. – Voltamos aos exercícios. Quero que vocês tentem no meio da corrida pular sobre mim, tentando pegar a minha cabeça. Seria bom para mim: vocês tentarem não arrancá-la.

Isso fez os meninos uivarem de felicidade, era tudo que eles queriam a pratica. E assim foi um a um: corriam e pulavam, só podia escutar o baque das boca dos meninos se fechando. Fizeram duas filas: uma estava o Michel e outra o Hoh, eles nem tremiam quando as bocas dos lobos passavam próximo a eles. Como aqueles monstros não fossem capazes de machucá-los. Davam instrução para aqueles que estavam errando o movimento.

Depois disso o Hoh nos contou uma pratica que a família dele desenvolveu, mas isso requeria desinibição e controle dos meninos, que era destransformção no meio da luta. Eu já sabia que Lunna fazia isso, Seth poupou de vermos ela nua, mas sabíamos que como era mais ou menos a forma de ataque. Eu e Sam acreditamos que os meninos não conseguiriam se controlar tanto com o cheiro dos vampiros tão forte, então nos limitamos a treinar formas de ataque em conjunto.

Lana explicou que ela e sua filha ficariam nas copas das arvores, além que os Alfas tem como coordenar ataques em conjunto entre as matilhas, basta eles liberarem as mentes, isso era algo já sabido por nós.

Treinamos muito, vários movimentos novos nos foi ensinado, no final Senhor Hoh pediu para que eu viesse conversar na minha forma humana. Rapidamente minhas duas pernas surgiram, coloquei minha bermuda, voltei ao encontro de sua família e assim poderia conversar com ele pessoalmente.

-Prefiro assim. – ele falou gentilmente para mim. – Todos poderão ouvir nossa conversa de maneira clara. Além que não quero me transformar hoje, estou ainda me recuperando do meu ultimo ferimento. – ele levantou a camisa havia uma bandagem suja de sangue, cobria toda area direita de sua barriga.

-Por mim tudo bem. Quando você se feriu assim? – eu perguntei.

-A três dias. – ele abaixou blusa. – Eram seis vampiros bem experientes. Um deles tentou arrancar um pedaço meu com os dentes. Ai o veneno deles contaminou a minha pele. Mas já vou ficar bom. Acho que amanhã. Agora me responda uma coisa. Quando poderemos treinar com os vampiros aliados de vocês?

-Acredito que amanhã. – eu respondi.

-Vai ser mais fácil atiçar os instintos dos meninos. – Ele comentou sério. – Por que nosso lobo sabe o que fazer força pra isso ele tem basta saber canalizar essa fúria.

-Concordo com o senhor.

-Me fale os poderes desses.. qual o nome do clã deles? - O senhor franziu o rosto tentando recordar.

-Cullen. – eu falei tenso, não gostava de nem falar o nome deles, pois meu lobo agitava nervoso lembrando do sorriso petulante do ex fedido de Bells.

-Sim, já ouvi falar deles. Carlisle já foi hospede dos Volturi certo?

-Certo. – Falei impressionado.

-Estou nessa vida nessa muito tempo meu filho. – ele falou em tom de brincadeira.  – Ele saiu por não concordar com maneira bárbara de punir quem vai de encontro as suas leis. Bem, quero conhecê-lo. Agora qual o poder deles?

-Tem anã que ver o futuro, o que controla as emoções alheias e o invasor de pensamento.

-Gostei do resumo. – Hoh brincou.

-Amanhã chegará mais sanguessugas aliados.- Comentei.

-Acho isso muito estranho. – Interveio Michel. – Como eles traem a própria espécie.

-Meu filho, eles estão contra ao que o Volturi quer fazer. – Hoh respondeu. – além que eles são naturalmente egoístas, não pensa no grupo, na família. Há uma promessa a ser cumprida, no entanto não vamos permitir que ela seja efetivada.

-Lógico pai. – Michel falou. – estamos aqui para isso.

-Obrigada pela presença de vocês aqui. – eu tinha que agradecer.

-Não precisa agradecer, estamos aqui por vários motivos, um deles é para ajudar os iguais a nós. – Hoh falou seriamente segurando meu ombro. – Vejo que será um grande líder Jacob.

-Espero que suas palavras sejam corretas. – Era impossível não ter um pouco de insegurança as vezes.

-Coração para isso você tem. – Hoh afirmou. – Ninguém entra numa guerra dessas sem amar muito, e isso já o torna uma pessoa única. Admiro quem luta por amor assim. Lunna me contou um pouco da historia sua com a sua noiva. Admirável. 

-Obrigada pelas suas palavras. – agradeci sua maneira delicada comigo.

Inevitavelmente lembrei-me da historia que Lunna tinha contado do seu avô com sua avó, ela não era o imprinting dele, mas eles foram muito felizes. Algo similar comigo e Bells, sempre lutei por ela, agora que a tenho ao meu lado isso me faz mais forte para conseguir ir em frente.

Fiquei ao lado de Hoh e Michel Wolfie, nós três analisávamos os meninos, as possíveis estratégias: Quill e Embry juntos. Os Irmãos ClearWater ao meu lado, junto com Lunna, pois sabíamos que não conseguíramos ficar separados, ao lado da loba estaria a pantera, sua irmã.

Os trigêmeos, mesmo com quase nenhuma experiência, lutavam bem juntos, um protegia o outro, os pensamentos deles eram bem coordenados. Já Sam teria Paul e Jared ao seu lado, já experientes nessa tática, já Collin e Brady ficariam protegendo a tribo. Os Wolfie ficarão na frente junto comigo e Sam.

Lunna veio até nós já na sua forma humana, ela nos lembrou que atacaremos só eu, ela, Sam e a sua família no ataque surpresa, pois éramos os mais experientes, além que não queríamos mostrar todo nosso poder de ataque de uma vez. Os meninos não gostaram do que ouviram, Seth uivou sofrido.

Ela riu daquilo, o lobo cor de areia se aproximou e bufou irritado, balançando o cabelo dela, sua mão afagava os pêlos de Seth, com um sorriso lindo no rosto. A felicidade dela era visível além de ser sentida por mim. O avô a olhava admirada, como seus pais também.

-Já gosto de você. – Falou Hoh para Seth. – Fazia tempo que não via minha neta com esse sorriso lindo nos lábios.

-Avô. – ela chamou séria. – Não me mata de vergonha.

-Ele te faz muito bem minha filha. – O pai dela completou. E pela primeira vez vi Lunna com vergonha tive que rir daquilo. Ela me lançou um olhar bravo, isso deixava o quadro mais engraçado.

-Você tinha que me proteger. – ela resmungou para mim dando um soco no meu ombro. – Afinal você é meu imprinting.

-Você que está se entregando com essa cara de apaixonada. – eu brinquei.

-Você me paga, Black.

Todos riram da nossa provocação. Sem perceber as horas passaram rapidamente, quando percebemos os animais já estavam acordando para o começo de um novo dia. Dessa maneira nos despedimos e marcamos para madrugada nova reunião, mesmo depois da casa do Cullen. Queríamos todos estar muito bem preparados para o embate contra os Volturi e tempo não era algo que havíamos de sobra, então qualquer momento é precioso.

Fui para casa com o céu já ficando roxeado pelos raios de sol que começavam tingi-lo. Entrei em casa e fui direto para o banheiro, precisava de um banho. Nunca havia tomado um banho tão rápido na minha vida, pois meu cérebro gritava que Bells estava a minha espera. Sem me enxugar direito sai do banheiro. Todos dormiam serenamente dentro de casa, os batimentos como a respiração eram tranqüilas e ritmadas.

Ao entrar no meu quarto vi minha vida na mesma posição que tinha a deixado, isso significava que ela não tinha tido pesadelo, pois quando isso a acontecia se mexia muito. Ela estava tão encolhida que parecia uma bola, sorri com aquilo. Coloquei minha bermuda e me enviei debaixo da coberta, sei que ela sairia de em cima de nós logo, mas não queria que Bella sentisse a diferença de temperatura bruscamente.

Quando meu corpo se aproximou do dela, suas mãos buscaram algum contato comigo, mesmo ela inconsciente de sono. Peguei a mão dela, onde tinha a cicatriz da mordida do sanguessuga e dei um beijo, notei que a pele ali era mais fria que o restante do corpo. Dei outro beijo nela e a coloquei em cima do meu peito. Ela se aninhou próximo a mim e suspirou: “Meu sol”. Sorri com aquilo e abracei. Eu estava no meu paraíso na terra, a razão de tudo que luto. A minha vida.