Como Poderia Ter Sido... escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 46
Reunião só de Lobos


Notas iniciais do capítulo

POv do nosso lobão...reunião da lobarada!!!primeira parte!!!



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POV Jake


No meio da festa decidimos adiantar a reunião para hoje de madrugada, afinal estavam todos ansiosos com os novos lobos e ainda com as panteras. Dessa forma deixei minha vida na minha casa junto com Rachel, houve muitos protestos da sua parte, mas o sono estava a consumindo, seus olhos piscavam tentando manter os abertos, porém sua tentativa estava falha.


–Jake eu quero ir. – Ela resmungava já quase entrega ao sono no meu colo. – Eu vou ficar acordada só de olho em você.


–Amor, dorme aqui na minha cama, quando terminar a reunião eu corro para seus braços. – Falei dando um selinho nos seus lábios.
–Vou estar ansiosa a sua espera. – Ela disse.


A deitei na minha cama eu tirei seu sapato, peguei uma manta no armário e a embrulhei, me ajoelhei ao seu lado, passando a mão nos cabelos dela, meu olhar era de admiração. Ela resmungou que sentia falta do meu calor, ri daquilo.


–Eu te amo. – Falei no ouvido dela. – Hoje e sempre.

–Até que meu coração pare de bater. – ela sussurrou já dormindo.


Não gostei daquelas palavras, pois nunca deixarei que isso aconteça, meu maior objetivo na vida era zelar e proteger a minha vida, nada de mal a atingiria, sempre lutarei para ela esteja viva ao meu lado. Dei um beijo nos seus lábios, tirei minha camisa e coloquei em seus braços, mesmo já entregue ao mundo dos sonhos, ela pegou e afundou o rosto na peça de roupa. Sorri com aquilo, ainda isso foi acompanhado por um sussurro: “Meu sol”


Retirei a calça que estava usando, peguei uma bermuda mais leve e prendi no tornozelo, poderia precisar me destransformar, não ficaria nu na frente das mulheres da reunião. Pulei a janela do meu quarto, o fogo lupino já sabia o que fazer, logo meu lobo tomou conta e começou a correr pela floresta.


Minha fera ama poder correr assim livremente deixando as arvores como meros borrões ao passar pelos meus olhos. Cada vez que as minhas patas iam contra a terra mais meu lobo toma conta do meu ser. Lembrei dos meses que fiquei nessa forma, seguindo somente meus instintos animalescos, era fácil lidar a dor da rejeição de Bells, no entanto a dor estava aqui dentro.


Todavia isso era passado, o presente é bem diferente é perfeito. É a realização de meses de sonhos, cada “eu te amo” dito a mim e cada beijo apaixonado que damos é a certeza que toda luta valeu a pena, minha força em ter ela não foi em vão. Cada dia que passava ao lado de Bells eu tinha a certeza que a minha escolha por batalhar pelo seu amor foi a mais acertada.


–Esse seu lado romântico era desconhecido por mim. – Falou Leah brincalhona. – Já conhecia o meio obsessivo, que fica o tempo todo pensando nela, mas esse todo contemplativo é novidade.

–Boa noite Leah. – Resmunguei.

–Você tem muita sorte. – Essa constatação de Leah me assustou, ela revirou os olhos e explicou. – Tem o amor de Bella, algo que você sempre sonhou. É bom conquistar aquilo que ansiamos por tanto tempo.

–Sem duvida. – Eu tinha que concordar. – Com o que você anseia?

–Ter uma vida menos amargurada. – ela confessou.

–Isso é algo que só depende de você.

–Eu sei. – ela falou um pouco irritada. – Já estou tentando.

–Coitado do Dan vai ter muito trabalho. – Eu ironizei.

–Não mais que o Quill. – agora nós dois rimos.

–É esse parece que vai ter trabalho. – Eu completei.

–Vamos apostar corrida? – Leah competitiva falou.

–Lógico... que vou ganhar.


Disparamos pela floresta, apesar de ser mais forte, Leah era mais rápida, ganhou de mim, não com muita vantagem, por pouco não a alcanço. Ela ria e debochava de mim, eu revirava os olhos, isso a divertia mais e mais.


Nossa disputa nos levou a clareira onde tínhamos marcado com os meninos e com os visitantes. Já havia chegado quase todos, só faltava Lunna e Sanny, os Wolfie estavam em sua forma humana com os anciãos, que fizeram questão de participar dessa reunião.


Era nítida a postura de poder que Hoh possuía, era algo de reverenciar, sua presença era algo imponente. Não sei por que imaginei Billy ali no lugar dele, talvez se ele tivesse desenvolvido os genes lupinos teria aquela realeza tão explicita.


Ao chegar os meninos me cumprimentaram abaixando a cabeça, já Sam balançou a cabeça positivamente. Sentei com Leah e Seth ao meu lado, estavam atentos a tudo, como tivessem me protegendo, sorri com aquilo.


–Afinal você é o alfa né? – Brincou Leah. – Como Beta tenho que te proteger. É algo que faço naturalmente.

–Não. – Falei rindo, já puxei uma implicancia. – Você faz porque me ama.

–Não está satisfeito de ter duas mulheres na sua vida? – Balancei a cabeça negativamente, soltei um latido da minha risada, Leah revirou os olhos. – Como você é convencido.

–Deixe ele comigo. – Agora a voz de Lunna invadiu nossos pensamentos. – Vou abaixar essa bola dele.


A loba castanho claro surgiu no meio da mata, com uma pantera negra ao lado, notei que em cima do seu dorso, na linha da coluna seu pêlo era mais claro, como seu cabelo castanho, do mesmo do tom da outra fera. Os olhos verdes, como esmeradas pertencentes a pantera estavam receosos.


Lunna veio ao nosso encontro, passou por mim e puxou minha orelha com os dentes de maneira brincalhona, ri daquele gesto, retribui dando uma patada nas suas patas a fazendo cambalear. Nossa intimidade era algo muito natural, algo não pensado por nós, apenas existia.


Percebi que Sanny ficou perto da mãe, que ainda encontrava-se na sua forma humana, ela afagava os pêlos da pantera com carinho, esfregando o rosto com o da fera. Era algo bonito de se ver, imediatamente senti saudade da minha mãe, isso contorceu meu peito. Produzindo um choro em mim e em seguida em Lunna. Nossas emoções eram ligadas, o que um sentia outro sentia também, principalmente quando estávamos assim como lobos.


–Sinto muito pela sua perda. – Ela falou com carinho perto de mim, esfregando o focinho na lateral do meu corpo.

–Está tudo bem. – Tentei controlar minha tristeza.

–Empresto minha mãe a você. – Seus olhos azuis eram brincalhões, agora na minha frente. – Ela tem amor de sobra para você.

–Obrigada. – Sorri para ela.

Ela passou sua cabeça na minha, era um gesto de apoio, mas conseguimos ouvir Seth resmungando daquele nosso momento. Eu bufei incrédulo daquele ciúmes, já Lunna sorriu, correu ao seu lado e deu uma lambida nele. Em meio essa movimentação nossa, os olhos do primo dela, Ian eram atentos a tudo. Ele ainda estava em duas pernas ao lado do pai de Lunna, que também observava, só que no caso dele era as matilhas de forma geral.


Velho Quill deu um passo frente e todos os olhos caíram sobre ele, os outros anciões ficaram ao seu lado. Já o Senhor Hoh Wolfie ficou de frente para eles, junto com sua família, ele estava com olhar atento a tudo.


–Estamos aqui hoje em família e amigos. – A voz imponente do velho Quill entoava pela floresta. – Todos unidos para seguir a nossa missão. Fomos criados com um propósito de proteger a vida humana dos desejos sanguinários dos frios. E está chegando o dia de uma batalha muito importante para nós contra esse mal. Enfrentaremos uma das maiores forças deles: Volturi.


Ao ouvir o nome dos vampiros italianos todos os lobos uivaram, mostrando o quanto eles estão disposto a lutar até o fim por esse propósito. O velho Quill no olhou com orgulho e admiração.


–Sam e Jake. Venham até mim. – O ancião ordenou e nós obedecemos. – Como Alfas da tribo Quileutes vocês são responsáveis por todos nós da tribo. A matilha de vocês é parte de quem vocês são. Qualquer sacrifício por vocês feito será de extrema valia.


Mesmo sendo teimoso em não querer esse negocio de ser alfa, isso corria nas minhas veias naturalmente, era pulsante, a forma de lobo para mim é muito confortável, faz parte da minha pessoa. Já não consigo diferenciá-lo do Jake humano. A responsabilidade e essa missão não eram desejadas por mim, mas era necessário honrá-las e assim o farei.


Abaixe minha cabeça, como Sam e reverenciei o Velho Quill e suas palavras. Seus olhos cansados pela idade nos encararam mais uma vez, ele parou em mim e disse:


–Lute pela sua vida sem esquecer-se dos seus irmãos. Pois os dois são importantes na sua vida.


Eu sabia que um equilíbrio deve ser encontrado na minha vida, não posso negar minha historia de amor com Bells como também meu papel como Alfa. Deveria haver uma harmonia entre esses papeis exercidos por mim.


–Em nome da família Wolfie. – agora falava Hoh. – Venho oferecer nossa força nessa batalha.

–Será muito bem vinda. – Falou Velho Quill. – Afinal nosso sangue corre ainda em vocês. Seu rosto me mostra isso.

–Tenho muito orgulho disso. – Hoh respondeu e se virou para sua família. – Agora daremos inicio aos treinamentos. Posso?


O Velho Quill fez um gesto amplo mostrando sua permissão e avisou que ele e os anciões, isso incluía meu pai, iriam se retirar, nos desejando bons trabalhos. Eles partiram pela floresta acompanhados de Collin e Brady como lobos. Eu e Sam voltamos a ficar cada um com sua matilha respectivamente.


–Quero que saibam que os Volturi são os vampiros mais fortes que existem. – Hoh andava na nossa frente. – Eles são muito bem organizados e habilidosos.

–A força deles está nos tesouros deles. – Lana agora falava. – Os vampiros da sua guarda têm dons muito eficazes. Como Jane.


A mandíbula de Lunna trincou de ódio. A mãe percebeu e falou diretamente a ela.


–Não deixe que seu ódio por ela a cegue e anule a grande guerreira que é. - ela falou com severidade. – Os Volturi não sabem da nossa existência, isso é um dos maiores trunfos que temos. O utilizaremos em um ataque surpresa diminuindo a guarda deles.

–Ficaremos atentos a chegada deles. – Agora Michel falava. – Vampira Vidente aliada de vocês nos ajudará nisso certo?


Assenti positivamente com a cabeça e ele continuou.

–Mas não podemos confiar cegamente nesse trunfo, pois eles sabem como o dom dela funciona. – Lunna balançou a cabeça afirmativamente. – Estaremos a partir de hoje preparados para atacar quando necessário.

–Agora vamos para os exercícios. – Hoh retornou a falar. – Ian vem aqui.

O rapaz alto veio próximo ao avô, enquanto caminhava seus olhos eram ligados na figura de Lunna, isso inervou Seth, contudo pedi para o lobo cor de areia controlar o ciume.

Vendo o pequeno descontrole do meu irmão riu, agora aquilo me irritou, mas eu não queria desviar o foco da reunião. Ian, com sorriso debochado chegou até o avô, que por sua vez colocou a mão em seu ombro e ordenou que o lobo dele saísse.

Em questão de segundo a fera enorme marrom escuro apareceu, sacudindo os pelos, para se livras dos pedaços da roupa, que caíram na terra. Ele era um pouco maior do que Sam, já nós dois tínhamos praticamente o mesmo tamanho.


–Agora, meninas. – chamou senhor Hoh. Nessa hora Sanny e Lunna se aproximaram. – Mostrem como vocês lutam juntas.


A pantera correu para copa das arvores, já Lunna investiu seu ataque direto, quando o lobo ia se defender do ataque claro, Sanny pulou por cima e o mordeu o pescoço, enquanto ele sacudia tentando tirar a pantera de cima, a loba pegou as pernas de traseira com a boca, um grunhido de dor saiu dele.

 Lógico que elas não estavam investindo força nas mordidas ou no ataque, mas agilidade com que atacaram o primo era de assustar.


Eles se empolgaram e um bolo de feras se formou já não se via direito quem era quem, arvores caiam no caminho daquele furacão de seres sobrenaturais. Os meninos riam daquilo, já eu, Seth e Quill estávamos ansiosos que aquilo acabasse logo. Principalmente quando ouvia se um choro doído quando alguém se feria. Com os olhos negros atentos aos nossos o Senhor Hoh ordenou.


–Vocês parem agora.


Quando eles pararam Sanny vôo para longe com ultimo golpe de Ian, que a pegou desprevenida, isso fez Quill se agitar indo de encontro ao lobo marrom, que parecia se divertir com destemperamento do meu amigo. Eles se chocaram em pleno o ar, no entanto Ian era mais habilidoso e logo atacou a pata da frente do lobo.


–Jake mande o Quill parar. – Lunna pediu.
–Quill pare. – Eu disse.


Ele parou, no entanto a raiva de Ian já estava atiçada, ele ia investir toda força contra Quill. Mas antes ouviu-se:

–Ian pare agora. – A voz de trovão De Hoh ecoou pela noite.


As patas do lobo marrom escuro travaram, como tivessem coladas na terra. Quill notando que não seria atacado foi conferir como estava Sanny, ela apareceu mancando e rosnando para todos que chegassem perto dela. Somente a mãe ela permitiu, que passou a mão pela lateral da pantera, que por sua vez rosnou.


–Algumas costelas quebradas. – Ela sorria a fala isso. – Fiquei quieta que logo elas colam, pelo jeito ela só trincaram. Seu primo se vingou da sua traquinagem com ele na vinda para cá. – notando nossa incompreensão ela gentilmente explicou. – Quando estávamos no avião Ian ficou implicando com Sanny sobre seu ex-namorado, que era um menino todo certinho. Isso a inervou e ela quebrou o nariz dele. Coisa de primo.


Para qualquer humano aquele relato seria no mínimo absurdo, todavia quando se vive no meio de seres místicos como nós, algumas coisas absurdas se tornam normais. Uma delas é se curar rápido.


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Notas finais do capítulo

Esse ian é irritante....pouquinho mas de coração