Como Poderia Ter Sido... escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 45
POV BONUS:SANNY


Notas iniciais do capítulo

a pessoa aki formou em psicologia.. tem mania de buscar os porques e mottivos para as pessoas serem do jeito q são...

assim aki esta um pouco da historia da sanny.. vcs vão entender o motivo dela ser assim;;;

bora ver qual é...



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POV SANNY:

Quando meu pai recebeu a ligação do meu avô falando que deveríamos encontrar Lunna em Forks meu coração retorceu um pouco de incomodo, era saudade da minha irmã, mesmo sempre brigando quando estávamos juntas, eu amava muito. A nossa ligação é muito forte, basta nos olharmos e sabemos extamente o que a outra esta pensando.


Ao terminar de contar toda historia dos Volturi irem a Forks e que Lunna iria enfrentá-los com os lobos de lá, tive a certeza absoluta que deveria ir. Primeiro queria conhecer outros lobos, afinal só conheço a família do meu pai e as panteras da família da minha mãe. Segundo queria mudar um pouco de ares, Nova York já estava ficando chata pra mim, queria ver pessoas diferentes. Terceiro: ter oportunidade de destruir vampiros é muito gratificante, os Volturi mais ainda. E por ultimo, mais importante, que sei o quanto minha irmã anseia por esse embate, principalmente com a Jane, desde morte de Brian ela não se recuperou por completo, cada dia nutre mais ódio e desejo de vingança da vampira.


Isso fez minha irmã ter vida mais solitária, ela sempre foi uma pessoa a gostar de ficar só, desde a nossa infância era assim, ela tinha seus momentos de querer ficar sozinha. Contudo depois do ataque de Brian, isso piorou muito, ela saiu da casa do meu avô, onde ela morou desde sua transformação. Preferiu se isolar do mundo e centrar sua vida em caçar os sanguessugas. Todos ficaram muito preocupados, eu fingi que não, mas dentro de mim havia sempre uma aflição, principalmente quando ela passava semanas sem entrar em contato.


Quando escutei minha mãe comentando com meu pai que Lunna tinha encontrado seu imprinitng, fiquei com pena dela, pois algo que nunca desejei, perder as rédeas da vida entregando-as para um total desconhecido. Ele se tornar o centro do seu universo de uma hora para outra? Sem ao menos você escolher? Um estranho ter uma importância absurda na sua vida sem ser de sua vontade? Nunca, era única coisa que não aceita por mim nesse universo de caçadores de vampiros era essa maldita lenda.


Esse mundo de transformos, com todas suas características únicas, sempre foi escondido de mim e da minha irmã, algo exigido pelo meu pai, todo seu trauma em ver a minha avó sofrendo o fizeram ter essa postura. Minha mãe acatou por amá-lo e respeitá-lo. Todavia ao passar dos anos notamos que nossos pais não mudavam fisicamente, parecia que o tempo não os afetava, em destaque minha mãe, muitas pessoas pensava que ela era nossa irmã, ainda havia o fato de que são mais quentes que nós.


Meu avô era sempre perguntado como mantinha a jovialidade daquela maneira, pois minha avó envelhecia com as rugas que marcavam sua pele branca ao passar do tempo. No entanto isso nunca nos despertou a curiosidade, em contrapartida a força deles e a forma que eles se curavam nos deixavam mais intrigadas, mas logo nos distraiamos com outra coisa, especialidade do meu pai.

Sempre fomos muito amadas por nossa família, porém meu Avô tinha um carinho em especial por Lunna, falava o todo momento que ela seria uma grande guerreira, estava no destino dela no seu sangue, seria sua substituta. Realmente não entendíamos aquilo, mas quando somos pequenos nosso mundo gira em torno da diversão, assim nos prendíamos as brincadeiras infinitas da nossa família.


Ao chegar adolescência, mesmo tendo a mesma idade e quase a mesma genética, Lunna desenvolveu o corpo muito mais rápido que o meu, seu andar sempre foi de uma elegância extrema, parecia ter uma realeza dentro dela, algo invejado por mim. Queria ter as curvas perfeitas como dela, ainda eu tinha corpo desengonçado se desenvolvendo vagarosamente.


Todo esse processo acelerado de crescimento da minha irmã despertou a preocupação evidente do meu pai. Uma vez, em uma madrugada quando estava indo para cozinha beber água, escutei meus pais discutindo, esgueirei atrás da porta os escutei falando. Consegui ver os dois na sala, minha mãe sentada enquanto meu pai andava de um lado para outro, visivelmente nervoso. A voz do meu pai estava alterada pela raiva contida:


-Não pode ser possível.  – ele passava a mão pelos cabelos castanhos, cor herdada por mim e por minha irmã. - Não quero que minhas filhas tenham esse destino.


-Michel, sabíamos desde dia do nascimento que ela seria uma de nós. – o timbre apaziguador da minha mãe era tranqüilo. – Ela sempre na mais terna idade demonstrou que o sangue lupino corria livre nas suas veias, ela é alfa como seu pai.


-Meu pai falou que ficará com ela até sua transformação. – Meu pai dizia derrotado, com os ombros caídos. – Não a quero aqui, pois poderá se descontrolar e machucar Sanny. 


-Concordo. – o incomodo da dor nas palavras da minha mãe era cortante, ela se levantou e caminhou até ele ficando de frente. – Pois Sanny ainda não desenvolveu seus genes transformo.


-Espero que ela seja normal, não tenha que viver essa maldição mística. – Meu pai falou irritado entre dentes.


-Querido não fale isso. – A doçura da minha mãe era suave, passou a mão no rosto dele. – Temos que ter orgulho do que somos e para que fomos feitos. Salvamos vidas meu amor.


-E destruímos a nossa. – rebateu meu pai.


-Tudo na vida tem um preço. – minha mãe pegou o rosto do meu pai com as duas mãos o obrigando a encará-la. – Além que sempre tive felicidade no que sou. Pois encontrei minha alma gêmea assim.


-Essa foi a única coisa boa que essa vida me trouxe. – Ele sorriu timidamente para minha mãe, sai dali de perto.


Depois disso escutei os estalos dos lábios deles se encontrando, sai dali nas pontas dos pés mais rapidamente possível, pois aquilo era algo desnecessário de ouvir. Quando cheguei ao meu quarto as falas deles ficaram soltas rodando a minha mente. Como conseqüência as perguntas saltavam como pipoca na minha cabeça. O que tudo aquilo significava? Lunna tinha o que no sangue? Alfa? O que isso tudo significava? Por que não poderia ser a mesma coisa que ela é? O que somos afinal de contas?


No dia seguinte aquela conversa, bem cedo meu avô chegou e levou Lunna para morar com ele, a dor da nossa despedida foi doída, mesmo brigando como cachorro e gato, nos amávamos muito, nunca tínhamos ficado um dia sequer separadas. Às vezes dormíamos até na mesma cama, quando eu tinha algum pesadelo, ela sempre me protegeu, zelou por mim.


Depois disso os meses passaram sem nenhum telefonema, parecia que ela tinha desaparecido no mundo. Perguntava para minha mãe onde ela estava só escutava a seguinte resposta: “Viajando com seu avô.” No entanto aquilo era muito esquisito, me sentia incomodada com aquela falta de informação, gerando uma revolta dentro de mim. Nunca gostei de não saber das coisas ou mistérios desnecessários, afinal era sobre minha irmã que eu queria saber. 


Nos exatos oito meses de sua ausência, na festa de Natal na minha casa Lunna parece linda, deslumbrante, andando com elegância que sempre lhe foi inerente, no entanto era mais marcante essas características, ela aparentava ter mais ou menos 20 anos, enquanto eu estava ali com meu evidentes 15 anos, com espinhas e corpo estranho. Ela era uma mulher enquanto eu ainda era uma menina. Ela tentava chegar próximo a mim durante a festa, no entanto todos queriam falar com ela, seus olhos azuis me encaravam apreensivos, ela queria me contar algo, mas as pessoas não deixavam passar, além do meu avô orgulhoso apresentando ela a todos.


Lógico que sua beleza foi o comentário central da festa, os convidados todos ficaram encantados, todos os cochichos e olhares pertenciam a ela. Aquilo me incomodou, queria ter aquela atenção para mim, queria ser como ela. Escutei uma conhecida da família comentando: “Como a Lunna esta maravilhosa, pena que a Sanny não herdou essa beleza toda.” Aquelas palavras me contaminaram como um veneno poluindo-me por completo de ódio por ser tão patética e sem graça.


Sai da comemoração e segui para meu quarto, fiquei andando de um lado para outro, irritada, com a cabeça fervendo, jogando meus objetos contra as paredes, expulsando o meu ódio, mas ainda não era suficiente, não estava me acalmando, pelo contrario.


Enfim entrei no meu closet peguei minha tesoura, comecei a cortar todas as minhas roupas coloridas e ainda infantilizadas, rasguei exorcizando minha raiva eu deixei somente as peças escuras. Repetia para mim mesmo em voz alta que seria diferente e todos me olhariam também, cansei de ser desprezada por todos, sempre fui a mais tímida, assim todos tinham pena de mim por eu ser assim, pois Lunna sempre falava por nós duas, ela sempre esteve por mim.


Contudo tudo mudou, ela estava diferente, não a reconhecia como minha irmã, era uma estranha. Foram mais de 240 dias sem noticias, deixando claro que não se importava comigo. Perdidas nas minhas novas convicções sobre meu desejo de ser notada por todos, escutei batidas na porta.


-Vai embora. – eu gritei para o intruso.


-Não vou. – Entrou Lunna no meu closet com culpa no olhar. – Como você está?


-Estou ótima. – respondi rasgando uma blusa amarela. – Nem vou lhe perguntar como esta porque é obvia a resposta. – apontei para sua figura.


-Não tiraria conclusões precipitadas. – Seus olhos azuis eram melancólicos. – Senti muito a sua falta.


-Mentira. – eu gritei raivosa. – Você é uma mentirosa, passou meses sem ao menos me mandar uma noticia sequer. Só falava com papai e mamãe. E eu? Você esqueceu-se da sua irmã?


-Em nenhum minuto. – Ela tentou se aproximar com angustia estampada no seu rosto.


-Não se aproxima. Quero ficar sozinha. – eu ameacei com a tesoura, porém ela não se assustou com aquilo. – Eu não estou brincando Lunna.


-Não tenho medo de você. - Ela se aproximou de mim tentando me abraçar.


Ela falou com calma, sei que a intenção dela foi de confiança, no entanto a cólera me cegava naquele momento, queria mostrar que não era nada frágil, não precisava de consolo, não agora. Sem ao menos raciocinar nada cortei a pele do braço dela com lamina da tesoura.


Só escutei um gemido de dor acompanhado com um rosnado, aquilo me assustou. O sangue pingou no carpete branco, ao ver aquela mancha vermelha meu cérebro gritou obvio: “Você quer machucar sua irmã?!” sentimento amargo e acido da culpa me desesperaram.


O corte parecia ser fundo, pois o vermelho era escuro, ela colocou a mão em cima do ferimento, comentei que talvez precisasse de pontos, a encarei buscando sua dor. No entanto havia uma concentração nos seus olhos fechados, ela parecia estar se controlando, sua respiração era pausada, leves tremores a balançavam. Voltei minha atenção ao corte, mas a mão dela tapava, com o sangue escorrendo entre os dedos.


-Vamos para o hospital. - Falei desesperada.

-Não será necessário. – Seus olhos azuis profundos me encararam.


-Eu te cortei. – Me engasguei ao falar minha atrocidade. – Desculpe.


-Não se preocupe está tudo certo. – Suas feições eram divertidas em meio sua tristeza.


Antes que eu argumentasse algo, ela tirou a mão e mostrou que havia uma cicatriz, o ferimento parecia ter alguns dias, a pele rosada da cicatrização estava ali. Pisquei meus olhos, aquilo era muito bizarro, como era possível? Tentei buscar alguma lógica física e conhecida por mim, nada vinha como justificativa. Vendo minha busca por algo que explicasse aquilo, Lunna falou:  


-Papai não deixa te contar a verdade. – ela falou atenciosa, pegando meus ombros com carinho. – Queria muito compartilhar minha novidade, mas não posso.


-Como assim? – eu sai do meu raciocínio.


-Ele quer te proteger. – Ela estava incomodada. – Eu até poderia te contar, mas por respeito ao nosso pai não desobedecerei.


-Você sempre foi certa demais. – Eu cuspi essa verdade me afastando dela com um passo para atrás, a entristecendo .


Lunna sempre foi calma, tranqüila, obedecia todas as recomendações dos adultos, já eu era oposto sempre gostei de ser moleca, viva dentro das minhas convicções, no meu mundo particular, as pessoas me achavam tímida porque não me conheciam. No entanto Lunna sempre me protegia dos sermões dos meus pais, assumindo a culpa, eu achava graça daquilo e gostava, pois podia continuar aprontando, minha irmã se divertia com minhas estripulias. Mas naquele momento eu queria saber, na verdade eu precisava saber o que estava acontecendo.


-Desculpa. – ela falou derrotada. – Mas quero que você saiba que não te liguei porque estava ocupada... – ela buscava alguma palavra. – tentando me controlar.


-Você não vai mesmo me contar? – Perguntei entre dentes olhando seu rosto sofrido.

-Não posso. – respondeu derrotada.


-Então sai do meu quarto. – fui até a porta e mostrei a ela, deixando claro que não queria mais sua presença ali. – Quero ficar sozinha. Sem ninguém.
-Vou sair. Porém quero te dizer uma coisa. Eu te amo muito. – ela me abraçou, senti sua temperatura elevada, como dos meus pais.


-Some. – eu dei um passo me desvencilhando dela. – Quando você puder me contar a verdade você aparece.


-Vou vim correndo de contar. – Seus olhos brilhavam pelas lágrimas ali empoçadas.


-Sai daqui. – Ela saiu melancólica, ao passar bati a porta irritada.


A ira me queimou por inteiro, como uma fogueira, voltei depositá-la no restante das peças de roupas, rasgando-as sem parar, até a minha mão doer pelos calos que surgiram, os farrapos caiam nos meus pés.


Depois desse encontro mudei radicalmente minha aparência, só usava roupas escuras, fiz um moicano na época, comecei minha coleção de tatuagens. Meus pais ficaram um pouco chocados, mas respeitaram as minhas mudanças. Preferiam conviver com isso a me contar a verdade.


Quatro anos depois disso, vi Lunna pouquíssimas vezes, nesses momentos eu não dirigia a palavra a ela, não tinha nada a compartilhar, seus olhos sempre eram triste para mim, sabia que minha postura a magoava, mas eu estava também magoada com a falta de confiança da minha família. No fundo aquilo me incomodava um vazio era comum dentro de mim, ausência dela me destroçava por dentro, entretanto não daria o braço a torcer.


Durante esse tempo preferia ficar com estranhos desconhecidos na rua, evitando o contato com a minha família, pois eles não queriam me contar nada, então fui vier a minha vida. Só dormia em casa, o restante do dia passava fora, estudando fazendo curso, convivendo com todo tipo de pessoa possível. Busquei na rua a compreensão dos outros, uma nova família, acabei conhecendo pessoas maravilhosas, outras nem tanto.


Quando eu completei 19 anos senti meu corpo se alterando, as formas foram ficando mais definidas, sem nenhum esforço meu. Meu apetite aumentou drasticamente, fiquei preocupada, pois estava tão contente que finalmente as formas de mulher feitas moldavam meu corpo, mas a fome era maior, comia muito, porém nada parecia me engordar. Meu equilíbrio e força estavam refinados.


Um dia que estava eu e minha mãe almoçando, algo que normalmente não ocorria, mas ela insistiu bastante nesse dia a minha companhia. Durante nossa refeição ela ficou me analisando, notou minha mudança física e comentou:


-Você esta sentindo algo diferente? – o sorriso de canto de boca dela era sarcástico, ela já parecia saber a resposta.


-Acho que você parece saber já a resposta. – Falei ironicamente enquanto terminava meu prato.


-Eu sei. – ela confessou. – Mas quero saber se você já sabe.


-Percebi que meu corpo finalmente desenvolveu. – eu falei comendo meu segundo prato de comida. – Não poderia ficar com aquela tabua de corpo para o resto da vida.


-Se eu tivesse apostado com seu pai, eu teria ganhado. – ela falou vitoriosa misteriosa enquanto dava um pequeno soco na mesa, mostrando sua felicidade. – Levante.


-O que? – Eu perguntei incrédula com aquela ordem.


-Levante. – Ela ordenou, obedeci contra vontade.


Quando fiquei de pé, seus olhos esverdeados, que eram mais claros que os meus, me analisaram com cautela, ela passou por trás de mim. Parou na minha frente ela parecia orgulhosa do que via, seu olhar refletia isso, aquilo era muito estranho, afinal não era aquele tipo de olhar que eu recebia ultimamente.


As pontas dos dedos dela encontraram pele do meu braço, notei que a nossa diferença de temperatura corporal não era mais tão perceptível como antes, isso significava que agora elas eram similares. Aquilo estava ficando cada vez mais esquisito, no entanto meu cérebro processou aquilo rapidamente, ligando com tudo que tinha ocorrido com Lunna, era o mesmo comigo agora.


-Mãe, o que esta acontecendo? – Não queria mostrar ansiedade, mas minha voz me entregou.

-A resposta que você sempre esteve procurando por anos. – Minha mãe era emoção pura.


Aquela frase abriu-me de novo para minha família, eu iria voltar a pertencer a eles, eu sentia isso dentro de mim. A emoção me fez abraçar minha mãe fortemente, isso a surpreendeu e a fez falar sua dor acumulada por muito tempo.


-Nós queríamos falar. – As lágrimas dela me molharam o ombro. – Mas eu e seu pai, queríamos que você tivesse uma vida normal. Pudesse ter essa opção. Desculpe.


-Eu não quero mais viver nas escuras, mãe. – eu confessei também a molhando. – Quero voltar sentir que sou pertencente a família.


-Você nunca deixou de pertencer a família. Eu sempre estive aqui para você esperando o seu momento. – A suavidade dela era sincera. – Às vezes a solidão é necessária para nos descobrimos. Mas saiba que nunca a deixei de amar minha filha um segundo sequer.


-Eu sei mãe. – Apertei mais ela no nosso abraço.


Em meio ao nosso momento, vi meu pai relance na porta da varanda emocionado com nosso encontro. Mesmo ainda abraçada a minha mãe, estiquei uma das minhas mãos o chamando para nos acompanhar naquele momento. Ele veio um pouco envergonhado, porém, se rendeu ao movimento, envolveu seus braços fortes envoltos dos nossos corpos e nos apertou em seu abraço.


-Só queria te proteger minha filha. – Ele falou dando um beijo na minha testa emocionado. – Não queria que você tivesse o mesmo destino nosso.


-Eu quero ser como vocês. – eu confessei o que eu sempre sonhei.


-Sempre foi meu amor. – Minha mãe falou espremida entre nós. – Não importa se você fosse normal ou que você fosse, nós te amaríamos do mesmo jeito.


-Sanny, espere o confie em nós. – Meu pai falou sério. – em breve contaremos tudo a você. Só tenha mais um pouco de paciência.


Meu pai falou isso se afastando de nós, seus olhos diziam que aquelas eram verdadeiras. Não sei por que aquilo me tranqüilizou de alguma maneira. Depois desse meu momento fiquei mais próximo a minha família, minhas transformações físicas se intensificaram.


Os meses passaram até que um dia Lunna apareceu lá em casa, me contou tudo que havia acontecido com ela, todo seu processo de se tornar loba, passamos o dia conversando. Me fez ver como ela sempre pensou em mim, mostrando a tatuagem que ela tinha feito em minha homenagem: o sol. Apelido que nossa mãe colocou em nós: eu era o sol e Lunna a lua. Ela sempre dizia que tinha o dia e a noite dentro de casa, por sermos opostos. No mesmo dia tatuei a lua na costela.


Para surpresa de todos até a minha a minha forma era mesma da minha mãe, eu era uma pantera. Posso confessar que sempre gostei dessa minha vida de transformo, mas como meu pai preferi não ir a caça como minha irmã e meu avô, contudo sempre que é necessário ajudava. Mas nunca encarei como trabalho, como eles. Às vezes saia caça a vampiros, pois minha pantera pedia isso.


Lunna me criticava por isso, principalmente quando eu afirmava que me transformava com regularidade só para não envelhecer. Sempre brigávamos, afinal agora sou muito mais impulsiva, acho que todos os irmãos brigam entre si. Conosco não era diferente.


Ela dizia que era egoísta, mas não queria ser escrava dessa loucura de caçadora de vampiros, lógico que quando necessário eu ajudava sem reclamar, porque é divertido matar os sanguessugas, no entanto não levo a sério como a responsável da minha irmã.


Agora estou aqui em Forks, onde se encontra a origem da minha família, correndo na floresta fugindo do único medo que sempre tive de ser pantera, sofrer um imprinting. Não nunca gostei de ser dominada, minha personalidade é muito nervosa para ser domada.


Não quero ter minha vida controlada daquela forma, não quero aceitar que aquele estranho já tinha ocupado parte da minha vida, na verdade ele já tinha se tornado a minha vida, pois era ele que me fazia agora ficar aqui de pé, a minha gravidade é a certeza de que ele estava bem. Conseguia sentir aflição dele dentro de mim, isso me incomodava, mas não irei permitir esse sentimento me dominar, sou racional, amo ser assim. Não vou deixar que essa coisa irracional me dominar, não mesmo. 


Subi numa arvore e fiquei observando a paisagem, meu corpo negro caiu sobre o galho, o fazendo protestar em alguns estalos, mas ele agüentou o baque. Lembrei do momento que aqueles dois olhos castanhos e intensos me invadiram tudo sumiu ao meu redor, nada parecia ter importância, nem eu era mais quem eu era, meu mundo sumiu e foi substituído pela presença dele, nada mais importava, era somente ele na minha vida, sua presença era o que bastava. Aquele homem que eu nunca tinha visto, que até dez minutos atrás a sua existência não era sabida por mim, parecia ter ocupado meu ser por completo.  


Bufei irritada ao constatar isso, de repente senti o cheiro de Lunna, mesmo sendo feras diferentes nossas mentes era ligada devida nossa ligação por sermos irmãs gêmeas, bem essa foi a justificativa encontrada pelo meu avô. Encarei seus olhos azuis que eram divertidos para mim, rosnei para ela e acabei com um rugido.


-Daqui a pouco teremos uma reunião com os lobos da reserva. – A ouvi falar nos meus pensamentos.


-Ele vai estará lá, né? – Eu disse nervosa para minha irmã.


-Você sabe que sim. Ele faz parte da matilha do Jake. – ela respondeu sentando na terra úmida.


-Por que eu não tive a sua sorte de meu imprinting já não estar apaixonado e não ter esse sentimento aqui dentro de mim, de querer me jogar nos braços dele. – Falei enojada, já ela riu de mim.


-Sanny, não lute contra seu coração. – ela disse calmamente.


-Você conseguiu por que eu não posso? – resmunguei.


-Porque o amor do Jake e Bella é muito forte, de certa forma bloqueia que esse sentimento entre nós aconteça. Ela é o meu eclipse. – Brincou a loba.


-Queria ter sua sorte. Podemos trocar de imprinting com você? – eu falei derrotada.


-Você sabe que não. – Minha irmã riu, ainda completou. – Além de que Quill não é feio.


-Não é bonito como seu. – eu retorqui rindo.


-Isso é verdade. – Ela riu de mim. – você vai à reunião?


-Vou. Vim para te ajudar. Salvar sua pele. – Respondi saltando da arvore.


-Sim, claro grande guerreira. – Ela disse irônica, depois séria falou. – Se entrega ao Quill. Você não tem nada perder.


-Perco a minha liberdade. – falei irritada. – Vamos. – interrompi aquela conversa.

Corremos as duas pela floresta, pela mente ela me contou tudo que havia acontecido nos últimos dias. Era muita coisa. Sem duvida Seth já tinha adentrado no coração dela fazendo muito bem, tirando-o das trevas da magoa.  Irei enfrentar essa loucura chamada imprinting. Não sei agüentaria mais não queria me entregar tão rápido assim. Afinal o impriting pode se adaptar, quem sabe eu teria essa capacidade.


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Notas finais do capítulo

Entenderam meninas??????? Sanny tem lá os seus motivos!!

bem proximo pov é do jake(adoro escrever) ele vem falar da reunião...