Como Poderia Ter Sido... escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 41
Controle o lobo.


Notas iniciais do capítulo

POV da Bella..

vms ter tensão... então se preparem.. com suquinho de maracujá!!!!!

bora...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/96399/chapter/41

POV Bella

Depois que Seth sumiu dentro da mata, observei as feições fechadas de Jake para os meninos, que o encaravam perplexo com tal atitude, logo ele falou:


-Se eu souber de algum de vocês se transformou para ouvir a conversa dos dois. – Se não conhecesse o lado bem humorado do meu sol teria medo do tom ameaçador de sua voz. – Faço vocês andarem de três patas, entenderam?


-Você vai acabar virando padrinho da união. – retrucou Leah.

-Leah. – O tom de alfa ecoou em todas as direções. – Você entendeu?


-Não tem como não entender esse tom irritante seu. – ela falou entre dentes já tendo pequenos tremores.


Fiquei com receio dos dois brigarem na minha frente. Será que a loba poderia enfrentar o alfa? Leah tinha sim essa coragem, não duvido disso. No entanto Jake continuou:


-Dan dê um jeito nela. – O rosnado de Leah foi ouvido. – Eu tenho mais o que fazer. Vamos minha vida.


Sem ao menos esperar qualquer reação a loba, ele pegou a minha mão, nos afastando do grupo, olhei para trás, pois minha curiosidade pedia por isso: pude ver Leah bufando irritada com Dan pegando seu braço a acalmando, remotamente parecia estar surgindo efeito desejado.


Continuamos andar por alguns minutos em silencio, aquilo era esquisito, estava me incomodando.

-Ela não vai fazer nada demais. – Meu sol falou despretensiosamente, passando a braço na minha cintura e colando nossos corpos.


-Leah ficou muito brava. – eu falei


-Ela sempre é amarga. – ele falou fazendo uma careta engraçada arrancando um sorriso meu. – Não sei como Dan agüenta.


-Quando amamos aceitamos a pessoa como ela é. Com todos os defeitos e qualidades. – Encarei seus olhos negros que tanto amo, ao terminar de falar vi o sorriso que ilumina meu dia surgir vitorioso.


-Que bom que você hoje enxerga que não precisa mudar para ser amada. – Ele falou com um ar de sabichão.


Eu sabia o que ele queria dizer com aquela frase, afinal com Jake eu podia ser a Bella que sempre fui, repleta de insegurança e loucuras, mas principalmente natural ao seu lado. Ele conseguia me amar do jeito que eu me apresentava. Isso sempre foi algo que me encantou no meu sol.


-Você vai me contar o que conversou com Lunna ou vou ter que descobri. – De repente ele apertou os olhos para mim, tentando ser ameaçador, no entanto estava lindo. – Ou terei que arrancar a informação de você.


Suas mãos começaram a fazer cócegas em mim, logo as risadas minhas apareceram junto com os meus pedidos que ele parasse, porque já estava sem ar de tanto que ria. Depois de alguns segundos para me recuperar, notei os olhos de Jake me encarando com admiração. Nossos olhos se encontraram e ali podíamos ver um ao outro por completo.


Era tanto amor ali refletido de ambas as partes, que já não conseguia imaginar um dia sequer não viver mais isso. Imediatamente lembrei-me da conversa com Lunna, a parte que ela me obrigou a pensar numa possível ausência do meu sol. Só de lembrar a dor que aqueles pensamentos me causaram o pavor se instaurou dentro de mim, aparecendo no meu rosto.


-Estou vendo que assunto conversado não vai me agradar. – ele falou passando a mão nos meus cabelos. – Tenho motivo para ficar preocupado?


-Você é o único que não precisa se preocupar com nada. – Tentei usar um pouco de charme, quem sabe funcionasse de novo, afinal já tinha usado esse recurso pra tirar dele a história dos frios. Eu sorri ao lembrar isso.


-Por que esse sorriso lindo? – ele veio me pegando no colo, não apresentei resistência, me aninhei no seu colo.


-Lembrei como eu consegui te seduzir facilmente na primeira vez que fui para La Push. – Falei rindo para ele, que agora fazia uma cara debochada.


-Assim você pensa né? – Ele falou com sorriso.


-Como assim?


-Eu já estava encantado por você, desde dia que te vi na sua casa. Então qualquer motivo para te ter por perto eu aceitava: até falar de sanguessugas.


-Nossa, pensei que tinha te encantado. – falei decepcionada. A gargalhada apareceu triunfante.


-Desculpa amor, mas a verdade que você sempre consegue o quer comigo, só usar as armas certas. – Seu olhar malicioso já despertava o desejo quente dentro de mim. – Eu também sei usar as minhas armas.


Imediatamente ele me beijou de maneira avassaladora, arrancando de mim qualquer linha de raciocínio que eu poderia ter naquele momento, até meu nome eu havia esquecido. Como sempre ocorria quando nossos lábios se encontravam para amar nossa ligação surgia, como uma mágica só nossa. Suas mãos passeavam no meu corpo sem menor pudor ou delicadeza, isso me fazia só amar mais e mais o meu sol.


O ar já era escasso, essas horas eu odiava ser humana, pois notava o quanto Jake ainda estava disposto a continuar o nosso beijo, no entanto ele sempre separava nossas bocas, mesmo eu teimando em continuar, ele se divertia com minha vontade de não parar.


-Você não vai me contar nada? – ele me perguntou se afastando de mim. Neguei com a cabeça ele revirou os olhos. – Acho que vou ter que conversar com Lunna, para saber o que vocês duas estão aprontando.


-Duvido que você tire algo dela. – Agora era meu momento de ser vitoriosa. – Ela muito mais forte do que eu, além que você não pode usar esses recursos com ela. - terminei de falar depositando um beijo no seu pescoço.


-Como você é má Senhorita Swan.


Eu gargalhei alto, o clima entre nós sempre era leve e descontraído. Ele continuou andar, falamos mais um pouco sobre o casamento e todos os seus preparativos. Mas uma idéia por mim foi pensada pela primeira vez.


-Jake, nós vamos morar aonde depois que nos casarmos?


-Você acha que eu não tinha pensado nisso? Ou você acha que vou morar com meu sogro? Ele não vai gostar dos nossos barulhos de recém casados.


Lógico, que envergonhei com tal comentário do meu sol, senti uma pequena mordida na minha bochecha, achei graça disso.


-Você tímida assim tira um pouco do juízo que tenho. - Jake sussurrou no meu ouvido e me apertou-me seus braços.


Afundei meu rosto no seu pescoço, pois se o encarasse talvez começássemos nos amar ali mesmo. E ali fiquei perdida por algum tempo. Ao longe ouvi Rachel nos chamando, nesse momento percebi que já havíamos chegado na casa dele. Nos braços do meu sol sempre perdia a noção de espaço e tempo.


Ao nos aproximar Rachel comentou que Alice me ligou avisando que Charlie queria falar comigo isso me preocupou. Meu sol caminhou comigo até a porta, fui direto para o telefone.


Entrei cumprimentei Rachel, Paul e Billy, que por sinal já estava de saída, lógico meu sol implicou com ele.


-Já vai rodar por ai?


-Não vou ficar aqui com vocês namorando e enjoando meu estomago. – Billy respondeu irônico, já saindo. - Um casal eu agüento, já dois é demais para mim.


O barulho do movimento das rodinhas foi abafado pela risada estrondosa do meu sogro, Jake e Paul riram já Rachel revirou os olhos e me mostrou o aparelho telefônico.


Disquei o numero da delegacia, mesmo já estando próximo do almoço, talvez ele ainda estivesse lá, chamou algumas as vezes até alguém atender, era voz de uma mulher.


-Bom dia, Delegacia de Forks. – A mulher disse de maneira automática.


-Bom Dia, eu gostaria de falar com Xerife Swan? - Falei timidamente.


-Quem esta falando é Bella a filha dele? – A voz perguntou um pouco alarmada.


-É ela mesma. – Respondi preocupada já, Jake percebeu meu tom e se colocou ao meu lado.


-Seu pai pediu para te avisar que te espera em casa com urgência.


-Estava tudo bem com ele? – A gagueira do nervoso surgiu.


-Aparentemente ele estava bem. – a mulher parecia calma, mas isso não me tranqüilizou. – Ele recebeu uma ligação hoje cedo e foi para casa, deixando esse recado para você.


-Obrigada pela informação.


-De nada.


Nem esperei a mulher se despedir, bati o dedo tremulo no gancho do telefone dando linha para uma nova ligação. No mesmo momento disquei para minha casa, nada, ninguém atendeu. Um frio do medo correu ferozmente a minha alma, assombrando-me.


Minha mente começou a formular algumas teorias, desde uma visita inesperada do Edward até uma emboscada dos Volturi, havia inúmeras possibilidades. Fiquei tão nervosa que minhas pernas falharam, afinal sou um imã de problemas, tanto no mundo considerado normal quanto sobrenatural. Tudo pode acontecer quando se trata sobre mim. Contudo nada pode atingir Charlie, ele não merecia estar no meio dessa loucura. Eu a tinha escolhido e não ele.


Em meio a minha confusão os braços do meu sol me sustentaram e logo ele começou a sussurrar no meu ouvido:


-Te levo até sua casa. – o apertei num abraço. – Vamos ficar juntos. Agora se acalma.


-O que pode ter acontecido?  - As lágrimas já começavam se acumular nos meus olhos.


-Vamos. – ele enlaçou a minha cintura auxiliando o meu caminhar.


Enquanto andávamos Jake resumiu a historia para Paul e Rachel, que se assustaram com a minha reação, ao terminar de ouvir tudo Paul avisou a ao meu sol que alertaria Sam. Agradeci com gesto a consideração, mas senti-me mal de sempre estará atrapalhando os meninos com as minhas confusões. Eu sempre colocando todos à mercê das conseqüências das minhas escolhas, elas não podiam ficar envolvendo os outros nisso. Será que um dia isso acabaria?


Não sei por qual motivo lembrei-me do meu sonho e da minha conversa com Lunna, será que teria que fazer meu sacrifício agora? Em nome do meu Pai?


Sem perceber já estava sentada no Rabbit, Jake acelerava o motor ao seu limite, a estrada passava rapidamente, logo os lobos surgiram no meio da floresta. No entanto percebi que os nós dos dedos do meu sol apertaram o volante com violência, acompanhado com um rosnado e os tremores. Isso me retirou das minhas hipóteses horripilantes que entorpeciam a minha mente.


O encarei com duvida, notei que seus olhos estavam fixos no retrovisor, virei minha cabeça para ver o que estava o alarmando daquele jeito. Reconheceria aquele carro em qualquer lugar: O Volvo Prata. Não preciso ver quem dirigia, pela reação de Jake era obvio: era Edward.


-Ele gosta de me provocar. – meu sol falava entre dentes.


-Por favor, fique tranqüilo. – Falei carinhosamente, dando um beijo no seu rosto, as gotas escorrendo pelo meu rosto.


Não precisava lidar com aquilo naquele momento, de repente percebi que não era Edward que estava com Charlie. Quem seria? Quem tinha feito meu pai sair mais cedo da delegacia? O pavor mostrou a única resposta: o Volturi.


Isso me fez ficar mais apreensiva com aquilo tudo. Logo percebi que já estávamos na rua onde eu morava, consegui ver a viatura parada na frente, aquilo me assombrou mais ainda. Olhei para as janelas e vi que as luzes estavam acessas. Sem esperar o carro parar por completo quis sair, contudo meu sol pegou a minha mão com rapidez, virei meu corpo para encará-lo visivelmente ele tentava se controlar.


Ao seguir em direção a casa, escutei os freios do Volvo arranharem o asfalto. Para meu espanto Edward ficou ao nosso lado e falou:


-Você vai ter que se controlar agora cachorro.


Antes de qualquer resposta, a porta se abriu e vi a figura impaciente que não passou pela minha mente como possível teoria: Renne.


Um grito de alivio escapou da minha boca, no entanto Jake continuava tenso ao meu lado. Edward já não estava mais ao nosso lado, mas isso não importava mais. Minha mãe esta aqui comigo e a salvo. Sua voz logo foi me acusando:


-Isabella, que historia é essa que você vai casar de novo? – ela esbravejava com convite na mão.


-Mãe. – Abracei, no entanto com um braço só, pois outro estava com a mão entrelaçada no meu sol. Sabia que não podia largar dele, afinal ele poderia se descontrolar. E isso não podia acontecer, meu noivo se transformar na frente da minha mãe. -Vamos entrar. – eu falei a apressando.

-Vocês têm muito para me explicar. – ela falou batendo o pé.


Jake estava se segurando muito seus músculos estavam todos retesados, tentando não tremer nem um pouco para não assustar os meus pais, imaginei a dor que ele estava sentindo por ter que se controlar daquele jeito. Nem conseguia ouvir direito as reclamações de Renne, elas eram bem altas. Ao entrar vi Charlie com cara de poucos amigos, ele estava sentado no sofá vendo televisão. 


-Sempre te falei para esperar para casar. – Renne falava agitada. – Agora você esta indo para seu segundo casamento e não me avisa.


-Mãe... – eu tentava argumentar alguma coisa, mas minha mente estava preocupada com meu amor, que não conseguia formular nada.


-Você não me avisou nada. – Ela estava muito magoada. – Eu descobri por causa do convite que chegou a dois dias atrás na minha casa. Como se eu fosse uma convidada qualquer.


-Eu ia te ligar. – Resmunguei. Meu sol olhava para cima sem parar, na direção das escadas, provavelmente Edward estava naquela direção.


-Imagino que você não teve tempo de avisar a sua única mãe, que você ia se casar. E nem me explicou a historia de ficar com Jacob, largando Edward no dia do casamento.


-Tudo aconteceu muito rápido. Muitas coisas aconteceram desde então. – Tentei argumentar alguma coisa, era verdade, mas não podia contar a realidade dos fatos.


-Jacob! – minha mãe o chamou, ele a olhou de maneira sombria. – Você podia ter evitado isso tudo.


-Bem que eu quis, porém sua filha que não quis assim. – ele teve um pequeno tremor e puxou o nariz, como se um cheiro tivesse o incomodando muito.  – Mas ela acordou a tempo de não destruir a vida dela por completo.


Nesse momento ouvimos um uivo alto próximo a casa, Jake bufar irritado, em seguida a campainha tocou. Aquilo assustou todo mundo, menos meu sol, ainda com as nossas mãos dadas ele abriu a porta sem a menor cerimônia. Ele deu passagem e Lunna surgiu.


Seus olhos azuis eram aflitos em Jake, parecia que ela estava sentindo agonia dele, algo estava a incomodando profundamente, quando nossos olhos se cruzaram ela fez um gesto mostrando que estava tudo bem.


-Boa tarde a todos. – ela falou educada.


-Você quem é? – Perguntou Renne desconfiada.


-Ela é uma das madrinhas do casamento. – eu falei primeira coisa que me veio a cabeça. – ela é uma prima distante do Jake.


-É. Eu sou. – Lunna falou um pouco desconcertada. – Meu nome é Lunna. – estendeu a mão para minha mãe.


-O meu é Renne. E Aquele é Charlie. – Meu pai somente assentiu.


-Eu vim até aqui... – Lunna buscava a palavra. – Por que preciso te falar um negócio para vocês sobre o casamento. Em particular.


Ela me encarou mostrando quanto aquilo era importante, nesse momento os espasmos do meu sol ficaram fortes, eu e Lunna o pegamos uma em cada lado, tentando o conter. Todavia aquilo já havia chamado atenção dos meus pais.


-Jake, esta tudo bem garoto? – Perguntou Charlie preocupado. 


-Ele esta assim por causa da ansiedade de casar logo. – Lunna falou. – Não é?


Meu sol só conseguiu assentir positivamente com a cabeça, seus olhos estavam com uma fúria homicida, estava cada vez mais perceptível que seu descontrole aconteceria a qualquer momento.


-Acho que ele precisa de um copo de água. – eu falei.


-Também acho. – Lunna me reafirmou.


Seguimos as duas contendo Jake, uma de cada lado. Renne nos encarou incrédula, fez um gesto silencioso para mim perguntando o que era aquilo, só pude revirar os olhos e pedi com gesto que me esperasse, segui para cozinha. Quando passamos pela escada, reparei que meu sol olhar para acima, o acompanhei e vi o motivo daquele descontrole: Edward na ponta da escada, com seu sorriso torto para nós.


Agora a respiração do meu sol era alta, ele parou, não precisava ter o poder de ler mentes para saber que o lobo dele pedia para pegar o vampiro intruso. Puxei sua mão e Lunna ficou na sua frente e sussurrou:


-Ele quer que você se descontrole na frente dos pais dela.


-Ele esta quase conseguindo. – Era mais um rosnado do que uma frase.


-Continua andando. – A loba mandou, ele obedeceu.


Eu já estava atordoada com tudo aquilo, meu corpo também tremia agora, de tanto pavor com que poderia acontecer tendo os dois aqui na minha casa e ainda com meus pais na sala. Um pânico se instaurou dentro de mim, reparando meu desespero Lunna falou.


-Bella, Você é o que esta segurando ele de não se transformar. Então tenta se controlar. Não solta a mão dele para nada.


A loba pegou uma garrafa de água na geladeira e deu para meu sol, que virou o litro todo de uma vez aquilo me impressionou. Devolveu o vidro para Lunna, que encarando ela falou.


-Vamos pensar nas possibilidades. – Lunna voltou escorar Jake, pois seus espasmos estavam violentos de novo. – Lobo se acalme.  – sua voz era de comando, no entanto um rosnado abafado saiu e ela arqueou a sobrancelha pra ele sem nenhum medo. – Não posso tira-lo daqui se não os meninos podem digladiar co o vampiro na rua mesmo chamando atenção de todo mundo, e deixá-lo aqui posso correr o risco desse lobo surgir no meio da sala.


-Eu vou acabar com a raça daquele imundo. – Jake falava com tamanha raiva que estava me assustando.


-Não te recrimino, mas agora você não pode fazer nada. – Lunna respondeu. – Bella, liga para irmã dele, para alguém da família dele.


-Eu quero pega-lo sozinho. - Meu sol vociferou.


-Se você não se conter os pais dela vão a mandar anular o casamento porque o noivo é doido. – Ela respondeu brava. – Bella, por favor.


Liguei para Alice, que me atendeu na mesma hora:


-Já estou chegando. – ela falou. – Vi Edward sumindo das minhas visões, sei qual significado disso.


Lunna ficou na porta da cozinha de guarda com os olhos fixos na escada, ela parecia um soldado de prontidão. Até eu que não tenho uma audição privilegiada como eles dois consegui ouvir o ruído de alguém descendo as escadas. Eu sabia quem era esse individuo.


Quando voltei a minha atenção para meu sol ele tinha uma ruga de preocupação na testa, de repente seus olhos bravos tinham um pouco de tristeza. Ele puxou a minha mão e colou nossos corpos e afundou o nariz no meu cabelo, aquela fungada me arrepiou. Deu um beijo ali e falou ali mesmo.


-Desculpa meu amor. É mais forte do que eu. – Agora o corpo dele balançava de um jeito violento, a temperatura do corpo dele estava elevadíssima. Ele ia se transformar. Só pude ouvir Lunna falando para mim.


-Bella, o beije com todo seu amor. Eu preciso da ligação de vocês. 


Sem ao menos pensar em nada passei minhas mãos no seu pescoço do meu sol: invadi a boca dele com a minha língua, comecei a beijá-lo com mesmo calor que o corpo dele irradiava, questão de segundos nossa ligação surgiu, parecia que nossas mentes se conectaram de alguma maneira, pois senti todo o medo dele de me machucar e como ele planejava matar Edward.


No entanto os músculos dele foram relaxando os espasmos acalmando, logo as mãos dele puxavam meu corpo em encontro ao dele. Parecia haver uma bolha ao nosso redor, onde só havia nós dois. 


Ao terminar esse nosso momento, nos encaramos, o meu Jacob Black estava de volta, não totalmente relaxado, porém o lobo tinha tranqüilizado por hora, ele ainda estava furioso, no entanto não era mais um perigo eminente seu surgimento. Lunna respirou aliviada.


-Os vampiros chegaram, estão o levando – Ela falou mais calma. - Que beijo de tirar o fôlego hein? – ela brincou com Jake dando um soco no ombro dele, que até soltou um pequeno riso.     


-Obrigada. – Jake falou para mim dando um selinho delicado. – Você sempre me acalma quando preciso. Você é a minha paz na terra.


-Eu te amo. – eu falei. – Faço qualquer por você.


-Até Levar uma mordida de um lobo raivoso. – ele disse meio bravo.


-Não tenho medo desse lobo. – Falei vitoriosa. – ele é manso.


O sorriso dele era lindo e convidativo a ficar ali no nosso momento único. Todavia Lunna nos chamou.


-Vocês podiam deixar esse momento de declarações para depois? – Jake a encarou com raiva. – Seus sogros estão inquietos na sala. E não me olha assim lobo que te dou uma surra. – ela falou rindo.
-Seria uma briga boa. – ele riu para ela. – Obrigada por estar aqui.


-Senti sua aflição toda, essa coisa de imprinting faz isso conosco. – enquanto Lunna falava Jake assentiu. – Essa ligação nos faz sentir o que outro sente intensamente. Agora deixe para conversar depois, vamos para sala.


Caminhamos dos três para sala, onde Charlie estava jogado no sofá, já Renne andava de um lado para outro. Ela nos encarou com desconfiança, seu olhar parou em cada um dos nossos rostos analisando-nos. Ia começar a falar, provavelmente continuaria me acusando de ser uma filha ingrata, mas Jake a interrompeu antes dela começar.


-Renne, quero lhe pedir desculpa. – Mesmo ainda um pouco nervoso, mas acho q só era perceptível para mim que o conhecia muito bem. – Eu tenho ocupado o tempo de Bella, não nos desgrudamos para nada. Além que os preparativos do casamento nos leva muito tempo. Mil perdões.


Como trunfo ele lançou o melhor sorriso para minha mãe, que lógico ficou lisonjeada com tamanha delicadeza do meu sol. Isso selou uma trégua no seu discurso de como sou ingrata, no entanto isso desencadeou ela querer saber tudo dos preparativos.


Antes que começássemos a falar alguma coisa o estomago dos dois lobos esfomeados gritaram alto, chamando atenção de todos. Olhei para o relógio, marcava já o horário do almoço.  Minha mãe ficou espantada com tamanha fúria do roncar da fome dos dois, comentou que pareciam duas feras dentro dele, rimos com a piada interna. Eu já estava acostumada com essa reação estomacal deles, mas quem era de fora daquele universo se assustava.


-Acho que tem gente com muita fome. – Renne comentou entre risos de espanto.


-Jake come muito você vai ver. – Charlie observou. – É quase um show de horrores.


-Vamos almoçar. – Lunna falou. – Eu faço questão de pagar. – antes que eu protestasse, ela fez um gesto para que eu parasse. – Será uma honra.


-Então vamos. – Charlie falou se levantando já de prontidão. – Também estou com fome.


Saímos de casa com meus pais na nossa frente, indo em direção da viatura, meu sol falou qual seria o restaurante que iríamos e comentou que nós já estávamos a caminho, que tínhamos que esperar por um convidado. Assim que eles partiram nessa hora Jake olhou para Lunna de maneira brincalhona, ela só revirou os olhos azuis, em seguida virou seu olhar para mata, ai, fui entender a conversa silenciosa deles: Seth apareceu com rosto preocupado. 


Veio correndo até a loba, seus olhos tinham um brilho nunca por mim visto, ele sempre foi um rapaz feliz, mas agora era diferente tinha algo mais, era o amor. Sem duvida era lindo ver como ele estava feliz. Chegando perto ela estendeu a mão para ele que a pegou com carinho e deu um beijo na bochecha dela.


-Vocês vão ficar com vergonha da gente. – brincou Jake. Seth ficou envergonhado, Já Lunna riu.


-Nem todo mundo é exibido como você. – Ela retrucou.


-Então vocês estão juntos. – mesmo sendo obvio queria perguntar. – Certo?


-Sim. – Lunna falou. – Esse doido quer ficar com a loba velha aqui.


-Parabéns garoto, segui meu conselho. – Meu sol deu um soco no ombro de Seth.


-Obrigado pelas palavras de vocês. – O garoto falou agradecido.


-Agora podemos ir? – Lunna falou impaciente. – Nervoso assim aumenta meu apetite. 


-Eu estou com uma fome imensa. – Seth falou animado.


-Vamos acabar com estoque do restaurante. – Jacob brincou dando uma gargalhada gostosa.

    
Seguimos para o restaurante num clima leve, nem parecia que tínhamos vivido momentos tensão absurda, eles implicavam um com outro sem parar. Era incrível como Lunna e Jake eram parecidos, seus comentários eram sempre complementários, outro ponto que me chamou atenção como eles ficam feliz um pelo outro, era como meu sol tinha me falado: havia um pedaço de um no outro. Hoje não tenho mais ciúmes, é algo que eles têm que conviver, na verdade tenho q agradecer que ela não quis impor seu “direito místico” sobre meu sol, nos respeitou. Sei que ela sempre o protegerá, mesmo que haja sacrifício da minha parte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tenso hein... ed pedindo pra morrer....


depois pov da lunna.. Tem pq essa fic foi escrita primeiramente numa comunidade.. então la as meninas pediram mais do novos casal.. então teremos.. lunna!!!