Como Poderia Ter Sido... escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 30
POV bonus: Lunna


Notas iniciais do capítulo

esse pov é da Lunna.. eu gosto de deixar tudo muito bem explicado entaum vem ai .. ela falando pq veio atras do cheiro do nosso lobão...



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Quando Sam partiu, deixando eu e Jake sozinhos na floresta, posso confessar que isso trouxe um pouco de felicidade. Pois sabia que um momento assim com ele é raro, afinal sempre ele esta sempre próximo da Bella, e sendo mulher sei que minha presença a incomoda, e tudo que menos quero é criar problema pro Jake.

As palavras simplesmente fluíam entre nós, as idéias sempre eram complementares, como ele mesmo dizia seriamos uma grande dupla, isso na verdade era o meu consolo.

Não posso negar que no primeiro momento que vi Bella me assustei com seu olhar de pavor para mim, ela parou na calçada em Seatlle e ficou me encarando com ódio, aquilo me chamou atenção. Porém algo a mais despertou minha atenção, quando o vento trouxe o cheiro que havia nela, logo consegui diferenciar o dela e do outro aroma, parecia que ele me chamava.

Aquilo me assustou muito, sai daqui com aquilo na cabeça. Fui para o hotel junto com as minhas amigas, afinal seria naquela noite a despedida de solteira de uma delas.

Eram as minhas duas melhores amigas, que aceitaram o fato de eu ser um monstro. Contudo durante toda a noite, no meio da boate, entre a multidão que dançava freneticamente ao som da batidas alucinantes, minha mente ficou fixada no aroma vindo daquela garota, era um cheiro de homem maravilhoso.

Comecei a ficar inquieta as minhas meninas perceberam, tentaram ate me distrair, entretanto nada me tirava da mente aquele cheiro.Que me inebriava por completo, como se ele me chamasse, minha loba então precisava sair, ela pedia, eu podia sentir.

Então deduzi que aquela sensação estranha tinha alguma coisa haver com meu lado monstro, dessa maneira peguei o meu celular e disquei o numero que sempre me salvava. Senhor wolfie, meu avô. Fui para fora da boate ja discando o numero do Hoh Wolfie:

—Avô! Desculpe esta ligando esse horário. - Sabia que ele estava em casa porque era dia do seu descanso.

—Minha querida sempre tenho tempo para você.

—Algo estranho esta acontecendo.

Contei todo os detalhes do meu encontro com aquela mulher misteriosa,como o cheiro que estava impregnado nela me atraia, ao final de tudo meu avô só fez uma pergunta:

—Você está aonde especificamente? - Seu tom de voz era serio e preocupado.

—Estou em Seattle. No casamento da Nina, aquela minha amiga. - Ele sabia tudo sobre minha vida, então ele conhecia muito bem minhas meninas.

—Se não me engano é perto de Forks, certo? - Nessa hora minha mente lembrou das placas que passamos, em algumas havia escrito esse nome. Sim havia, era próximo de Seattle.

—É sim vô, tem essa cidade aqui perto.

—O passado sempre volta. - Ele deu uma risada fraca. - Minha querida, lembra que falei a você sobre os nossos antepassados Quileutes?

—Sim

—Eles são de Forks, uma reserva lá.

—Ok, avô, mas o que isso tudo tem haver essa atração que sinto por esse cheiro, que parece me chamar toda hora?

—Lunna, talvez seja seu imprinting.

Ao final das palavras do meu avô, não consegui raciocinar mais nada, desliguei o telefone, sem ao menos despedir do meu avô. Agora os espasmos surgiram, e isso me espantou, pois já havia dez anos que isso não acontecia, não me descontrolava dessa maneira. Nesse momento senti a mão da Bia, minha outra amiga irmã, no meu ombro.

—Lu? Por que você esta tremendo assim? - Seus olhos esverdeados me encaravam assustados. - Você esta mais quente que o normal!

—Bia, preciso correr. - Minha cabeça ordenava que eu saísse dali e corresse, meu monstro ordenava essas palavras.

—Lunna, você quer me contar o que está acontecendo?

—Depois, agora preciso sair daqui.

Não conseguia ter um pensamento coerente, só havia necessidade de deixar minha fera explodir, assim corri para um beco escuro, que ficava do outro lado da rua, quando a escuridão me cobriu, a loba surgiu.

Os farrapos das minhas roupas caiam ao meu lado, aquilo me doía, afinal eles eram a prova do meu descontrole, algo que sempre tive orgulho, foi meu autocontrole quase perfeito, isso era dito pelo meu avô com muito orgulho. Contudo hoje eu falhei, pois estava agora aqui num beco, no meio da cidade de Seatle como loba, tentando controlar os anseios de perseguir aquele cheiro.

Uivei raivosa, em uma tentativa de controlar meus instintos, porque se corresse dali, sairia entre as pessoas assustando todos com o monstro que sou. Nesse momento aquilo me acalmou um pouco, não podia assustar os outros com o ser que eu era.

Obriguei minha mente a focar nas peças que tinha daquele quebra-cabeça louco. Bem, vamos analisar as peças que possuo: Havia uma menina com aquele cheiro, que me atraia muito, agora essa historia de imprinting. Será que aquele cheiro pertencia ao homem do meu imprinting?

Mas antes que eu pudesse pensar em algo, a imagem da menina desesperada surgiu em minha mente, o cheiro dela misturado, com o aroma que me chamava, sem duvida era cheiro de lobo, pois se assemelhava com o do cheiro do meu avô e pai, sim eles eram lobos.

Isso me animou um pouco, afinal ele não se assustaria com monstro que eu era. Balancei a minha cabeça para espantar aquela idéia, pois uma imagem invadiu minha mente. A figura desconsolada da garota que me encarava surgiu mais uma vez na minha mente, havia dor nos seus olhos castanhos. Só poderia haver uma resposta plausível para aquilo: ela tinha algum relacionamento com o dono daquele cheiro.

Além que ela estava numa rua repleta de lojas de noivas, aquilo poderia ser uma coincidência. Porém tinha algo que me intrigava mais ainda era ela estar ao lado de uma vampira, só não fiz nada pois notei seus olhos dourados.

Logo lembrei da historia de vampiros que tinham alimentação exclusiva com animais, e ficavam com aquele tom de dourado. Além que ela parecia ser bem carinhosa com a garota, também parecia que minha presença perturbava muito a garota.

Não queria estragar a vida de ninguém , pois sabia que o imprinting poderia transformar o destino da pessoa para sempre, passando por cima de vontade e escolhas feitas anteriormente, e definitivamente não gostaria de perturbar a vida de ninguém.

Pelo que meu avô já tinha me contado sobre as historia do imprinting, era algo incontrolável, poderia mudar tudo, destruir relacionamentos escolhidos pelas pessoas envolvidas. Poderia ser uma grande confusão, e algo no olhar da garota, me dizia q havia sabedoria sobre esse assunto, pois havia dor ali, como a minha presença a machucaria muito.

Mas havia uma inquietação me consumindo e chegando a irritar a minha loba, ela precisava o ver, afinal o destino tinha nos feito um para o outro. Contudo não queria isso para mim, não queria ser obrigação de ninguém e nem atrapalhar a vida de outra pessoa. Sempre tive esse problema, sou muito racional, contudo a minha fera quebrava em milhares de pedaços qualquer racionalidade.

Antes que eu me afundasse mais nas minhas análise, ouvi alguém se aproximando, pelo cheiro era humano, o conhecia, era Nina.

—Lunna!. - ela me chamava, quando ela viu a minha figura os seus olhos arregalaram de estando e surpresa, logo perguntou. - Lunna?

Somente assenti com a cabeça, seus olhos passaram agora uma certa admiração, afinal ela sempre teve curiosidade de me ver na forma lupina, dizia que adorava cachorros. Sempre arrancava minhas risadas com aquilo, mas sempre neguei isso a ela, afinal eu sou um monstro.

—Esse é o melhor presente de casamento que você poderia me dar. - ela soltou uma risada, bufei irritada. - Seu pelo é lindo, da mesma cor do seu cabelo.

Agora a maluca se aproximava de mim, dei um passo para trás, ela riu e mandou ficar quieta, logo pensei que não adiantaria fugir, então deixaria minha amiga matar sua curiosidade, arriei minhas patas e ela colocou a mão na minha cabeça.

—Boa menina. - Bufei de novo irritada, agora seu cabelo loiro balançava com aquilo, acompanhado da sua risada. - Amiga adorei você nessa versão Loba, só falta agora tu arrumar um lobo pra ter vários filhotinhos, vou querer um.

Era impressionante como Nina tinha esse dom de falar exatamente aquilo que estava acontecendo comigo, ou chegar bem próximo disso. No começo isso me assustava muito, agora me irritava um pouco, porque pelo visto havia um problema feminino nisso. Lógico que Nina percebeu minha inquietação, e logo completou:

—O que foi Lunna? - ela me encarou por mais um segundo, logo levantei. - Ei? Fala comigo, o que eu falei dessa vez?

Dei uns passos me afastando de Nina, precisava de espaço para me destransformar, não queria machucar a noiva. Assim controlei a minha loba. Ao ficar de pé, nina me olhou e falou:

—Amiga, Você esta nua.

—Eu sei. - Olhei para o lado e vi uma janela entre aberta ao prédio ao lado. - Já volto.

Antes que minha amiga falasse algo, subi através de pulos a sacada e as escadas de incêndio do prédio, havia uma janela aberta, que atravessei sem menor problema, os moradores estavam dormindo, as batidas dos seus dois corações eram tranquilos, e pelo cheiro haviam feito sexo a pouco tempo. 

Segui para lavanderia, logo achei o que procurava: Roupas. Havia uma calça, que era um numero a mais do q meu e uma blusa grande, em casos assim não havia escolha, não era uma loja, era o que tinha. Assim sai sorrateiramente dali, sem ao menos ser notada pelos moradores, como sempre.

Ao descer Nina me encarava incrédula, principalmente com meus pulos e minha precisão.

—Nunca te vi em ação assim. - nina falava. - ainda por cima roubando roupas alheias. Não tinha opção melhor?

—Pior que não. - Eu disse divertida. - Mas não posso reclamar, já tive opções piores.

—Imagino. Agora, que agilidade é essa? - Havia um divertimento no seu olhar.

—Parkour, estudei e sabia que me ajudaria.

—Sem duvida te ajudou. - Nina realmente estava divertindo com aquilo. - agora me conte o que esta acontecendo, porque notei você distante a noite inteira.

Contei tudo para ela, nunca houve segredo entre nós. Falei desde a lenda do imprinting, a menina, minhas deduções, exatamente tudo. Ao terminar ela me olhou e falou:

—Você tem que ir atrás dele, você não pode deixar essa duvida sem resposta. - nina tinha uma expectativa. - Você sempre vai ficar com um grande "e se..." em sua vida.

—Eu sei, mas não quero atrapalhar a vida de ninguém.

—Lunna você tem que dar chance para o destino, esquecer Brian.

Não conseguia ainda ouvir o nome dele sem doer tudo que havia dentro de mim, logo os gritos de dor ecoaram dentro de mim, e a imagem, que sempre perturbava meus sonhos, apareceram a MALDITA em cima dele se alimentando e eu impotente sendo contida. Nunca haveria perdão para mim.

—Lu, dê uma chance para sua felicidade. - havia doçura e preocupação tão tipica das pessoas que nos amam.

E minha inquietude dizia que poderia haver uma chance deixar o passado para trás.


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Notas finais do capítulo

Tai um pouco das explicações.. ainda pq amo escrever sobre lobos.. acho q eles tem um potencial de historias infinitas!!!