Como Poderia Ter Sido... escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 28
Prazer em conhecer: sou o imprinting


Notas iniciais do capítulo

Pov da bella..Vamos acabar com esse mistrio.. será explicado... vms ver se vcs vão ficar mais calmas...



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POV Bella

Quando as palavras de Jake foram ditas para mim, o buraco que antes tinha sido aberto em baixo dos meus pés pelas palavras diretas de Edward, voltou a me puxar, não dando tempo para que pudesse me agarrar nada. Pois eu tinha convicção muito grande sobre o que Jake queria conversar, era sobre ela.

Não sei como, mas dentro de mim eu sabia, eu sentia apreensão dele, entretanto não queria acreditar que aquilo era verdade. Fiquei desolada por completo e meu corpo demonstrou isso desfalecendo levemente nos braços do meu sol, que me segurava com firmeza.

–Bells, olha para mim. Minha visão estava embaçada pelo meu choro, que ainda estava preso dentro do meu peito. Você sabe que nunca escondi nada de você, que sempre prezei pela verdade e sinceridade entre nós.

–É ela né? Minha voz era um leve sussurro. Seu imprinting... Você já a viu?

–Mais ou menos. Seus olhos mostravam certa confusão. Ainda não a vi pessoalmente.

Uma tristeza avassaladora se instaurou dentro de mim, meu pesadelo, o meu maior medo era real, imediatamente minha cabeça doentia me lembrou a mulher que eu encontrei duas vezes, a mulher dos olhos azuis. E minha a baixa auto-estima cruel lembrou quanto bonita era. Junto com aquela loucura interna as palavras do Edward giraram na minha cabeça. Mas eu não tinha tempo para ser a Bella fraca de sempre, preciso ser forte, tenho que achar essa minha força em algum lugar dentro de mim.

Limpei meus olhos das lágrimas teimosas que continuavam ali repousadas, esperando somente por mais dor para escapulirem, mas lembrei da minha promessa interna: Lutaria contra tudo e todos pelo amor do meu sol. Não deixaria que o destino o levasse facilmente de mim. Contudo era muito fácil falar e pensar, porém uma idéia posou na minha mente: Será que eu teria força pra enfrentar aquele desafio tão poderoso? Afinal eu já tinha visto o poder imenso de um imprinting.

–E sobre o que você quer falar? meu tom de voz era embargado pela minha dor que teimava em continuar no meu peito.

–Quero que enfrentemos isso junto. a firmeza de suas palavras tiraram um pouco eu do buraco onde estava. Tenho certeza que tudo dará certo.

–Para você sem duvida vai dar certo. Não sei da onde estava vindo aquele ciúme, mas não poderia negá-lo ou controlá-lo. Afinal serei como Leah, ficarei olhando sua felicidade com ela de camarote.

–Bella não fala isso. Os olhos dele marejaram, não resisti e deixei minhas lágrimas correrem. Eu te amo tanto, você é a minha vida. E ela viu isso entre nós e parece não querer nos atrapalhar.

Isso me surpreendeu, pois que mulher abriria mão do amor e dedicação suprema de Jake? Contudo meu instinto de mulher, ou talvez ciúmes não me fizessem acreditar naquela bondade suprema da mulher dos olhos azuis.

–Amor, vamos para a minha casa, Billy irá nos contar tudo. Jake falava num tom sério e atencioso, me deu um selinho carinhoso. Bella, teremos que enfrentar isso, é algo inevitável.

–Vamos. Não sei da onde saiu coragem, não havia escapatória, teria que encarar a mulher dos olhos azuis.

Jacob me pegou no colo com toda delicadeza do mundo, pois as forças ainda não tinham chegado aos meus pés. Aninhei-me no seu peito, seu cheiro me trouxe tranqüilidade, se não fosse aquele momento tenso eu ficaria ali no colo do meu sol usufruindo aquele contato. Contudo minha mente se ocupou daquele prazer por pouco tempo.

Enquanto Jacob caminhava em direção a sua casa, contudo antes mandou os meninos irem atrás das lobas, ao ouvir isso meu sangue gelou nas minhas veias. E também levarem o seu carro para casa.

Fui montando dentro de mim como esse encontro ocorreria, vários quadros foram pintados por mim, desde mais dolorosos, meu sol se afetando pelos poderes mágicos do imprinting, até o mais prazerosos, como Jake mandando o meu pesadelo embora para sempre.

Todavia algo me tirou dos meus devaneios, os olhos do meu amor me observavam atentamente, a preocupação dele comigo era evidente, isso fez meu coração gelar, talvez ele também temesse a sua reação, e ali no seu colo seria o nosso ultimo momento. Ao terminar de ter essa idéia, aproximei nossos rostos, sua respiração tocava minha pele, e assim o beijei com todo amor, aquele que sempre nos uniu. Novamente nossa ligação apareceu, o tempo parou por completo.

Jake correspondia o meu beijo com vontade, suas mãos apertavam meu corpo contra o dele. Ele também estava envolvido comigo naquele momento. Tenho certeza que ele estava sentindo a ligação de novo, quando nossas bocas se separaram ele confirmou a minha idéia.

–Por essa nossa ligação única, que não tenho medo de enfrentar o que vem pela frente. Nossas bocas ainda estavam pertos, e assim ele tocou meus lábios mais uma vez, agora delicadamente. Você é a minha vida Bella, não sei viver sem você.

–Eu também não sei mais viver e nem quero saber como é não ter você na minha vida. eu falei.

–Lembre-se eu sempre serei seu. firmeza com que ele falava fazia um calor deslizar pelo meu corpo.

–E eu sou sua. Falei e o sorriso que tanto amo apareceu, me aquecendo mais ainda.

Jake continuou a andar, não sei por quanto tempo, pois entretive com a fisionomia linda dele. Quando percebi já estávamos na frente da casa dos Black, imediatamente minhas mãos apertaram Jake, numa tentativa infantil de agarrar e o ter para sempre comigo.

Rachel estava na varanda junto com Paul, isso fez o buraco chamar por mim mais uma vez, mas não podia pular nele, afinal meu sol estava me protegendo, estava salvo no seu colo.

–Jake, papai mandou você entrar para conversar. a voz da minha cunhada era calma. Ei, Bella!

–Oi Rachel.

Paul não falou nada somente acenou com cabeça, Jake o respondeu da mesma maneira. Ao passar da soleira da porta, vi meu sogro sentado em sua cadeira de roda com o rosto fechado, com a mesma mascara que meu sol usava quando estava tenso, ao seu lado estava o Velho Quill, que tinha um olhar atento a nós dois, parecia estar analisando algo.

Jake me deixou no sofá, encolhi meu corpo sem o seu calor, então ele falou que ia ao banheiro rapidamente, assenti. Meus olhos logo foram capturados pelos dois índios.

–Billy, ela estava certo o tempo todo. Velho Quill agora deu um sorriso fraco, mas sincero. Sempre aprendendo com os mais novos meu velho amigo.

–Ainda não tenho certeza. Respondeu Billy, que parecia muito tenso. Não quero que ninguém se magoe, principalmente Bella.

–Não será ela que terá que lidar com a dor da perda. respondeu o ancião.

Aquela conversa enigmática aguçava mais a minha curiosidade, porém ela me dava um tipo de esperança. Antes que eu pudesse perguntar sobre aquilo que eles estavam conversando, ouvi uma confusão do lado de fora. Isso chamou atenção de Billy e Velho Quill que logo chamaram pelo meu sol.

O barulho aumentava a cada segundo, eram os meninos falando, não conseguia identificar o que era dito, ainda havia alguém gritando muito, logo percebi que era voz de Leah urrando de dor.

Minha aceleração cardíaca aumentou, os gritos de dor eram agonizantes, de repente notei que Jake já abrindo a porta, entraram Quill, Embry, Seth, Sam e um rapaz desconhecido por mim carregando Leah nos braços.

Seu ombro estava completamente deslocado, era visivel atraves da sua pele. Logo Jake mandou o tal do Dan, esse era o nome daquele rapaz, recordei que era esse nome do namorado da loba. Ele a colocou no sofá, onde eu logo saí para dar lugar pra Leah, fui em direção ao meu sol, que me abraçou.

Os meninos estavam muito aflitos, olhavam um para o outro sem saber o que fazer, começaram a criar hipótese que o braço da loba estivesse quebrado. Enquanto Leah gritava fortemente, rosnando para todos que tentavam chegar perto do seu ombro deslocado. Os palavrões saiam da sua boca de forma incontrolável.

Seu braço estava tão torto, que palma da mão dela estava pra cima, parecia que alguém tinha entortado o seu braço.

Sam mandou Seth ligar para Carlisle vim atender a loba, nesse momento senti Jake apertar a minha cintura, colando as minhas costas no seu corpo. Contudo o Velho Quill impediu o irmão dela de fazer a ligação com uma fala.

–Não será preciso. Seu olhar sábio encarou a porta que estava entre aberta. Entre, sei que você saberá o que fazer.

Nessa hora meu pesadelo surgiu na porta, a mulher de olhos azuis. Todos pararam de falar, o silencio se tornou incomodo, ele só era interrompido pelos gemidos de dor de Leah. De maneira infantil agarrei Jake.

Ela usava um vestido leve longo branco, sem esforço ela era linda, seus cabelos castanhoslisos caiam na lateral no seu rosto, sua pele era alva, mas não do tom dos vampiros, havia um brilho. Ela parecia constrangida de estar ali, seus olhos logo pousaram em Jake, que senti suas mãos suar em contato com a minha pele. Não precisava olhar para ele saber que ela o afetava de alguma maneira.

Isso fez meu sangue ferver, sem pensar em nada e vendo tudo vermelho, sentimento que surgiu em mim era ódio, algo homicida mesmo, eu queria matá-la. Eu precisava eliminar aquela minha inimiga, assim me desvencilhei do aperto do meu sol e corri em direção daquela mulher. Ouvi os meninos gritarem para que eu não fizesse aquilo e alguns dizendo para Jake me conter, pois aquela mulher poderia me machucar, Billy gritou para mim, contudo nada me fez parar.

Tudo pareceu acontecer em câmera lenta, eu levantei a minha mão direita para agredi-la, porém ela pegou meu pulso, impedindo a agressão, depois virou meu corpo colando minhas costas contra o corpodela, e com outro braço ela conteve-me com abraço, ela fez isso com tamanha destreza que me incomodou. Simplesmente ela tinha me imobilizado, sua respiração tranqüila encostava-se à minha orelha, eu bufava irritada e contorcia, me odiando por ser tão frágil e patética.

–Não a machuque. Pediu Seth, que olhava receoso e ao mesmo tempo admirado para ela. Jake faz alguma coisa cara, ela pode machucar Bella. Ela é uma loba como nós.

–Ela não vai machucá-la. Jacob respondeu calmamente. Ela sabe o quanto Bella é a minha vida.

Aquilo me confundiu muito, as perguntas surgiam como bombas sendo jogadas em cima da minha cabeça. Como ela sabia? Ela era loba? E por que ela não me atacou?

–Velho Quill, ela tem sangue Quileute? a voz dela era tão tranqüila quanto do meu sol. O ancião negou. Que pena! Daria uma ótima loba pra sua matilha Jacob.

–Sem duvida, ela seria mais feroz que a Leah.

–Bella. A mulher me chamou.

–Para você é Isabella. Ouvi Jake rir e abaixar os olhos.

–Ok, Isabella. Eu vou te soltar, não precisa me agredir, não vou fazer o que você esta pensando.

A mulher me soltou vagarosamente, ela foi afrouxando o seu toque e por fim me soltou por completo, logo virei meu corpo e a encarei, me senti tão ridícula naquela situação, isso fazia meu ódio continuar a borbulhar e minha petulância aparecer.

–Então, você é... Não conseguia falar a maldita palavra.

–O imprinting? Ela perguntou, trinquei meus dentes ao ouvir aquilo. Sim sou.

–E você sabe o que sobre nós? eu perguntei nervosa. Nessa hora Leah deu um grito.

–EU PRECISO DE AJUDA AQUI! DEIXEM PARA BRIGAR DEPOIS. Ela deu um ultimo berro.

–Licença. a mulher pediu para mim, dei um passo para o lado.

Ela caminhou em direção a enferma. Jake logo veio ao meu encontro, logo encarei seus olhos, queria ver se algo tinha mudado. Para meu alivio o amor dele por mim continuava lá junto com seu sorriso perfeito, isso fez minha raiva sumir por enquanto e quando seu abraço me tomou por completo, tirando meus pés do chão, afundando seu rosto no meu cabelo, aquilo mostrou que nada entre nós havia mudado.

–Não falei que tudo daria certo. suas mãos repousavam no meu rosto. Te amo do mesmo jeito. Minha lua.

–Te amo Jake. Mas ainda tenho medo. Sabia que mesmo falando baixo todos podiam me ouvir.

–Fica tranqüila. nessa hora ouvimos Leah rosnando para mulher, que por sua vez não demonstrava nenhum medo da loba raivosa. Ela na nos fará nenhum mal.

Contudo notei que olhar de Jake para aquela mulher era de cumplicidade e carinho, não igual que ele tem comigo, era diferente. Isso me incomodou, porém a minha aflição em ver Leah sofrendo daquele jeito, fazia esquecer tudo e me focar naquela cena entre as duas.

A mulher analisava, andando em volta do sofá, ainda sem tocar o braço da Leah, que a olhava com raiva.

–Você vai me ajudar ou vai ficar olhando? eu rosnado alto e horripilante saiu da garganta de Leah.

–Não. Nessa hora a mulher parou na frente da ferida e encostou no braço dela, lógico houve um urro. Seu ombro saiu do lugar, a cabeça do úmero deslocou.

–Não me interessa o que aconteceu, mas sim se você pode dar um jeito nisso. A loba respondeu entre dentes.

–Posso, mas saiba que vai doer muito. A mulher logo se posicionou na frente de Leah, colocou uma mão no seu ombro e outra segurou o braço. Quero que você respire fundo.

Antes que Leah pudesse responder ouvimos um estalo alto e um berro, que gelou a minha alma. O movimento foi tão rápido que não pude ver o que extamente aquela mulher fez com Leah, mas agora ela mexia o braço normalmente.

–Não sei se te xingo ou se te agradeço. Leah falava cinicamente para mulher de olhos azuis, que tinha um sorriso nos lábios. Te agradeço afinal você colocou meu braço no lugar e também quase conseguimos pegar de jeito aquele infeliz.

– Realmente somos uma boa dupla. disse a mulher com um sorriso orgulhoso. Não mexe muito o braço hoje, se puder poupar seria melhor.

Leah assentiu seguiu em direção ao namorado, que abraçou com carinho, ela sorriu para mulher dos olhos azuis, elas pareciam ser amigas de longa data, isso fez os meninos se entre olharem perplexos, afinal era difícil alguém se dar tão bem assim com essa loba tão acida, e parecia que essa nova pessoa conseguia isso muita facilidade.

–Acho que vocês têm muitas perguntas né? Disse o velho Quill, seu olhar era divertido para todos, enquanto sentava na cadeira ao lado de Billy. Vamos começar com as apresentações, querida se apresente.

–Ok. ela olhou para os meninos e falou. Meu nome é Lunna Wolfie. Notei que ela ficou meio sem graça com aquilo, passou a mão nos cabelos mostrando certo nervosismo. Bem, não sou muito boa nisso, então prefiro sessão inquérito a falar assim de mim livremente.

–Você é loba certo? Perguntou Embry, a mulher assentiu. Por que você não tem o cheiro como nosso?

–Bem, para começar explicar essa minha característica vocês vão precisar saber de algumas coisas, principalmente sobre a historia da minha família. Primeiro vocês sabem que na verdade vocês não são lobisomens.

Houve um murmurinho entre eles, Paul sorriu debochado, mas Velho Quill manteve a seriedade e isso fez os garotos se calarem, e observarem a mulher. Até Sam perguntar.

–O que você quer dizer com isso Lunna?

–Nós somos transformos e não os verdadeiros filhos da lua. Os garotos pareciam não compreender. Isso significa que não seguimos as características dos verdadeiros lobisomens, que se contaminam através de mordidas e sua transformação não é completa como a nossa. Eles ficam como os do filme, meio lobo e meio homem. São extremamente fortes, pelo menos é o que eu já ouvi falar.

–Você já encontrou com algum? Jacob perguntava aflito.

–Não, os Volturi eliminaram com quase todos, dizem que foi uma verdadeira chacina. Os olhos azuis escuros brilhavam em direção ao meu sol, que logo tratei de apertar nos meus braços. Continuando, isso significa que como transformo, a tribo que faz essa pratica, pode adotar qualquer tipo de forma animal. Assim meu pai é um transformo de lobo, tem sangue quileute.

–Quando Ephaim Black se tornou alfa da matilha e chefe da tribo, seu irmão Klallam Black, que também tinha sangue alfa partiu para outro lugar, pois não queria lutar contra o irmão pelo o território, assim ele foi para outro lugar com seu imprinting, e perdemos contato com eles. Velho Quill falava calmamente. Mas seus genes de lobo estavam ativos, e sem duvida seus herdeiros se tornaram verdadeiros guerreiros.

–Eles foram morar no Alasca, num vilarejo pequeno, contudo ali muitos vampiros nômades passavam, assim ele percebeu que poderia ser útil para aquelas pessoas, iria ser guardião daquele povo. E assim o fez, meu avô, Hoh Wolfie, sempre me contava o quanto ele e sua mulher eram felizes, tiveram cinco filhos, todos homens e todos alfas. Ele criou os meninos, todos eram lobos, para terem orgulho em serem lobos e aceitarem sua missão de proteger as pessoas contra os sanguessugas.

–E mais uma vez os lobos tiveram que se afastar certo? Perguntou Seth, que tinha o olho todo brilhante para aquela mulher. Todos eram Alfa, certo?

–Sim, dessa forma meu avô mudou-se para Nova York, quando tinha 16 anos, mudou o sobrenome para Wolfie, para começar sua própria linhagem dizia ele. seu rosto mostrou como aquela lembrança era doce. Ele escolheu essa cidade por que era cheia de imigrantes, lugar perfeito para as pessoas sumirem e não perceberem isso, dessa forma muitos vampiros usam essa cidade como refeitório até hoje. Eles nem eram discretos, destroçavam as pessoas nos becos escuros, nem escondiam os restos, por isso que muitas lendas urbanas surgiram nos guetos.

A tranqüilidade com que ela falava sobre o habito alimentar dos vampiros me assustava, pois sempre convivi com os Cullens, que tinham uma dieta vegetariana, respeitavam a vida humana. O único momento que presenciei a essa maldade vampiresca foi quando James me torturou na sala de balé, somente ter a lembrança na minha mente fez minha cicatriz doer. Passei a mão, Jake percebeu isso e beijou topo da minha cabeça, afagando minhas costas.

Mesmo com esse fato não conseguia imaginar tamanha maldade de vampiros sanguinários e cruéis, descrito por Lunna. Era algo irreal para mim, pois a filosofia adotada por Carlisle e sua família era para mim a normalidade, algo que convivi durante quase dois anos. Mas eu queria saber mais sobre a historia da minha rival, continuei a ouvi-la.

–Meu avô sempre foi solitário, não tinha bando, isso foi algo que eu herdei dele, ele passava noites inteira vagando e lutando contra esses malditos fedidos. Fez isso por anos a fio, contudo uma noite, ele ouviu uma mulher gritar e o cheiro enjoativo aparecer nas suas narinas, logo seu lobo surgiu no ar. Encontrou cena da mulher sendo encurralada contra uma parede pelo vampiro. Logo eles lutaram ferozmente, mas esse sanguessuga era novo, mesmo sendo muito forte, tinha pouca experiência, dessa forma meu avô eliminou facilmente aquele ser. Mas aquela mulher não ficou apavorada como sempre as vitimas ficavam depois de ver uma batalha entre dois seres sobre naturais, essa ficou admirada. E assim uma linda historia de amor surgiu, ela não era seu imprinting, mas quando o coração e alma escolhem nada pode mudar essa decisão.

Seus olhos repousaram em mim e no meu sol, neles haviam um brilho de emoção, aquilo fez meu ciúme me incomodar, não gostava daquele olhar e ela percebeu e logo mudou seu foco, continuou a falar.

–Eles viveram trinta cinco anos juntos, ela, Jenny que era uma migrante italiana, não gostava dessa vida do meu avô de matar vampiros, mas nada o fazia parar, aquilo era seu destino. Isso gerava atrito entre eles, mas o amor os unia fazia isso ser relevado. E fruto desse relacionamento eles tiveram quatro filhos, dois homens e duas mulher. Um deles era meu pai, o filho caçula, Michel Wolfie.

–Como Hoh continuou se transformando, ele não envelheceu, enquanto minha avó tinha pele cortada por rugas a cada dia, trazendo tristeza a sua alma, pois sabia que partiria e seu amor ficaria na imortalidade. Meu pai acompanhou todo esse sofrimento de Jenny, que também lutava para que seus filhos tivessem outra vida, uma escolha saudável e diferente, normal.

–Então quando meu pai completou quinze anos, minha avó percebeu que seu filho não tinha o físico desenvolvido como o outro irmão, que amava a vida do pai e sem duvida o seguiria. Porém ela queria poupar o seu filho preferido daquele destino, sem pensar em nada ela o mandou para um colégio em Miami, contra a vontade do meu avô, mas ele não tinha coragem de brigar com seu amor, acabava fazendo sua vontade. Meu pai agradeceu eternamente a sua mãe por essa decisão, pois cresceu abominando aquela vida, onde sua mãe passava a noite toda rezando que nada acontecesse ao seu marido, onde ele chegava alguns dia ferido gravemente e demorava no máximo dois dias para curar por completo, contudo aquilo afetava emocional de sua mãe e como eles eram muito ligados isso o magoava também.

–Mas que historia comprida. Falou Paul, todos os olharam recriminando até eu. Quero vê se isso terá um fim.

–Desculpa a minha empolgação, mas Velho Quill pediu que eu contasse minha historia com detalhesquando esse momento chegasse, que isso iria auxiliar vocês.

–Paul, você sabe o por que de termos duas orelhas e somente uma boca? Perguntou Leah bem próxima dele. Para ouvir mais do que falar, mau educado. e deu um tapa na nuca de Paul que rosnou para ela. Vem Paul preciso só de um braço para dar conta de você.

Os tremores de Paul logo começaram aparecer, mas antes que a coisa esquentasse Sam mandou o lobo se acalmar com seu tom de alfa e Jake olhou Leah de maneira severa, ela simplesmente revirou os olhos, voltou a sentar.

–Lunna continue por favor. Meu sol pediu. Não ligue para falta de educação deles.

–Tranqüilo. Uma risada fraca sai da sua boca. Paul, prometo que ta acabando. Vou tentar dar uma resumida.

–Não precisa. disse Seth com sua maneira sempre educada, com os olhos brilhando. eu estou achando interessante de verdade.

Continuando... Lunna falou rindo. - Meu pai terminou os estudos, foi para faculdade e se formou em botânica, que se tornou sua paixão, logo ele foi para o paraíso da sua área profissional: Amazônia, Brasil.

–Dizem que é um país lindo. comentou Quill, que estava calado até agora. As mulheres lá são lindas. Seu olhar parecia dizer algo a mais para Lunna, que arqueou a sobrancelha de surpresa com aquele comentário.

Aquilo vez Leah bufar.

–Homens! Não podem ver novidade que ficam todos assanhados. Lunna não ligue para os comentários desses fedelhos.

–Realmente Quill lá as pessoas são lindas. Seu tom era descontraído. E meu pai achou também a mulher brasileira interessante e lá teve um imprinting com a minha mãe. Ela se chama Lana é descendente de índios, é também uma transformo, pois na sua tribo havia vampiros cercando aquela região, afinal eram muitas tribos.

–Dessa forma eles também se transformaram, só que no caso deles eram de pantera. Terminando. Seus olhos azuis encararam Paul. Meu cheiro é uma mistura de humano, lobo e pantera, isso o faz ser único. E graças a genética da minha mãe eu tenho uma maior mobilidade e agilidade na hora do ataque. Lunna completou. e também mais velocidade na corrida.

–Uau! Isso que eu chamo de historia. Seth falou admirado.

–Agora sabemos o seu histórico familiar. Disse Paul irritado. Mas isso tudo não respondeu uma grande questão levantada por você. Que papo é esse de você ser o imprinting do Jake?

–Sim eu sofri um imprinting com ele. A voz dela era firme, mas eu conseguia ouvir um incomodo.

–E você Jake sofreu um imprinting com ela? Perguntou Paul, aquele assunto me incomodava, mas era algo que eu também precisava saber.

–Acho que sim. Meu sol falou. Porém acho que foi diferente de vocês. ele sorria bobamente. Porque ainda amo Bella da mesma forma de antes de encontrar Lunna.

–Como isso é possível? Leah parecia irritada, mas notoriamente tentando se segurar, Dan pedia calma a ela. Fala Velho Quill.

–O imprinting surgiu com objetivo de passar a nossa herança genética da melhor forma possível, escolhemos nossa parceira para ter os melhores herdeiros. Ancião falava calmamente, mesmo os olhos de Leah estivessem o fulminando.

–Mas a vida é mais que genética Leah. Falou Billy. A ligação de Jake e Bella é muito forte.

–Eu não sei o que falar ou o que pensar. enquanto a Leah falava ela tremia. Eu preciso sair daqui.

Dessa forma Leah saiu com toda sua dor e angustia aquilo deixou o clima tenso, principalmente para Sam, pois todos ali sabiam como aquele assunto era delicado para ambos. O tal do Dan foi atrás dela. Contudo a curiosidade de Paul não permitiu que o silêncio continuasse.

–O que você sentiu extamente Jake? Agora eu estava odiando e isso ele viu no meu olhar. -Sinto uma ligação com ela, como se ela fosse parte de mim. Aquelas palavras me surpreenderam, imediatamente o encarei, ele me olhou profundamente. Bella, eu não posso negar o que sinto por ela.

–É difícil para mim. eu também precisava ser sincera com ele.

Meu sol me encarou com admiração e amor, tocou meus lábios com os dedos, me fazendo arrepiar por completo.

Não quero te perder.

–Nunca. Mas eu preciso falar para meus irmãos e até para ela. - ele falou para mim.

–Não precisa se incomodar comigo. Lunna logo falou, olhou para mim e disse. Isabella, nunca tiraria a vida dele, assim não posso ir contra você, sei o quanto isso o machucaria. E não quero provocar nenhuma dor nele, isso me mataria também. Quero-o feliz, o bem -estar dele é minha prioridade, mesmo que não seja ao meu lado.

–O imprinting é uma ligação muito forte. Falou Billy com tom de orgulho. Contudo o que une você, Bellaao meu filho é um amor tão intenso e forte, que a ligação do imprinting perde um pouco da sua força.

–Além que o imprinting se adapta a necessidade do seu imprinted. O Velho Quill falava com sabedoria. - Ele pode ser um irmão, um amigo, o que for preciso e necessário, se respeita o liberdade dos envolvidos. Portanto no casode Jacob já tem uma companheira escolhida pelo seu coração e sua alma. Isso nem uma lenda pode destruir, e isso a Lunna que me falou quando ela os viu juntos. E ela tinha razão, o amor de vocês é indestrutivo.

–Sempre soube. - disse Jake com tom vitorioso. além que houve uma ligação entre nós hoje antes de vim para cá. Como um imprinting.

–Isso nada mais foi do que amor de vocês se afinizando por completo. Completou o Velho Quill para nós. A magia do próprio amor, nada ligado a lendas ou coisas desse tipo.

Os olhos do meu sol diziam que nosso amor estava da mesma forma que anteriormente, mas saber que ele nutria uma ligação forte por aquela, que o destino escolheu como parceira perfeita para ele ali tão perto, me incomodava e muito. Mas enfrentaria tudo para ficar com Jake, essa foi a minha promessa, então cumpriria.

–Isso é muito louco. disse Paul rindo. Como pode Jake, você resistira força de um imprinting?

–Não há o que resistir Paul, simplesmente meu amor por Bella é único e muito sólido. Jake me olhava intensamente. É a única certeza que tenho na vida, o amor que sinto pela minha vida.

–Agora eu estou muito curioso para saber mais sobre você Lunna. Disse Quill toda malicioso.

–Quill se contenha, cara. Falou Seth incomodado com o comportamento do irmão.

–Ok! ela respondeu rindo, levantando-se e indo em direção a porta. Eu vou conversar com Leah, afinal ela saiu muito abalada. Tchau gente, nos vemos depois.

–Ela vai lhe ouvir. Disse o Velho Quill. Agora preciso ir também. Adeus Billy, meninos juízo.

Os olhos azuis escuros dela pousaram em Jacob, logo ela os desviou, passou por nós de cabeça baixa. Mas notei nesse breve momento, que havia uma dor ali, a mesma que já houve no olhar do meu sol, quando ainda estava com Edward, sem duvida ela o amava.

Minha intuição feminina me mandou ficar atenta, porem uma pequena parte compadeceu daquela dor, tudo estava muito confuso para mim também.

Velho Quill e Lunna saíram isso fez os meninos começarem a comentar sobre a nova loba, cada um tinha uma opinião, agora havia chegado os meninos da matilha de Sam, logo aquilo virou uma algazarra, Billy até se retirou indo em direção ao seu quarto. Eram várias teorias e perguntas levantadas por eles. Aquele ambiente me sufocava, não queria ficar mais ali, e como tivesse lido meus pensamentos meu sol sussurrou no meu ouvido.

–Vamos embora? assenti. Quero ficar com você.

Sem nos despedir, pois os meninos estavam tão entretidos que nem notaram nossa ausência. Quando atravessamos a porta, meu sol me pegou no colo, e fiz o que o meu corpo já estava acostumado a fazer sempre naquela posição, me aninhei ali e aspirei profundamente o seu perfume, que me enlouquecia.

–Bella, se você ficar me provocando assim não conseguirei sair daqui. O sorriso dele era lindo, aquele que me fazia suspirar.

Dei uma pequena risada, Jake encostou os nossos lábios, dando um beijo nada comportado, mas logo parou e deu um passo para o lado, logo Sam passou por nós de cabeça baixa, contudo podíamos ver seu rosto amarrado, havia a mascara seria de Alfa, o seu caminhar era pesado em direção a floresta. Colocando-me no chão, Jake o chamou.

–Sam, você vai aonde?

–Preciso conversar com Lunna sobre os Volturi e também estou preocupado com Leah.

Ao lembrar a figura amargurada de Leah saindo da casa dos Black senti uma angustia dentro de mim, sabia o que tinha ocorrido entre Lunna e Jake, trazia uma sensação de frustração, afinal ela sempre tentou se conformar que o imprinting era algo incontrolável, que não havia nada a ser feito para que Sam abandona-se.

–Bella, preciso ir, tenho que ver Leah. Jake me disse triste. você me perdoa?

–Lógico, também estou preocupada com ela. Eu disse. Nessa hora Sam já havia sumido entre as arvores.

–Você me espera aqui? ele perguntou com uma carinha pidona.

–Espero sim. eu respondi e ele deu um selinho.

–Temos que conversar Bella sobre os preparativos. Falou Rachel saindo da casa. Alice já me enviou um e-mail com o que já está acertado.

–Sim, vamos resolver o que falta. eu falei para Rachel.

–Bem, não tem muita coisa para decidirmos, porque Alice já arrumou quase tudo. minha cunhada ria das habilidades festivas de Alice.

–Ela assusta com tamanha eficiência. eu disse.

–Bom que você ficará aqui. Falou meu sol. eu te amo minha lua.

–Eu te amo meu sol!

Ele colou nossos corpos num movimento rápido, surpreendendo-me, eu ri com aquilo, ouvimos Rachel rir e sair de perto de nós. Em seguida ele me deu um beijo, que ele sabe o quanto me enlouquece, suas mãos fortes apertavam a minhas costas fazendo-me encontrar mais o seu corpo. Não sei quanto tempo durou o encontro das nossas bocas, mas foi tempo suficiente para aquecer todo meu corpo e acender o meu desejo. Quando meu oxigênio acabou por completo, fui obrigada afastar parar para recuperar o ar Jake me encarou com o sorriso maroto.

–Não vou te devolver hoje para casa. Mesmo rindo, havia uma seriedade absurda na sua fala. Vou pensar em algo para te seqüestrar mais uma vez.

–Isso é uma ameaça? eu arqueei minha sobrancelha de maneira irônica.

–Não, é uma promessa. Ele disse me dando ultimo selinho e me soltando.

–Eu vou cobrar. ele já caminhava em direção a floresta.

–Não será necessário, porque cumprirei sem precisar de cobrança. ele piscou e sumiu no manto verde.

Suspirei longamente, essa era minha vida agora, esperar pelo meu lobo, eu era a menina lobo mais feliz do mundo. Nem o fantasma do imprinting me assustava mais, pois Jake me amava da mesma forma, ninguém o tiraria de mim, nem a mulher dos olhos azuis escuros.


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Notas finais do capítulo

Amo Lunna... ela vai ser uma peça fundamental da historia!!! podem esperar ok???quis ir alem da historia de meyer.. afinal ela abriu um mundo de possibilidade com transformos... eu criativa q só pensei.. vou me jogar!!!! espero q vcs curtem!!!



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