Diário de Uma Anônima. escrita por Gosmenta


Capítulo 4
Cansaço


Notas iniciais do capítulo

Eai como ta indo? Espero que estejam gostando



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-Angel?!

Acordei assustada, a limusine ainda estava em movimento, mas foi lentamente parando.

-Oi hãn? Onde a gente tá?

-Houve um imprevisto o outro ator vai chegar essa noite então nós vamos pegá-lo no aeroporto. –bufei, eu não queria ir pra nenhum aeroporto. –Desculpe querida, mas Vincent mandou, e é bom você já ir conhecendo este ator, aliás, ele será seu par romântico.

-Já que temos que ir vamos. Quanto tempo eu cochilei?

-Alguns minutos, acho que uns trinta. –cocei os olhos.

-Hum, onde estamos?

-Acabamos de chegar. –ela sorriu, também parecia exausta.

-Victoria, queria saber um pouco da sua história. –ela me olhou assustada, mas alegre.

-Mesmo? –exclamou empolgada. Dei de ombros.

-É você sabe a minha. –sorri.

-Não é a melhor história.

-Conte.

-Bom, eu sempre morei em cidade grande, mas eu morava em Orlando quando tudo começou meu pai sempre foi fumante, eu tinha 12 anos e ele ainda era jovem, para o que aconteceu, ele morreu de câncer no pulmão aos 43 anos, eu sabia que ele não fumava apenas cigarro tradicional, eu já havia visto pedras de crack em seu criado mudo sob o fundo falso da gaveta, por isso morreu jovem, era muito viciado a ponto de roubar as minhas coisas e as coisas da minha mãe para vender e comprar drogas, ele nunca foi um pai muito presente... –ela parou tirando a lágrima de seu rosto.

-Se quiser, não precisa continuar. –ela sorriu para mim.

-Não, eu quero falar pra você.

-Está bem, eu sou toda ouvidos. –nos sentados num banco, o novo ator só chegaria dali a quarenta minutos.

-Ele não era presente, em compensação minha mãe sempre estava ao meu lado, ela trabalhou muito para eu ter uma educação ótima, mas depois do que aconteceu ao meu pai ela começou a se afastar, sempre que a via ela estava no quarto olhando as roupas de meu pai, ela era totalmente apaixonada por ele, ela insistia em dizer “porque foi ele não eu?” o que me deixava muito mal, eu não podia fazer nada era uma adolescente com tudo de novo acontecendo e agora não tinha um pai e nem mãe, não que ela tivesse culpa, eu sempre a entendi. Nos mudamos para Los Angeles e decidi ser jornalista, até que com 20 anos eu conheci Vincent e desde então trabalho pra ele.

-Interessante. –ela olhou para o enorme relógio.

-Acho melhor nós irmos esperá-lo.

Levantamos-nos e fomos para a grande sala onde aguardam os passageiros.

Depois de alguns minutos decidi ir ao banheiro, ao voltar ela estava falando com um garoto com cabelos cor de mel. Ela apontou pra mim e ele virou-se lentamente, olhou pra baixo e arrumou o cabelo virando a cabeça, quando levantou a cabeça meus joelhos cederam, minhas mãos começaram a tremer enquanto meu queixo despencava. Aaron estava ali, naquele momento. Aaron McKinley iria contracenar comigo e eu iria fazer o par romântico dele, eu queria gritar naquele momento.

-Angel, este é Aaron. –ele deu aquela risada linda dele.

-Nós nos conhecemos. –disse bem humorado a Vick.

-Nós éramos da mesma escola. –completei.

-É mesmo? Ótimo, quanto mais natural melhor. –ela sorriu me controlei e pisei firme até estar perto o bastante dele para sentir seu cheiro doce.

-Então vamos? –sugeri.

-Não vai dar para vocês tirarem as fotos hoje então acho melhor irmos para casa.

O celular de Vick tocou e ela se afastou de nós, entrei na limusine totalmente exausta. Encostei-me ao apoio da janela e apaguei.

 

Acordei numa cama macia, era um quarto aconchegante, as paredes eram de um azul bem claro, quase branco, a grande cama de casal era macia, enquanto os travesseiros claramente eram de pena de ganso.

Levantei-me e coloquei o vestido que haviam deixado do lado da cama, em um criado mudo. Desci lentamente as escadas escutando murmúrios na cozinha de azulejos brancos.

-Oh a preguiçosa acordou. –zombou Sean.

-Sean! –repreendeu sua mãe, uma mulher de cabelos castanhos claros e olhos escuros. –Olá Angeline, sou Eve Stronmal, a mulher de Vincent.

-Olá senhora Stronmal.

-Sente-se querida, Dóris já trará sua comida.

-Bom dia Angel! –cumprimentou Amber.

-Bom dia Am. –sorri.

-Sua noite foi boa Angel?

-Ótima senhor Stronmal, me desculpe pelo o incomodo. – vi Sean revirar os olhos. 

-É um prazer. –ele sorriu.

Vi uma mulher pequena entrar na cozinha com uma bandeja de prata, ela parou ao meu lado colocando a bandeja delicadamente a minha frente.

-Obrigada. –ela não respondeu apenas voltou para a salinha depois da porta branca.

-Daqui a pouco iremos fazer as fotos Angel, estamos atrasados com isto.

-Tá bem! –não conseguia parar de sorrir.

-Pode parar com essa cara? Ta me deixando com medo. –perguntou Sean. Parei de sorrir rapidamente, me senti desconfortável.

-Sean pare de ser desagradável.

-Tudo bem senhor Stronmal

-Estou lá em cima. –ele levantou e saiu batendo o pé.

-Sabe como é Angel, adolescentes. –assenti mesmo sabendo que Sean tinha 19 anos. –Vamos sair em cinco minutos. –disse levantando da mesa e subindo para o quarto de Sean.

-Vou te emprestar uma das minhas roupas. –disse Amber pegando no meu braço e subindo as escadas, olhei para trás e vi Eve sozinha à mesa.

 


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