Diário de Uma Anônima. escrita por Gosmenta


Capítulo 28
Revelações




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-Eu vou te explicar. –disse entre soluços.

Ela se soltou de mim depois de alguns momentos, Amber olhava constantemente para baixo, como se não pudesse olhar nos meus olhos.

-Me explique Amb.

-Você vai ficar muito nervosa comigo, não vai mais querer mais falar comigo.

-Só me diga o que está acontecendo, depois veremos o que vou fazer.

Ela enfim olhou em meus olhos e lágrimas saíram com mais velocidade pelo seu rosto.

-Eu... –disse rouca, limpou a garganta. –Eu fiquei com o Aaron enquanto vocês namoravam. –Amber proferiu as palavras e minhas pernas começaram a falhar, a única pessoa que eu confiava tinha feito isso comigo.

-Amber, eu não...

-Eu sei que fiz tudo errado.

-Você gosta dele?

-Deixa eu explicar, tudo aconteceu uma noite antes de Britney vir para cá, eu estava no estúdio até mais tarde para combinar os figurinos do próximo episódio com a figurinista, eu estava no escritório do meu pai, quando Aaron chegou e disse que precisava falar comigo, eu pensei que era algo sobre você  ou sobre os ensaios, qualquer coisa, menos o que aconteceu.

-E o que aconteceu?

-Ele me levou até o estúdio onde estava tudo escuro e sem ninguém, lá ele começou com o papo de que precisava de ajuda nas falas do dia seguinte, eu ajudei nas falas, mas ai quando acabou ele me deu um beijo e eu correspondi.

-Amber porque você só disse isso pra mim agora?

-Eu tinha medo, e ontem aconteceu mais uma coisa. –murmurou.

-Fala logo.

-Quando ele saiu do salão logo depois de você e o Sean voltarem, eu fui lá fora ver se estava tudo bem, e ele começou a passar mal, levei ele pro apartamento dele e lá ele pediu pra eu ficar com ele, só pra cuidar dele, eu pensei, mas  ele ficou relembrando do que tinha acontecido, e eu acabei cedendo, até demais. –apenas sussurrou a ultima parte, para que só ela escutasse.

-Vocês...

-Sim. –respondeu começando a chorar novamente.

-Você não se sentiu culpada de saber que ele me traiu contigo? Nem um pouco?

-Claro que fiquei, eu ia contar, mas no dia seguinte vocês terminaram e achei que não era mais necessário.

-Como assim não era necessário? –minha voz estava firme. –Você me traiu! Eu tinha que saber disso, mas não, você fingiu que nada tinha acontecido. –virei as costas. –E eu pensando que você se importava comigo.

-Eu me importo.

-Você se importa? –voltei e me aproximei ainda mais dela. –Você não pensou nos meus sentimentos em nenhum momento.

-Mas agora você está com Sean.

-Sim, mas Aaron foi meu primeiro amor. Amber, mas não dá mais, eu não quero mais ser idiota.

-Você não vai mais falar comigo?

-Me dá um tempo, porque agora, eu não quero nem olhar pra você.

Comecei a andar na calçada em direção ao meu carro, eu não acreditava que isso poderia acontecer, Amber parecia sempre tão verdadeira e agora era simplesmente mais um problema pra mim. As lágrimas começaram a transbordar, entrei no carro.

Vi uma mensagem de Vincent.

Almoço no Candice’s às três horas.

Legal, teria que ver Aaron e Amber no mesmo lugar, sem poder tirar meu sorriso do rosto.

Liguei para Sean.

-Amor, posso passar ai?

-Agora precisa de mim? –perguntou com a voz fria.

-Para de ser birrento vai, eu sempre vou precisar de você. –ele riu baixo.

-Claro que pode, recebeu a mensagem do meu pai?

-Sim, a gente sai do seu apartamento e vai pra lá ok?

-Por mim tudo bem.

-Estou ai em cinco minutos.

-Ok, beijos minha linda. –ele desligou o telefone e respirei fundo, pelo jeito não percebera que eu estava chorando.

Tirei as lágrimas do rosto e ensaiei meu sorriso falso para todos no restaurante. Cheguei no apartamento, estacionei e chamei o elevador, quando ele chegou arrumei meu cabelo no espelho e passei base para ver se disfarçava o rosto vermelho.

Toquei a campainha e ninguém atendeu, a porta estava aberta.

-Sean?

-Oi amor, estou aqui no quarto.

Andei até o quarto e me deparei com ele apenas de cueca e Meu Deus...

            -Desculpa. –falei me virando e tapando os olhos.

            Ele me abraçou por trás e tirou minhas mãos do rosto.

            -Não tem problema nenhum, é tudo seu.

            -É que... Eu não estou acostumada. –ele pegou minha mão e me virou.

            Coloquei minhas mãos em seu peito nu e toquei seus lábios, ele pegou minha nuca e me puxou para mais perto de si, prolongando o beijo e me deixando mais ofegante do que eu já estava.

            -Sean, Sean. –sussurrei interrompendo o beijo.

            -O que houve?

            -Nada.

            -Seu rosto está vermelho, o que aconteceu com Amber?

            -Nada, ela estava apenas carente, coisa de mulher. –o beijei tentando acabar com o assunto e andamos em direção à cama.

            -Angel... –ele murmurou quando nos deitamos.

            -O que? –perguntei entre suspiros.

            -Assim eu não vou conseguir resistir.

            -E quem disse que você tem que resistir a mim? –falei exibindo um olhar sacana. –É tudo seu. –sorri e mordi o lóbulo de sua orelha.

            Ele desceu suas mão pela lateral de me corpo e pousou-as em minha bunda.

            -Sean! –abri os olhos assustada. –Ai não né!

            -Você disse que era tudo meu. –seu olhar ficou ameaçador.

            -Agora virou guerra. –mordi seu peitoral e o abdômen. –É tudo meu?

            -Tudo teu.

            Abri os olhos e olhei para o relógio do meu lado, 14:39.

            -Sean! –gritei o balançando. –Sean, Sean, acorda vai, estamos atrasados. –subi em cima dele e o sacudi. –Vai, acorda meu amor. –implorei.

            Ele não conseguiu segurar a gargalhada e acabei rindo com ele.

            -Você é um tonto sabia? –falei beijando o canto da sua boca.

            -Na verdade sim.

            Me levantei e coloquei a roupa que estava caída no chão.

            -Vamos Sean, levanta!

            -Você me deixou exausto Angel.

            Coloquei a calça jeans e olhei brava pra ele.

            -Tá bom, tá bom, eu vou me trocar.

            Depois de quinze minutos, ainda esperava por Sean encostada na porta da sala.

            -Sean, já são três horas, vamos.

            -OK, estou pronto. –ele apareceu no corredor com uma calça surrada e uma camisa preta.

            -Legal, quinze minutos pra usar a roupa que você sempre usa.

            -Não é a mesma roupa, eu só tenho vários jeans e várias camisas pretas Angel. –respondeu sério.

            -Ok Sean, vamos?

            -Claro minha linda.

            Descemos pelo elevador e corremos para o estacionamento, peguei o meu carro e fomos para o restaurante, desejei silenciosamente que nada de mal acontecesse.


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