Diário de Uma Anônima. escrita por Gosmenta


Capítulo 15
Apenas Amigos?


Notas iniciais do capítulo

To boazinha com vocês hein, um capítulo tão grande em pouco tempo, estou começando a pensar que estão ficando mimados. Beijos, boa Leitura



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Passamos a tarde assistindo filmes, ou dormindo, mas sem beijos, carinhos, nada, mal nos tocávamos no sofá gigantesco. Ele parecia energizado, eu apenas esperava que algo de bom acontecesse.

Quando deu seis horas, ele estava se aprontando para ir embora, mas eu queria que ficasse, que me abraçasse e me protegesse de qualquer coisa. Tá, não era pra soar dessa maneira.

-Então tchau. –disse abrindo a porta calmamente para ele.

-Te pego as oito, não se esqueça. –lembrou, piscando um olho.

-Está bem. –ele saiu pela porta, decidi não olhar para o corredor, senão iria pedir para ele voltar, eu queria um dia tranqüilo.

Tomei um banho, me lembrando dia ótimo que estava vivendo e pela primeira vez, Aaron me veio a mente, não o Aaron que eu tinha expulsado ontem, mas o Aaron por quem eu me apaixonei, o Aaron que se declarou pra mim. E sem querer o Aaron que preferiu a outra, meu coração se contraiu, doeu, Aaron nunca me amou, isso era uma verdade muito cruel.

Passei o shampoo pela terceira vez por pura ditração. Com Sean por perto Aaron soava tão, insignificante, mas sozinha em casa me deixava com tempo, tempo siginificava que iria pensar, e pensar quase sempre dava em Aaron.

Sai do banho, me enrolei na toalha, sequei meu cabelo. Troquei de roupa, estava indo a caminho da cozinha comer algo, mas a campainha tocou. Ainda eram sete e meia Sean não era pontual, muito menos adiantado. Abri a porta esperando encontrar o porteiro com uma correspondência, ou até um vizinho com uma torta.

Mas não, era ele, o responsável pelos meus sonhos mais lindos e meus pesadelos mais aterrorizantes. Aaron John McKinley.

-Ah não! –reclamei.

-Disse que não queria conversar naquele momento, vamos conversar agora.

-Primeiro, é meu apartamento, você não manda aqui. Segundo, eu não quero conversar. Muito menos com você. –fechei a porta, mas sua mão a segurou.

-Olha eu posso me explicar.

-Eu não quero explicações. Ou está escrito na minha testa que sou idiota?

-Posso entrar? –disse respirando fundo.

-Se não deixar você vai embora?

-Não mesmo!

-Então entra. –mandei, contrariada.

Ele entrou e se sentou no sofá, sentei na poltrona longe dele.

-Poderia ficar do seu lado? Como amigos?

-Não sou sua amiga.

-Por favor, Angel?

Sentei-me do seu lado, me sentindo desconfortável na minha casa.

-Começa...

-Olhe, foi o pai da Britney que me colocou aqui dentro, se eu terminasse com ela, ela ia fazer ele ficar bravo comigo e minha carreira acabaria.

-Aaron, por mim você ficaria com a Britney pro resto da sua famosa vida, mas porque teve que me colocar no meio, se estava com ela não era pra ficar comigo.

-Eu ia terminar com ela depois que me estabilisasse aqui em Los Angeles.

-Então ficasse comigo depois disso.

-Me perdoa Angel.

-Pra que? Pra continuar me enganando? Não obrigada.

-Eu gosto de você.

-Mas não abre mão dela pra ficar comigo.

-É minha carreira!

-É meu coração! Se merecer você vai continuar aqui, com ou sem a Britney. Você tem que ser seguro de si. Não ter medo do que os outros falam ou fazem. Eu perderia muitas coisas por você. Mas não vou deixar de lado meus princípios pelo o que você diz sentir por mim.

-Eu sinto. –ele pegou minha mão e a apertou. –Eu amo você.

Fiquei paralisada, tirei minha mão da sua e levantei.

-É melhor ir embora.

-Não era muito bem essa resposta que esperava. –sussurrou se levantando e indo atrás de mim.

-Aaron, não me force a fazer isso, a falar isso. –disse, meu coração doía.

-Não quero que faça nada. Eu te dou tempo.

-Não quero tempo, eu sei o que sinto! Só que agora não é o momento certo.

-Por quê? –a campainha toca, a porta estava aberta.

Eu sabia quem era, eu esperava que não fosse ele. Eu torcia em vão para que fosse mais um pesadelo. Aaron me olha profundamente, sinto sua mão pegando na minha, tento tirar, mas estou sem forças, Sean entra no apartamento e me vê com a mão entrelaçada a de Aaron, ainda tento me soltar, mais uma vez, em vão.

-O que ele faz aqui? –perguntaram os dois em uníssono.

-Ah não. –reclamei. Aaron largou minha mão que bateu forte em meu quadril.

Sean tinha flores em sua mão. Deixou-as caírem no chão, me olhava pedindo que fosse mentira.

-Angel. –sussurrou. –Porque ele está aqui?

-Ele quis entrar.

-O que você tem a ver com isso? –enfrentou Aaron.

-Eu ia levar ela pra jantar.

-Angel, é verdade? –ele me olhou, aquilo era covardia.

-Sim. –falei sem hesitar. –Ele é meu amigo, e você não tem nada a ver com isso.

-Depois dessa eu ficava quieto. –zombou Sean.

-Sean! –repreendi.

-Ah, pra mim chega. Angel, quando esse idiota não estiver aqui, me chama.

Ele saiu e bateu a porta.

-Enfim sós. –virei as costas, não estava no clima. –Qual é? Agora ele vai nos atrapalhar?

-Sei lá, agora to meio mal.

-Vamos jantar, só isso, por favor, eu esperei por isso A.

-Tá. Vamos. –Me animei um pouco. –Vou pegar minha bolsa.

Fui ao quarto e peguei minha pequena bolsa, abri e conferi.

-Tá, carteira, celular, chaves, nécessaire, foto do Aaron... –peguei-a na mão. –Bom, não vou precisar disso. –joguei-a na cama e sai. –Pronto.

-Então vamos. –disse abrindo a porta e me olhando dos pés a cabeça, admirado. –Está linda.

-Obrigada.

O jantar foi incrível, ele foi cavalheiro, romântico, de bom gosto, maravilhoso, apaixonante. Foi tudo de bom, nós conversamos, interagimos, ele pegava na minha mão diversas vezes. Mas uma coisa deu errado, apareceram paparazis por  todos os lados, Sean sabia como lidar, mas eu fiquei cega pela luz dos flashes e louca com tantas pessoas gritando meu nome.

Nós fomos para minha casa, mais uma vez, conversamos, assistimos filme, de novo. Até que deitei em sua frente. Ele suspirou em meu pescoço e colocou o braço em minha cintura. Virei e olhei em seus olhos.

-Não sei se é a hora. –expliquei.

-Não vou te forçar a nada. –tranquilizou-me.

-Mas... –ele pousou o dedo sobre meus lábios.

-Não quero que faça nada precipitadamente.

-Obrigada. –sorri e encostei meus lábios aos seus.

Virei-me e subi em cima dele o olhando maliciosamente, beijei-o selvagemente, arranhando suas costas e puxando seu cabelo. Ele suspirava rapidamente em meu rosto, sentia um formigamento quando sua respiração quente tinha contato com a minha pele. Meus pêlos do braço arrepiaram. Abri os olhos e sai de cima dele. Sorri, ofegante.

-Não queria deixar você com vontade. –sorri e beijei-o.

-Assim, me deixa louco. –ele mecheu no cabelo.

-Me desculpe.

-Angel... –ele hesitou e virou o rosto. Olhei para ele preocupada.

-O que houve? O que fiz de errado? –perguntei, insegura.

-Nada. –sussurrou. Ele se sentou vagarosamente. –Eu estou fazendo algo errado. –bagunçou o cabelo e colocou as mãos na nuca.

-Como assim? –ele se levantou. –Sean, me explica! –o segui.

-Olha, está tarde, amanhã a gente conversa no estúdio. Me desculpe. –ele se virou, e beijou minha testa ainda hesitando.

Bati a porta e escorreguei sobre ela, lágrimas em meus olhos.

-O que aconteceu? O que ele fez? –perguntei a mim mesma. Perdida. 


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Notas finais do capítulo

Sean, Aaron, bla, bla.



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