Diário de Uma Anônima. escrita por Gosmenta


Capítulo 14
Tranquilidade?


Notas iniciais do capítulo

Fui boazinha com vocês dessa vez, não é um capítulo movimentado, mas é pra respirarem para o próximo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/95741/chapter/14

Aliás, eu amava ele? Aaron. Ou tudo aquilo era só uma faisca de todas as garotas que o veneravam. Será que ele era só mais um como eu jurei que não seria. Será que ele era no final a pessoa errada. Esperava um principe, consegui um vilão e um que tenta ser um principe, um principe bem arrogante.

Sean, o que pensar de você afinal. Uma hora arrogante, idiota, hipócrita, e na outra doce, romântico e decidido.

Naquele dia entramos mais uma vez em casa, perdidamente “apaixonados”, nunca pensei que paixão não era lá um amor, um amor pra vida eterna, é um sentimento do momento, eu detestava Sean, mas naquele momento ele era outra pessoa. Entramos e nos deitamos um por cima do outro no sofá.

Beijos, caricias, paixão, nudez. Não, isso não pode ter acontecido. Sim, ficamos nus, “sem querer” no sofá a uma da manhã. Só isso. Eu estava semi-nua, ele também, mas eu nunca tinha ficado assim perto de um homem, nem mesmo quando era criança, então considerava nudez quando tirava o tênis, a calça jeans e a blusa.

Ficou por isso, ele não tentou algo mais, e eu agradeci por isso, estava tão diferente que não sei se deveria seguir ou não adiante. Ele parecia satisfeito apenas com o que tivemos, ele estava satisfeito porque eu estava me divertindo. E ele também.

Acordei só na manhã seguinte, ele segurava minhas costas me impedindo de cair, ele me abraçava muito forte, não podia me mexer. Como iria acordá-lo? Não daria um beijo nele, nem o abraçaria, ou gritaria e não tinha nenhum balde com água gelada no meu apartamento completamente tomado por nossa diversão ontem.

Roupas no chão, sobre as poltronas e sobre o abajur, vasos quebrados no tapete felpudo, garrafas de coca e cerveja na mesa de centro, que diversão! Angel, você virou uma pessoa má.

-Sean, Sean. –sussurrei em seu ouvido.

Seus olhos foram abrindo devagar e seus lábios se abriram quando me olhou. Ele relaxou um pouco quase se espreguiçando.

-Bom dia Angel.

-Bom dia Sean. -sorri e nos levantamos no mesmo instante. –Nossa, fizemos bastante bagunça.

-Valeu a pena. –ele olhava descaradamente para meu busto.

-Oi, meu rosto é aqui.

-Desculpe... –disse meio constrangido.

-Pra você não deve ter sido muito bom. Não aconteceu nada demais.

-Foi a noite mais incrível que tive.

-Mentiroso. –falei divertida.

-De verdade, foi bom. –disse sincero olhando em meus olhos.

-Tá então, vamos fazer nossa manhã ser boa. –tentei fugir do assunto. –Que tal café, panquecas e bacon?

-Como se soubesse fazer isso... –brincou.

-Eu sou de Columbus, seu riquinho. –me levantei e fui a cozinha.

Ele chegou por trás enquanto estava pegando bacon na geladeira.

-Você fica ainda mais linda de lingerie.

-Sean, não, estou fazendo o café da manhã. –Era como se tivesse falado “deixe o café pra lá eu quero você vem aqui...”.

Ele me apertou ainda mais. E me virou, fechando a geladeira e me encostando nela. Levantei uma sombrancelha.

-Estou com fome, preciso ter forças...

-Você tem forças para o que eu quero, só um beijo.

-Você é algum tipo de viciado em beijos?

-No seu eu sou. –fechou os olhos.

Mordi os lábios, como era lindo. Lábios, Sean, Angel, Aaron, dor, paixão, amor, ódio, mágoa, excitação... Ops, essa palavra não tinha no meu dicionário até aquela noite.

Toquei meus lábios nos dele, devagar e voltei a minha posição inicial.

-Tá bom, eu aceito, cansou de mim. –Ele foi em direção a sala.

-Sean, fique vai!-falei,ele virou abrindo um grande sorriso. -Mas vá ali à sala e pegue sua camisa pra mim.

-Tá. –ele cerrou os lábios e foi pegar sua camisa no chão. Voltou com ela na altura do meu busto.

-Obrigada. –agradeci e dei um beijo no canto da sua boca.

-Você me tortura Angel. Não me provoca hein. –disse com um ar misterioso e malicioso.

-Como se eu tivesse medo de você.

-É bom ter, sou perigoso. –virou as costas e se sentou na banqueta.

Coloquei os bacons num prato e coloquei em cima do balcão.

-Me espere pra comer. –disse batendo em sua mão que estava a caminho do prato. –Guloso.

Ele me olhou, pedindo piedade, como uma criança.

-Não, não Sean. Quietinho, eu já estou acabando.

Virei a panqueca numa frigideira e os ovos em outra.

-Pegue o pó de café no armário pra mim? Ah e pegue o melado. –ele obedeceu no mesmo instante.

Mas ao invés de retornar a mesa ele ligou o ipod bem alto, tocava Taylor Swift. Ele pegou em minha cintura, tentando acompanhar a musica.

-Sabe Ang. Nós formamos um belo casal. E estamos nos comportando como casados.

-Casados? –disse rindo, nunca havia pensado nisso.

-É, sabe, sem sexo, café da manhã safado, dança lenta...

-Um casal dos filmes, um casal de verdade não é assim. Exceto pela falta de sexo. –brinquei.

-Nós podíamos ser assim. –ele tirou seus braços de mim e pegou os ovos da frigideira. –Poderiamos ao menos tentar.

-Não acho uma boa idéia. Mas quem sabe.

-Que tal um jantar?

-O que? –me fingi de desentendida.

-Um jantar, hoje, só nós dois. –respondeu sóbrio, como se fosse normal o filho de seu chefe te chamar pra sair. –Sem Amber, Eve, Vincent, Victoria e principalmente sem...

-Não precisa falar de ninguém. –falei cortando-o. –Eu aceito.

-Ah isso é bom.

Nos sentamos nas banquetas e comemos em silencio, ele parecia animado. Muito animado.

-Então, tem um restaurante de comida australiana, sabe como é, costelas, cebolas empanadas, batatas com bacon e queijo.

-Acho uma boa idéia. Eu topo. –sorri pegando um pedaço de bacon de seu prato. –Pode me pegar as oito.

-Quem disse que vou sair daqui?

-Precisa tomar banho, se arrumar. –expliquei.

-Tá, mas vou ficar aqui até as seis.

-Combinado... Mas sem beijos. –ele revirou os olhos.

-Sem beijos. –concordou.

-Obrigada. –tirei meu prato do balcão e ele me deu um beijo na bochecha.

-Obrigada Ang.

Dois Sean’s diferentes, um eu odiava e não o queria por perto, o outro, bom, o outro eu gostava e jantaria com ele. Provavelmente repetindo a cena de ontem. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que vai acontecer a noite hm...
Vamos descobrir hihi.
Beijos, até sexta.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diário de Uma Anônima." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.