Alice Human Sacrifice - History escrita por Caah_chan, KuroiTenshi-chi, ZombiePanda, FlyAway, Devanear


Capítulo 5
Capítulo 4 - Yon-banme Alice - Rin to Len


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei que está horrível, mas foi num dia de chuva D: (?)

Capítulo escrito por NiohuKoneko ;D



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Dois irmãos. Uma menina e um menino.

   Aqueles dois irmãos andando e andando por toda “Maravilha”.

   Aqueles dois irmãos, cuja história era de pureza e inocência, aqueles que nunca haviam se separado, nem uma sequer vez.

   Sempre juntos, caminhando de mãos dadas, aos risos.
   Como sempre, era assim que estavam, até avistarem aquela mesa.

   Uma mesa com doces, bolos, chás e petiscos.
   Uma mesa enorme, com lugar para umas quarenta pessoas.

   Os gêmeos se sentaram à mesa e começaram a desfrutar de toda aquela comida maravilhosa. Apesar de parecer que não há ninguém lá, tudo estava fresco. Os bolos e chás bem quentinhos. Os sucos com bastante gelo e os petiscos todos muito crocantes.

   Começaram-se a servir do suco de morango. Um suco de morango com um vermelho fraquinho e diluído.
   Até que, uma nuvem chuvosa no céu vermelho aparece. Aquela nuvem com aura destrutiva, que nem mesmo à esta frase faz sentido.

   Um raio.
   Apenas bastou um pequeno raio para a loira pular em cima do irmão. Um clarão e tudo mudou.
   A mesa, que era de uma madeira bela e polida, agora, era apodrecia e áspera. As xícaras e pratos, agora estavam com rachaduras e aspecto velho. O suco de morango, que encontrava-se no copo dos gêmeos, tornara-se sangue; sua coloração fraca e líquida, agora era algo escuro e grosso. Os pães, bolos e tortas estavam com aranhas e partes humanas. Muito sangue dava lugar à calda que um dia se encontrava ali.

   Os gêmeos, obviamente assustados, levantaram-se apressados da mesa.
   Algo está preso às seus pulsos. Espinhos de rosa.

   Não saíam, não se mexiam. Quanto mais eles tentavam, mais apertado ficava, mais suas carnes mutilava.
   Em um espinho da planta, havia uma carta. Uma carta de baralho, naipe de coração.
   Atrás, um convite ao castelo da rainha, sem falta.
   Os gêmeos entreolharam-se. Ela com certeza pode nos explicar o que aconteceu aqui e tirar isso de nossos pulsos, pensaram.

   Andando e andando, para saber onde era o tal castelo, distanciaram-se demais da tal mesa. Os dois estavam cansados. Muito, andaram o dia todo.

  Encontraram uma porta. Uma porta no meio do nada?, pensaram. Uma vermelha. Na verdade, muitas. Todas elas com lâminas cravadas. Se quisessem achar a porta correta, teriam que se espetar um pouco, pensaram.
  A primeira, nada. Segunda, novamente nada. Terceira? Quarta? Nada.

  À essa altura, os gêmeos estavam com os braços ensanguentados. Na porta número treze, eles conseguiram.
  A tal porta número treze levava à uma floresta enorme cheia dos mesmos espinhos que prendiam e uniam seus pulsos em carne viva.

  Andaram mais e mais andaram. O garoto vê uma espada, cheia de sangue.
   “Essa espada pode cortar os espinhos.”, disse o garoto à irmã. Ela concordou.

   Pegaram a tal espada e tentaram cortar os espinhos, mas nada. A espada estava completamente cega. Deveria ter sido usada muitas vezes.
   Então, os gêmeos continuaram a andar, mas levaram a espada consigo.

  Acharam outra porta; Uma azul. Mas nessa, não haviam lâminas, haviam espinhos, assim com em seus pulsos. Mais uma vez, rasgaram milhares de vezes suas peles e conseguiram na porta número dezessete.
   Levava-os à uma vila abandonada, com milhares de pétalas de rosa azuis espalhadas. Andaram e viram um esqueleto abraçado à uma rosa azul, coberta de sangue. Pegaram-na, podiam lavá-la e oferecer para a rainha como um agrado para ela lhes tirar os espinhos, já que a rosa era tão bela.

  Mais uma porta encontraram. Nessa, não havia nada. Mas era uma porta verde enorme. Com coroas desenhadas em sua madeira. Uma maçaneta de ouro e diamantes e flores de todos os tipos ao redor.
  Essa estava com cara de fácil de entrar. E assim era. Entraram facilmente e acharam lá um pedestal de mármore com uma almofada verde e uma coroa dourada com esmeraldas. Ao fundo, um lindo castelo branco e verde.
   “Nee, Len! Essa coroa tem pontas afiadas, quem sabe ela não corta os espinhos?”, disse a irmã. Tentaram e realmente conseguiram. Tudo estava dando certo naquela porta. A garota colocou a coroa em sua cabeça e lavaram os pulsos em puro sangue e carne no rio, que ficou completamente vermelho.

   Andaram e conseguiram! Uma porta preta. Em branco, escrito “Atalho para o Castelo”. Estavam quase entrando quando avistaram, mais adiante, uma porta amarela. Uma pequena porta amarela e bem bonitinha. Havia uma placa nela: Não entre., dizia a placa em letras garranchudas .
   Se já estavam lá, que custava um pouco mais de aventura?
   Por pura curiosidade, entraram. A porta dava à uma sala escura, totalmente negra. Com muitas e muitas portas amarelas, flutuando, de cabeça para baixo, pequenas e grandes.
   A porta por onde haviam entrado se fechou e praticamente sumiu dentre todas as outras. Apenas havia um caminho amarelo. Os gêmeos se desesperaram. Haviam tido tanto trabalho e sofrimento por aquilo? Perdidos novamente!

   Andaram, ainda com as coisas que haviam pego.
   A garota ia abrindo uma porta atrás da outra. 

   O garoto, sem motivo algum, pega a flor cheia de sangue e coloca no cabelo da irmã. Acaricia seu rosto e diz:

   -Rin, ficarei para sempre com você, você sabe. Não importa onde estejamos, vamos ficar sempre juntos, ok?
   -L-Len... – Corou a garota. – Por que isso agora? Acha mesmo que vamos morrer aqui?
   -Não me importaria de morrer ao seu lado, minha irmã. – O garoto loiro dá um belo sorriso, com seus belos dentes brancos. Os olhos da garota, de um azul tão sereno, enchem-se de lágrimas.
   -Mas... Não seria o máximo se pudéssemos voltar no tempo e não ter passado por aquela porta? – Ela dizia, entre soluços. – Se nós não tivéssemos, pra começar, nem chegado até aqui...?
   -Mas assim nós não passaríamos tanto tempo juntos, irmã... – Era óbvio que ele preferia também. Mas estava tentando tranquiliza-la.
   -Len! Eu... Eu não quero morrer! – A pequena e frágil garotinha loira abraça o irmão, seu próprio espelho.
   Ele faz o mesmo e eles ficam ali, parados. Os olhos do garoto vão ficando encharcados de lágrimas também. Ele os fecha. Passam-se cinco minutos. Eles se separam.
   -Vamos continuar tentando! – A garota fala.
   -Não quer... morrer aqui, hein? – O garoto debocha, ainda de olhos fechados. – Sinto, mas eu acho que você está louca.
   -Como assim, Len? Você quer morrer aqui? – A expressão de confusa da garota chegava a dar pena.
   -Não. Eu não vou morrer aqui. Vamos caminhar para sempre, até nossos corpos não aguentarem. Não vamos morrer necessariamente aqui. – Disse ele, com seu raciocínio lógico de sempre. Ele abre seus olhos. Não estão mais aquele mesmo azul. Nem azuis estão. Estão vermelhos, cor de sangue.
   -Le-Len! Seus... Seus olhos!
   -Rin, diga-me; Qual a melhor forma de morrer? Do lado de quem ama ou no seu lugar?
   -Len... Você está me assustando! – Ele abraça a irmã.
   -Eu só quero ficar para sempre com você. Andando e andando aqui. Por esse mundo sem fim. Apenas com você!
   -Len! Pare! Está me assustando de verdade!
   -Sinto, Rin, mas seu desejo de não morrer aqui não será realizado.
   -Por que diz isso?! Len! Pare!
   -Eu não vou deixar que você saia daqui e nem continue com esse pensamento. – O garoto pega a espada e vai prensando-a contra o corpo da irmã. Ela penetra a carne da menina com dificuldade, afinal, a lâmina está cega.
   A menina começa a cuspir sangue. Seus olhos enchem-se de lágrimas novamente. Mas de lágrimas de agonia e dor.
   -Desculpe, Rin. – O garoto sorri. Começa a rir psicóticamente, movimentando a espada dentro do estômago da irmã. A garota se contorce e berra de dor. Morde o lábio com toda a força para aguentar a dor o máximo possível.

   Passam-se dez minutos de tortura. A garota não se move mais, mas ainda respira.
O irmão pega-a em seu colo e deposita um leve beijo em seus lábios feridos. A menina não consegue mais dizer nada. Nenhuma palavra sai de sua boca. Seus gritos de agonia arranharam e mutilaram completamente sua garganta. Só o que conseguiu colocar pra fora foi:

   -Eu te perdôo, Len.

   O garoto estivera, esse tempo todo, tendo uma alucinação. O que ele via era a garota se matando. No real, ela foi torturada até a morte pelo próprio irmão. Ele retira a espada e começa a chorar profundamente.

   O irmão continua andando e andando. Com a irmã no colo. Passam-se uma, duas, três semanas. O menino está com os pés ensangüentados e em carne viva. Mas continua andando pelo inferno de portas. Até que chega à uma porta maior. Ele a abre e vê uma linda menina loira. Um loiro claro e olhos escuros azuis como o mar. Em seu ombro, um boneco todo costurado.

   -Foi bom você ter tido essa ideia de ter colocado os pertences das outras Alices pelo caminho, Chiisana Yume. – A voz da menina era reconfortante.
   -Obrigado, mestre. – O boneco, por outro lado, tinha uma voz agonizante e irritante.
   -Quem são vocês? – Pergunta o irmão.
   -Quem? Nunca ouviu falar de Alice?! – A menina parecia incrédula. Depois, ela sorri gentilmente. – Mas é claro que não, não é mesmo? Ninguém sabe quem sou eu... Ninguém nunca ouviu falar de mim... Eu sou nada, não é? – A menina começa a ficar irritada.
   -Alice-sama! Acalme-se! – Dizia o boneco.
  -De-Desculpe-me, Chiisana Yume... Eu me alterei...

A menina abaixou-se e deu um leve beijo na testa do menino.
   -Continue sua jornada. – E então, a porta é fechada e desaparece. O menino pôs-se a caminhar novamente.

Caminhou, caminhou, caminhou. Continuou caminhando.

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Aqueles dois irmãos, por sua curiosidade inútil eles caminharam, caminharam. Sofreram juntos e amaram juntos. Perdão e pena, dor e agonia. Foi tudo o que viram no País das Maravilhas.
Suas almas sem corpo... Irão para sempre caminhar no País das Maravilhas.   


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Notas finais do capítulo

AVISO:

Lembram que a gente ia pôr seis, sete capítulos? Poisé, esses quatro da música mais uns dois ou três contando a história da Alice, que veio da minha cabeça demente.
Acontece que eu lembrei que a Alice não faz parte da música O:
Então, vamos criar outra fic chamada "Endless Day of an Alice", que é a história da Alice. Portando, a classificação vai ser Vocaloid, Songfic, essas coisas, ok?
Beijundas, reviews? *-*



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