Revolution I escrita por comeonkiller


Capítulo 68
Feellings of a mother


Notas iniciais do capítulo

entaaão como eu disse, a segunda parte seria postada hoje e os meus lindos leitores comentaram então, lá vem o penúltimo cap dessa primeira parte da fic :D e esse cap é beeeem tristinho :/ mas eu gosto dele apesar de tudo :3



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                [YOUR GUARDIAN ANGEL - THE RED JUMPSUIT APPARATUS ]
    -- Terá de ser feita uma cesária senhorita Lee -- a médica que vinha lhe acompanhando a gravidez disse ao entrar no quarto onde havia Amy, Jane, a avó de Amy e a mãe de Jane -- As crianças estão grandes demais para que haja um parto normal.
    -- E quando será a cesária? -- a avó de Amy, Sophie, perguntou preocupada
    -- O quanto antes
                 Logo após ouvir isso, Amy começou a sentir seu ventre se contrair e uma dor infernal lhe descer o corpo. Era a hora, mas ainda não havia uma sala de cirurgia reservada. A garota gritava e pedia para que fizessem a dor parar e logo menos enfermeiros faziam questão de que levar a maca em que a mesma estava para a primeira sala de cirurgia que vissem desocupada. Pediram para que alguém fosse lhe acompanhar e enviaram Sophie para acompanhá-la e logo aplicaram a anestesia na moça, que deixava-a com a pressão baixa. Conseguiram retirar as crianças com sucesso após cinco horas de operação, mas tiveram de acudir Amy porque a pressão da mesma estava caindo drasticamente devido à seu psicológico sériamente abalado. A idosa estava apavorada com o estado da neta que foi ficar consideravelmente melhor apenas horas mais tarde. Teve tempo de segurar as duas crianças e derramou algumas lágrimas com o tamanho dos bisnetos. Tão pequenos e delicados, ambos branquíssimos de olhos azul-esverdeados e alguns fios castanho escuro praticamente negros espalhados pela cabeça. Eram lindos.
                 A menina era tão agitada, se esticava, tocava, brincava, sorria, se mexia tanto. O menino era tão pequeno e quieto, se esticava vez ou outra, sorria e mexia com a irmã. Eram perfeitos, completamente perfeitos...
                 No dia seguinte, um dos médicos responsáveis pelo hospital, disse a Amy, Jane e Sophie que as duas crianças haviam sumido e ninguém sabia onde elas estavam. A de olhos azuis entrou em uma crise compulsória de choro e teve de ser sedada para se acalmar, sua melhor amiga entrou em desespero e a idosa foi atrás da diretoria do hospital, que por fim acabou sendo processado.

                 Independente do valor que o hospital houvesse sido processado, não importava quem tivesse feito, não importava o que tivesse acontecido. Importava apenas que ela tivesse seus dois pequenos em seus braços mais uma vez. E cada vez que essa lembrança vinha à sua mente algumas lágrimas fugiam, porque era o pior dia de sua vida. Só não sabia porque naquela tarde de inverno, nos braços do homem de sua vida, todas aquelas lembranças vinham atingir sua mente, tão pouco difusas, tão nítidas e parecendo assustadoramente recentes.

                           [CLOCKS - COLDPLAY]
                 Vários anos se passaram e as crianças não foram localizadas, apenas o enfermeiro que foi subornado por uma quantia milionária para que desse as crianças. Logo após a morte de Sophie, quando Amy já estava com seus quase 28 anos, seu pai lhe revelou que foi um de seus subordinados que subornou o enfermeiro. E concordou em levar a filha à casa de seus conhecidos em que ele havia deixado os gêmeos.
                 Na tarde seguinte foram. Era um casal de idosos que nunca tiveram filhos, conhecidos que Amy adorava, logo serviu um pouco de consolo eles estarem na casa de alguém que ela sabia que eram extremamente cuidadosos e não na mão de pessoas sem o mínimo cuidado, frios e sem escrúpulos. Era de um dos sócios de seu pai, um senhor muito carinhoso que considerava Amy uma filha, o que fez com que a moça contasse a idosa, esposa deste homem, o que realmente acontecia. Mas como ela tinha muita consideração por eles e viu o quanto as crianças vinham vivendo bem, preferiu que continuassem com eles. Sabia que se viesse com Amy, sentiriam falta dos avós que eles consideravam pais.
    -- Tia Amy, a senhora não tem filhos? -- a menina de nome Burdges, que a própria Amy havia escolhido, perguntou de modo infantil, fazendo jus à seus 10 anos de idade, sentada enquanto a moça penteava seu cabelo, preparando a menina para dormir enquanto o menino, Dean, terminava de guardar alguns brinquedos espalhados pelo quarto dos dois -- É que ia ser legal se você tivesse um filho e ai toda vez que você viesse aqui pra nos visitar, você podia trazer ele pra brincar com a gente, porque as vezes as crianças da escola são bobas!
    -- Não tenho não querida. -- Amy sorriu de mal jeito, sem saber exatamente o que responder -- Mas quem garante que se eu tivesse uma criança pra brincar com vocês, ela não ia ser boba que nem as crianças da escola?
    -- Ah, mas a Burdy é boba e eu gosto dela. E se você tivesse um filho, a gente ia ensinar tudinho que a gente sabe pra ele e ia ser legal porque a gente ia ter tanto tempo com ele, que a gente ia achar legal o bobo dele! -- Dean disse sorrindo enquanto terminava de guardar a ultima caixa de brinquedos -- Tia porque a Burdy só fica penteando o cabelo enquanto eu tenho que guardar os brinquedos?
    -- Porque ela já guardou os dela. E agora é sua vez! Vem cá Dean! -- a mulher disse sorrindo enquanto ia atrás do garoto que tentava fugir, ele gostava de atenção, mas não queria a atenção do mesmo modo que a irmã tinha, e após um tempo correndo pelo quarto, a menina entrou na correria e mais um tempo depois Amy conseguiu pegar os dois e colocá-los nas camas que eram uma ao lado da outra -- E então, o que querem que eu faça agora? Já me cansaram! Corri bastante atrás de vocês, não tenho tanto pique quanto vocês.
    -- Canta! -- os dois disseram em uníssono e logo Burdges continuou -- Tia Amy, canta pra gente, é legal quando você canta! Quero aprender a cantar que nem você!
    -- Qual vocês querem?
    -- Aquela lá Missing! -- disse Dean e a irmã logo retrucou -- Bring me to life é melhor!
    -- Canto as duas posso?
                 As duas crianças assentiram e antes que Amy terminasse de cantar Missing, os dois já estavam adormecidos. Dez anos se passaram e ela nunca havia perdido o gosto por tocar piano, tocava para as crianças e elas adoravam. Tão simples, tão eles, tão doces. Amy amava seus dois filhos mais que tudo na vida, mesmo que estes nunca soubessem que eram filhos da mulher que vinha várias noites cuidar deles e que eles amavam tanto pelo carinho que ela tinha por eles. O casal de idosos que cuidavam deles, diziam que os pais dos dois haviam morrido quando eles eram muito pequenos e por isso não se lembravam e por isso que os dois, que seriam avós deles, cuidavam dos dois. Os irmãos sempre acreditaram por nunca terem ouvido outra história e bem, isso martelava sempre na mente de Amy...

                 Amy finalmente abriu os olhos e apertou mais um pouco mais o braço nu e tatuado de Matthew que ainda dormia junto a si, profundamente. Não por muito tempo, que depois de tanto ser apertado e ter recebido um doce beijo no centro de seu pescoço, acabou acordando, fazendo sons similares à ronronos enquanto murmurava coisas inaudíveis com a voz rouca de sono.
    -- Que horas são amor? -- Shadows perguntou com a voz ainda rouca, coçando os olhos, mas ainda sem soltar Amy que encarava o nada fixamente sem nem ao menos piscar -- Tudo bem Amy?
    -- São quase 17h. -- a mulher respondeu sonolenta, olhando-o com ternura -- Estou bem sim, por quê?
    -- Você estava observando o nada sem piscar. No que está pensando?
    -- Estava lembrando de algumas coisas...
    -- Exemplo?
    -- Depois que você foi embora. A discussão que tive com meu pai quando ele descobriu que eu estava grávida. O dia que descobri que teria gêmeos. Quando os dois nasceram e finalmente quando finalmente os conheci.
    -- Mas vai contar à eles ou não que você é mãe deles?
    -- Não sei. Muriel e Sonnard cuidaram tão bem deles, não seria justo. Talvez eles não acreditem mais na história que sempre ouviram, mas não seria justo. Após 16 anos finalmente lhes contar que são netos do diretor da escola, que o pai foi embora e ninguém nunca soube o porquê e que o diretor da escola enviou um subordinado para comprá-los quanto eles nasceram. Não seria justo com eles...
    -- Amor você não tem culpa de nada. As vezes o modo como você me fala parece que a culpa é sua de algum modo.
    -- Sou mãe deles, o sentimento é inevitável. E devido à proximidade que tive com eles quando mais novos, sei quando algo errado acontece, sei quando eles estão em perigo e esse tipo de coisa. É instinto materno.
    -- Sei que esse seu instinto é incontrolável, mas tem que se acalmar porque além da idade deles, eles não sabem da sua maternidade. Não sei se aceitariam tão completamente bem o fato de que a mãe deles o acompanhou indiretamente durante suas vidas e que todas as vezes que eles perguntavam porque ela não era a mãe deles, ela mentia. Vão demorar um pouco para engolir isso, só não sei quanto tempo.
    -- Mesmo assim, não sei ficar tão controlada, é difícil demais para mim isso. Sempre sinto quando há algo errado com eles e estou sentindo isso agora.
    -- Como assim?
    -- Nunca teve essa sensação de que algo está errado?
    -- Sim, mas...
    -- É exatamente isso que sinto. Sempre sei quando há algo errado com eles, mas não posso fazer nada. -- Matt aconchegou mais a namorada em seus braços vendo as poucas lágrimas que escorriam de seus lindos olhos azuis -- Nunca posso fazer merda nenhuma porque não sou [b]nada[/b] além de [i]TIA[/i] Amy pra eles
    -- Tente ficar calma amor, tudo vai dar certo, tudo vai se acertar. E eles estão bem, com certeza. Não precisa se preocupar.
    -- Matt eu queria tanto poder acreditar convictamente em você. Queria acreditar com toda a certeza do mundo, sem dúvida alguma que eles estão bem e que nada está errado. Mas não consigo, sei que há algo de errado e quero logo descobrir o que há...
    -- Calma amor, calma, tudo vai dar certo, basta acreditar que tudo dará certo e tudo dará certo.
    -- Espero meu amor, espero...
                 Todos queremos acreditar que tudo dará certo, todos queremos acreditar que se acreditarmos e rezarmos com convicção, tudo se resolverá e todos ficarão bem. Mas há algo que impede que nossa convicção e nossas certezas: a vida. Nem sempre tudo o que queremos acontece e nem sempre todos nossos sonhos se realizam, e pois bem, agora está a prova de que por mais que todos queiram que todos fiquem bem, as vezes talvez seja melhor que algo não esteja bem, para que quando tudo fique bem, tudo fique mais que bem, que tudo fique perfeito.


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Notas finais do capítulo

enfim, sábado é o ultimo dia do ano, se vcs comentarem aqui e talz, o ÚLTIMO cap da fic será postado no sábado, se possível :D enfim, oq acharam?