Revolution I escrita por comeonkiller


Capítulo 67
Mother's love


Notas iniciais do capítulo

cap dedicado à monallisa que indicou a fic e o cap é triste, dois anos da morte do the rev então.... fica dentro :3
e recomendo irem ouvindo as músicas que eu vou colocar com as partes em itálico (:



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        [CONFESSIONS OF A BROKEN HEART - LINDSAY LOHAN]
    -- Amy, você não terá esse bebê. Ou você vai atrás da aborção, ou eu me encarregarei de levá-la à um lugar para abortar! -- o diretor do BBHS esbravejava com a filha de 18 anos que tinha os olhos marejados e a mão sobre a  leve protuberância que começava a se formar em seu vente -- Você pode até ir nessa consulta para ver como a criança está se desenvolvendo, mas não irá ter essa criança! Minha filha não terá um filho vindo de um roqueiro vagabundo!
    -- Pai! O senhor mal conhece o Matt! Não diga isto porque o senhor não o conhece!
    -- É claro que conheço. O garoto estuda naquela escola há muito tempo! E também há o seguinte, você terá de criar essa criança sozinha porque ele não voltou para vir com você! Talvez aquela bandinha problemática dele esteja dentro da garagem ainda e ele afirma que está em tour! Ah claro...
    -- O Avenged fará sucesso! Grave minhas palavras! O Avenged Sevenfold ainda fará sucesso e os meninos ainda serão extremamente famosos! E além de tudo, tudo bem, posso ir atrás de um emprego para sustenta essa criança se o senhor não concordar com isso! Mas não irei abortar! Não irei matar uma criança que depende de MIM para sobreviver! Será que o senhor não tem um pingo de consideração?!
    -- Não Amy! Você não irá ter essa criança de maneira alguma! Essa criança não passa de uma bastarda! Nunca irei aceitar essa criança como meu neto! E será que você não entende?! Essa criança não terá futuro porque nem o pai a quis! Nem o pai a quis!
    -- Vovô também não o aceitou de início lembra? Vovô achou que vovó o traíra! E disse para ela abortar! O VOVÔ FALOU AS MESMAS PALAVRAS À VOVÓ QUE VOCÊ ESTÁ ME DIZENDO AGORA! Então eu terei essa criança! Essa criança irá nascer! E parto para onde for necessário para que ela nasça saudável! Até mesmo porque ela não depende de Matt para nascer! Ela depende de mim! Essa criança está crescendo em mim! 
    -- Esqueça Amy! Você irá para a clínica abortar. E farei questão de estar assistindo quando fizerem isso.
    -- Não!

                 Os olhos arregalaram-se ao acordar. As memórias não eram nem um pouco difusas. Eram tão claras que a velocidade do coração da mulher de 36 anos era notavelmente acelerada, fazendo com que ela acreditasse que estivessem acontecendo recentemente. Era seu pior pesadelo, que nem mesmo a presença de Matthew à seu lado espantava a lembrança. Fechou os olhos mais uma fez e encaixou-se melhor no corpo do namorado e tentou retornar a dormir, sem saber que mais uma lembrança viria à sua mente. Desesperada para ser lembrada...

    -- Estou apavorada Jane -- Amy choramingava enquanto apertava a mão da melhor amiga com demasiada força no corredor do hospital -- Tenho medo do que pode acontecer nessa consulta.
    -- Hey! Calminha Amy, só iremos descobrir como está a saúde do seu bebê e o sexo da criança.  Tudo dará certo. Tente se acalmar, não é bom nem para você nem para o bebê todo esse estresse.
    -- Meu pai quer que eu aborte. Ele não quer que eu tenha essa criança de maneira alguma. Se eu descobrir que a criança está saudável, seu sexo e tudo mais, não vou querer abortar, não irei conseguir. Honestamente, já não consigo, se eu descobrir mais detalhes sobre essa criança, a imaginarei sorrindo, brincando, crescendo... Irei pensar em tudo. E não conseguirei abortar de maneira alguma.
    -- Não vai abortar, isso é escolha do paciente. E você não quer abortar. Só precisamos ficar de olho para seu pai não te dar chá abortivo nem nada, e também podemos contar com sua mãe.
    -- Não podemos não. Minha mãe abaixa a cabeça cada vez que meu pai ergue um decibél de voz. Não me ajudaria a ter a criança porque meu pai não quer.
    -- Tudo bem, mas mesmo assim, não entendo. Matt era louco por você, disse milhares de vezes que estava disposto a ter esse bebê, não consigo entender o porquê de ter ido embora tão sem mais nem menos. É tão estranho...
    -- Me amedronta isso. Quer dizer, você tinha que ouvir meu pai gritando... Ele gritava sem parar "Nem o pai a quis, nem o pai a quis!". Não parava, estava tendo um acesso de raiva. Nunca o vi daquele jeito tão descontrolado. Tive medo de que ele fizesse algo naquele momento. Não aguentei e acabei chorando depois que ele saiu. Disse que eu só poderia ter essa consulta e nada mais.
    -- Você já é maior de idade, pode ficar lá em casa comigo por um tempo. Então não se desespere, tudo vai dar certo, estou aqui pra te ajudar. Sabe que qualquer apoio que precisar Amy eu posso te dar, e então, se quiser ver o Matt para conversar com ele sobre isso...
    -- NÃO! -- a de olhos azuis rebateu convicta, mesmo que defendesse o ex-namorado, ela não queria mais vê-lo -- Não quero conversar com Matthew, ele me abandonou apesar de tudo o que me disse. Ele é apenas mais um cretino. Espero nunca mais vê-lo.
    -- Mas não acha que ele vá ficar sabendo da criança e vir atrás dela?
    -- Não irá saber. E você manterá segredo absoluto.
    -- Tudo bem Amy, tudo bem. A criança é sua e do Matt então você decide isso...
    -- Obrigada Jane, não sei o que faria sem você.

                 Mais uma lembrança que Amy não queria ter. Lembrava-se perfeitamente daquela semana, e agora todas aquelas lembranças vinham em sua mente seguidamente e ela nem ao menos tentaria dormir novamente porque sabia que se dormisse, as lembranças viriam com mais intensidade e mais nitidez. Se mantesse-se de olhos abertos, as lembranças se tornariam difusas, mas nunca seriam tão difusas quanto ela ansiava para que fossem. Então agora lhe bastava abraçar cada vez mais o homem de sua vida, na esperança de que toda a segurança que ele lhe passava, realmente lhe protegesse...

                    [I'D COME FOR YOU - NICKELBACK]
    -- Parabéns senhorita Lee -- a mulher de cabelos castanhos cacheados e vestes completamente brancas acabara de chegar à sala completamente branca em que Amy e Jane estavam -- A senhorita está grávida de gêmeos! Uma menina e um menino, meus parabéns!
    -- C-como?! -- as duas garotas perguntaram em uníssono e logo Jane prosseguiu -- Pode repetir?
    -- São gêmeos, um casal de gêmeos. Meus parabéns!
                 Jane sorriu animada abraçando a amiga e logo a de cabelos negros e olhos azuis desatou em lágrimas. Não sabia se eram lágrimas de alegria ou de tristeza, mas chorava descontroladamente dizendo algumas coisas difusas e confusas entre os soluços. Não sabia se chorava pelo orgulho que tinha de estar grávida de gêmeos ou se chorava porque teria que se livrar dessas duas crianças. Não acreditava, achava injustiça ter de se livrar de duas crianças tão pequenas que estavam se desenvolvendo dentro de si. As náuseas e as costelas doloridas compensavam, mas ela não encontrava maneiras de se livrar daqueles dois seres tão pequeninos. Mesmo que estivessem um tanto quanto amorfos, eles eram seus filhos e nada mudaria isso.
    -- Mas o que houve com ela? -- a médica perguntou enquanto Jane tentava fazer a amiga parar de chorar
    -- História complicada. Mas tem alguma água ou algo assim?
    -- Pode pegar ali no corredor. E se quiserem contar será sigilo.
    -- Tudo bem -- a maior suspirou pesadamente enquanto dava água para amiga se acalmar -- Ela já sabia que estava grávida há três meses, vai indo à consultas desde que descobriu. Essa é a primeira aqui. O pai dela descobriu a gravidez e logo disse que ela teria de abortar, mas ela não quer. E por isso que ela está chorando. E o pai da criança está sumido. Mas não entendo como porque eu conheço os dois de longa data e sei o quanto ele estava entusiasmado com isso e o quanto se preocupava com essa gravidez.
    -- Mas não há a possibilidade de que o pai dela tenha conversado com o rapaz? Porque se ele estava tão preocupado com a gravidez e aparentemente se dedicava ao instinto paterno, então com certeza não voluntário esse sumiço.
    -- Pode ser isso Amy?
    -- N-não sei -- a de olhos azuis resmungou ainda chorosa -- M-mas ele n-não deu n-ne-nem mais n-notícias.
    -- Calma, nós vamos falar com ele.
    -- Mas se não quiserem que haja o aborto, não haverá. Para que haja um aborto, tem de se ter o conssentimento da mãe. E seu pai não fará nada fatal para que haja um aborto espontâneo, então, não há com que se preocupar. E é um risco muito grande fazer o aborto em gêmeos que já vem tendo um desenvolvimento tão saudável quanto estes, ainda mais porque isto além dos traumas psicológicos que lhe traria, poderia lhe trazer hemorragia interna e infertilidade. Nunca mais poderia ter filhos se fizesse esse aborto...

                 A pior de todas as lembranças ainda estava por vir, ela não esperava, mas a pior das lembranças ainda viria em sua mente, logo depois da lembrança em que descobriram que se abortasse se tornaria infértil e nunca mais poderia gerar uma criança. Mas acima de tudo, os traumas psicológicos seriam piores do que os que ela já tem sem nem ao menos ter abortado. Sua pior lembrança era a menos difusa de todas, meses mais tarde, no dia seguinte ao do nascimento das crianças...


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Notas finais do capítulo

então tem uma continuação que eu vou postar mais tarde (: mas enquanto isso, aceito comentários sobre o que vocês estão achando do flashback :3



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