Revolution I escrita por comeonkiller


Capítulo 58
Like father, like daughter


Notas iniciais do capítulo

bom, daqui a mais ou menos 10caps é a divisão da fic pra início da segunda parte e eu vou continuar postando mesmo que eu só tenha UMA leitora acompanhando (: e enfim, esse cap é importante :D



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                 Matthew abriu os olhos lentamente, com preguiça, lembrando-se de toda a noite passada. A neve ainda se acumulava do parapeito da janela e por acaso ele estava começando a perceber que estava sozinho na cama. Socou a cama com certa força e começou a questionar a possibilidade de Amy estar suficientemente irritada com ele a ponto de ter ido embora e deixado-o ali, porque teoricamente, se fosse para alguém desaparecer de manhã, era ele. Mas é claro que a mulher não estava irritada, ela se lembrava bem do que havia acontecido na noite passada e havia gostado, estava novamente nos braços de seu amado Matthew Charles Sanders, mas agora ela tinha de resolver alguns assuntos de família.
    -- Hora de esclarecer as coisas. -- Amy Lee disse abrindo a porta de 30cm de espessura de madeira maciça da sala do diretor, seu pai, nem ao menos se importando de pegá-lo no flagra com outra de aparência de prostituta barata -- Vaza vadia, agora!
    -- Mas o que ... -- a moça que Amy tinha certeza ser uma prostituta balbuciou em uma voz estridentemente fina e irritante e a morena logo repetiu quase no grito sua última frase, fazendo-a sair com o rabo entre as pernas -- Tudo bem, tudo bem, estou indo
    -- Amy querida -- seu pai estava obviamente constrangido com a situação -- O-o que lhe traz a essas horas ao meu escritório
    -- Olha, eu sei que você é meu pai e lhe devo respeito, mas sua cotação caiu comigo depois de eu ter visto o que vi agora e ter ficado sabendo de algumas coisas. Eu realmente não me importo se você está traindo minha mãe, isso é uma coisa que vocês resolvam entre vocês, mas trair com uma prostituta barata com uma voz que parece uma hiena com dor de gargante ou algo do tipo, é complicado e baixo. Mas não foi desses seus pulos de cerca que eu vim falar.
    -- Sobre o que foi então? Sente-se -- Alfred estava temeroso, nunca vira sua filha neste estado, tão irritada e decidida.
    -- Não, vou ser bem direta. Quero saber quem deixou um nazista entrar na escola? Caso não saiba papai, tem uma nazista dentro da escola e esse nazista estuprou uma garota, sequestrou outra, atropelou outra e quase matou uma delas por causa do pai da mesma, e esse cara não teria entrado do nada aqui. Então, como ele entrou?
    -- A-amy eu n-não....
    -- Não diga que não sabe, tenho certeza absoluta que você tem alguma influência nisso. Então pode começar a falar porque essa não é a única história que quero esclarecida.
    -- Qual quer que eu esclareça também?
    -- Diga o que quero. Por que deixou um nazista entrar na escola?  Sabendo o quão perigoso esse cara poderia ser?
    -- Amy se acalme, por favor
    -- Não peça para que eu me acalme. Você e o meu avô querendo ou não, eu ainda tenho dois filhos nessa escola que mesmo nem sabendo que sou mãe deles, correm risco de vida, logo não posso me acalmar, meu instinto maternal é maior.
    -- Tudo bem, eu não podia fazer nada, é uma tradição de família. Os nazistas sempre estiveram alojados na escola, só que eles não causavam danos a ninguém e...
    -- Então já que viu que eles estão transformando essa escola em um completo caos, e agora pode tirá-los!
    -- Não posso Amy! Acha que eu não teria tirados quando vi o tamanho do caos? Se eu tentasse tirá-los dos esconderijos do auditório antigo, eles iriam subir, e se subissem, iriam exterminar todos os alunos que se opusessem.
    -- São quantos pai?
    -- Dez. São dez neonazistas armados. Prontos para saírem atirando caso qualquer coisa ocorra fora dos planos deles.
    -- Arranque-os dessa escola, chame a Polícia de Crimes de Guerra, o FBI, a Interpol, o BOPE... Seja lá quem você quiser chamar. Mas chame e tire esses loucos da sala. Estão atrás de mais alunos. E não esqueça que uma aluna foi atropelada e teve um pulmão perfurado devido à essa "tradição" de família.
                 Dito isso a moça deu meia volta e saiu andando, quase enfiando os pés de coturnos negros no chão de carpete vermelho e seu pai gritou para ela, chamando sua atenção, que simplesmente parou e virou o rosto com o olhar fuzilante e frio.
    -- Sabe que não foi intenção fazer mal agum minha querida, não é?
    -- Do mesmo modo que não foi sua intenção trair a mamãe.
                 Continuou andando em passos firmes e irritados e abriu a porta de madeira maciça como se fosse um brinquedo de plástico, com certa força e facilidade, e deixou o prédio principal, indo em direção ao dormitório feminino, onde seu quarto ficava no primeiro andar, junto do de outras professoras, a diferença era que os quartos de professores eram individuais, ou seja, muitos deles se relacionavam em silêncio. Como ela e Matt. Que ela estava se sentindo um tanto culpada por não ter avisado que teria de ir cedo falar com seu pai, por isso ele ficaria sozinho no quarto por no máximo uma hora e que ele deveria esperar todos descerem para o café para depois descer.
    -- Shadows? O que está fazendo aqui a essas horas? -- Lee perguntou descendo a escadaria e logo se deparando com Matthew -- Não deveria estar no outro dormitório?
    -- Er... Lee! O-o que e-está fazendo a-aqui? -- ele perguntou atarantado, sem conseguir pensar em uma desculpa boa
    -- Estava indo tomar café. Mas realmente o estranho é VOCÊ estar aqui. Homens não tem permissão de entrar no dormitório, do mesmo modo que não podemos entrar no masculino, a menos que... -- o homem sentiu-se perder a cor junto de suas tatuagens em seus braços nus e agora estava pensando sériamente que era um idiota -- Estava com quem?
    -- Ninguém! -- Matt rebateu rapidamente e a garota ergueu a sobrancelha
    -- Estava com a Amy? -- a garota murmurou e logo o mais velho quase sentiu-se cair de costas -- Estava com ela! Qual é o rolo entre vocês é sério? Quer dizer, no dia que o Saint me salvou na biblioteca vocês estavam próximos demais e agora você está no andar dos professores, o que acontece?
    -- Se não deixar mais ninguém me ver eu te explico tudo.
    -- Tudo bem, entra aí -- a garota abriu a porta do quarto de Amy que esstava destrancada e empurrou o homem para dentro e logo entrou, fechando-a, mas sem trancá-la -- Começa.
    -- A Amy era minha namorada quando estudávamos aqui e ela acabou engravidando, mas eu fui embora em tour e por alguma razão que eu não entendo muito bem até hoje, depois que ela teve as crianças, elas foram doadas para um casal que era meio amigo dos pais de Amy. E agora os dois estudam nessa escola. Mas apesar de ela saber que estão na escola, ela não sabe quem é, e diz que mesmo que soubesse não pretendo contar quem são os pais biológicos.
    -- Por que não?
    -- Pelo fato da família dela ser amiga da família que adotou os dois, ela pode "acompanhar" de longe a vida dessas crianças. E ela sabe que eles viveram bem e nem imaginam o fato de que o casal que os criou, não são seus pais biológicos. Eles são felizes com essa família, logo, ela preferiu deixar quieto.
    -- Complicado isso... Mas e qual a parte que entra você estar aqui no dormitório feminino?
    -- Quero tentar de novo. Fui embora uma vez por ter acreditado em coisas que não deveria acreditado mas não vou outra vez. Assim, viemos tentando reconstruir nosso relacionamento.
    -- Hm... Entendi. Mas vão tentar ter um filho de novo?
    -- Talvez depois que essa história de Sociedade, alunos sendo caçados e coisas do tipo acalmarem um pouco, talvez possamos tentar algo mais forte.
    -- É uma boa psicologia. E a história é interessante mas agora tenho que ir, e desejo boa sorte para vocês. Acho que podem dar certo.
                 Sanders sorriu e a garota sorriu de volta, acenando e logo saindo do quarto e indo para a escadaria, dando de cara com uma Amy Lee de expressão distraída, que a mais nova quase teve certeza que ela não a viu. A mais velha andava calmamente pensando nos alunos que poderiam ser seus gêmeos. Era um menino e uma menina de cabelos negros, pele branca, covinhas e olhos azuis esverdeados que tinham exatos 16 anos.
                 Abriu a porta e se deparou com seu amor olhando para a neve que se acumulava no parapeito da janela, e logo tirou os coturnos, as luvas, o cachecol e sentou-se a seu lado, o abraçando enquanto ele correspondia ao abraço, aconchegando-a em seu colo enquanto fazia leves carinhos em sua nuca.
    -- Achei que tivesse se arrependido de ontem -- Matt confessou próximo ao ouvido dela enquanto sentia suas unhas bem cuidadas brincarem próximas a seu alargador -- Por que não estava aqui quando acordei?
    -- Fui tentar descobrir algumas coisas com meu pai. Como eu suspeitava ele sabe o porquê estão acontecendo essas coisas.
    -- Por que acontecem?
    -- Minha família tem uma tradição meio estranha de guardar nazistas dentro da escola, aparentemente desde a segunda guerra, e são nazistas que estão causando isso. Parece que se tentarem expulsar eles dos porões da escola, subirão e cometerão um massacre.
    -- Mas então vamos agir, bolar um plano, vamos... -- Shadows começou a se empolgar e logo Amy o cortou
    -- Matt, não vai adiantar fazer alarde agora. Precisamos do máximo de pessoas o possível aqui, o Syn foi pra Luxemburgo, o Jimmy e o Billie Joe foram passar as festas com a família. Metade da escola viajou para sei lá onde. Apesar de ainda ter vários alunos, não é suficiente. Precisamos do máximo de pessoas aqui.
    -- Você está certa -- o homem desceu seus braços a cintura da moça e logo começou a trilhar alguns beijos por seu pescoço, deitando-a lentamente -- Amy, minha pequena gótica...
    -- O que você quer Matt? -- a morena perguntou desconfiada, sempre que ele a chamava assim ele queria algo
    -- Você disse uma vez que mesmo que descobrissemos quem são nossos filhos, não iria se intrometer na vida deles. -- Amy assentiu entre ofegos, já que os toques em seu pescoço iam ficando mais ousados conforme o mesmo falava com a voz mais sedutora que possuia -- Por que não podemos tentar de novo? Sabe, desta vez, fazer acontecer, tentarmos construir uma família novamente...
    -- Matt eu já entendi o que você quer.
    -- E então? O que acha da ideia?
    -- Er, Matt, com tudo o que esta acontecendo na escola agora, não acho que seja tão boa ideia fazer isso e...
                 Antes que Amy terminasse seu raciocínio, Matt já havia roubado seus lábios em um beijo intenso e já deslizava suas mãos pelo pescoço alvo até encontrar os botões da camisa negra que a morena usava, enquanto esta corria as mãos pelo peitoral do namorado, retirando a camiseta de mangas rasgadas do Iron Maiden. Isso quer dizer que depois disso teremos uma família bem feliz, certo?
                 Talvez sim, talvez não. Só o tempo para confirmar ou desafirmar esta pergunta, que ainda é cedo demais para saber...


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Notas finais do capítulo

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