Revolution I escrita por comeonkiller


Capítulo 57
Forgive me? I wanna make things right this time


Notas iniciais do capítulo

eeee to de volta (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/95405/chapter/57

                 A cabeça latejava, o quarto rodava. O ambiente estava quente e a morena se via enrolada no lençol preto e sentia um peso sobre seu corpo. Incrível, conheceu o cara e em menos de 24h já tinha transado com ele, incrível isso. Coçou os olhos preguiçosamente e gemeu com a dor de cabeça e fechou os olhos mais uma vez, sentindo Ronnie remexer-se levemente, denunciando que estava acordando.
    -- Bom dia -- o moreno deslizou os dedos lentamente até a cintura da garota, fazendo-a arrepiar -- Juliet?
    -- Esperava encontrar quem aqui?
    -- Porra, tinha combinado de encontrar uma garota aqui depois da festa...
    -- Você só pode estar brincando
    -- Eu gostaria, mas já estou me lembrando do que aconteceu noite passada.
    -- Então comece a falar
    -- Bom, por onde eu começo... ?
    -- Pelo começo seria bom.
    -- Primeiro, se acalme e posso contar tudo. -- a morena sentou-se enrolada no lençol e Ronnie passou a mão na nuca, sem graça, vestindo sua cueca que estava jogada no chão ao sentar-se na cama -- Bom, naquela hora que você foi conversar com as meninas eu fui falar com uma outra garota e acabei bebendo um pouco. Depois, bem, nós fomos para aquela rodinha que estavam virando tequilla, você já estava com um copo de vodka na mão, eu já estava com um de whisky. E ai depois estavamos próximos e o resto eu acho que não preciso contar porque sabe...
    -- Sim Ronnie eu sei -- a garota logo deitou de novo enfiando a cabeça no travesseiro e murmurando contra este -- Merda. Cadê esse filho da puta do Jason quando eu preciso dele?
    -- Pra que precisa do seu primo à essas horas?
    -- Nada. Problemas de família. Porra. Minha. Cabeça. Tá. Estourando.
    -- Quer uma aspirina?
    -- Por favor, pare de gritar. E já que me trouxe aqui, não seria má ideia.
    -- Calma estressada. Está bom esse tom de voz pra você? -- o garoto perguntou, abaixando consideravelmente seu tom de voz que já estava baixo anteriormente, pegando uma aspirina e um garrafa de água que tinha consigo, e agachando-se ao lado da cama que Juliet estava -- Pronto estressada. E eu gostei da sua tatuagem. Muito bonita.
    -- Hã?
    -- Das suas tatuagens na verdade. Não esqueça que você ainda está nua e que por acaso eu tive tempo suficiente para observá-las, inclusive suas estrelas e a coruja que você tem no tornozelo. -- levantou-se e foi para a janela, acendendo um Marlboro, tirando um trago -- Parece gostar bastante de rosas, por quê?
    -- Você não entenderia a história...
    -- Como eu entenderia se você nem ao menos me deixa sabê-la?
    -- Teria problema se eu dormisse um pouco e depois te contasse? Estou com a cabeça latejando.
    -- Tudo bem -- sentou-se na cama novamente e colocou o cigarro no cinzero cromado que tinha na cômoda, fazendo um leve carinho no cabelo castanho escuro -- Durma um pouco.
    -- Awn Ronnie...
    -- Diga.
    -- Para de fazer corpo mole e deita logo vai! -- a garota resmungou um pouco mais alto que seus sussurros anteriores, puxando-o para abraçá-la enquanto entrelaçavas seus dedos aos dele -- Você é um idiota Ronald Radke, mas preferi que tivesse sido com você do que com qualquer otário dessa escola...
                 Ronnie ficou um pouco estancado na mesma posição, absorvendo tudo o que ela tinha dito, e quando foi responder, viu que a garota já estava dormindo e simplesmente depositou um rápido beijo na lateral do pescoço da garota, a sentindo soltar um tipo de ronrono e logo murmurou inaudivelmente um "Eu te amo". Bom, que ele a ama como amiga todos sabemos, agora vai a perguntar fundamental: Estaria Ronald Joseph Radke se apaixonando pela garota tatuada que ele conheceu há menos de 24 horas?
    Em Luxemburgo as coisas estavam um pouco diferentes do que a historia com o casal anteriormente citado. Violet e Brian estavam dormindo na cama king size da primeira e estavam abraçados, passaram uma parte da noite fazendo amor em um clichê romântico: na sala, após Allison e Yohan terem ido dormir; no tapete de pele sintética de raposa; bebendo vinho em frente a lareira ligada na noite de neve de Natal. Quer mais clichê que isso? Na outra parte da noite, foram para o quarto e ficaram conversando um pouco até adormecerem, mas é claro que não haviam mais de 6 horas que os dois estavam dormindo.
                 Yohan entrou abriu a porta do quarto com força logo depois que a luminosidade começou a clarear o quarto, anunciando que era quase meio dia e que ele e Allison iriam dar uma volta pelo quarteirão para Skiner passear um pouco e logo depois fechou a porta com mais força do que a havia aberto. Skiner era o bernese da família, ele e Brian ainda não tinham sido apresentados.
    -- Seu pai não podia ser um pouco mais discreto? Só um pouquinho -- o homem de mais ou menos 37 anos murmurou com o rosto escondido nas costas nuas de Violet, que tentava se levantar com dificuldade
    -- Bri, você sabe que delicadeza não existe no dicionário do meu pai. Diz como se não o conhecesse...
    -- Conheço, mas ainda sim, é como se não conhecesse após todos esses anos -- admitiu pesarosamente abraçando a mulher por trás e distribuindo carinhosos beijos por seu tronco
    -- Ainda não me respondeu uma coisa Brian Hanner.
    -- Diga
    -- Por que foi embora da segunda vez? Da primeira você não sabia que eu estava grávida, tudo bem, mas e da segunda? Disse que ia ficar, que ia tentar tudo de novo. Por que foi embora?
    -- E-eu... -- ele hesitou por um instante, escolhendo as palavras e Violet virou a cabeça, permitindo-lhe olhá-lo de soslaio -- Você nunca me perdoará por ter ido embora duas vezes não é? Por não estar ao seu lado não é?
    -- Como é que eu posso te perdoar Brian se nem ao menos sei o porquê  você ter feito isso? Como posso te perdoar se você não me der uma razão para isso.
    -- Eu sou um idiota, eu sei. Te deixei na mão nas duas vezes e na segunda foi pior, porque eu fiquei sabendo que tinha um filho e voltei, o plano inicial era continuar, era ficar, mas eu tinha medo do garoto não gostar de mim e vi que não era tão simples assim criar uma criança, então usei a tour como desculpa.
    -- E agora? Vai ficar ou vai embora de novo na próxima tour? Porque eu te amo Brian, mas não posso simplesmente te perdoar por isso, preciso saber.
    -- Eu quero ficar, vou ficar, com todos os problemas que estão ocorrendo no colégio decidimos cancelar a tour. Meu único medo é qual será a reação dos garotos. Principalmente a do Gaspard, provavelmente ele vai me odiar para sempre.
    -- Ele não vai te odiar. Conhecendo nosso filho pelo o que conheço, ele demorará um pouco para aceitar isso, mas não te odiará.
    -- Eu espero. -- Violet passava os dedos lentamente pelo rosto de Brian e logo este segurou suas mãos delicadamente, deitando-a na cama, distribuindo vários beijos por seu pescoço -- Eu te amo Violet. Sempre fui perturbadoramente apaixonado por você...
                 A mulher não disse mais nada, apenas tentou murmurar um "Eu também" que acabou saindo meio esganiçado por entre os gemidos que começou a soltar depois de alguns instante que Brian tinha começado com  os carinhos em seu corpo. E de olhos fechados ela via todas as conversas de telefone que tivera com o guitarristas nos ultimos dois anos, via todas as noites que tinha passado desejando que um dia ele decidisse voltar, todas as vezes que desejou estar nos braços dele, como quando eram apenas dos adolescentes que ainda não estavam prontos para encarar o mundo. Mas agora estavam prontos para qualquer coisa que precisassem encarar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aee, prossigo? (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Revolution I" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.