Revolution I escrita por comeonkiller


Capítulo 38
The angel and the fight for love


Notas iniciais do capítulo

eee pessoinhas, ganhei um tempo livre hoje, sexta feira (: enfim, mais um cap que eu acho bem dramático e bem importante e nesse cap vcs vão entender pq eu disse que era "melhor" que o Gaspard não tivesse se declarado pra Natasha (y) e já falei muito, então como tive uma quantidade bonitinha de reviews no ultimo cap, to dedicando esse cap pra TODO MUNDO que comentou no ultimo cap (:



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-- Como é que você quer que eu mantenha a calma Brian? -- Violet reclamava desesperada do outro lado da linha

-- Poderia tentar ao menos manter a calma. Eu e os rapazes iremos ver o que está acontecendo e assim que descobrirmos, você ficará sabendo

-- Mesmo assim! Tem um louco à solta no colégio e esse louco pode fazer mal ao Gaspard e a Rainy! Como você quer que eu mantenha a calma?

-- Ah Violet, como eu gostaria de estar ai para tentar te acalmar...

-- Como Brian? Como você poderia me acalmar num momento desses? 

-- Lembra-se de quando estudávamos aqui, que pássavamos as noites juntos, de mãos dadas, em silêncio ou contando as estreloas do céu? E que sempre que você se preocupava com alguma coisa eu ficava segurando sua mão e nos beijávamos até sua preocupação passar?

-- Brian você está tentando reviver toda nossa adolescência? Porque realmente não há condições de eu ir até ai para ficarmos juntos. Mesmo que eu queira muito. 

-- Violet Jenkins Berkley me dê uma chance. Não irei te magoar, juro que faço tudo e que não parto mais da sua vida

-- Me desculpe Synyster, mas eu realmente preciso de tempo para organizar minha cabeça. Que com os desfiles as coisas tem andando corridas por aqui.

-- Depois que você se assumiu modelo internacional ficou tão difícil de manter contato com você Violet...

-- Com você também não tem sido simples Brian...

             E a mulher desligou o telefone antes que o homem pudesse responder. Era difícil para ela retomar as coisas com Brian, seu ex-namorado de escola e pai de seus dois filhos. As coisas entre os dois ficou difícil depois que ela passou a ser modelo e o Avenged disparou em sucesso. Abriu as cortinas e logo debruçou-se na grade da varanda pensando que as coisas não deveriam ser tão complicadas. Que se Synyster nunca tivesse partido, eles não teriam de esconder tantas coisas.

             De volta aos EUA, as coisas também não estavam as mil maravilhas. Alfred, o diretor do BBHS, discutia com sua mulher, Antonietta, à respeito do estupro que havia acontecido no campus. A verdade: o diretor tinha uma parcela de culpa.

-- Alfred não pode deixar as coisas assim! -- Antonietta gritava em tom de repulsa -- Eu sei que seu pai e sua família inteira quase mantiveram esses... Esses.... Esses MONSTROS dentro dessa escola, mas não existem mais condições de mantê-los. Aqueles homens que eram da turma de Amy quase descobriram o que estava escondido aqui dentro! Mas agora é pior! Eles vão tentar descobrir novamente e desta vez será pior!

-- Antonietta eles nunca descobrirão! E como eles descobririam? Da última vez era toda a geração deles em busca de respostas para isto, agora são adolescentes desinteressados de família extremamente rica em busca de um futurozinho medíocre.

-- Tudo bem Alfred, mas são jovenzinhos em busca de futurozinho medíocre que mantém essa escola inteira e complertamente funcionando! Você deixar aquela coisa próxima da área onde os alunos ficam! Uma aluna já foi estuprada e deixaram um bilhete dizendo que há outra garota na lista, ou seja, esse louco está traçando uma linha de vítimas!

-- Ninguém garante que seja ele mesmo que está fazendo isso. E enquanto não temos certeza, você não sabe de nada, eu não sei de nada. Nós não sabemos de nada e vamos apenas investigar para descobrir o que aconteceu. Tudo bem?

-- Não, mas não vou contestar. Não quero passar o que me sobra de vida apodrecendo na cadeia por causa da droga de tradição familiar que os merdas da sua família tem! -- Antonietta retrucou cuspindo as palavras.

             É, as coisas estavam bem feias para o lado desse pessoal. Bem em fim de tarde, via-se os vários alunos do terceiro e do segundo ano, posicionados próximo as portões principais de saída para despedir-se de Natasha que estaria partindo devido à ameaça. Apenas faltava ela aparecer, porque de resto, todos os alunos que queriam se despedir da russa. Todos aguardavam levemente tristes com a partida enquanto a garota terminava de carregar suas coisas para fora. James e Brian decidiram ajudá-la a carregar as malas para fora, faltava apenas uma última. Estranhamente ela ainda não tinha visto Gaspard desde que o diretor liberara todos da aula, vira-o no meio do tumulto que tivera entre Scout e Tweed e nada mais. Precisava despedir-se dele, ainda mais depois do que acontecera noite passada e se estendera por parte da madrugada.

             A morena chegou a se despedir de várias pessoas, entre estas, Victoria, Tweed, Rainy, Lee, Olliver, Tom, Bill, William, Maxwell, Georg, Gustav, Rainy e Morgan, mas ainda não vira o melhor amigo. Se bem que no instante que o viu desejou ter permanecido sem vê-lo. A russa sentiu o sangue subir a cabeça e voltar, cerrou os pulsos e manteve-se com a bota azul de camurça praticamente fincada ao chão, mordendo o lábio inferior de nervoso.

             Gaspard estava beijando a secundanista Janie Jodi, que até então Natasha não tinha a mínima idéia de que os dois tinham algo. Era uma das poucas coisas que ele nunca havia contado para ela, mas bem que deveria ter contado. A terceiranista engoliu em seco e cansou-se de assistir quando Maxwell chegou próximo a ela e segurou seu braço, vendo a cólera que a garota exalava naquele momento. Saiu andando em passos pesados que pareceram ter feito Gaspard voltar para a Terra e separar-se de Janie, que o encarava com a expressão confusa.

-- Vai me deixar aqui Gaspard? -- a secundanista rebateu irritada -- E tudo o que nós ficamos juntos?

-- Foi mal Janie. Existe outra pessoa de quem eu preciso e eu não posso deixá-la ir

-- Você não pode estar falando sério!

-- O pior é que eu estou!

             E antes que Janie pudesse dizer mais algo sobre sua inconformação do terceiranista "terminar" com ela desse modo, o moreno já estava andando rapidamente atrás de sua melhor amiga, que andava rápido, quase correndo, desviando dos alunos que estavam ali e agora paravam para observar o que viria a seguir.

-- Naty! Naty! Natasha! -- Gaspard chamava a garota constantemente em gritos quase desesperados, finalmente conseguindo segurar o braço da russa -- Naty, espera.

-- Esperar? Esperar a merda Gaspard! Como é que você faz isso comigo?! 

-- Naty eu posso explicar...

-- Explicar o que? Você diz que me ama, você me diz todas aquelas coisas que me disse noite passada e ainda quando eu vejo você beijando outra você quer que eu diga tudo bem? -- a esse ponto a russa não gritava mais, ela quase chorava -- Como disse tudo aquilo e ainda quer que eu faça como se nada aconteceu?!

-- Não quero que você faça como se nunca tivesse acontecido

-- Não, quer que não tenha acontecido mesmo!

-- Deixa eu explicar Naty é sério!

-- É sério Gaspard, saia da minha vida! Eu te odeio, eu juro.

             E dito isso Natasha saiu correndo pelos fiascos de neve que começavam a se formar pelo chão, eram os primeiros flocos de neve do inverno. Gaspard continuava tentando ir até ela, e assim, aconteceu...

             O gramado ficando branco. O medo. A dor. A agonia. A culpa. O desespero. O início do inverno. O círculo formado em volta. O fugitivo. A vítima. O garoto desesperado. Os gritos. O frio. As mágoas. O ressentimento. O sangue... Tudo havia se misturado em um só instante. A garota russa que estava para ir de volta para sua terra natal havia sido um anjo, um anjo que tinha acabado de aprender a voar.

              A morena saíra correndo portão a fora, suas malas já estavam do lado de fora da escola, só faltava ela sair. Faltava apenas ela sair. Foi se despedir de seu amor, seu melhor amigo e se arrependeu. Ninguém ouviu nada. Todos viram. O anjo russo de cabelos intensamente negros e de pele intensamente branca aprendeu a voar. Aterrissou na grama verde-esmeralda e ninguém conseguia ouvir nada. O autor-do-crime partiu desgovernado. Todos se reuníram em volta e alguns chamavam por uma ambulância. Gaspard gritava desesperado, correndo cambaleante em direção à melhor amiga enquanto a irmã mais nova e os amigos tentavam controlá-lo. Era culpa dele? Poderia ser, poderia não ser.

-- Para Gaspard! Para! Você não pode fazer nada! -- Rainy tentava acalmar o irmão, ela fora uma das únicas que viu o passo-a-passo do acidente 

-- Rainy, você não tá entendo, eu preciso ir lá. -- o moreno gritava desesperado entre soluços. Sim, ele estava chorando -- Porra, por que eu fiz isso? Por quê?

-- Calma Gaspard, se acalma --  Maxwell segurava o braço esquerdo do amigo enquanto Will segurava o outro -- Se acalma, você não tem culpa disso.

-- COMO É QUE EU NÃO TENHO CULPA? Eu disse que amava ela ontem, ela disse que me amava e me viu com outra. Como você quer que eu me acalme? Ela não quis nem me ouvir! Como você quer que eu me acalme?

-- Se acalma -- Rainy disse pacífica quando os dois terceiranistas conseguiram acalmar um pouco Gaspard -- Nós sabemos que o que você fez foi besteira, mas não tem nada que possa fazer agora. É torcer para que ela fique bem, e quando ela acordar, você se desculpa

-- Droga! Mas e se ela não acordar?!

-- Ela vai acordar sim -- Brian se pronunciou, saindo de trás da multidão que havia se formado ali, enquanto James e Matthew chamavam uma ambulância urgente 

-- Como tem tanta certeza? Você por acaso viu a força com que aquele cretino filho-da-puta acertou ela? Você por acaso viu a velocidade com que ele vinha?!

-- Sim eu vi -- o mais velho disse calmamente e sentou-se ao lado dos três terceiranistas

-- Mas ela ainda está viva, ainda tem pulso, ou seja, a chance de ela acordar é grande.

-- Ela me odeia agora -- Gaspard chorava olhando para o chão, estava em desespero

-- Eu nunca devia ter dito que a amava, nunca devia ter confessado tudo

-- Por quê? Fez o certo contando pra ela -- Will perguntou confuso, que teoricamente, o erro do outro terceiranista era ter ficado com Janie bem no momento em que Natasha estava se despedindo de todos

-- Deixou ela sabendo de como você se sente...

-- Exatamente. Se eu não tivesse contado, nada disso teria ocorrido. Se eu não tivesse dito, ela não teria ficado tão magoada e minha melhor amiga ainda estaria aqui. Ainda estaria bem.-- Gaspard ergueu os olhos para observar o corpo da amiga, ali, deitado como sono profundo no gramado levemente coberto pela neve -- Eu estaria ficando com saudades dela porque ela estaria voltando para Moscou, não estaria com medo de perder ela para sempre. Se eu não tivesse dito nada, eu não teria esse medo de que ela tivesse algum problema ou alguma sequela no momento em que ela acordasse. Não teria tanto medo de...

-- GASPARD! -- Victoria gritou, a ruiva estava junto a amiga, fazendo com que o moreno erguesse-se rapidamente e fosse até à amiga -- Olha...

             Natasha ainda estava consciente, quase perdia a consciência, mas via-se que o único nome que ela chamava era o do melhor amigo, apesar de ela não estar falando com tanta vontade ou intensidade com que falaria normalmente. Estava fraca, fragilizada, machucada...

-- Naty, 'to aqui. 'To aqui, você vai ficar bem, prometo! -- o garoto disse entrelaçando seus dedos ao da morena, que mal tinha forças para retrucar o gesto

-- Eu não quero... Não quero... não quero v-você...

              E antes que ela terminasse de dizer, sua consciência se esvaiu e ouviram a ambulância chegar. Gaspard começou a gritar desperado, torcendo em vão para que isso fizesse com que ela acordasse. Tudo o que ele queria era ela acordada. Tudo o que ele precisava era dela bem...


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Notas finais do capítulo

esse cap é triste mas ele é importante, malz se fiz alguém chorar D: enfim, continuo amrs?



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