Kimi Ni Todoke escrita por Ledger


Capítulo 2
II - Hamlet


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que leram o primeiro capítulo. Desculpe a demora para postar, mais aqui está o segundo capítulo. A história mesmo começa só no três. (:



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II - Hamlet

Hinata chegou em casa ofegando. Nunca havia corrido tanto, desde a quinta série, quando Gai Sensei a obrigou a dar vinte voltas correndo em torno da quadra esportiva, e ela, no final, acabou desmaiando de cansaço – e, “por sorte”, caindo dentro da piscina da escola.

Hanabi, sua irmã mais nova, encontrava-se deitada no sofá, com todas as suas roupas de roqueira jogadas no chão. A Hyuuga mais nova assistia um show – Hinata fez um grande esforço mental para lembrar o nome da banda, mais não conseguiu.

-          Hanabi... – a irmã começou, ainda ofegante – o que é isso? – ela apontou para as roupas jogadas no chão.

Hanabi deu “pause” em seu show, e olhou para a irmã mais velha.

-          Tenho que decidir qual das minhas roupas vou vender.

-          Vender? – perguntou Hinata, confusa – vender por que?

     Hanabi bufou. Não gostava da “lerdeza” de sua irmã.

-          O mesmo motivo de sempre. Estamos sem grana. Mas agora... Estamos realmente sem grana. Quero dizer, zerados. Nada.

-          Não estou entendendo.

 -          Af. – Hanabi apertou o “play” de seu controle remoto. Ao ver o rosto do vocalista, Hinata lembrou o nome da banda. Metallica. – Papai perdeu o emprego. Ele não te contou?

Hinata congelou. Seu pai não tinha lhe contado que tinha perdido o emprego, notícia que era super importante para a família deles, e tinha contado a Hanabi, uma pré-adolescente metaleira e que ignorava os dois como se fossem portas?

“Hinata” alertou ela para ela mesma “chega de ciúmes”.

-          Não vai falar nada? – A Hyuuga mais nova perguntou, não tirando os olhos da televisão – estamos totalmente falidos. Por isso vou ter de vender algumas roupas.

Hinata estava distante. Uma única pergunta insistia em martelar em sua cabeça:

-          Onde está o papai?

-          Ainda não chegou. – informou Hanabi.

Rapidamente, Hinata pegou sua mochila de novo,e saiu correndo. Ainda pode ouvir um grito de sua irmã, perguntando aonde iria com tanta pressa, mais ela ignorou. Tinha algo mais importante a fazer.

...

A floricultura dos Yamanaka era realmente bela. Suas flores se destacavam entre as outras da cidade, por serem mais vivas. Quando Hinata chegou lá, suspirou. Teria de ter coragem.

Foi em direção ao balcão, e viu Ino lá. A loira tinha os cabelos presos no costumeiro rabo de cavalo, e cuidava atentamente das flores. “Coragem, Hinata”. Pensava a mesma. “Ino irá entender a sua situação”.

E a Hyuuga chegou a entrar na floricultura, mas apenas quando Ino deu as costas e foi para dentro do lugar. E quando a mesma voltava, ela tratou de dar as costas e ir embora.

Sim, precisava arranjar um emprego. Tinha de ajudar o seu pai. Dessa vez, Hinata confirmou sua suspeita: Ela era uma completa idiota. Como nunca tinha corrido atrás de um emprego de meio período para ajudar sua família? Sua situação financeira não é boa desde o dia de seu nascimento. Como conseguiu ser tão insolente e distraída?

A Hyuuga, triste, foi até um banquinho de uma praça, e sentou-se por ali. Abriu sua mochila, e pegou o exemplar da peça teatral Hamlet, de Shakeaspere. Sim, ela não costumava ler esses dramas do dramaturgo, preferia um Romeu & Julieta, que já tinha lido inúmeras vezes. Mais a história lhe chamou a atenção.

Hamlet contava a história do príncipe Hamlet, que ao ter o pai morto, entra em luto por completo. Um dia, o fantasma do pai aparece-lhe, falando que o seu tio, que agora estava no trono, tinha matado-o, e que o príncipe tinha de fazer algo. Assim, Hamlet inicia sua nada humilde vingança.

Hinata nunca fora chegada a histórias do tipo, mais alguma coisa a atraía nessa, e ela não entendia bem o porque. Ficou ali, lendo o livro, sem ter noção do tempo, até perceber que ela era a única que habitava a praça.

Levantou-se, tensa. Guardou o livro, e olhou o relógio. Eram dez horas da noite. Como o tempo passara assim, tão rápido? Ela estava longe de casa – tivera de pegar dois metros para chegar até ali – e certamente o horário não era adequado para uma moça andar sozinha neles.

Mas não. Não iria pedir a seu pai que a buscasse, certamente porque o mesmo devia estar cansado e triste, pois perdera o emprego. De costume, teria ligado-a, pedido para voltar para a casa, mas o pai devia estar abaladíssimo com o fato e com certeza não teria se lembrado disso.

Tudo bem. Ele estava certo.

Sendo assim, começou a caminhar. Procurava pensar no melhor. Seu gato, Mimi, sua irmã Hanabi em casa, Naruto-kun...

Surpreendeu-se ao se ver pensando no loiro. Apesar de ninguém se encontrar ali, ela corou instantaneamente. Se ela pensava no Uzumaki? Isso era óbvio. Mais não pensou que o loiro viesse a sua cabeça nesse momento de tensão...

Resolveu continuar caminhando. Voltaria a pé, certamente era mais seguro que o metrô. No caminho, viu algumas pessoas, e se aliviou ao ter certeza de que não lhe fariam mal. Até chegou a ver garotas de programa, mais preferiu fingir que não tinha visto nada.

Ao chegar em um trecho mais obscuro, ela tremeu ao ouvir passos atrás dela. Não iria olhar para trás. Certamente não. Continuou caminhando vagarosamente, até sentir a pessoa de trás colocar as mãos em sua cintura. Antes mesmo de saber quem era, ela gritou de medo, e tentou fugir, mais não conseguiu.

-          S-s-solte-me! – gritava ela, mas era em vão. No que a Hyuuga foi abrir os olhos para ver o rosto do homem, se deparou com Naruto rindo de sua cara. Ela corou instantaneamente.

-          N-naruto? – perguntou ela, ainda meio voada – N-naruto-kun?

Ele sorriu, e soltou sua mão.

-          Desculpe pelo susto Hina-Chan, é que te vi andando sozinha e fiquei preocupado. Aí, resolvi fazer uma brincadeira.

-          Ah... – A Hyuuga ainda estava paralisada. Era informação demais para sua cabeça pequena. Era só uma brincadeira, Naruto estava preocupado com ela, e a tinha chamado de Hina-Chan...

Naruto sorriu para ela, e continuaram andando. A Hyuuga ainda estava meio paralisada, mais aos poucos, foi se soltando.

-          Vou te levar para a casa – disse o loiro, sorrindo – esse horário é perigoso para meninas como você.

-          C-como eu? – perguntou ela, confusa.

-          É – ele olhava desconfiado para as árvores e os arbustos – você parece uma bonequinha de porcelana, Hina-Chan. Parece que vai quebrar.

A Hyuuga corou; corou até não poder mais. Seu rosto queimava como se estivesse pegando fogo, e ao mesmo tempo, seu coração se enchia de alegria. Quer dizer, isso tinha sido um elogio? Ela achava que sim.

Continuaram caminhando, e teve um momento em que Naruto precisou mesmo proteger a Hyuuga, pois uma gangue passava por ali. Hinata não sabia o que seria dela sem o Uzumaki, e certamente, gostava mais dele a cada dia.

Quando chegaram perto de seu bairro, Hinata disse que já podia ir sozinha. Naruto deu de ombros, disse que tudo bem, e abraçou em despedida. A menina ficou três segundos fora do ar, para no fim, agradecer-lhe:

-          A-a-arigatou... Naruto-kun.

-          Não foi nada, Hina-Chan! – ele se despediu da mesma, sorrindo. Foi em direção ao ponto de ônibus, e sumiu nas sombras.

Hinata foi em direção á sua casa tranqüilamente, pois sabia que a partir dali, já era conhecida. E ninguém lhe faria mal.

...

Seu pai ficou zangado com ela por demorar tanto. Ela explicou-lhe a causa, e ele disse-a que não precisava se preocupar com o emprego. Ele certamente arranjaria outro.

Mas a Hyuuga, apesar de frágil, tinha o seu lado teimoso. E a teimosia aparecia quando o assunto “família” estava em jogo.

Ouviu o ônibus buzinar, e ela e a irmã mais nova desceram. Hanabi ia em outro ônibus, o ônibus do ensino fundamental, enquanto ela ia no ginasial. Entrou no ônibus, e viu Sakura sentada com Naruto. Suspirou. Esquecera desse detalhe. Procurou com o olhar algum lugar que pudesse sentar, mais nenhum parecia estar vago. Olhou para TenTen, e ela sorriu para a mesma, convidando-a a se sentar com ela. A Hyuuga foi.

-          Onde está Neji-niisan? – perguntou, curiosa.

-          Ahn... – ela sorriu, sem graça – brigamos. E o teimoso não quis vir a aula de ônibus. Disse que viria a pé.

    Hinata sorriu de lado. Seu primo era mesmo um teimoso.

-          Porque brigaram?

-          Ah... – ela corou levemente – porque eu estava o protegendo de uma menina tarada – ela pareceu ficar nervosa ao lembrar-se da situação.

    “Então é isso”, pensou a Hyuuga. “TenTen está começando com o ciúmes de Neji-niisan.”

A Mitsashi reparou no sorriso de Hinata, e logo sacou.

-          Não pense que eu estou com ciúmes dele, Hinata! Eu só... – ela bufou – o estava protegendo de uma tarada.

-          Ok – disse a Hyuuga, tentando não sorrir – entendo.

Chegaram a escola. TenTen, ao dar de encontro com Neji, fechou a cara. O Hyuuga bufou, e eles começaram a discutir ali mesmo. Hinata sorriu, alegre. Aquilo com certeza queria dizer algo.

Ao ver Naruto se aproximando, seu estômago pareceu querer criar asas. Mais, ao contrário do que ela pensava, Naruto passou direto por ela, não lhe dando nem um oi.

Naquele momento ela pareceu querer desmoronar. Correu em direção ao banheiro, mas antes que chegasse, trombou com alguém.

Olhou para cima, do chão, e viu o olhar congelante e frio que ela tinha tanto medo. O Uchiha a olhava com desprezo, e não se preocupou nem em ajuda-la. Ela bufou, levantando-se sozinha, e talvez por estar triste e nervosa, foi atrás do mesmo.

Ele conversava no celular com o pai, e discutia fervorosamente.

-          Não vou trabalhar para ninguém, pai! Não quero trabalhar agora, tenho mais coisas a fazer! – ele deu uma pausa para ouvir o que o pai falava do outro lado da linha – sim, sei que vou ter que assumir a empresa mais cedo ou mais tarde, mais por enquanto não quero! Quê? Eu, trabalhando como secretário? Não brinque!

    Dizendo isso, Sasuke desligou o celular, nervoso. Mal sabia ele que uma menina o observava de longe, e que, dentro de sua cabeça, começava a nascer uma ideia brilhante.


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Notas finais do capítulo

o Sasuke só aparece no final. Mas enfim, está boa ou não? '-'



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