Apenas Um Olhar escrita por Dih_dangerous


Capítulo 5
Capítulo 02 - Última parte.


Notas iniciais do capítulo

Os personagens citados aqui pertecem á Masashi Kishimoto. A história pertence no entanto a minha amiga Rafa que meu deu autorização para poder posta-la !Boa leitura x3



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Bom, não deve ter dado tempo dele ter olhado meu rosto, eu podia correr e deixar esse alguém lá, morto ou vivo, não sei. Mas eu adorava aqueles all stars! Não daria tempo de pegá-los e correr. Já eram de estimação. Ah, e eu também tinha que ajudar quem eu acertei.
Eu não ouvia nenhum barulho, então, me virei em câmera lenta para ver os estragos. E estirado no chão, estava o corpo de quem eu acertei. Febem aí vou eu. Cheguei mais perto, para ver o rosto da pessoa, e, Jesus me carregue! Era um homem. E que homem, meninas. Observando-o desacordado, eu o analisei. Era mais alto que eu, com um físico perfeito, sua pele era branca, parecia que ele nunca saía à luz do sol – podia ser um vampiro – ou o fator de proteção do seu protetor solar era muito, muito bom. Fiquei de joelhos ao seu lado, virei meu rosto para encontrar o seu, era lindo, a linha que saía de suas sobrancelhas e chegava aos seus lábios era simplesmente indescritível. Seus cabelos eram negros, bagunçados, rebeldes. Meus Deus, com tanto homem feio por aí eu fui matar logo um como esses?

Chega Sakura! Ajuda o homem e deixa pra pensar besteira depois!
Com dificuldade, muita dificuldade na verdade, eu ergui o corpo dele. Sua pele estava fria – gente! Eu matei ele mesmo! – ele era pesado. Puxei-o até a porta de minha casa, que já estava aberta, e levei-o até o sofá na sala. Joguei seu corpo no sofá, apoiei sua cabeça em uma almofada e, rapidamente voltei ao corredor para pegar os sapatos. Eram de estimação gente. Voltei para casa, joguei os sapatos num canto qualquer, e me dirigi até a cozinha para fazer uma bolsinha com gelo – eu lhe acertei em cheio na cabeça – mas, na minha geladeira não tinha muita coisa além de água, gelo e leite condensado. Ainda não havia tido tempo para compras, a faxina tinha me tomado a tarde inteira. Cheguei na sala, com a bolsa de gelo na mão, me agachei ao lado do sofá e coloquei-a em cima da área, que estava ficando com uma coloração arroxeada, no alto da testa.

O garoto deu uns gemidos de dor. Eu fiquei um  tempo lá com a mão segurando a bolsa de gelo na testa dele. Alguma coisa caiu no chão, fazendo barulho. Olhei para os lados, procurando o que havia caído, e à minha esquerda, estava uma chave, idêntica a do meu apartamento, que provavelmente caíra do bolso do garoto.
Peguei a chave no chão, e lá estava escrito: APART. 70 – BLOCO A.

Caraça! Matei o meu vizinho!

Que coincidência nada agradável, eu louca para saber o mistério que se desenrolava no meu vizinho, e eu acabei por quase matá-lo com uma sapatada. Boa Sakura!
Isso não é nada bom, quando – ou se – ele acordar vai achar que quero matá-lo. Mas outra coisa, aquela criatura desacordada no meu sofá era perfeita. Porque ou o quê era o motivo do comportamento descrito por seus amigos?
-Unh...
Seus olhos estavam crispindo-se, ele voltava à consciência.
-Onde... onde... – devagar seus olhos se abriram, se acostumando à luz.
-Você está bem? – perguntei ainda segurando a bolsa de gelo na sua testa.
Ao ouvir minha voz, instintivamente ele me olhou. Seus olhos eram de um ônix enlouquecedor, profundos, tais olhos me analisavam minuciosamente.
-Quem é...? – ele não terminou a pergunta, ainda parecia confuso. Cara eu sou muito forte! 8)
-Sou sua nova vizinha, meu nome é Sakura. Está doendo muito? – perguntei preocupada olhando a área roxa em sua testa. – Aquele tênis era feito de quê? WFT ?

Ele não respondeu a pergunta. Apenas ficou quieto, sentou-se devagar e olhou o apartamento. Seus olhos, se arregalaram ao encontrar algo na direção da porta.

Ai, merda.

Ele bruscamente segurou o braço da mão que apoiava a bolsa e me olhou. Parecia furioso. Ele apontou para os tênis jogados no canto, ao lado da porta e meus olhos apenas seguiram seus dedos.

-Aqueles sapatos são seus? – perguntou friamente, apertando meu braço. Droga! Porque não guardei eles em meu quarto? Vai feder.
-Sim, el...

-Você é louca? Poderia ter me matado! Porque não tirou as porcarias de tênis dentro de casa? Sua irresponsável. Não sabe medir as conseqüências de seus atos? – ele começou a gritaria, mas era preciso tanto? Ele não tava ali, vivinho, e ainda por cima gritando e brigando? Estava mais do que saudável a meu ponto de vista.
-Desculpe, foi um acidente...
-Acidente? Se isso acontecer de novo, o que farei com você será um acidente. – ele manteve o tom de voz, apertando mais o meu braço... mexe com quem ta quieto, parceiro!
-Peraí, eu já pedi desculpas ook? Não seja tão chorão! Você não ta vivo? E solta meu braço que já ta machucando, Chuck Norris! – respondi, aumentando o meu tom ao mesmo timbre do dele. Agora ambos gritavam.
Ele jogou meu braço e se levantou. Eu levantei junto, nós nos encaramos por um momento.
-Chorão? Eu não vou nem perder meu tempo discutindo com alguém como você. – ele se virou e saiu batendo a porta.
- Ah é, é? Alguém como eu... – dei um sorrisinho, sozinha, caminhei até a porta e girei a chave, trancando-a.

3,2,1...

As batidas na porta começaram.

-Abre essa porta agora! – grunhia do lado de fora.
-Ué! Pensei que o ilustríssimo não queria perder seu tempo com um reles ser humano! – sorri em tom de deboche, balançando as chaves do apartamento dele entre os dedos.
-Me dá essas chaves! – continuou batendo na porta e gritando. Tanto escândalo.
-Que violência! Deveria pelo menos me dar a honra de saber o seu nome, vizinho. – falei com a cabeça perto da porta.
-Abra a porta e eu lhe direi o meu nome. – a voz dele tinha se acalmado.
“Menina, abre a porta que o bofe é dos bons, não perde essa chance!”
Cala a boca Godofredo!

Girei a chave para o lado contrário e abri a porta devagar, sorrindo, com as chaves em mãos.
Não deu tempo nem de piscar, eu apenas senti seu hálito em meu pescoço. Ele estava atrás de mim, mas eu não vi nada. Fiquei paralisada.

Ele apenas pegou as chaves de minha mão, sorriu ironicamente e falou e meu ouvido, com aquela voz rouca irritante:
-Sou alguém, com o qual você não deve se fazer de engraçadinha. Sou muito melhor do que você. – ele se virou e caminhou em direção à porta.
-Meu nome é Sasuke. Uchiha Sasuke. – e saiu, abrindo a porta de sua casa.
Eu só fiquei lá, parada, hipnotizada. Como diabos ele fez aquilo? Será que ele era o Flash? Não, não o Flash é mais legal. Fechei a porta, ainda meio que “Madrugada dos mortos”. Foi aí que caiu a ficha.
Quem ele pensa que é? Nem o meu Orlando pode falar assim comigo! Aquele... James Bond paraguaio! Até parece que ele é melhor que eu! Só quando maconha se cheirar e cocaína se fumar. Nem a pau, Juvenal.
E a resposta para todas as minhas perguntas apareceu. Caiu do céu, direto em uma árvore e bateu em todos os galhos antes de eu perceber.

Uchiha Sasuke, era um grande idiota.

Naruto pov ~

-Você não vai para de comer? – perguntou Shikamaru olhando pra mim.
Estávamos sentados na mesa da cozinha. Eu estava comendo um copo de macarrão instantâneo. Qual era a desse cara? Agora que eu estava no quarto copo. Depois da entrada vem o prato principal.

-Só quando eu não ver mais nenhum copo de Cup Noodles nessa cozinha. É um desafio que faço a mim mesmo! – respondi, convicto. Apontando os palitinhos no nariz dele.
Ele suspirou, como de costume – e tirou os palitinhos do seu rosto.

-Então espera aí, eu vou montar um acampamento. Só tem miojo nessa casa. – falou irritado, com a cabeça encostada na palma da mão e o cotovelo na mesa.
-E o que precisa mais?! – bati a mão na mesa – essa belezinha é uma ambróvia. – apontei para o copo, com água na boca.
-Não quis dizer Ambrósia? – arqueou as sobrancelhas – Dexter.
-Foi o que eu disse. Tendo isso, nada mais é necessário. – continuei.
-Você nunca mais fará compras sozinho. Definitivamente, nunca.
-Hunf.

Não liguei para o que ele havia falado, eu sempre poderia comprar lámen no mercado negro (que na verdade, era apenas o Tio que me vende lámen no Ichiraku). Que lesado, né?

-Amanhã pelo menos, você vai acordar cedinho – falou rindo, aquele palerma. O quê?
-Hein?
-O galo na sua testa vai começar a cantar cedinho, Romeu. – ele colocou o dedo na parte esquerda de sua testa. Eu imitei o movimento, e cheguei numa parte alta. Era como comparar o Shaq com um anão de jardim.
-Cara, que cabeçada a Hinata me deu. – dei um gemido abafado ao tocar no lugar inchado, doía de verdade.
-Claro, você praticamente enfia essa sua língua na boca dela (exagerado). Sorte sua ela não carregar spray de pimenta na bolsa. – respondeu incrédulo.
-Dá um tempo, Shikamaru! – eu tava com dor de cabeça, meu lámen tinha acabado e atropelei um cachorro na volta pra casa. A última coisa de que eu precisava era os sermões daquele preguiçoso.
-Você não agüenta a verdade, Narutinho? – perguntou imitando uma voz ridícula.

 -Em primeiro lugar... – interrompi a fala para engolir um pouco de macarrão, bom, eu achei um copinho lá no meio da gaveta dos talheres. Era pra ser apenas um  pouco de lámen, mas eu coloquei muito na boca e quando tentei engolir, a comida desceu rasgando, cara isso dói demais! Saiu até água do meu nariz. – em... em primeiro lugar... – as lágrimas se formaram no canto de meus olhos. – a verdade é que eu apenas estava me desculpando pelo que eu havia dito. Não transforme isso numa notícia do TV fama.
- Ótimo jeito de se pedir desculpas, hein? Por falar nisso, eu tenho que pedir desculpas à Ino por que eu quebrei uma pulseira dela. Foi sem querer... e se eu der o maior amasso nela? Acho que o Sai não vai se importar não é? – debochou ironicamente da minha resposta.
-Há, há. Você é tão engraçado que eu acho que devia fazer um teste pro Zorra Total, idiota. – sugeri, dando um tapinha no braço dele que estava encostado na mesa, fazendo sua cabeça balançar. – E além do mais, você sabe muito bem que eu não me aproveitaria da Hinata, ela é minha amiga. – terminei, voltando a minha atenção para meu último copo de lámen sabor churrasco.
-Só pra você ver o como é tão burro! A situação perfeita aparece e você não aproveita! – falou enquanto tomava o copo de lámen da minha mão.
-o que é que você ta falando, panaca?
-De você e a Hinata. Óbvio não?
-Eu e a Hinata?

-Não, eu e o Michael Jackson... Claro que você e a Hinata! Como pode ser tão cego? – grunhiu entre dentes sacudindo minha cabeça. – só tem vento dentro dessa sua cabeçona?
-Como você é estúpido! Eu e ela nunca daríamos certo.
-Só no seu mundozinho laranja, feito de miojo e vídeo game de ninja. – bufou imutável.
-A garota é apaixonada por você desde os tempos que você era mais feio do que agora e tu me vem com esse papo merdinha? – ele parecia muito frustrado.
-A Hinata? Apaixonada por mim? E... peraí! Como assim mais feio do que agora? Eu sou mais bonito do que você! – gritei com ele. – Dattebayo!

-Claro que é! Até um tuberculoso paralítico surdo-mudo perceberia isso mais rápido do que você. – falou baixo, no seu tom de voz desinteressado e preguiçoso normal. – E o pior é que vocês dois são os que mais perdem com essa história.
-Mas, como ela é apaixonada por mim? – perguntei, confuso.
-E eu é que vou saber? O que uma garota veria em você? Idiota, retardado, inútil, tagarela, guloso e... tantas outras coisas. – respirou fundo – mas o que posso dizer? Você é o idiota bobo, e ela é a garota tímida e legal que é apaixonada pelo idiota bobo, mas não tem coragem de se declarar.
-É que... a Hinata? Não acha estranho? Nós dois? – perguntei, eu queria sua opinião.
-Não, quer saber o que acho estranho? Vocês separados.
-O que eu faço? Ela sempre esteve do meu lado, e sempre me apoiou quando mais precisei. Foi a única que nunca deixou de acreditar em mim. – pensei comigo mesmo, baixinho. Mas acho que audível o suficiente aos ouvidos de Shikamaru. – O que eu faço?
-Sabe o que você vai fazer? – falou com um sorriso no rosto. – Conquiste a sua garota, loirão! E faça ela muito feliz. – ele deu uns tapinhas em minhas costas e me deixou sozinho na cozinha.
-Fazê-la feliz. Hinata...

Sakura’s pov

Já era tarde, eu não conseguia dormir. Estava pensando no incidente que tinha ocorrido com meu vizinho, e isso não me deixava em paz. Que saco.
Queria analisar os fatos, agora, que estava mais calma, depois de um bom e demorado banho e deitada na minha caminha. Talvez a culpa fosse realmente minha. Afinal, fui eu quem jogou o tênis, que o deixei desacordado, mas ele também não facilitou as coisas, não podia ser um pouco mais educado? Do tipo, tudo bem, foi um acidente e tal... e não do tipo “Vou chamar a minha gangue e te dar o maior coça da próxima vez!”. E quer saber o que eu descobri? A culpa era toda, todinha, daquela porta estúpida. Quem mandou ela não abrir? Se fazer de difícil? Pois é, era culpa da porta. Eu devia dormir, pelo menos um pouco, mas eu não conseguia. Por quê? Por quê aquele mal-humorado, anti-social e lindo do meu vizinho não saía da minha cabeça? Quando fechava os olhos, eu podia ver, seus olhos, ônix penetrantes, me analisando, observando, tentando entender o que tinha contecido. Aqueles olhos... Chega, Sakura! Dorme que eu já cansei minha beleza, ok? Esquece o bofe, pelo menos por hoje, dorme e amanhã a gente conversa, gata. Boa noite!

Tudo bem Godofredo, boa noite pra você também. – eu fechei os olhos e tentei dormir, até que o cansaço me venceu e,enfim eu fechei os olhos.

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Era sábado. O melhor dia da semana – tirando o domingo – hoje o Shikamaru e o Naruto me convidaram para assistir um filme na casa deles. O resto do pessoal também iria. Depois da semana tert passado, eu já me sentia mais enturmada com todos eles.

 Eram totalmente, completamente, inevitavelmente – e o resto dos mente – malucos. Acho que esse foi o motivo do entrosamento tão rápido. Doido com doido se entende. Depois de tomar um banho, escovar os dentes, pentear os cabelos e tal, fui à cozinha preparar o meu café da ,manhã. Peguei um  suco de laranja na geladeira e uns biscoitos cream cracker. Café da manhã super. Estilo mendigo-viciado-reggueiro de esquina de farmácia clandestina. Os tempos estão difíceis. Crise econômica, queda da bolsa, queda do avião, queda dos atributos da vovó, lei da gravidade, CD novo do Michael Jackson. O apocalipse está próximo, é verdade.
Depois de meu desjejum, fui até o quarto escolher uma roupa. Peguei uma babylook branca com vermelha – ou será que vermelha com branca? – um short jeans preto com uma fitinha de lado e – óbvio – meus inseparáveis all stars. Pronto.
Dei uma última bagunçada no cabelo e olhei meu relógio de sapinho em cima da mesinha de cabeceira do lado de um livro jogado e meio que empoeirado – “Don’t kill yourself” – brincadeira – “As crônicas de Bruna Surfistinha” – brincadeira de novo – “Como satisfazer a você e seu parceiro” – calma que agora vem o título de verdade: “Cara, cadê meu namorado?” – era uma comédia romântica muito fofa, os personagens principais se conheceram quando a garota meio que “perde” o namorado e eles se odeiam de primeira vista. Fazem da vida um do outro um inferno, mas no final... bom, na verdade, eu não sei o que acontece no final, porque sempre durmo no antepenúltimo capítulo. Mas ou eles são felizes para sempre e vão morar num castelo encantado com pôneis rosas e muita purpurina, ou o homem mata a mulher, vira um fugitivo da polícia, se envolve com o tráfico de drogas oriental e faz uma participação nos filmes do Jack Chan e do Bruce Lee.


Oopa! 9:48, hora de buscar a Hinata e a Ten Ten.

Hoje vai ser um dia daqueles!

Na casa dos meninos:

-Oi, gente! – entrei na sala, junto com Hinata e Shikamaru que fora abrir a porta para nós.
-Hey, Sakura-chan! Cadê a Ten Ten? – chegou o mais espalhafatoso – Naruto – para nos cumprimentar.
-A Ten-san disse que não estava muito disposta, Naruto-kun. Ela preferiu ficar em casa hoje. – respondeu Hinata, arrastando o pé no chão, em um dos seus famosos gestos embaraçosos. Eu descobri – não foi muito difícil – que ela nutria uma paixonite pelo Naruto, há muito, muito tempo. Tipo, far far away.
-Bom dia! Todo mundo. – todos estavam na varanda, conversando. Consegui ver à distância a Ino e a Temari, de ladinho estava o Sai. Coloquei a cabeça para fora da casa e cumprimentei-os. Virei-me para procurar um lugar para sentar, e de repente, eu podia acreditar que naquele dia, eu pagaria todos – mas todos mesmo – os meus pecados.

Uma figura conhecida estava sentada num sofá de couro marfim. E o pior, uma figura conhecida – e desagradável – aquele homem insensível do meu vizinho. Uchiha Sasuke.
Eu acho que naquela hora, eu tinha ficado meio azul. Não podia ser, era final de semana! Porque essas coisas não acontecem em dias úteis? O que ele tava fazendo ali? Pensei que aquela criatura nem de casa saísse. Que merda. Vida de Sakura.

-Sakura-chan, esse aqui é o teme, Sasuke. Ele que é o seu vizinho. Ele é meu amigo. E Teme, essa aqui é a Sakura-chan, de quem eu te falei. – Naruto fez umas apresentações desnecessárias, tudo bem que ele não sabia do que tinha acontecido, mas isso não tornava a situação menos insuportável.
-Prazer. – falou aquele filhote de demônio com a maior cara de cínico.
-Igualmente – eu também sei fazer cara de cínica, ora! Se ele quer começar a fingir, eu também consigo.
-Senta aí, Sakura! Ou vai ficar em pé que nem nossa vigia? – comentou Shikamaru, bom eu era a única ainda em pé. Droga, Sakura, sua lesada.
-Aqui tem lugar, Sáh. Senta aqui do meu lado. – a garota dos cabelos longos e loiros me convidou para sentar ao seu lado.

 -Anh, tudo bem, Ino. Obrigada. – sorri um sorriso amarelo, e fui sentar ao lado dela sem graça.
-Qual o filme que vocês locaram, meninos? – perguntou Temari, mascando um chiclete.
-Eu disse para o Naruto locar “Presságio”, um suspense novo. Mas pergunta o que ele locou, pergunta! – falou Shikamaru, indignado. Parece que Naruto sempre fazia tudo ao contrário do que ele pedia. Com ele era preciso usar psicologia inversa, ou coisa parecida, pena que ninguém naquela varanda sabia como utilizar isso.
-Qual ele locou, Shikamaru-san? – com toda aquela tranqüilidade, e o sorriso que nunca abandonava seu rosto, Sai fez a pergunta.
-Eu loquei uns filmes japoneses de ninja! Muito show, cara! Tem uns socos e uns efitos no final... – respondeu o débi, fazendo uns movimentos de kung fu misturado com uma dancinha ridícula.
-Mas, Naruto, você já sabe esses filmes de cor e salteado! Não acredito, Shikamaru! – Ino gesticulou e levou as mãos até a cabeça, estava decepcionada.
-O que você quer que eu faça? Eu não podia ir até a locadora, tinha que terminar um relatório para o meu pai. Sabe como essas coisas são complicadas? – o rapaz tentou se defender, mas ele estava lutando contra algo mais forte do que a vontade dos simples humanos, a tagarelagem da Ino.
-Você não tinha sequer 15 minutos para ir até a locadora? Ela fica a dois quarteirões daqui! Ou a preguiça não deixou você tentar? – pronto, provocou agora agüenta, ela não aceita ser deixada para trás.
-Eu não vou começar uma discurssão por isso, Ino. – Shikamaru suspirou, ele já sabia como ela era. Estudaram juntos praticamente a vida toda, ele a conhecia muito bem.

-Como é que é? – Ino já estava com uma cara nada agradável de se ver, ela queria era brigar mesmo.
-Ino, se acalma por favor. – eu –a idiota, burra, estúpida – tentei acalmar a onça em pele de porco. E o que sobra pra mim? Um tapão na cara.

TAP !

-Me deixa, Sakura! Shikamaru, o que você está querendo me dizer? Que eu sou burra demais pra entender essas merdas de relatórios só porque eu sou loira? – meu deus, agora baixou o espírito mesmo – ou que eu sou muito loira pra entender sua vida problemática? Me explica seu retardado! – Ela agora estava em pé, em pé não, tava dando umas piruetas e uns socos, chutes que o corajoso Sai estava segurando. Ele a segurava para que ela não mordesse o amigo – podia trasmitir raiva :D brincadeira – e ela tava lá, encapetada.
-Tá louca, Yamanaka? Contém os hormônios! – falou o rapaz, atrás do outro que tentava conter o furacão chamado, Ino.

A próxima fala contém palavreado chulo ou incomum, favor retire as crianças do recinto.


-Como é? Seu filho de uma puta! Pau no cu! Eu vou te matar e depois pendurar esse teu cabeção na minha sala de estar. Seu cuzão! E depois eu vou jogar o resto para os meus cachorros comerem, não para os cachorros não, eles morreriam se comessem carne de cobra! Eu te mato seu infeliz.



JESUSMARIAEJOSÉ, abriram as portas do inferno!


-Eu to legal, to legal – falei meio que puta da vida com a loirinha. Minha bochecha tava vermelha e com a marca de cinco dedos. Filha da mãe!
-Sakura-san! O que eu faço? Estou com medo. – chegou a Hinata agachada do meu lado, com uma cara de “me ajuda, eu caí do caminhão de mudança”.
-Tudo bem, Hinata, ela vai se acalmar. Assim espero, porque ela tem um tapa muito bom e eu não quero sair daqui com mais hematomas. – respondi com um tom engraçado e logo a feição dela havia melhorado. Eu era boa em acalmar a Hina, pena que meus métodos não eram eficientes com todo mundo.

E o meu vizinho tava lá, rindo da situação, sem mover um músculo para ajudar. Que diabos! Tira a bunda da cadeira e ajuda também inferno. Ele era mesmo um cínico.

Já sabia como escapar daquela.

- Bom, eu e a Hina vamos lá na locadora e pegamos o filme de Terror, assim tudo fica na boa. Ta bom? Vamos HIna! – peguei o braço dela e puxei para tentar tirá-la daquela briga de cão de rua.
-Vai mesmo, Sakura-chan, Teme faz alguma coisa e leva elas! AI PORRA! – Naruto gritou ao levar uma bolsada na cabeça de Ino.
-Hunf... tudo bem. – ele apenas concordou se levantou e saiu em direção à porta.

Por que ELE tinha que levar a gente?


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Notas finais do capítulo

Ufa, grandinho esse né ? demorou um pouquinho pra sair porque eu fui revisar e tal, mais não mudei muita coisa, deixei a escrita da Rafa mesmo rs.Espero que gostem..Próximo post sai sexta ou sábado ^^Espero reviews :3Beijos!