Apenas Um Olhar escrita por Dih_dangerous


Capítulo 22
Capítulo 08 - Parte dois.


Notas iniciais do capítulo

Os personagens citados aqui são de autoria de Masashi Kishimoto. A história pertence a minha querida amiga que eu gosto muito Rafa. Repetindo, a história não é minha, só estou postando-a.Boa leitura x3



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Estava perdido. Nunca pensei que arrumar um novo emprego pudesse ser tão mais complicado do que já era se manter em meu emprego atual. Nada naquela página idiota de classificados me despertava interesse. Suspirei cansado e comecei a pensar no que se fazer. Não poderia pedir ajuda ao velho... Não quero nem chegar a pensar naquela encheção de saco que vai ser na hora em que ele ouvir as palavras “Quero me demitir” saírem da minha boca. Tenho que me virar sozinho.

 — Com problemas? – Ouvi aquela voz egocêntrica e tão autoconfiante – Parece que hoje você não conseguiu ter suas 12 horas de sono, não é?

Está querendo me irritar. Pode parecer que não... Mas eu a conheço melhor que qualquer um. Temari simplesmente não é uma boa perdedora. Não suporta que os outros a coloquem no fogo cruzado, sem nenhuma escapatória – Pleonasmo Detected! – Mas eu não me importava, muito menos transparecia me irritar quando ela fazia aquilo... Aliás, muito pelo contrário, eu adorava contrariá-la, fazer com que ela perdesse por um momento a sua autoridade, seu controle. Podia perceber suas feições ficarem rosadas, seu constrangimento. Ela ficava ainda mais linda desse jeito.

 — Não amor – Respondi com um sorriso – Estou apenas com u pequeno problema, mas nada que o prazer da sua companhia não melhore.

Eu a vi ficar corada, e me segurei mentalmente para não sorrir da situação. Então ela fechou a cara e bateu a mão na mesa onde estava.

 — Amor? – Ela perguntou contrariada.

 — Claro – Eu continuei sorrindo – Você é minha namorada lembra? Eu te apresentei para minha mãe, aquela adorável senhora.

Ela pareceu se perguntar mentalmente se eu estava falando da mesma mulher que ela tivera conhecido. A tagarela e intrometida senhora que era a minha mãe.

 — Não seja petulante, idiota – Ela sentou-se na cadeira à minha frente e pediu um café à garçonete – Eu sei que você fez aquilo para se vingar... Mas não fique se vangloriando por muito tempo. Terá volta.

Eu suspirei por um segundo e voltei a minha atenção ao jornal.

 — Certamente – sussurrei alto o suficiente para que ela escutasse, e também para que ela se sentisse surpresa.

 — Certamente? – Ela repetiu abaixando o jornal com uma mão e me olhando com as sobrancelhas unidas.

 — O que foi? – Perguntei. Porque ela havia ficado surpresa? Não era assim desde o começo? Nós dois num jogo? Ou será que ela já tinha esquecido?

 — Você está conformado demais para meu gosto – Ela disse me analisando – O que aconteceu? – Ela perguntou.

 — Nada – Respondi calmamente – Mas também tenho que admitir que não compreendo sua surpresa, sua admiração tão repentina.

 — Por quê? – Ela me fez outra pergunta? Estava querendo apenas me colocar em uma situação desfavorável, ou queria realmente se interessar por todos os problemas da minha vida?

Acho que essa minha última suposição foi tão estúpida que nem tinha que ser pensada.

 — Porque o que? – Perguntei também. Queria tirar minhas próprias conclusões.

 — Não me responda com outra pergunta! – Ela parecia aborrecida – O que tanto olha nesse jornal hein?

 — Nada que lhe interesse – Eu disse tentando parecer carrancudo. 

 — Cara feia para mim é fome, Shikamaru – Ela disse sorrindo torto e arrancando brutalmente o jornal de minhas mãos.

 — Olha lá mulher, se você continuar tão bruta assim, vai ter que pedir o divórcio – Eu disse zombeteiro.

 — Cale-se idiota – Disse enquanto seus olhos percorriam a página de classificados.

Ela olhou a página por um minuto, então a dobrou e guardou – Guardou é uma colocação errada – “escondeu” por melhor dizer, em algum lugar embaixo da mesa. Olhou-me com uma cara séria e perguntou:

 — Você foi despedido?

Que mulher complicada. Agora eu teria que lhe contar tudo? Não entendo, sinceramente, depois de tanto ficar me dizendo que eu sou isso e aquilo ela sempre ficava perto de mim, fazendo perguntas, sondando... Às vezes até sonho que ela invade minha casa e tenta me matar com os cadarços de meus próprios sapatos! – Noites tenebrosas...

 — Não... – Suspirei pesarosamente – Somente quero fazer uma pequena mudança... Nada de mais.

 — Então quer mudar de trabalho, hã? – Ela disse fingindo interesse. Mas ela não era das melhores atrizes... Ou talvez, eu já era bom demais em entender o que suas expressões demonstravam verdadeiramente.

 — Pois é...

 — Interessante – Ela disse com uma faísca saindo de seus olhos esverdeados.

 — Interessante? – Repeti-a. onde ela queria chegar afinal de contas?

 — Então tenho uma proposta para te fazer – Disse confiante.

— Uma proposta?

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 — Porque você acha isso, Tenten? – Perguntei sem entender o motivo daquilo tudo.

 — Não é óbvio? – Disse enquanto me puxava em meio a uma multidão de pessoas – Você é muito ingênua Hinata, mas não se preocupe, eu estou aqui e vou te ajudar!

 — Mas não vejo ainda o porquê de isso ser necessário! – Respondi sem graça – Pra quê tenho que comprar roupas novas?

 — Olha bem... – Ela fez uma careta e colocou a mão em meu queixo para que a ficasse encarando. Pessoas que não sabiam sobre o que estávamos conversando tiraram conclusões erradas sobre o que estávamos fazendo... Mas ela nem percebeu – Pode ser que o Naruto gosta de você. Mas não é por isso que você deve ser descuidada! Mesmo que pareça brincadeira... Existem outras que estão interessadas nele – Tenten disse isso e ficou com um sorriso abobalhado no rosto. Mas afinal, porque NINGUÉM leva o Naruto a sério?

 — Não pareceu brincadeira pra mim – Eu falei, com um rosto inexpressivo.

Ela tossiu seco e tentou mudar de assunto. Mas eu ainda podia ver um sorriso escondido ali em seu rosto.

 — Mas, o que eu quero dizer é que... Você tem que mostrar que é melhor que a concorrência – Ela me dizia enquanto entrava numa loja, e olhava, e mexia, e perguntava... Eu simplesmente odiava fazer compras com Tenten. Eu logo achava o que procurava e pronto. Mas ela não, ela tinha que olhar todos os modelos de todas as cores de todas as lojas. É triste. Para mim, é pior que um pesadelo.

Imagino se posso fazer uma comparação: Tenho medo de fazer compras com a Tenten como a Sakura tem medo de hospital.

Duas horas. Isso mesmo, eu disse duas horas depois, consegui a proeza de convencer Tenten a parar para um lanche rápido. Nunca desejei tanto que eu não pudesse me locomover. Ou que a Tenten não pudesse se locomover.

 — Quando terminarmos aqui vamos embora não é? – Perguntei com um tom de voz baixa e monótona.

 — Claro que não! – Ela disse contrariada – Ainda tenho que ir àquela boutique nova, no fim do corredor depois do cinema... Ouvi dizer que lá tem umas botas de inverno incríveis!

 — Mas Tenten... Estamos no meio do verão! – Exclamei. Talvez eu tenha me exaltado um pouco, mas já não agüentava mais aquilo. Era pior que tortura.

 — Não tem nenhuma lei que diga que não se pode ser prevenida... – Ela piscou para mim e bebeu mais um gole de refrigerante.

 — Não... Mas tem leis que nos previnem contra os loucos compulsivos! – Disse nervosa e desesperançosa – Não acredito...

 — Sabe o que é isso? – Ela disse me olhando com uma sobrancelha arqueada.

 — Desespero? – Respondi.

 — Não... Saudade – Disse. Já está com saudade do Naruto, por isso está querendo me dispensar, para ir direto para casa ligar para ele e ir se encontrar com ele.

 — N-não é verdade! – E não era mesmo. Eu já tinha visto Naruto no mesmo dia. E eu também não era uma perseguidora, obsessiva, maluca... Longe de mim. Mas só não queria ter de passar por tudo aquilo de novo.

 — Eu entendo você quer estar com seu namorado, e não com sua colega de quarto que fica te enchendo com fofoquinhas e conversa fiada não é?

 —  Ela dizia – Até porque, vocês devem fazer coisas mais interessantes juntos não é?

 — C-como assim? – Perguntei sem jeito. Não era minha intenção magoá-la.

 — Vocês já... Você sabe... Já? – Ela perguntava com um sorriso malicioso no rosto.

— NÃO! – Levantei-me e parecia que meu rosto estava em chamas. Como ela pode fazer tais insinuações. Antes que eu pudesse me sentar e fingir que nada tinha acontecido, tinha que ver os olhares curiosos e reprovadores de mais uma dezena de estranhos, o que me deixou com mais vontade ainda de ir embora e nunca mais sair de casa – Como pode fazer essas insinuações?

 — Tudo bem, desculpe – Sorriu e voltou a prestar atenção na sua comida – Os seus assuntos particulares não são de meu interesse. O que fazem ou deixam de fazer...

 — Nós nunca... Nunca! – Eu respondi gaguejando e tropeçando nas palavras.

 — Eu acredito.

 — Ótimo – Passava mal, sentia a tontura de quem estava prestes a desmaiar.

 — Já estamos indo embora, não se preocupe – Tenten se levantou e me chamou para ir junto.

 — Já?

 — Sim, Neji já está vindo nos buscar, liguei quando estava no banheiro. Imaginei que queria se livrar logo daqui... – Como fui injusta... Todo esse tempo fiquei emburrada, chateada e nem sequer parei para pensar que tudo que Tenten queria era um tempo a mais comigo, já que agora era mais difícil ficarmos juntas e conversarmos. Mesmo morando juntas! E mesmo que ela me tire do sério às vezes, ela sabe o que eu estou passando e o que eu preciso. Sim, ela é amigade verdade.

— Tenten?

— Sim, Hina? – Ela me olhou de canto.

— Quer assistir novelas mexicanas que nós já sabemos o final, contracenar comigo as cenas e comer chocolate com pipoca? – Perguntei, querendo me redimir.

 — Tá brincando? Meu nome é Maria do Bairro! – Sorriu contente para mim.

Sorri de volta. Feliz.

Obrigada, Tenten.
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Meu Deus o que eu faço? O que eu digo? Ainda não estou em condições psicológicas normais quem dirá capazes de formar uma resposta convincente. Eu ainda mantinha minhas mãos nas costas dele, enquanto ele se apoiava no colchão, para poder me olhar nos olhos. E eu lá, com a maior vontade de rir do mundo, acho que se segurasse por mais tempo a risada, eu explodiria, várias Sakurazinhas se formariam e elas sim dariam risada até doer a barriga, ou o Sasuke esmagá-las com uma pisada só.

Imaginação fértil Detected. Volte ao mundo real Sakura.

Eu queria dizer alguma coisa, pelo menos desculpas, mas não conseguia. O contato que ainda mantínhamos era tanto e tão magnético, que eu estava paralisada, ainda estava sob seu controle. As penas caíam ainda, nunca pensei que tínhamos – Quero dizer tinha! Use a primeira pessoa, Sakura! - colocado tanto assim. A cama, o chão, o criado-mudo e o carpete estavam parecendo pedaços de nuvens... Branquinhos, branquinhos. Quando consegui me concentrar em algo, olhei para Sasuke e só pude ver uma coisa... Seu cabelo estava cheio de plumas! Tão engraçado... Mas não ria!

Controlar uma compulsividade é mais difícil que se parece, né?

Eu apertei as mãos em suas costas, para me segurar, mas acho que acabei o machucando.

 — Ai, Sakura! – Ele gemeu baixinho – Se continuar a me arranhar assim, vai parar de ser excitante... Vai passar a ser tortura.

Quando ouvi sua voz, finalmente acordei. Olhei para ele sem jeito, e tentei desvendar o que ele pensava por detrás da sua expressão imutável. NADA. Acho que isso é mais impossível do que eu ficar três dias sem me machucar. Fato.

 — D-desculpe... – Foi o que eu consegui cuspir pela garganta (?)

 — E então? – Ele me jogava aquele olhar interrogador – Não vai dizer nada?

Eu fiquei encarando ele por um momento que me pareceu uma eternidade.

 — Surpresa!? – Eu disse tentando esboçar o meu melhor sorriso.

 — Boa tentativa – Continuou. E eu estava presa. Aqueles braços definidos, másculos e perfeitos impediam que eu corresse e fugisse para a Colômbia, para traficar cigarros.

 — Você não pode dizer ao menos que eu não tentei – Disse com uma cara de derrotada.

 — Que tentativa medíocre não acha? – Ele tá zombando de mim? Zoando comigo? Numa hora delicada como essas? Que maldade...

 — Não ia dizer medíocre... Insensível – Disse emburrada – Apenas, um pouco sem esforço. Mas você gosta de se sentir superior...

 — Não tente mudar de assunto – Ele disse com um sussurro.

 — Eu tentando mudar de assunto? – Perguntei – Porque você acha isso?

 — Está tentando fazer isso agora mesmo – Continuou.

 — Fazendo o quê? – Me fiz de desentendida.

 — Para – Ele disse, agora com a voz firme.

 — Parei – Falei com a voz baixa, e uma gota de suor descendo pela testa.

 — Diz, porque fez isso? – Agora ele já estava com a voz mais calma. Calma demais! Será que era assim que seriais killers se preparavam para matar a sangue frio? God.

 — Porque você acha que fui eu quem fez isso? – Perguntei com cara de quem não quer nada. Adoro fazer essa carinha... Sou uma pessoa inocente (?).

Ele me olhou com uma cara... Como seria correto descrever? – Engraçada? – e arqueou as sobrancelhas, com um sorriso torto – De derreter – para responder:

— Você estava na porta da minha casa momentos antes de eu chegar, e você estava agindo estranhamente, parecia querer se livrar de mim... E você não é assim – O que ele quis dizer? Que eu não vivo sem ele? Pois ele tá muito enganado! Acho. – Quando te convidei – Convidei? Você quase me seqüestrou! – você entrou mais ficou agindo mais estranhamente ainda, com aquele peso de consciência... Culpa, para ser mais claro... Quer que eu continue?

 — Não, senhor analista das estrelas... – Eu disse emburrada – Será que dá pra ser menos chato? – Perguntei e dei a língua para ele – Já que você é um ótimo dedutor, e já descobriu tudo, porque não me deixa ir pra casa e bola logo seu plano infalível para se vingar? É reduzir conversa jogada fora – Quando eu quero ser direta, eu sei ser também. E não tinha porque ficar lá proseando ou levando bronca.

Ele me olhou mais de perto, e eu me condeno à morte por ter ficado vermelha! Não queria que ele percebesse que ainda tinha tanta influência sobre mim, isso transparecia fraqueza, e eu não gosto de mostrar que sou fraca. Não mesmo. Então ele sorriu; sim ele sorriu... Caçoando de mim, talvez. Então ele pegou meu queixo com a ponta do dedo e levantou, para que ficássemos com os rostos próximos... Próximos demais, eu diria.

 — Eu não vou fazer nada – O quê? O QUÊ ? ELE NÃO VAI BRIGAR, TENTAR ME MATAR, ME SUFOCAR, ESGANAR OU ME ESTUPRAR?

Então ele chegou mais perto e beijou meu queixo. Mas o que era isso? Ele estava louco? Tinha se drogado? Medo do Sasuke nessa hora.

Quando terminou de beijar a ponta do meu queixo ele deu uma pequena mordida. Peraí, sério que ele quer continuar mesmo depois de eu ter aprontado essa? Ele só pode estar tramando uma também...

 — Não pense que eu não sei o que está fazendo! – Disse levantando ele com as duas mãos, sim eu sei que era o Sasuke, e sim eu também sei que eu o estava rejeitando, e não eu não sou louca sou apenas uma mulher de princípios e controlada.

— Espera... De quem você tava falando mesmo, diva? – Godofredo invadindo – Eu pensei que era de si mesma, mas quando ouvi as palavras princípios e controle eu fiquei perdida...

 — Agora não, Godofredo! – Um encosto de cada vez! Assim não tem ser humano que agüente.

 — Mas é claro que sabe, você não é burra – Ele disse com um sorriso malicioso – E você também quer fazer isso, não é?

 — Convencido e metido a gostosão – Disse com uma voz de nojo – Não tente me passar mel, Sasuke. Sei que você só está tentando se vingar! – Disse determinada.

 — Porque você tem essa mania de perseguição? – Ele disse parecendo aborrecido. Aborrecido? – Todos tem que estar planejando ou tramando algo contra você?

 — Todos não... – Disse sem jeito – Só você.

 — Mas eu não estou tramando nada... Só estou agindo como um namorado normal – O QUÊ?

 — O QUE? – Certos pensamentos precisam ser verbalizados.

 — Está surda? Sou seu namorado, posso fazer isso com você – A tá, desculpa... É só que eu não esperava ter um namorado e ser a última a ser informada disso!

 — Desde quando senhor do meu destino? – Perguntei ainda sem entender nada.

 — Desde agora, eu estou te dizendo – Disse todo cheio de si. Ele não pensou na possibilidade de não o querer?

HÁ, essa foi engraçada Sakura.

 — M-mas, nem sequer me pediu... – Gaguejei, isso me irrita.

 — É que imaginei que o que iríamos fazer já seria uma aceitação muito mais convincente do que apenas um sim – Sorriu maroto. Que raiva ele me dava quando ficava com esse egocentrismo.

 — Você é MUITO convencido! – Eu disse sorrindo. Calma aí! Ele já te passou a lábia? Sakura, como você é mole!

 — Não sou convencido – Respondeu sorrindo – Eu sou apenas consciente e orgulhoso por aquilo que eu possuo.

 — Outras palavras para convencido – Disse balançando a cabeça em negatividade.

 — Que seja – Ele sussurrou, agora saindo de cima de mim – AAAAAAAAAAH, que pena – e indo em direção ao banheiro, certamente para arrumar a bagunça que estava, penas... Gel... Enfim, vocês me entenderam.

— Você é orgulhoso... – Sussurrei novamente.

— Mas é claro, que homem não seria orgulhoso por ter você? – Ele disse virando-se e me olhando de canto, com aquele sorriso torto... AH, volta pra cá, Sasuke!

 — Por me ter? – Frase se alta conotação sexual Detected! Ignorem...

 — Sim, você é minha – Ele disse confiante.

 — Eu sou sua? – Fiquei mais vermelha agora, se é que isso é possível.

 — Para sempre, e só minha – E ele foi para o banheiro. Como pode? Ele é irresistível... Fofo.
                               ~~
 — Quem te deu essa idéia? – Perguntou.

 — Porque você acha que alguém me deu essa idéia? – Respondi ultrajada – Não tenho capacidade de fazer uma brincadeira malvada?

  — Claro que tem – Ele disse sorrindo – Mas o que quero dizer é que, você faria o que no máximo... Tingir minhas roupas, roubar algo do meu apartamento, pegar as chaves do meu carro, ou pegar todas as minhas cuecas – Terminou.

 — Você me acha assim tão previsível? – Perguntei com desapontamento. Mas o que fazer? Eu achei a idéia das cuecas muito boa, pena não ter vindo à mente quando eu estava brava com ele.

 — Previsível não, inocente meu amor – Sorriu e me beijou na testa – Por maior que fosse a sua raiva para comigo naquele momento, não creio que você faria tal coisa... Colocar essa tonelada de penas em minha cama não parece uma traquinagem do seu jeito, se é que me entende.

 — Hum, sei... Vou fingir que acredito só pra não deixar você mal – Falei emburrada – Cara, essas penas não acabam nunca?! – Exclamei já desgastada.

Como já era de se esperar, nós estávamos limpando a bagunça que havia ficado depois da minha armação mal sucedida. Depois de meia hora naquele quarto, espanando, varrendo e esfregando não era possível que ainda tivessem tantas penas por todo o canto. Arrependo-me profundamente do dia em que deixei a mente maligna da Temari me influenciar. Agora como castigo, eu tinha de ficar ali, bancando a diarista.

 — O que vai fazer hoje? – Ele perguntou enquanto amarrava mais uma sacola de lixo.

 — Acho que nada, por quê? – Perguntei curiosa.

 — Quer sair? – Perguntou sorrindo.

 — Mas já são 19 h, pra onde vamos? – Perguntei coçando o pescoço, percebi que porque ainda tinham penas lá.

 — Existem muitos lugares que ainda são abertos mesmo depois das 19 h, acredita? – Ele disse, sarcástico – Mas se está na sua hora de dormir, eu compreendo.

 — Como você é chato quando quer ser engraçado – Dei a língua pra ele – E eu posso ir sim, besta. Mas não sei o que vou conseguir fazer, não sinto as minhas articulações e acho que não vou conseguir me desfazer dessa posição de ioga que estou fazendo agora – Disse ofegante, porque me agachei para pegar penas que estavam embaixo da cama.

 — Sabe que quem dá a língua pede beijo? – Ele perguntou me puxando com força.

 — Ai, assim você me mata! – Exclamei.

 — De beijos? – Ele se fez de desentendido.

 — É de beijos, claro – Sorri sem graça – Pára, eu tenho que pegar as penas... – Reclamei tentando me soltar dos seus braços fortes.

Ele me olhou aborrecido e me puxou com mais força para ficarmos frente à frente.

 — Porque está tão reclamona? – Disse me encarando mais de perto – É porque nós não podemos continuar com o que estávamos fazendo? – Sorriu malicioso.

 — Oh, sim é por isso Sasuke! – Respondi com uma voz rouca – Eu não consigo mais suportar, você tem que ser meu! – Agarrei-o pelo pescoço e ele sorriu.

 — Mas o que é isso? – Perguntou com os olhos arregalados.

 — Você é chato e convencido – Disse me desvencilhando dele.

 — Mas eu não fiz nada dessa vez! – Ele agora gargalhava, o quão prazeroso era para ele me fazer ficar com raiva?

 — Você fica fazendo essa cara cínica de quem está se divertindo as minhas custas – Joguei uma almofada nele, e é claro ele a segurou – Não faz isso, me faz parecer idiota.

— Pra quem? – Perguntou curvando a cabeça para o lado.

— Pra mim mesma... – Disse com bico – Você sabe que sou paranóica.

— É eu sei – Respondeu – Mas isso não é bom?

— Bom? – Perguntei surpresa. Eu sou paranóica e ele acha isso bom? Interessante.

— Eu acho – Disse sorrindo e sentando-se no chão – Afinal, se você fosse uma mulher como todas as outras, porque eu teria tanta vontade de ficar contigo?

— Explique-se melhor, homem complicado – Disse sentando-me ao seu lado.

— Bom você pode ser paranóica, ciumenta, criança e cabeça-quente... – Ele dizia contando nos dedos.

— Espero que você chegue a algum lugar... – Respondi cética.

— Calma, eu vou chegar sim – Ele deu um sorriso nervoso – O que eu quero dizer é que, você é diferente de todas as mulheres com quem já tive algo, e isso me faz tão bem, me parece tão certo... Que às vezes me surpreendo comigo mesmo. Porque parece que eu fui feito para te agüentar.

Espera, nem deu tempo de ficar chateada com ele por ter dito aqueles adjetivos contra minha pessoa. Ele já fala algo tão romântico que me dá vontade de derreter. Que injusto! Não consigo ficar brava com ele, será que ele tem uma espécie de magia sobre mim? Ih, acho bom ir a uma rezadeira logo, logo.

— Parece é? – Falei com uma voz fofa e com a face corada.

— Parece não... Com certeza – Ele sorriu – Mas não se engane... Quem teve mais sorte na história fui eu.

— Por quê? – Perguntei sem entender.

— Porque eu te escolhi – Ele disse chegando mais perto de mim - Mas você me escolheu...– Ele afastou uma mecha de meu cabelo, colocou para trás da minha orelha e me beijou.
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Como se faz isso? – Perguntei mexendo naquela papelada toda sem entender nada – É impossível, está tudo em sueco!

— Eu bem que disse pra você deixar o técnico montar isso, mas não... Você sabia! Você é o mais inteligente não é? Agora se vira, arruma um jeito, seu bocó – Shikamaru continuava reclamando e bocejando em meu ouvido. Ninguém merece esse castigo.

— Porque você não vai dormir? É a única coisa que você sabe fazer direito mesmo! – Gritei emburrado enquanto tentava encaixar duas peças estranhas que pareciam se encaixar, mas que na verdade não se encaixavam... AAAAAAH, malditos sejam os suecos! A única coisa que eles sabem fazer direito é chocolate e as suecas.

— Que seja! Mas quero essa estante montada até eu voltar! – Disse com as sobrancelhas unidas – Eu disse que você não podia jogar futebol dentro de casa!

— Você só tá mal humorado assim porque não conseguiu um emprego! – Sacaneei – Idiota!

Ainda bem que sou bom nos reflexos, senão não teria escapado da lista telefônica que vinha em direção da minha cabeça. O ouvi resmungar uns palavrões e ir para o quarto, então considerei que seria melhor para aminha saúde deixá-lo em paz.

— Naruto, cadê o Shikamaru hein? – Ouvi a voz conhecida da Temari ficando mais próxima – Preciso tratar de um assunto sério com ele...

— No quarto, mas não a aconselho a entrar... Ele pode tentar te matar com os cadarços do sapato – Disse nervoso – Seu humor está terrível.

— Ele que tente – Ela disse sem se importar com meu aviso e subiu as escadas.

— Então já que vai falar com ele... Pode bater bem forte na cabeça dele com uma vassoura e deixá-lo desacordado? Para que eu tenha tempo de ir jogar bola sem ter que terminar essa maldita estante?

— Minha cota de ajuda deste mês já está completa Naruto, me desculpe – Ela suspirou pesarosa – Apenas monte a maldita estante.

— Falar é fácil... – Disse coçando a cabeça.

                                Shikamaru narrando.


Era tudo tão insuportável. Como poderia ficar por mais tempo dessa maneira? Creio que ficar desempregado só me deixou mais nervoso. O que vou fazer? A quem recorrer? A qualquer um menos a Temari e sua proposta ridícula...

— Parece que você está meio nervoso, garanhão – Ouvi a sua voz irritante invadir o lugar – O que foi, a proposta te deixou sem ação é?

— Não adianta, Temari – Disse respirando fundo – Eu já recusei e continuo com minha posição.

Ela me olhou por três segundos e então começou a mexer em minhas coisas. Nas gavetas, no banheiro, no closet, em tudo.

— Sabe uma coisa chamada privacidade? Algumas pessoas gostam muito dela... – Eu disse acompanhando-a com os olhos – Ridículo, mas acredita que eu sou uma delas? – Perguntei tentando ser irônico.

— Está tão desconcertado que não consegue nem fazer suas ironias, não é? – Disse olhando para mim com aquele olhar de pena – Pobrezinho...

— O que quer? –Tentei ser direto com ela.

— Que aceite logo de uma vez e pare de ser tão bocó – Dizendo isso ela sentou-se em minha cama – Não é nada de mais...

— Já disse que não, é absurdo! – Gritei nervoso – Como pode me pedir uma coisa dessas?

— Não é nenhum absurdo... Você é que é tão preguiçoso que não quer se dispor a fazer nada, prefere ficar o dia inteiro em casa, vagabundando por aí... Como o Naruto – Ela usou o Naruto como forma de comparação? Quem ela pensa que sou? – E porque saiu daquele jeito da cafeteria? Todos ficaram me olhando como se eu tivesse castrado você! – Ela falou emburrada.

— Não é nada disso! – Exclamei irritado – Só não estou disposto de me envolver em uma situação tão ridícula! Não sou um de seus brinquedos, que pode usar a qualquer hora, para fazer as suas armações idiotas com as pessoas – Disse pegando-a pelo braço e levando-a a força para a saída – Saiba que, eu gosto de trabalhar, eu não sou um vagabundo e... Pelo que parece também, tenho muito mais juízo que você! – Arrastei-a até as escadas, onde ela se desvencilhou e voltou correndo ao meu quarto.

— Nossa como você gosta de me dar lições de moral... – Sussurrava com uma expressão neutra – Pra quê isso? Você não é meu pai...

— É que por incrível que pareça, eu tento me preocupar com você e com essa sua mania insuportável de querer ficar sempre brincando com as pessoas – Disse encostando-me no vão da porta – Mas não sei o que fazer para endireitar essa sua cabeça dura.

— Porque só não aceita a proposta? – Perguntou com um tom de voz normal – Seria bem mais simples.

— Seria errado – Respondi seguro.

— Você receberia MUITO bem, e eu sei que está precisando – Falou enquanto mexia no celular.

— Prefiro voltar à monotonia do meu antigo emprego – Falei fechando os olhos e cruzando os braços – Seria honesto e eu não ficaria com peso na consciência.

— Ah, vamos lá – Ela suspirou – Por favor?

— Não.

— Eu faço o que você quiser – Estou vendo pela primeira vez na vida uma demonstração de fraqueza por parte dela? Não acredito...

— Ótimo, eu quero sexo – Disse sorrindo maliciosamente.

— O QUÊ? – Respondeu assustada.

— Outra forma de dizer NÃO – Falei sorrindo por dentro por conseguir fazê-la hesitar.

— Não teve graça! – Gritou e jogou o travesseiro em mim - NÃO TEVE A MÍNIMA GRAÇA!

— Claro que teve, porque você acha que estou sorrindo e você está sem graça? – Disse sorrindo – Agora se não se incomoda eu vou até a cozinha comer algo.

— É claro que me incomodo! Eu só vou sair daqui quando você aceitar me ajudar – Disse determinada. Eu juro que podia ver aqueles olhos verde-água faiscarem.

— Então pode arrumar seu acampamento no quintal... Porque eu não vou aceitar – Respondi tranquilamente.

— AAAAH vai! – Ela disse me agarrando pelo braço – Eu não vou perder viajem só porque você está com seu anel de castidade, Shikamaru! Me ajude!

— Nossa! Agora sim, você me convenceu... – Fiz cara de cínico e me coloquei em direção da cozinha novamente.

— Bom, se você fizer o que eu quero, como recompensa eu vou fazer algo que você queira também – Ela disse a contragosto – Um favor paga o outro.

Um favor? Mas o que eu poderia pedir a ela? Alguma coisa que a fizesse desistir talvez... Algo que ela não fosse capaz de aceitar. Fácil, não precisava nem pensar muito, algo que era recusável para Temari...

— Tudo bem, se você fizer TUDO o que eu quiser por um dia inteiro – Disse confiantemente. Certeza de que ela não ia concordar com isso. Se tinha uma coisa que Temari odiava era não ter o controle da situação. E era isso que aconteceria nesse exato dia. Sou um gênio.

Ela me encarou relutante. Sinal de que meu plano funcionara, ela não iria aceitar isso e finalmente me deixaria em paz. FINALMENTE.

— Tudo bem, eu aceito – O QUÊ? – Esse é o nosso trato e você não pode furar.

— Você vai realmente aceitar? – Perguntei ainda incrédulo – Sério que vai aceitar seguir todas as minhas ordens, por um dia inteiro?

— Sim, mas você tem que fazer sua parte – Ela disse mexendo no cabelo – Você já sabe o que eu quero...

— Sei, e é loucura – Disse preocupado.

— Não importa, temos um trato. Agora vou lhe explicar os detalhes.

Merda. Me ferrei.
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Certo, eu estava arrumada. Pronta para sair com o Sasuke e me divertir. Meu Deus; temos relacionamento mais conturbado que seqüestro relâmpago. Mas não deixa de ser divertido, emocionante e muito, MUITO bom.

O que faríamos essa noite? Já era mais que 8 h, aonde iríamos? Ele não dissera nada, mais difícil de arrancar informações do que terrorista da AL Qaeda. Estava nervosa, como se esse fosse o primeiro encontro que eu iria ter na vida... Mas porque isso? Eu me sentia estranha... Será que me sentia assim pelo momento anterior que tive com Sasuke? Não sei dizer. Sinto-me tão, tão... Vulnerável. Sim, vulnerável a ele e as suas vontades. Quase cedi mais cedo às tentações. Tão difícil resistir. Mas eu tenho medo. Eu não sei o que fazer... De verdade. E ele não parece ser tão inexperiente como eu. Que medo.

O que fazer para tirar isso de mim? Não sei.

— Tente falar para ele como você se sente, baby – GODOFREDO! I miss you, subconsciente que me dá trabalho e que me faz companhia por que eu tenho medo de escuro (?).

— Mas Godô, se eu falar... Ele não vai achar que eu sou idiota? – Falei.

— Ele vai achar que você é mais idiota se você não contar – Respondeu meu gay, que estava bom demais pra ser verdade.

— Entendo, talvez você tenha razão – Sussurrei com a mão no queixo.

— Talvez? Você está falando com quem mesmo, hein diva? – E olha o Godofredo aí gente!

— Com certeza você está certo, Godô – Suspirei pesarosa.

— Melhorou.

— Sakura você está pronta? – Sasuke perguntava batendo na porta.

— Ah, sim estou sim – Respondi correndo para atender a porta e na deixá-lo esperando muito.

Eu usava basicamente, um vestido tomara que caia branco rendado, na altura média da coxa, cabelo solto – Porque não tenho paciência para fazer nada com ele, dá trabalho é grande... – all stars cano médio rosas e uma maquiagem leve.

— Já vamos? – Perguntei enquanto abria a porta.

— Sim – Ele respondeu sorrindo.

— Vou pegar minha bolsa – Eu ia em direção ao quarto mas ele me puxou e me enlaçou pela cintura.

— Você está linda, sabia? – Disse roçando os lábios aos meus.

— Você acha? – Perguntei desorientada – Mas eu estou tão simples...

— Você é linda de qualquer jeito – Ele sussurrou e me deu um selinho.

— Você está lindo também – Disse sorrindo sem graça para ele.

Lindo era pouco para descrevê-lo. Sasuke usava uma camisa branca, gola V, com um cachecol acinzentado, calça preta um pouco justa – Que deixava sua bundinha muito linda – e um all star preto – Influência minha. Minha doença por all stars é MUITO contagiosa.

— Aonde vamos? – Perguntei, tentando pela milionésima vez, satisfazer minha curiosidade.

— Segredo... Mas tenho certeza que vai gostar – Ele disse, me abraçando e me levando embora.

— Nem uma dicazinha?

— Não, é um lugar especial... Tenha paciência amor.

— Assim você me mata, Sasuke.

Ele sorriu docemente e acabei por sorrir também. E na companhia dele, não me importava onde ele me levaria. Contanto que ele estivesse lá.

                            ~ Continua ~


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Notas finais do capítulo

Hey galerinha, tudo bom ?Desculpa a demora, tava viajando e com um pouquinho de preguiça q /fogeSério não fiquem brava comigo, eu sou humana também :(Gente dia 25 foi meu aniversário de 15 aninhos weeeeeeee,parabéns pra mim, parabéns pra mim o/- parei q .Me desejem parabéns atrasado para eu não me sentir muito #foreveralone tá ? :(Ah, outra coisa.. minhas aulas está prestes a começar e eu vou ter que estudar de noite, caso eu passe numa prova do governo e passe no CAMP, é tipo um trabalho para menores ganharem experiencia sabe ? então, eu tô doida pra passar >< Então caso eu consiga entrar vai muito dificil de eu postar por isso peço paciência comigo ;-;queria terminar essa fic antes das férias acabarem mais pelo jeito não vai dar ;/Mas ok, posso estar totalmente sem tempo pra tudo mas não irei abandonar jamais ^-^Espero que tenham gostado do capítulo.. e reviews ? >