Apenas Um Olhar escrita por Dih_dangerous


Capítulo 14
Capítulo 05 - Parte quatro.


Notas iniciais do capítulo

Os personagens citados aqui pertecem á Masashi Kishimoto. A história pertence no entanto a minha amiga Rafa que meu deu autorização para poder posta-la !Boa leitura x3



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— Ei espera!

— Porque eu faria isso? – disse com uma cara nada amigável.

— Porque você é uma pessoa muito curiosa – respondeu cínico – e está morrendo de vontade de saber o porque de eu ter te parado agora e deixado de dormir.

De todos os garotos idiotas e sem graça do mundo, ele era o pior. Suspirei exacerbada e virei-me para ouvir o que o babaca queria dizer.

— Hn.

— Viu como eu te conheço? – riu coçando a cabeça.

— Você não sabe nem metade da metade sobre mim – falei entre dentes – era só isso? Então já vou indo... – dizendo isso, continuei a caminhar de volta para a praia.

Antes disse ele se pôs na frente do caminho.

— Ô, Temari. Que mal humor é esse?

— Quem não fica de mal humor com um idiota como você falando por perto? – respondi carrancuda.

— Hn, entendo – sussurrou – é a TPM né?

— Você fala e fala, mas eu só escuto é blá blá blá... – fiz um gesto com a mão.

Ele me olhou e sorriu, não sei por qual motivo, depois arrumou o cabelo e apontou para uma árvore qualquer.

— Olha lá.

Eu olhei, mas ele continuava apontando para a tal árvore, e eu continuava sem entender o porque, afinal era uma arvora comum, o que ele estava tentando me mostrar?

— O que é? Ali só tem uma árvore.

Ele suspirou e pegou meu braço. Colocou no mesmo lugar onde ele estava apontando antes. Insistindo em me mostrar algo que não existia. O que é que aquele garoto tinha na cabeça? E eu devia ser pior, afinal estava prestando atenção nas loucuras dele.

— Tá vendo agora, Temari?

— Tudo o que eu vejo, é uma árvore – falei sem o pingo de animação.

Ele soltou um gemido cansado, e levou a mão à testa. Parecia estar pensando. Então, depois de um minuto ele se virou de novo e disse:

— Esse é o seu problema. Você não tenta enxergar tudo por uma nova perspectiva. Porque não tenta vê além daquilo que os olhos mostram?

— O QUÊ? Shikamaru você está alcoolizado? Não entendi pombas do que você disse – disse arqueando uma sobrancelha.

— Eu vou te mostrar, mandona – suspirou – vou te mostrar além do que seus olhos podem ver e além do que suas mãos podem tocar – virou filósofo agora.

Ele pegou minha mão e me levou para onde ficava a árvore. Continuei sem ver nada. Tava tudo normal para mim. Olhei para a direita, depois para a esquerda, em cima, embaixo, nada. Já estava cansada daquela palhaçada. Então, como um abrir e fechar de olhos eu percebi que por baixo do musgo que já cobria a superfície da árvore velha tinha algo entalhado. Com uma folha seca que tinha no chão, eu comecei a raspar. E o tonto lá do lado estava transbordando de felicidade e segurava o riso, será que era uma piada? Se fosse... eu iria dá-lhe um bom chute nos rins, para ele aprender o que é bom. Quando finalmente terminei, fui ler o que estava escrito, e, dentro de um coração estavam os nomes “SAYO e SHUSUI”. Um casal deve ter colocado ali faz muito tempo. Como uma forma de expressar seus sentimentos, mesmo nesse lugar onde quase nenhuma alma viva veria. Afinal era isso que ele queria tanto me mostrar.

— Hn, ta era só isso? – suspirei e olhei para ele sem expressão.

— O que você acha? – perguntou olhando para os nomes escritos na madeira – será que foram eles?

— Eles quem? – perguntei.

— O casal da lenda – falou rindo baixinho – será que foram eles que escreveram os nomes ali?
Ele ficou olhando para a árvore e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas. Depois de um minuto de silêncio maldoso – por minha parte – explodi.

— Você é tão iludido! – disse gargalhando sem me controlar – não vem me dizer que acreditou na historinha para pegar turistas que o velho contou? – continuei limpando o canto dos olhos, de onde saiam lágrimas de riso – você é muito ingênuo, Shikamaru!

Ele não disse nada por um momento, apenas me olhou e sorriu. Estranho. Não fez nenhum comentário sarcástico, nenhuma piada de volta, NADA. Odeio quando ele faz isso. Sorriu e sentou-se numa pedra que estava ao seu lado, depois pegou uma pedra no chão e começou a mexer na terra, como quem não queria nada. Sem olhar para mim, disse num tom quase de sussurro:

— Pois pode me chamar do que quiser, eu acreditei sim. E ainda acredito. Não achou a história bonita?

— Claro que achei – respondi ainda com o tom sarcástico – mas não ACREDITEI, é diferente. Você ta aí todo emo-derretido por uma coisa que nem sabe se aconteceu de verdade.

— Você pode estar certa – olhou para mim com um sorriso de canto – mas eu prefiro acreditar que seja verdade. Porque para mim, é como eu queria que fosse na minha vez.

Pisquei rapidamente e fiz um bico.

— Na sua vez de se apaixonar por uma princesa e quando tentar fugir morrer?

— Não. Quero que seja assim quando eu amar de verdade – ele disse isso de fato, fiquei extremamente sem graça, imaginem a situação – quero que seja a pessoa certa, na hora certa, no lugar certo... o amor certo. Que me faça sentir frio na barriga e que me deixe com saudades quando ela for embora. Que quero isso que eles tiveram... um amor verdadeiro.
O que eu falava agora? Parabéns então! Ou Que bom! Ou ainda E o que é que eu tenho a ver com isso, budega? Mas falei o que mais se encaixava com a situação.

— Bom, eu acho que isso é o que todos querem, não? – disse olhando para op outro lado.

— Não. Nem todos querem – respondeu com um sorriso – porque se fosse assim, eu não estaria sozinho agora.

Olhei para ele de relance, estava tão calmo, e tão triste ao mesmo tempo. Era esquisito vê-lo desse jeito, já que o costumeiro era que estivéssemos sufocando um ao outro agora. Eu e ele sempre ficávamos desconfortáveis em conversas normais. E em razão disso, poucas delas existiram. Mas agora, lá estávamos nós, falando de amor verdadeiro. Que estranho. O mínimo que eu podia fazer de verdade, era dar a minha sincera opinião – ou arrumar confusão com ele, para tudo voltar ao normal.

— Porque? – perguntei ainda em pé, uns metros a sua frente – vai me dizer que levou um fora e não se conformou, é?

— Não, nada disso também – respondeu sem graça – eu só achei que o momento era certo para dizer isso.

— Jura? – disse espontaneamente – o que te fez pensar que era o momento certo?

— Porque eu te falaria? – ele disse me olhando de canto – se desde o primeiro momento que estou falando tudo isso você está aí caçoando de mim?

— Hei! Não venha com essa não, meu filho! – gritei entre dentes – eu não pedi pra você dizer nada nem abrir seu coração e chorar suas lágrimas e ficar deprimido comigo aqui. Você que veio com a historinha de “ver além do que os olhos podem ver”, parece até que você tirou de um manual de conquista de revista para pré-adolescentes.

— Agora chega, Temari!
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— Calma, eu vou te ajudar a procurar – ele respondeu com uma voz calma, no intuito – assim eu acreditava – de me tranqüilizar. Mas era difícil, era quase impossível isso acontecer naquela situação – pode descrever ele para mim?

Respirei fundo, fechei os olhos por uns segundos e falei instantaneamente:

— Ele tem uma correntinha de ouro, fina, e um pingente em forma de flor, com uma esmeralda no centro.

Ele se levantou e começou a procurar no chão e nas paredes – tudo bem que eu não estava bem, mas deu vontade de perguntar se ele achava que meu colar era homem-aranha pra andar grudado em parede, saco. Eu fiz o que pude também, olhando entre folhas secas e galhos que estavam naquele buraco sei lá há quanto tempo. Não achava nada. O tempo passou, e não via nem pedaço daquele colar.

Sasuke sentou-se de novo, suspirou, olhou para mim e disse:

— Sinto muito, você deve ter perdido antes de cair aqui. Não está nesse buraco pelo menos.

Falou algo que eu já sabia, mas doía ainda mais. Não consegui agüentar. As lágrimas começaram a cair, e os soluços se transformaram num choro que estava entalado na garganta.

— Sakura, o que foi? – perguntou confuso – era só um colar, não precisa isso tudo. Depois você compra outro.

— Não seu idiota! Aquilo era muito mais do que apenas um mero colar! – gritei enquanto chorava – naquele colar estava a coisa mais importante da minha vida! Não fale como se você entendesse.
Ele ficou quieto. Não respondeu. Apenas parecia cada vez mais confuso. Como um colar pode ser a coisa mais importante na vida dela? – era o que ele devia estar pensando agora. Mas não importava, tudo o que realmente importava, não estava mais comigo.

— Entendo. Então me desculpe – ele disse fechando os olhos – não tive intenção de ofender.

Olhei-o de relance, e encontrei seus olhos. Não estavam mais me olhando com o mesmo desdém de sempre. Ele parecia solidário, parecia entender que, naquele momento, tinha perdido algo que realmente era importante para mim. Então, ele não queria fazer com que me sentisse mal. Inconscientemente, fiquei muito agradecida por aquilo.

— Desculpa também – disse enxugando o rosto com as costas das mãos – por ter gritado...

Ele sacudiu a cabeça de um lado para o outro.

— Tudo bem – ele desviou o olhar – quer procurar mais uma vez?

— Sim, por favor – falei tentando esconder o nervosismo.

Levantei-me e procurei vagarosamente, como se olhasse cada folha por vez, cada galho e cada buraquinho. Tentei esfriar a cabeça, pensar positivamente e não me desesperar de novo. ‘Vai dar tudo certo’.

— Ei, Sakura.

— Hn.

— Você está vendo um pontinho dourado ali em cima? – disse com os olhos se crispando, com a cabeça erguida, olhando para algo sobre as nossas cabeças.

— Onde? – perguntei exacerbada e apressada ao mesmo tempo.

— Ali, pendurado naquele galho – ele apontou, e segui com os olhos até onde ele estava apontando, e vi. Meu coração parou por um instante e depois voltou a bater aceleradamente.

— É ELE! – gritei, de alívio. Suspirei e pus a mão na altura do peito – graças a Deus.
Sasuke me olhou por um momento, e pareceu perceber que eu já estava voltando ao normal apenas em ver o colar de ouro. Então, ele caminhou em direção à ele, mas o galho onde ele estava pendurado era muito alto, não daria para pegar. Mas eu conseguiria a qualquer custo.

— Obrigada, Sasuke – disse sorrindo – é muito importante pra mim.

Ele não me respondeu – e a educação, cadê? – tentou subir, mas estava muito escorregadio, devido o acúmulo de musgos, eca. Tentou também pegá-lo com uma vara, não deu certo. E como eu sabia que somente um plano funcionaria, fui direto ao assunto.

— Deixa eu subir nas suas costas que eu pego, Sasuke – falei num tom de voz normal.

Ele me olhou com cara de quem não aprovava a idéia. Acho que ele ainda não estava totalmente recuperado da queda e do efeito assassino que ela liberara, a vontade de torcer meu pescoço ainda devia ser GRANDE, e eu devia estar abusando demais dos seus 15 minutos de bondade. Dane-se, eu quero mais é o meu colar. Além do mais, depois eu iria agradecer, e como forma de expressar minha gratidão, até ficava 2 dias sem atazanar ele. DOIS DIAS é muita coisa, era uma oferta irrecusável. O difícil seria eu conseguir, de fato, ficar dois dias sem fazer da vida dele um inferninho. MAS EU QUERO MEU COLAR. Fiz a carinha do gatinho do Shrek – mesmo sabendo que Sasuke era imune a qualquer tipo de fofura e chantagem.

— Eu deixo com uma condição – ele disse olhando para mim, com o corpo jogado de lado e a mão na cintura, de uma forma heterossexual.

— Puxa, Sasuke! – bufei irritada – você não pode fazer nada só por boa vontade? Tudo tem que ter algo em troca? Chantagista! – o sujo falando do mal lavado.

Ele apenas deu de ombros.
— É pegar ou largar – disse baixinho – você quer o colar ou não?

Pisei forte no chão e disse com um bico.

— O que você quer?

— Me diz o motivo desse colar ser tão importante – ele disse com uma voz aveludada.

— Hunf – bufei novamente e caminhei em direção a ele – ta bom, eu digo. Vira de costas para eu subir.

Ele sorriu, cínico, então se virou e se abaixou para que eu pudesse subir em suas costas. Eu podia era aproveitar e arrancar um monte de cabelo dele, deixar um buraco naquela cabeçona dele. Subi devagar nas costas dele, e o desgraçado subiu num pulo, o impulso me jogou para trás de repente e eu quase caio, mas ele me segurou pelas pernas. Vagabundo desgraçado sem pinto, ainda te mato.

— Pode começar – ele disse me levando em direção ao meu colar.

— Eu te odeio – disse emburrada, com a mão estirada, tentando pegá-lo.

— Isso já não é nem novidade – respondeu com a voz tranqüila – vai me contar ou não – ele parou, tentando me dizer que, se eu não contasse, ele REALMENTE não iria me levar até onde o colar estava.

— Tudo bem, tudo bem, eu conto – ele voltou ao trajeto – quem me deu esse colar... foi meu irmão mais velho – contei pausadamente – Sakemaru. Se você abrir o pingente, vai encontrar uma foto de nós dois. Ele me deu esse colar quando eu tinha uns 7 ou 8 anos, foi na mesma época em que ele foi morar com nosso pai. Ele me disse que mesmo estando longe, se eu usasse esse colar, nossos corações estariam sempre juntos um do outro. . Meu irmão era meu ídolo, mais do que meu pai, na verdade, muito mais do que meu pai. Era ele quem cuidava de mim e da nossa mãe, trabalhava para ajudar nas coisas de casa e ainda arrumava tempo para ficar comigo sempre que pedia.
Ele nunca reclamava, nem se deixava abalar, mesmo quando estava cansado, ele nunca deixava de sorrir. Depois da mudança eu e ele nos víamos pouco, uma ou duas vezes em um mês – eu estava com a mão naquela gosma nojenta, e esticava o outro braço para conseguir pegar o colar de uma vez – e mesmo assim, sempre que ele me via ele dizia ‘Puxa, você não vai crescer nunca!’ e como isso me irritava, é claro que eu cresci, mas ele sempre dizia a mesma coisa, depois completava ‘Espero que você nunca cresça, minha flor de cereja’ e me dava um beijo na testa. Era o que ele sempre fazia – com um esforço maior consegui pegar o colar, entre as duas mãos peguei-o e abri para ver o que estava dentro do pingente, nossa foto.

Fiquei em silêncio por um momento, coloquei a ponta do dedo na foto, e deixei cair uma lágrima sob ela.

— Quando eu tinha 13 anos, meu irmão morreu num acidente de carro – disse num sussurro – e essa foi a pior época da minha vida. Na conseguia entender como eu viveria sem ele. Mas ele mesmo deixou a resposta, dentro desse pingente.

— Dentro dele, tinha um pedaço de papel. Que ele tinha escrito para mim. Era só um parágrafo, mas foi o suficiente.

Não cresça. Apenas alimente sua criança interna, mantendo seu lindo sorriso, motivo da minha força, e seu olhar inocente, que alivia meu coração.
Sakemaru.

— E é por isso que eu não posso deixar de sorrir, porque isso causaria dor para ele. E depois de TUDO que ele fez por mim, isso é o mínimo que posso fazer por ele.

Devagar, Sasuke me colocou no chão. Então sorri um pouco sem jeito e disse:

— Ora, e eu aqui abrindo meu coração logo para você, hein? Quem diria.

Ele não disse nada, de repente me puxou com força e me envolveu.

— Eu não acredito que isso esteja acontecendo de verdade – disse sorrindo, não poderia estar mais feliz do que agora – é bom demais.

— Pois eu tanto acredito, quanto estou mais do que contente – ele respondeu, brincando com meu cabelo – você é linda.

Senti o ardor invadir a minha face, não conseguiria ficar perto dele sem isso acontecer? Mas acho que, no fundo não queria que isso passasse, essa sensação, esse frio na barriga sempre que o vejo, o rubor sempre que ele me tocava, sempre que sentia seu hálito doce em minha face, era tudo novo para mim, e eu não tinha do que reclamar. Estava nas nuvens. Ele sabia o que sentia, e correspondia a isso. Eu o amava mais do que tudo, e ele estava comigo agora. Tudo era perfeito, mais do que eu imaginara e do que eu esperava.

— No que está pensando? – ele perguntou me olhando confuso, não notei que estava imersa em pensamentos por tanto tempo assim.

— No que você acha que eu estou pensando? – respondi encarando-o sem graça.

— Espero que seja em mim – ele disse sorrindo encantadoramente – porque se for em outra pessoa, vou ficar com muitos ciúmes.

— Não precisa nem responder – sorri – você sabe que eu só penso em você.

Um silêncio gostoso ficou no ar por um momento. Nós já tínhamos saído da floresta, estávamos agora em uma das redes que ficam na área de lazer do edifício. Ele me abraçava, ficava brincando com mechas do meu cabelo, e eu apenas me aconchegava em seu peito. A lua no céu, não podia estar mais brilhante e linda, uma brisa noturna balançava as folhas das palmeiras, e ao longe a praia parecia estar deserta.

— Sabia que você é demais? – ele disse me apertando contra seu peito – não acredito que demorei tanto a perceber o que eu sentia de verdade, que tolo eu tenho sido.
— Isso não é verdade, Naruto-kun – disse baixinho – às vezes as coisas não saem como queremos, mas nossas vidas são escritas por linhas tortuosas – continuei abafando a voz com um riso – talvez a curva onde nos encontraríamos estava longe de onde estávamos esse tempo todo. Mas estou muito feliz que finalmente nós estamos no mesmo lugar.

— Você tem razão – ele apertou seus lábios em minha bochecha e eu sorri – e o mais engraçado é que, Shikamaru ficava me falando isso o tempo todo, não desse jeito, mas de um modo parecido, sabe?

— Aham.

— Hn, Hinata... – ele disse me cutucando de leve – nós não pensamos em uma coisa ainda.

— No que? – perguntei, sem a mínima idéia do que ele estava falando.

— NELES.

— Neles? – perguntei ainda confusa, mas como um flash, eu entendia do que ele estava falando – ah... os outros...

— É, o que vamos dizer? Ou fazer? – perguntou me olhando.

— Boa pergunta.
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— O que você vai fazer, garoto? – falei irritada.

— O que eu já devia ter feito há muito tempo – ele disse com a cara de bravo que não lhe caía bem.

Cena Romântica: nós dois, no chão – porque o paspalho, me empurrou com tanta força que eu não pude me equilibrar e caí no chão, com ele por cima, me segurando pelos braços. Estava com o cabelo cheio de folhas e galhos do chão, e ele não me soltava.

— Olha, Shikamaruzinho – falei com uma voz alterada – quem passar por aqui e nos ver desse jeito vai acabar pensando outra coisa – parei para revirar os olhos por um momento – uma coisa MUITO feeeia – levantei a cabeça o quanto pude e sussurrei perto da orelha dele – eu estou falando de sexo, Shikamaruzinho.

Ele bufou uma, duas vezes, depois respirou fundo e me olhou, sério.
— Vou dizer aqui, umas coisas muito sérias – ele começou o discurso politicamente correto, saco – então, só me interrompa para fazer seus comentários infames e idiotas quando eu terminar, se é que você consegue – ele quer saber se eu consigo? Ele devia me perguntar se eu consigo dar um chute no órgão reprodutor dele, e deixá-lo estéril para o resto da vida, isso sim – depois, eu vou embora e deixo você em paz.

...

— Ótimo, então só escute o que eu tenho pra dizer, com atenção.

— Convivo há muito tempo com você, e deu pra perceber que sua humildade tem MUITO que melhorar, você é sarcástica, irônica – que no fundo é a mesma merda – não leva os outros a sério, não parece se importar com os sentimentos das outras pessoas e tem muito a melhorar quando se fala de educação e inconveniências – ele começou a listar os meus contras? Sim, era exatamente isso que ele estava fazendo. Puxa, agora eu vou me drogar e cortar meus pulsos – mas, isso não é o pior.

— Nã...

Ele me interrompeu, colocou a mão na minha boca para que eu não pudesse falar.

— Não terminei.... e bom o pior de tudo é que, mesmo tendo tudo isso a ser melhorado, nós somos amigos. E você não parece notar que, não só eu, mas TODOS nós nos preocupamos com você e com o que está fazendo. Nós não queremos que você se torne uma bruxa paranóica e irritante. EU não quero que você se torne uma bruxa paranóica e irritante. Então eu vou ter que fazer você se tocar, cair na real. Você querendo ou não. De qualquer jeito.

Ele deu um risinho, uma piscadela, e saiu de cima de mim.

— Puxa, e como você vai resolver o meu misterioso caso-impossível? – falei me levantando do chão e tentando tirar toda aquela sujeira do cabelo.
— Eu vou dar um jeito – ele disse se afastando e saindo do meu campo de visão.

Comecei a andar de volta à praia, vagarosamente.

— Mas, que id...

O palhaço vinha correndo em minha direção, será que tinha esquecido de puxar a minha bochecha para terminar o sermão?

— Só mais uma coisinha... – ele disse com os braços para cima, numa tentativa de dizer ‘eu vim em paz’.

— O qu...

Simplesmente, ele me puxou e me beijou. Eu lutei para ele me soltar, bati, estapeei, e não consegui, ele era mais forte. Fato.

Depois ele soltou-me e sorriu.

— Mas o quê? – perguntei furiosa.

— AGORA SIM! ESTOU BEM MELHOR – dizendo isso, ele sorriu mais uma vez e saiu correndo. Fala aí irmão caçula do Forest Gump!

— Que FDP!
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— Mas o que? – perguntei confusa e assustada com aquilo – Porque?

— Não fale nada – ele disse baixinho – pareceu-me conveniente.

Sasuke, incrível, acaba com qualquer clima, sinceramente.

— É que, Sasuke.... – disse pausadamente – VOCÊ TÁ PISANDO NO MEU PÉ!

Ele se afastou rapidamente, pela primeira vez na vida – ou na minha frente – sem ação e sem jeito.

Silêncio incomodo e clima pesado no ar.

— Bom, obrigada Sasuke – disse sorrindo de canto.

— Pelo que? – ele perguntou confuso, arqueando uma sobrancelha.

— O abraço – respondi sem muita convicção – eu precisava – e isso sim era verdade, mesmo vindo dele, eu precisava desabafar.

— Hn.

— Hn? – olhei-o intrigada – só um‘hn’?

— O que você quer? – perguntou voltando à sua postura arrogante de sempre.

— Mais do que um qualquer sussurro pelo menos.

— Não vai começar de novo vai? – perguntou suspirando e sentando no chão, mexendo no cabelo, estava cansado.

— Não, não vou. Desculpe – falei, pelo menos não iria brigar de novo, enquanto estivéssemos naquele buraco, deveríamos ser aliados e não inimigos.

— Sakura, temos que sair logo daqui, já está escurecendo e ninguém passou por aqui ainda, todos já devem estar na praia – ele disse olhando para cima, para o que estava fora da nossa tão aconchegante prisão.

— Acho difícil, Sasuke – disse suspirando – porque se os outros já estivessem na praia, eles ao menos viriam nos procurar, certeza – falei toda cheia da razão.

— Mesmo assim, temos que dar um jeito de sair.

— Isso sim é verdade, mas como?

— Só tem um jeito que eu possa dizer....

— Que seria? – perguntei com um pingo de esperança flamejando na minha lareira.

— Escalar – ele disse com pouca confiança.

— FAIL, Sasuke – disse fazendo o som de uma campainha de jogo de TV, aquela que é usada quando a pessoa erra a questão, lembram? – nós já tentamos isso da primeira vez. Não deu muito bem se você for levar em consideração a nossa atual situação, meu filho.

Ele me olhou por um segundo, com um olhar reprovador. Dizendo silenciosamente que aquela não era uma boa hora para eu soltar minha matraca. Tudo bem.

— É a única chance – ele disse se levantando – você tem que alcançar aquela raiz ali que está fora de terra, subir, e aí você me puxa – ele falou como se eu fosse algum tipo de mulher maravilha. Eu não sei nem jogar futebol de botão!

— Tem certeza? – perguntei desgostosa da oferta.

— Sim.

— Ótimo – disse levantando as mãos ao ar – então me deixa subir no seu ombro.

Subi no ombro dele devagar, tentando me equilibrar e segurei na mão dele. Mas só para me equilibrar melhor, não inventem coisas, suas mentes maliciosas!

— Se você disser que eu estou muito pesada, eu saio daqui e te deixo para morrer, entendeu? – eu disse irônica, e pude ouvir um riso saindo da sua boca. Chega fiquei toda orgulhosa.
Agarrei na tal raiz, fase um:completa. Agora vinha o difícil, subir. Pus toda a força que tinha para me impulsionar, para sair dali, mas era pouco ainda, estiquei a outra mão para tentar agarrar algo que estivesse fora do buraco, mas a distância ainda não tinha acabado.

— Não dá Sasuke! – disse ofegante – ainda está longe!

— Espera, eu vou te jogar! – o quê FDP?

— O QUE VOCÊ DISSE?

Nem deu tempo de retrucar, o maldito me jogou com toda a força.


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAI, TE ODEIO SASUKE!


Agarrei-me em qualquer coisa – mas queria mesmo é que aquela graminha fosse a bundinha fofa do Robert, hm – esforço consegui, saí do buraco.

— CONSEGUI! AI, EU CONSEGUI – gritei pulando e girando que nem uma perturbada. Sim eu sou feliz, e daí? – GRAÇAS A DEUS!

— Que bom que você conseguiu, agora pode fazer a gentileza? – disse um sussurro, a voz de Sasuke, que falava de dentro do buraco.

Fiquei deitada com a cabeça dentro de lá, e falei com um sorrisão:

— Nooossa Sasuke, daqui você até parece uma formiguinha – mentira – ficou muito bonitinho.

— Que bom que a minha situação aqui te diverte, porque foi por sua causa que estou aqui, então faça o favor de dar um jeito de me tirar dessa situação, Sakura – cara chato, eu hein.

— Tá bom, vou jogar aquele cipó que você jogou da última vez, e como você é um super atleta, você vai conseguir com uma mão nas costas e só dois dedos – disse com uma vozinha fina.

Joguei o cipó para o outro sair logo dali e brigar comigo de novo, por outro acidente. E como previsto, ele conseguiu sair de lá num pulo.

— Puxa, eu estou quebrada – falei me espreguiçando – para onde será que a praia fica?

— É por ali – ele disse apontando para trás de mim, como ele sabe?

— Como você sabe? – repeti a pergunta mental, por necessidade, ou burrice, tanto faz.

— O cheiro salgado do mar fica mais atenuado por ali – ai, nariz de donzela, ou de cachorro policial, cheira tudo, mas nariz sensível um dia vai te dar problemas, exemplo: fila do banco, você está atrás de um velhinho com um futum desgraçado, queria ver o Sasuke atrás dele. Mas, ele deve ter um caixa eletrônico só pra ele, desinfetado de 15 em 15 minutos. VAI CRIAR PINTO, SASUKE! Ok, voltei.

Ele se virou e começou a caminhar em minha direção, para ir para a praia e eu fui fazer o mesmo, tomando cuidado com o buraco para não cair de novo.

Mas quando eu fui desviar do buraco, eu esqueci de desviar das outras coisas.

Já sabem o que se sucedeu né? Pois foi isso sim.

Tropecei no cipó e caí em cima do Sasuke. Bom.

Pelo menos ele é gostoso, FALEI! E tirei proveito mesmo, FALEI DE NOVO!

— Bom pelo menos dá uma agarradinha na bunda dele – disse Godofredo – aproveita, só pra ver se é fofinha mesmo!

— Não Godô! Credo.

— Você não sabe o que perde.

— Cala a boca.

— Idiota, se fosse eu, dava umas boas ‘apertadas’, isso sim.

— Tá, subconsciente gay off, por favor!

— Falou, tchau!

E voltando à história, sim, fiquei em cima dele, há há.
— E então? – perguntei com um biquinho.

— E então o que? – ele fez um biquinho do mesmo jeito. Fofo.

— O que vamos fazer? O que vamos dizer? Seu bobo – eu disse rindo e virando o rosto dele, que ainda estava com o bico.

— Bom, nós só podemos chegar e dizer – ele disse empurrando o rosto contra o meu, e eu fazendo força com a mão pra ele não chegar perto, rindo – você acha que o choque será tão grande?

— Não sei – respondi ainda rindo, e ele continuava a empurrar o rosto pra chegar contra o meu, mas eu ainda tinha força pra não deixar, e ele estava ficando impaciente – a Sakura pode infartar. Ela não é muito chegada numa notícia bombástica assim de última hora.

— Hn, entendo... – ele disse aborrecido.

— Mas...

— Mas?

— Eu acho que ela é uma das pessoas que mais torcia por nós dois – dizendo isso eu tirei a mão do rosto dele, então ele sorriu para mim e me beijou na bochecha.

— Então isso é ótimo! É só a gente contar – ele disse me apertando contra seu corpo.

— Mas, e os outros? – perguntei baixinho.

— Hn, os outros? Bom, os outros a gente pode fazer um monte de coisas... – ele falava enquanto mexia em uma mecha de meu cabelo – mas, se você acha que eles vão acabar com esse fim de semana que temos juntos, podemos fazer uma coisinha só – ele terminou confiante, com aquele seu sorriso que tomava conta de grande parte de seu rosto.


— O que podemos fazer? – perguntei curiosa com a sua confiança enquanto ele ria.

— Podemos enganá-los – ele falou cochichando em meu ouvido – mas não se preocupe, é só até esse fim de semana terminar, então, quando voltarmos para casa, não haverá problemas em dizer que namoramos – ele continuou, antes que eu pudesse rebater a idéia proposta, com receio do que ele havia dito antes.

— Mas, porque enganá-los Naruto-kun? – disse discordando da idéia que achei muito arriscada – não podemos apenas dizer, acho que eles irão entender.

— Não é isso Hinata – ele respondeu, tentando me tranqüilizar – só estou te dizendo que, se contarmos agora, eles ficarão no nosso pé o final de semana inteiro e só temos mais um dia nesse hotel. Não seria melhor se pudéssemos aproveitar sem que eles ficassem nos enchendo de perguntas? Então, o que faremos é deixar para contar a novidade quando chegarmos em casa... assim ninguém sairá perdendo – ele terminou sua explanação, parecia muito convencido da idéia.

— Hm – pensei um momento em silêncio, acho que só por um dia, não fará diferença esconder isso deles, eles nem ficarão zangados, e será melhor para todos, então... – tudo bem Naruto-kun!

— Ah, Hinata! – ele disse me abraçando com força – eu te amo!

Sufoquei por um momento, ele estava me apertando forte demais.

— Na-Naruto-kun!

— Opa, desculpa – falou coçando a cabeça.

— Tudo bem – quando terminei de dizer ele me beijou mais uma vez.

— Mas é melhor sairmos daqui – eu disse corada.

— Porque?

— Porque os outros logo chegarão, e eles passarão por aqui – eu disse olhando para ele, tranqüila – se eles não podem nos ver, temos que sair daqui.

— Tem razão, vamos.

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Gente, voltando à minha situação. Que muitas de vocês arrancariam seus cílios para estar. Pois é, em cima de Uchiha Sasuke. O que eu posso dizer? Ele é muito gostoso, isso todo mundo tá careca e bigodudo de saber. Mas, o que vocês não sabem é que eu posso estar correndo sério perigo se vida agora. Primeiro, porque Sasuke já não teve uma boa impressão de mim. Lembram? Meu All Star de estimação quase fez um buraco na cabeça dele no meu primeiro encontro com o dito cujo. Depois aconteceu o incidente com o garoto-maldito que rouba carteiras, e meu joelho esfolado, que gerou uma visita a onde nenhum homem – ou mulher – jamais teve coragem de estar: o apartamento dele. Depois de uma pequena tortura com merthiolate, ele me deu uma pequena agarradinha na parede, ai, delícia hein. Adiantando mais, teve ainda outra criança-demoníaca que me derrubou das escadas do prédio. VOCÊ NUNCA VAI ACHAR TINTA DE CABELO DESSA COR PIRRALHA DO INFERNO! E como resultado disse, uma visita ao hospital e ao tio tarado, Jiraya, que tentou assediar-me. E por último, uma pequena viagem de fim de semana, que resultou em nós dois presos em um buraco. E quando saímos do buraco vocês sabem o que aconteceu.

Fiz a maior retrospectiva! Se me esqueci de alguma coisa, tentem me pegar invejosas. Eu to em cima do Sasuke, la la la. ♪

Então, para quem se odeia, eu e Sasuke já vivemos muitas coisas juntos, hã?

Mas isso está prestes a acabar. Sabe porque?
Porque creio que ele já torrou toda sua paciência – porque vamos dizer a verdade, a cabecinha do Sasuke é um dindin - me esfolará, depois cortará pedaço por pedaço e jogará no buraco nojento de novo.

Voltando de meu pequeno devaneio pré-morte.

— E agora? – disse ele já puto da vida – tropeçou nos próprios pés Sakura?

— Às vezes acontece, Sasuke – disse num tom de voz mais abrasivo, medo de morrer, isso sim – e não, não tropecei em meus pés. Foi naquele tronquinho ali ó, é que...

— Não quero nem saber!

— Calma, Sasuke já to saindo, olha – devagar levantei com os braços e sai de cima dele.
— Pronto.

Ele se levantou e limpou a roupa que estava toda suja de terra. Depois olhou pra mim com reprovação.

— Desculpa?

— Nem tudo se resolve com desculpas Sakura – ele disse com os olhos fechados e as sobrancelhas franzidas.

— Bom, eu posso vender a minha alma, você quer? – perguntei quase gritando.

-Como é? Será que ela bateu com a cabeça? Impossível ela aterrissou em mim!

— Bom, Sasuke o que quero dizer é que. Você é um senhor de muitas caras e isso já tá enchendo o meu saco! – gritei. Olha minha estratégia: se eu quero escapar de mais uma bronca do Sasuke o que eu vou fazer vai ser o inverso. Eu é que vou brigar com ele! Assim quem sabe, ele se esquece que tava com raiva e não me dá mais uma lição de moral.

Tudo bem. É um plano ruim. Mas é tudo que eu tenho. Maldito cérebro medíocre! Exploda!

— Como é, sua coisa doida? – gritou também – deve ter entrado terra por suas orelhas quando você caiu!
— É disso que eu to falando! Você tem que vir com um crachá de identificação, Sasuke! – eu disse gesticulando com as mãos ao ar – Você às vezes – de 100 em 100 anos – consegue dizer algo legal, consegue não ser chato e até pode parecer uma pessoa normal – eu continuei apontando pra ele, e ele só parecia ficar mais irritado, vou me ferrar, vou me ferrar – mas aí, quando menos se espera, você vira o Sasuke carrancudo, malvado, que diz coisas muito feias, que é muito mal humorado, que não sabe que as pessoas têm sentimentos e que devora criancinhas no chá da tarde com o Conde Drácula! – tudo bem, a última frase não teve muito sentido mais vai ficar pior, acreditem – e eu não sei se agora eu to falando com o Sasuke legal, o Sasuke malvado, o Sasuke pirado ou o Sasuke que come prostitutas igual eu como miojo! – eu disse que ia piorar.

— Você está totalmente fora da realidade – ele respondeu me segurando pelos braços e me sacudindo.

— É que eu já to cansada de ter que aturar os outros Sasukes – eu disse ofegante, e com a cara de choro – eles me dão trabalho, eles me deixam infeliz e eles não são o mesmo Sasuke que eu quero ver – continuei perdendo a voz – eles não são o Sasuke que eu quero, não são, não são... o Sasuke de quem eu gosto – terminei chorando.

Ele me soltou. E eu continuei chorando. É que foi uma descarga emocional muito forte de uma vez, dizer o que eu achava dele, quando ele ficava chato mais do que bêbado com porre de dois dias, um saco. E ainda mais dizer que na verdade eu gostava dele, e não o odiava como fazia parecer, mas eu acho que fui um pouquinho longe demais, como eu deixei escapar que eu gosto dele? NÃO!

— Nossa essa sua matraca você não consegue calar né, Sakura – ótima hora pra receber crítica. Que é Godofredo seu gay?
— Agora não é uma boa hora, Godô – eu disse para ele, minhas pernas queriam tremer, mas eu não queria deixar – eu tenho que consertar uma coisa que eu disse, não sei como, mas tenho.

— Eu sei, eu vivo dentro dessa sua cabeça, idiota – respondeu o subconsciente mais sensível do mundo – e eu vou te salvar dessa, só pra você ver como eu sou legal.

— Vai? – meu deus que aconteceu? Ele/ela vai me ajudar mesmo? Caiu a porta do inferno ou o quê? *-*

— Sim – ele sorriu e tossiu duas vezes antes de falar – você disse que gosta dele, até aí foi que você errou. Então primeiro, nunca queira discutir com alguém que você acha gostoso a ponto de perder a noção das palavras assim.

— Essa é a ajuda? – perguntei desesperada – porque se for, dispenso!

— Calma, não terminei – tossiu mais uma vez e continuou.

— Jura? – eu vou morrer, te amo mãe e não esquece de alimentar o Jerry (meu gato), e também não esquece de comprar um ratinho, o Tom. Não tá trocado?

— Então, você soltou que gosta do Sasu né? – disse devagar.

— SASU? AH, GODOFREDO VAI CHUPAR PREGO!

— Olha, fala direito comigo senão te deixo às minguas, garota – ele disse sorrindo – e eu chamo o gostosinho como eu Q-U-I-S-E-R.

— Termina logo o que você is falar, cansei.

— Então... você disse que gosta dele, agora se você quiser sair dessa só há uma coisa a se fazer.

— O QUE?

— Quero que você vá alugar Piratas do Caribe quando chegar no hotel – disse.

— Hã?

— Senão não termino também – grande subconsciente o meu, chantagista o vagabundo (a).

— Tá, eu alugo os três e assisto todos, mas me diz!

— É que o Jhonny Deep e o Orlando Bloom, hum – pervertido.

— Agora diz.

— Tá.

— Defina o seu ‘gostar’ dele.

— Hã?

— Diga que é apenas o seu gostar dele como amigo! Santa Ignorância, você me cansa.


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Notas finais do capítulo

Mais um cap como prometido !espero que tenha sido do agrado de todos =DEnfim espero reviews '3'e o próximo post será a ultima parte desse cap, /amém.Ele foi muito cansativo, sério OASJIOOASJOJPróximo post será provavelmente segunda/terça, já que estou louca para acaba-lo xDBeijinhos beijinhos amores